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Alguns reviews da imprensa sobre a performance de Madonna na noite do Grammy

Alguns reviews da imprensa sobre performance de Madonna na noite do Grammy no último domingo 26.

MACKLEMORE & RYAN LEWIS, MADONNA, QUEEN LATIFAH

madonna - grammy 2014 - same love open your heart2O Grammy é o evento no qual artistas lutam para agradar a todos. Porém, apesar de saber muito bem que o tema “Casamento Gay” ainda provoca debates quentes pelo país, Macklemore & Ryan Lewis apresentaram Same Love com orgulho e compromisso, perante 33 casais gays e héteros. Não foi apenas uma performance, foi uma afirmação. Gay ou hétero, quem não gostaria de ter Madonna cantando Open Your Heart no casamento?
New York Post

Macklemore & Ryan Lewis — A dupla fez história com a performance do sucesso Same Love. Enquanto a autora do refrão, assumidamente gay, Mary Lambert, cantou a parte principal, 33 casais de verdade – alguns héteros, outros gays – trocaram alianças em um casamento diferente. Durante a cerimônia, a estrela Madonna trabalhou seu antigo sucesso Open Your Heart. Como antiga apoiadora dos direitos gays, ela foi muito apropriada.
New York Daily News

A multidão de casais trocou alianças ao mesmo tempo que a cantora os declarou casados, com Madonna trazendo seu clássico Open Your Heart. A ‘Material Girl’ vestiu um terno Ralph Lauren para a grande performance, depois de usar um dramático smoking preto no tapete.
Hollywood Reporter

Madonna pode até ser controversa às vezes, mas provou estar no lugar certo, ao usar um chapéu de caubói no Grammy deste ano, para cantar o sucesso Open Your Heart, no estilo gospel, como trilha sonora de 33 casamentos, ao vivo na arena.
Huffington Post UK

Mesmo não tendo ganhado nenhum Grammy, Lamar ganhou a noite – sua colaboração com Imagine Dragons foi eletrizante. A performance mais emocionante e mais chocante do que Queen Latifah e Madonna, com um visual curiosamente geriátrico, no meio de uma multidão de 33 casais gays e héteros. Foi um sentimento de alucinação em massa, mas os casamentos – uma conclusão à performance de Macklemore do hino gay Same Love – foram aparentemente legítimos.
Guardian

A performance, que aconteceu quase no fim do show, foi um dos momentos mais sentimentais da noite. “Esta canção fala de amor, não para alguns de nós, mas para todos nós”, disse Latifah antes de apresentar Macklemore e Lewis. Daí, o rapper revelou a faixa no estilo gospel, com uma atmosfera de igreja.
MTV

Macklemore & Ryan Lewis levaram seu sucesso emocionante Same Love a um novo patamar no último domingo, quando se uniram no palco para uma performance, juntamente com Mary Lambert, Queen Latifah e Madonna. Se esse time não fosse suficiente, 33 casais gays, lésbicos e héteros se casaram simultaneamente, sob o comando de Latifah. Katy Perry pegou um buquê, enquanto os recém-casados recebiam aplausos, e Keith Urban secava as lágrimas.
NBC

Uma colaboração lendária aconteceu no Grammy de 2014, ao ar do Staples Center em Los Angeles, no último domingo. O ícone pop Madonna subiu ao palco com os rappers Macklemore & Ryan Lewis, e a cantora Mary Lambert para cantar o hino de igualdade Same Love.
US Magazine

Madonna surpreendeu a multidão do Staples Center ao se unir a Macklemore & Ryan Lewis para uma apresentação emocionante de Same Love, que apresentou Queen Latifah casando 33 casais gays, héteros, jovens e velhos durante a música.
Forbes

E se não fosse suficiente para fazer nossos corações chorarem, lá veio ninguém menos do que Madonna para abençoar a cerimônia. A Poderosa M vestiu um terno todo branco e um chapéu de cauboi, parecendo o anjo mais andrógino do Paraíso, para cantar uma versão do clássico Open Your Heart, com o arranjo da marcha nupcial, enquanto um coral gospel fazia os vocais de fundo, antes de se unir a Lambert para um trecho de Same Love.
Queerty

O momento que parou a 56ª edição do Grammy foi o casamento ao vivo de 33 casais, gays e héteros, que se uniram durante uma performance de Same Love, o hino do casamento gay de Macklemore & Ryan Lewis. Queen Latifah oficializou a cerimônia, enquanto Madonna se uniu à multidão no palco para Same Love e um trecho de Open Your Heart. O momento marcou uma afirmação política para todos os presentes, além de ser uma causa com amplo apoio em toda a indústria do entretenimento.
Variety

Eles não vivem (só) de aplausos - O Globo

Madonna no Grammy 2014 cantando Open Your Heart e Same Love

A expectativa em torno da apresentação de Madonna na noite do Grammy era a mesma que sempre a envolve toda vez que decide sair de casa. Para os fãs, uma nova chance de vê-la em ação. Para os detratores, mais uma oportunidade para atacar os pontos fracos que ela dribla há 30 anos. Para a indústria, registradoras a tilintar, indiretamente.

Especulou-se muito como seria a apresentação, a aproximação com Beyoncé nas últimas semanas levantou possibilidades mirabolantes mas no final das contas ela fez uma participação no casamento coletivo que há muito já estava nos planos do rapper Macklemore em liderar. Por conta da faixa “Same love”, em que rapper levanta a bola do respeito às diferenças, ter se tornado um hino LGBT nos EUA, o rapaz de Seattle que se apresenta ao lado do produtor Ryan Lewis decidiu reunir os 30 casais para a tal cerimônia. Os casais que responderam ao chamado de Macklemore só souberam na última semana que tudo rolaria no Grammy e que teriam como cantora de casamento ninguém menos do que a diva herself.

A cena foi emocionante. Os primeiros versos de “Same love” já derretem os corações mais duros. LEIA A TRADUÇÃO DA LETRA AQUI. A apresentação de Queen Latifah deu o tom de que viria ali um verdadeiro manifesto político, em rede global, para incomodar de Putin aos presidentes africanos, religiosos tacanhos e conservadores defensores do ódio ao outro. “Música une as pessoas… vamos ouvir a música que diz “seja lá qual for o seu Deus, saiba que todos viemos do mesmo… livre-se do medo, porque debaixo dele tem o amor”, disse a cantora e atriz.

Ao fim da música de Macklemore, Queen Latifah voltou à cena e pediu que os casais trocassem alianças, os declarou casados. Foi quando Madonna entrou no palco, de roupa de cowboy branco, uma bengalinha afinada ao look mas certamente ainda funcionando como apoio por conta do problema no tornozelo nas férias (até semana passada ela estava com muletas) de fim de ano. A diva cantou trechos de “Open your heart” e encerrou com versos de “Same love”.

Corta para a audiência. Keith Urban tem lágrimas escorrendo, bem como Katy Perry, que sorria largamente de tão emocionada. Beyoncé tentando ver alguma coisa que Jay Z apontava, e muita, muita gente comovida. Entre os casais, a própria irmã do Macklemore, que se casou com o namorado.

E qual a importância disso hoje em dia? Dá uma geral no noticiário que você vai entender. O mundo está andando para trás e isso não é uma coisa boa. Como já dito antes, é crime ser gay em alguns paises, como na Rússia e em alguns países africanos. Até na França já se sente um movimento forte de homofobia. No Brasil, as estatísticas são assustadoras. O mundo está intolerante e a intolerância está, assustadoramente se tornando normal em alguns segmentos. Os artistas sensíveis estão percebendo isso e tentando fazer alguma coisa a respeito. Alguns deles, felizmente, não vivem apenas para o aplauso.

Editor da CNN chama Madonna de “parasita previsível”

O uso da palavra com “N” por Madonna é mais do mesmo

madonna american life cnnNa sexta, 17, Madonna postou uma foto de seu filho adolescente, Rocco, no Instagram, dando socos num ringue de boxe com a legenda: “Ninguém se mete com Dirty Soap! Mamãe disse pra te nocautear!”, ela escreveu abaixo da imagem, adicionando a hashtag “#negao”.

Sim, claro.

Quando o inevitável protesto do público começou, a foto foi deletada e repostada, com a legenda substituída por, na moda de Madonna, “#medeixaempazcar###o!”.

Nada neste furor foi acidental.

O ícone pop já está familiarizada com controvérsias, mas, agora, talvez seja a hora de examinar as consequências de sua última viagem cultural em nome da reinvenção.

Em cada uma de suas várias encarnações visuais e flertes culturais, Madonna foi uma parasita previsível. Sem o menor pudor, ela se muda para o próximo personagem, depois de usurpar todas as partes legais e controversas do anterior.
 Agora, eis o uso da palavra com "N".

A falta de preocupação pelo impacto de suas palavras é problemática, especialmente por sua aliança com crianças, adotadas e biológicas.

Mas é de Madonna que estamos falando.

Com rumores de uma possível performance com Beyoncé no Grammy, faz sentido voltar ao noticiário. Esta é a mulher que abraçou o título de Rainha do Obsceno décadas atrás. Esta é a mulher que se despiu para o livro Sex, lançado junto com o álbum Erotica, em 1992.

Ela já se apresentou pendurada em uma cruz, criticou a Guerra do Iraque e se masturbou no palco e no cinema.

Lady Gaga pode viver pelo aplauso, mas Madonna, sem dúvida, vive pelo alvoroço. Ela é adepta de manchetes e de álbuns recordistas. E é mais provável que ela responda com o dedo do meio do que com uma desculpa sentimental. Ela se mantém firme em suas decisões e, historicamente, não retira seus comentários.

Previamente, eu já apreciei esta qualidade dela.

Madonna: “A hashtag com ‘N’ foi um ‘termo carinhoso’ com meu filho”.

Como dançarino e ex-aspirante a coreógrafo, aprecio o espetáculo corajoso nos shows de Madonna. A bem-sucedida Confessions Tour, por exemplo, demonstrou uma queda por destruir barreiras criativas, que me manteve alerta mesmo quando os críticos a abandonaram.

Mas até os fãs têm suas críticas.

Espera-se que as influências sejam diferentes conforme as tendências musicais e os interesses mudem. Mas e Madonna? Ela já trabalhou demais para ganhar seu status de “chef cultural”, exigente ao escolher os aspectos mais singulares de mercado para benefícios comerciais com pouca referência a integridade de seu comportamento.

Quando ela ofendeu os Hindus ao vestir uma “bindi”, símbolo de castidade e pureza, enquanto vestiu um top transparente em uma performance no VMA, uma porta-voz contou a MTV que Madonna não “entendeu porque (eles) estavam chateados”.

Ela defendeu o uso de imagens Nazistas durante a MDNA Tour para destacar “a intolerância que os humanos têm um pelo outro”.

Madonna repetidamente já demonstrou que vê a iconografia cultural, de estilos de dança a símbolos religiosos, como afirmações artísticas e os separa quando não é mais conveniente. No passado, ela imitou Marilyn Monroe. Depois, veio sua fixação espanhola no fim dos anos 80 com La Isla Bonita. Em 1990, ela apresentou o Vogue ao mundo, um estilo de dança popularizado por gays negros e criadores latinos.

Daí, vieram os “bindis”, “saris”, as vibrantes tatuagens de henna e a magia ambígua de cantos de oração no álbum Ray Of Light. Ela foi uma versão feminina e poderosa de Che Guevara na arte de American Life. Cada imagem estilizada de forma imaculada, cada renovação aguentando o ciclo da vida de sua mais recente fascinação.

Usar a palavra com “N” no Instagram é apenas Madonna sendo Madonna. E o seu estilo “Desculpe se você se ofendeu” de não se desculpar não indica que ela aprendeu algo no passado.

Ela seria insolente para usar a frase “termo carinhoso” se fosse direcionado aos seus filhos negros adotados do Malawi, David Banda e Mercy James?

Ela se tornou acomodada demais, tendo amigos, colegas e filhos negros? Este incidente é menos sobre Madonna ser racista e mais sobre sua contínua falta de tato.

Isto seria uma grande lição a seus filhos sobre erros e consequências, em sua última reinvenção como humanitária e mãe. Mas deveria, em primeiro lugar, ser uma lição para a própria Madonna.

Alexander Hardy é escritor, professor e crítico cultural. Ele escreve sobre raças, sexualidade, e observações de Panama no blog The Colored Boy. Twitter: @chrisalexander_. Link original aqui.

Parabéns Madonna – 55 anos da rainha do pop!

b'day aniversário madonna 55 anos

A rainha do pop Madonna completa mais um ano de vida, 55 anos. Para muitos, este número soa alto demais e é sinônimo de aposentadoria. Para outros, de vitalidade e sinônimo de que há muito o que fazer.

Pois então, Madonna, com toda aquela energia e pique que conhecemos, que, inclusive acabamos de vê-la em exaustivos shows, não dá indícios de que irá parar algum dia. Não faz parte de seu vocabulário o ostracismo, e hoje, uma data que para muitos fãs é especial por se tratar de uma pessoa que nos orgulha por todo trabalho que fez nos últimos 30 anos, merece celebrações em todo mundo, afinal, o aniversário dela é como se fosse o nosso, e, afinal, ela…

– Lançou “Holiday” para podermos cantar a exaustão e declarar feriado mundial;
– Ganhou o apelido de “Material Girl” e virou febre mundial com o álbum “Like A Virgin”;
– Não deu aos fãs o registro da tour “Virgin” em DVD (mas pelo menos o temos em LD ou VHS);
– Madonna disse que ia ter seu bebê e teve e brigou com muita gente por isso, até com o pai, que mandou não se meter;
– Nos faz sonhar até hoje com San Pedro;
– Nos faz lembrar que “Spotlight” tocava 50x ao dia no Xou da Xuxa;
– Causou muita confusão com “Like A Prayer”, quebrou contrato com a Pepsi, tirou vantagem disso depois, afinal, de boba Madonna não tem nada, e contestou o catolicismo;
– Madonna mostrou ao mundo o que era o “Girl Power” muitos anos antes que as Spice Girls;
– Madonna teve o vídeo censurado pela MTV, não se fez de ofendida e tratou de lançá-lo em VHS como o primeiro video-single da história;
– Mostrou para as inimigas como elas deveriam se apresentar na TV após sua performance de “Vogue” no VMA;
– Aliás, tem VOGUE na sua discografia…todo mundo se soltando;
– Lucrou com o próprio corpo num livro sensacional, que bateu recorde de vendas, e tornou-se mais uma referência pop. Aliás, virou dona do próprio nariz e montou sua própria gravadora;
– Veio pela primeira vez ao Brasil em 93, com direito a uma suruba simulada no palco e até “bunda suja”. Ah, antes ela já tinha feito sexo consigo mesma numa cama e enfurecido o vaticano por isso na Blond Ambition Tour;
– Gastou milhões em um belíssimo clipe que é considerado uma obra de arte digna de exposição, “Bedtime Story”;
– Não pediu desculpas por tudo, já que é a sua natureza de humana;
– Madonna compilou suas melhores baladas num CD belíssimo com aquelas fotos Versace;
– Ganhou um globo de ouro de melhor atriz por EVITA e fez a crítica engolir de vez o veneno;
– Madonna ganhou grammys com uma preciosidade discográfica chamado de “Ray Of Light”; e aqueles clipes maravilhosos? Quem nunca andou pela praia a noite e não se sentiu no vídeo de “The Power Of Goodbye”?
– Fez a Marília Gabriela subir as tamancas numa entrevista;
– Tacou um som estranho nas pistas, fez o povo torcer o nariz por alguns segundos e depois todo mundo correu pra pista não resistindo as batidas de “Music”;
– Depois de anos sem tour, Madonna voltou pra estrada com o “Drowned World Tour”, mas antes ela casou e teve seu segundo filho, que hoje até dança com ela;
– Sequestrou uma velhinha, atropelou, assaltou um caixa eletrônica, e teve mais um clipe polêmico proibido na MTV;
– Falou umas verdades para o Bush, peitou os EUA, fez dedinho no clipe e no final, ainda beijou Britney Spears e Christina Aguilera no VMA; ah, e depois saiu em tour que acabou virando um documentário que todos os fãs torcem o nariz porque todos querem o show em DVD. Madonna sempre do contra;
– Mas aí colocou novamente o mundo aos seus pés ao som de “Hung Up” e do álbum “Confessions On A Dancefloor”, quebrando recordes;
– Virou uma ativista de primeiro time e hoje é líder em diversas causas humanitárias;
– Se crucificou em pleno palco numa cruz que vale mais que toda a sua grana e fez uma tour maravilhosa e, claro, a igreja novamente esbravejou;
– Gravou um disco pelas coxas, mas se redimiu com uma nova tour e até passou pelo Brasil e fez as linhas da Time 4 Fun explodirem. Muito alvoroço;
– Conheceu um modelo brasileiro (Jesus Luz), todo mundo falou sobre, e até o colocou pra ser o DJ do vídeo de “Celebration”. Ah, lançou sua quarta coletânea e um DVD com quase todos seus clipes;
– Madonna “Comprou” um país;
– Entre 2009 e 2011, Madonna esteve imersa na produção de seu primeiro longa metragem, W.E., o que a fez não se dedicar ao mundo da música durante o período;
– Deu um tempo na música e voltou com tudo cantando seu hino gay num evento esportivo americano batendo recorde de audiência, não superado pela Beyoncé este ano; Madonna arrasou no Superbow, fato!
– Voltou ao Brasil para divulgar o álbum MDNA que, no fim das contas, não teve divulgação e isso irritou todos os fãs do mundo, mas……….
– Lutou contra o preconceito com pessoas mais velhas, e isso a fez mostrar os mamilos e as nádegas durante performances de sua recente turnê, a MDNA Tour, bem como apresentar um vídeo arrebatador para a canção “Nobody Knows Me”, como interlude de seu show. Neste vídeo, há críticas ferrenhas também a machistas, homofóbicos e políticas de extrema direita, como é o caso de Marine Le Pen. Seu último feito foi criticar duramente o governo russo por ter prendido o grupo Pussy Riot após protesto em capital russa, bem como falar abertamente contra a lei anti propaganda gay de São Petersburgo. E com tudo isso…
– Continuamos loucos por ela, e como ela já disse, ela sempre nos compensa com algo sensacional quando pisa da bola. O MDNA Tour está aí pra provar.

Que venha mais 30 anos cheios de saúde, de energia, de muita música, de vídeos, shows, de quebra de regras, de polêmicas, de escândalos, de ousadias, de atitude, ou seja, de tudo aquilo que somente o a persona MADONNA é capaz de oferecer a sua legião de seguidores, afinal, ela é a única que pode se gabar de completar 55 anos e 30 de carreira no auge, em todos os aspectos, em sua sua triunfante jornada. Ela não é a voz de 3 gerações a toa!

Parabéns, Madonna, pelo aniversário de 55 anos!
Como seu fã, só me resta lhe dar todo meu amor.

Madonna – TRL Awards 2005 – achievement award (video)

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Especial Madonna no TRL Awards 2005, da MTV, como promoção ao álbum “Confessions On A Dancefloor”. Madonna recebe um prêmio especial pela carreira gloriosa. Vídeo exclusivo de meu canal https://www.youtube.com/user/mvlmoraes

TODOS OS VÍDEOS DESTE SITE ESTÃO DISPONÍVEL EM DVD. ESTE VÍDEOS ESTÁ NO DVD OUTAKE 24.

Madonna – um clássico da MTV

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Who is the master? Who is the slave? A MTV sempre ganha pontos no quesito criatividade. Tanto é que seus comerciais são sempre lembrados pela audiência, fiel a programação.

Desta vez, para promover o “MTV Classic”, a emissora – que tem na sua grade o programa no Reino Unido e na Irlanda – divulgou um vídeo com diversos artistas incônicos da música, considerados clássicos do mercado fonográfico Pop e Rock, como Madonna, Michael Jackson, Beyoncé, Slash, Kylie Minogue e dentre outros, de várias gerações.

Crítica: Madonna exibe seus “bens” na Arena Philips, em Atlanta

Ouviu-se no banheiro feminino no final do show de Madonna: “Ela era boa. Agora, ela está tão…estranha”.

Madonna

Uma das figuras mais extremistas da história da música popular sendo classificada como incomum não é novidade. Madonna se tornou Madonna não por causa de sua habilidade vocal limitada ou coreografias criativas – ela o fez baseada numa habilidade provocativa sem igual, uma mente sagaz para negócios e ótimas colaborações de composições que ajudaram-na a criar dezenas de músicas pop atemporais.

Agora, ela tem 54 anos, intensamente consciente de que não conseguirá apresentar um show de duas horas equivalente a um espetáculo da Broadway noite após noite por quase 6 meses, ou que ficar apenas de sutiã preto e calcinha, como fez no show na Arena Philips, não lhe dará assobios e gritos por seus firmes “bens” pra sempre.

Tais óbvias realizações explicam a grandiosidade explícita deste show, uma produção tremenda que, às vezes, apresentou bateristas suspensos sobre o palco, cubos iluminados e impressionantes, 15 dançarinos em vários figurinos chamativos, exibindo peitorais musculosos (os homens, claro) e um alegre show de moda durante Vogue. A líder Madonna quase não teve tempo de beber água e, enquanto não pode ser criticada por muitas coisas – como o Auto-Tune desenfreado e a cantoria questionável durante coreografias pesadas – ela vai à exaustão no palco, pelo benefício de um show de primeira.

A extravagância foi dividida em quatro seções/temas, que inicialmente continham um monte de violência besta. Revolver e Gang Bang apresentaram-na ostentando uma arma, ondas de sangue inundando a enorme tela, de quase 1km de altura, sempre que ela matava um bandido no estilo “vilão de James Bond”.

Na verdade, muito da primeira parte do show pareceu uma produção do Cirque du Soleil. Você está lá, confuso, mas não quer desviar o olhar com medo de perder aquele segundo precioso. Daí, novamente, a julgar pelo número de pessoas que passaram a maior parte do show mandando mensagens de texto e vendo fotos nos telefones, talvez Madonna tenha saído muito de seu curso, sem, ao menos, suavizar nossas tendências tecnológicas.

Mas se há uma queixa legítima sobre esta turnê, não é que ela tocou músicas do MDNA, seu último álbum. O que você esperava? O problema é que apenas algumas dessas canções são boas o bastante pra garantir o foco.

A acústica e linda Masterpiece, apresentada com o trio basco Kalakan, foi um ponto alto do show, que começou às 22h30, fato frequentemente mencionado desde que a turnê começou. Além dela, a irritável I Don’t Give A…, que apresentou Nicki Minaj no vídeo, deve ter sido um sucesso em outra era musical. Mas muitas outras – I’m Addicted, Girl Gone Wild – são esforços esquecíveis, enquanto Gang Bang é, meramente, um refrão chato sobre uma batida latejante e guitarras frenéticas.

Claro que haverá fãs do show, esgotado, que irão reclamar que Madonna não cantou sucessos suficientes, e eles teriam razão. Mas, na última década, nenhuma turnê de Madonna incluiu mais do que alguns dos hits dos anos 80, e a maioria destas canções foram tão recriadas, que ficaram irreconhecíveis.

Pelo menos no sábado, os fãs receberam uma Papa Don’t Preach mais fiel, uma Vogue excitante e uma versão tradicional de Open Your Heart, novamente com Kalakan. A única falha verdadeira foi transformar Like A Virgin numa supostamente ardente canção, que Madonna apresentou com o sutiã supracitado e calças, primeiramente elevadas na linha do estômago, no fim da passarela, e depois sobre um piano, no estilo do filme Os Fabulosos Irmãos Baker. Claro que seria ridículo se ela cantasse a versão original, mas transformá-la em lixo não foi a melhor escolha.

Àqueles ansiosos pela Madonna vintage, ela fez uma aparição mais cedo no show, quando, vestida com o figurino de baterista de banda e mostrando um pouco da coreografia com os pompons – algo que você não verá em qualquer jogo de futebol colegial – ela apresentou Express Yourself. No meio da canção, Madonna chegou ao refrão de Born This Way, de Lady Gaga, provando que ela rouba a mesma linha melódica, daí enfiou a faca no melhor estilo Madonna adicionando o refrão de sua própria She’s Not Me.

Entendido! A questão é a seguinte: mesmo quando Madonna está criando e apresentando um show que é mais pro seu próprio interesse do que para agradar fãs que ainda usam luvas de renda e rendem-se aos seus shows…é uma evolução necessária!

Podemos nem sempre concordar com as direções dela, mas, como Minaj lembra no fim de I Don’t Give A…: “Só há uma rainha, e é Madonna”. Access Atlanta

Crítica: Quando Madonna deixará de ser relevante?

Mark Kemp – Creative Loafing

Madonna

Quando Madonna comicamente anunciou aos fãs do Verizon Center, em Washington, no dia 24 de setembro, que “temos um Muçulmano negro na Casa Branca”, ela jogou a merda no ventilador. Foi como se os abutres da cultura nacional sofressem outro caso de amnésia pop-cultural. Esta é Madonna, afinal. E Madonna será Madonna.

Como ovelhas, todos obrigatoriamente resmungaram no Twitter e no Facebook pra registrar seu horror. Foram inteligentes também, sendo que os considero bem astutos. Pessoas conhecidas ou com quem trabalhei muitas vezes nos últimos 15 anos – jornalistas musicais e críticos, especialistas, assessores de imprensa, o pessoal do rádio, músicos, até mesmo amigos de faculdade e conhecidos do colégio. Com os dentes rangendo e as bocas espumando, eles pularam desenfreadamente pra atacar Madonna novamente. Foi bem nostálgico.

Um escritor e ex-repórter da Billboard de Los Angeles ligou um artigo do jornal Huffington Post na página do Facebook com o título “Madonna chama Obama de ‘um Muçulmano negro na Casa Branca’”. Claro, ele também fez um comentário: “Deixe esta vaca lerda e louca por atenção se meter no diálogo político e ajudar a perpetuar uma das mais duradouras e errôneas concepções sobre o presidente”.

É sério? Sim. 57 pessoas curtiram a postagem dele e 35 comentaram, incluindo “Ela é tão idiota quanto um saco de martelos”; “Ela é uma vaca sem talento, sem cérebro e idioooota, sem senso de humor”; “Ela é uma puta, um verme estúpido”; e “Vamos lembrar que ela ainda exibe os seios nos shows”.

Você imaginaria que esses profissionais da indústria da música eram estudantes colegiais debatendo sobre uma líder de torcida popular, mas notoriamente rebelde, durante o almoço. Na verdade, eram pessoas de 40, 50 e até 60 anos de idade, debatendo sobre alguém que eles vêm seguindo de perto ao longo das últimas três décadas. Alguém que tem sido parte integral da cultura popular americana. Alguém que vem se expressando há muito tempo em músicas abusadas e bem-sucedidas, além de álbuns e performances, sempre aumentando o nível para mulheres da indústria da música e expandindo as definições de uma cantora pop e um ícone cultural popular. E lá estava ela – aos 54, a líder de torcida mais rebelde da América – na estrada já há um tempo, promovendo seu mais recente álbum, MDNA. E alimentando mais ainda a fúria no Facebook.

Agora na etapa final de uma turnê que começou em Tel Aviv em maio, Madonna seguiu para Charlotte no dia 15 de novembro para uma performance na Time Warner Cable Arena. Ela provocou controvérsia novamente? Esta sequer é uma pergunta significativa?

A grande novidade em setembro não foi que Madonna fez uma observação impactante durante um show em DC (seria novidade se ela não tivesse feito algo impactante). Não, a novidade foi que Madonna ainda trabalha e diz coisas que acendem uma paixão assim, tanto positiva quanto negativa, em 29 anos de carreira. A pergunta “Madonna ainda é relevante?” tem sido um mantra por quase 28 desses anos. Tudo começou em 1984, após o lançamento do segundo álbum e do convite pra cantar o até então o novo sucesso, “Like A Virgin”, no Video Music Awards, da MTV. Ela finalizou se arrastando no palco em um vestido de noiva, exibindo um pouco da virilha e cantando levemente fora do tom numa faixa pré-gravada. Após a performance, no primeiro de muitos pronunciamentos subsequentes, especialistas tocaram o sino da morte: Madonna desesperadamente procura chocar as pessoas; ela está acabada, pronto! Próxima!

Madonna não apenas estava em alta, mas se encontrava no meio de três álbuns maravilhosos, cortesia de colaborações muito boas com gênios dos estúdios, incluindo seu ex-namorado Jellybean Benitez, Nile Rodgers e Stephen Bray. Ao longo dos cinco anos seguintes, ela se casou e divorciou de Sean Penn, apareceu na Broadway na peça Speed The Plow, de David Mamet, estrelou no sucesso de público e crítica Procura-se Susan Desesperadamente e no fracasso Quem É Essa Garota?, e se tornou vítima de inúmeras piadas sobre punks e roqueiros. Ainda assim, foi tratada como estrela por membros da realeza do cenário alternativo: Sonic Youth e Mike Watt, do Minutemen, cujo projeto paralelo Ciccone Youth foi tanto uma homenagem, quanto uma paródia.

A primeira grande mudança artística de Madonna aconteceu em 1989 com Like A Prayer, o álbum que muitos – inclusive eu – ainda consideram a obra-prima dela. Depois de batalhar com seu querido pai e com a Igreja Católica em Papa Don’t Preach três anos antes, Madonna levou seus problemas religiosos à frente na faixa título do álbum e no clipe, repleto de ícones católicos sagrados/profanos: cruzes em chamas, cicatrizes e uma fantasia sexual com um santo. “Coube certo com o meu espírito da época, na questão de se impor às autoridades masculinas, seja o Papa ou a Igreja Católica ou meu pai e suas maneiras conservadoras e patriarcais”, ela disse à Rolling Stone em 2009. Em Express Yourself, do mesmo álbum, ela apelou a uma nova geração de jovens mulheres para que saíssem da sombra de seus namorados e tomassem o controle criativo. O que aconteceu foi que Madonna organizou um motim dois anos antes de Bikini Kill ou Courtney Love reclamar às massas desajustadas ao som de guitarras grunge e punk.

Madonna

Nos 23 anos seguintes, temos questionado a relevância de Madonna de forma automática. Com cada nova polêmica, especialistas respondem como cachorrinhos do fisiólogo russo Pavlov: “Ela foi longe demais desta vez? As bizarrices cheias de controvérsias dela chegaram a um nível de desespero? Madonna ainda é relevante?”. Fizemos isso em 1990 quando ela incorporou servidão e sadomasoquismo no clipe de Justify My Love. Fizemos de novo em 1992 quando ela lançou o livro Sex, como parte integrante do novo álbum Erotica. Fizemos no fim dos anos 90, quando ela incorporou as novas crenças da Kabbalah em Ray Of Light, que acabou sendo outro grande avanço criativo.

A primeira década do século 21 foi igual. Em 2003, Madonna usou o VMA da MTV novamente para ir além dos limites da aceitação, beijando Britney Spears e Christina Aguilera após a performance original de Like A Virgin. Os especialistas soaram como um coral: Madonna foi longe demais. Três anos depois, quando Madonna e o até então marido Guy Ritchie adotaram um menino do Malauí, o refrão voltou: ela está procurando atenção desesperadamente.

Estamos no jogo dela a cada novo movimento: suas aparições no cinema, os amantes, os desrespeitos de celebridade e comentários sociais. E em 2012, lá estamos nós outra vez. Em julho, o site MTV.com postou uma notícia com a manchete gritante: “A controversa turnê MDNA de Madonna: Ela foi longe demais? Usando armas falsas e se expondo no palco, a turnê MDNA do ícone pop está repleta de críticas”.

“Oh, fala sério, pessoal! Ela estava brincando. Os americanos estão assim, tão incapazes de aceitar sarcasmo?”. Foi isso o que eu escrevi no Facebook do escritor de música de Los Angeles sobre o comentário de Madonna sobre o “Muçulmano negro”. Daí, eu repostei o artigo na minha página. A situação não foi melhor lá, embora a acidez entre meus amigos não tenha sido tão intensa. “É um comentário horrível, que não vai ser nada bom pro Obama. Mas, ei, fez Madonna voltar ao noticiário”, um antigo conhecido da faculdade sugeriu. “Não tenho dúvidas de que ela tentava ser sarcástica”, um amigo de minha cidade disse, “mas ela falhou totalmente”. E um colega de Nova York lamentou que a piada de Madonna foi inapropriada:

“Há muitas, muitas pessoas lá fora que verdadeiramente acreditam que Obama não seja Cristão.”

E isso é problema de Madonna? Se as pessoas são burras o bastante pra acreditar que o Presidente é muçulmano, é problema deles, não de Madonna. E se o Presidente Obama tivesse perdido as eleições por causa da piada sarcástica de Madonna, muito mais teria sido dito sobre o nível de inteligência dos americanos do que sobre o humor dela. A sagacidade, os cálculos e o timing de Madonna estão ótimos, muito obrigado. Ou, conforme a solitária voz da razão – do jornalista musical, humorista e autor de I Want My MTV  Rob Tannenbaum – sugeriu no meu Facebook, o ultraje sobre a afirmação de Madonna “mostra não apenas um sarcasmo mal-entendido, mas – pior – Madonna sendo mal-entendida”.

Como a mais óbvia influência pop dela, David Bowie, Madonna é tanto uma artista performática quanto da música – cuja experimentação com personagens não se reserva apenas ao palco, filmes, clipes ou álbuns. Ela permeia cada aspecto da vida pública dela. Quando Madonna faz um documentário, como Na Cama Com Madonna ou I’m Going To Tell You A Secret, ela está se apresentando, não oferecendo algum tipo de visão jornalística perspicaz sobre sua vida pessoal ou o processo de bastidores. Ela está interpretando Madonna, seja atuando de forma vulnerável ou no controle; ela está brincando com códigos de gênero e cultura, papéis sexuais e suposições sobre poder.

Quando Madonna se une a alguma causa – seja pelos direitos gays, assuntos humanitários ou uma eleição presidencial – ela está se apresentando. Claro, é óbvio que a pessoa real – Madonna Louise Veronica Ciccone, de Detroit – também apoia o Presidente Obama e os assuntos GLBT, mas ela o faz através de vários aspectos de suas personas, não com canções de protesto, redações racionais ou palestras. Não é assim que ela trabalha. Madonna faz grandes observações com situações elaboradas, grande teatralidade, figurinos extraordinários, maquiagem à-la Fellini, e, sim, sarcasmo profano – todos os muitos aspectos de suas personas. Se entendermos os discursos políticos dela da mesma forma que ouvimos os de Joan Baez, Chuck D, Tom Morello ou Boots Riley, estaremos interpretando-a erroneamente. As grandes narrativas dela são o que a elevam muito acima das imitadoras, exceto talvez Lady Gaga, que realmente entende Madonna.

No aniversário de 50 anos de David Bowie, em 1997, eu estava com ele numa pequena loja inglesa de chás em Manhattan. Conversamos sobre as personas que ele criara ao longo dos anos – sobre seus objetivos, o que ele tentava alcançar, o que ele esperava que as pessoas soubessem sobre ele. Outros devem saber pouco sobre David Robert Jones (seu nome de batismo), ou Bowie como sugerido, mas eles devem saber muito sobre Ziggy Stardust and the Thin White Duke. A autenticidade foi superestimada, ele disse. Bowie é um artista que faz arte, personagens e situações – não uma realidade linear. “Eu costumava ficar agressivo com a ideia de integridade”, ele me contou, referindo-se àqueles que o criticaram no começo, por usar truques numa época em que sinceros cantores de folk pregavam ao seu eleitorado. “Eu dizia, ‘Foda-se – meu negócio é truque”.

Truque é o negócio de Madonna também. E esperamos muito disso quando ela chegou à arena de Charlotte. Já sabemos que ela tem provocado com uma sequência violenta durante as mais recentes canções – Girl Gone Wild, Revolver e Gang Bang – que apresentam Madonna com armas e couro, numa luta sangrenta e coreografada contra homens mascarados dentro de um quarto de hotel cenográfico. A cena foi tão perturbadora para alguns membros da plateia em Denver (sendo tão recente ao tiroteio da tragédia envolvendo o filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge), que algumas pessoas deixaram o show. “Estamos dançando e, de repente, as pessoas começaram a perceber o que era a canção”, Aaron Fransua, de 25 anos, contou à Associated Press. “Ficamos todos parados lá. Todo mundo perto de mim estavam chocados”.

Algumas canções depois no setlist da turnê MDNA, o que parecera antes ser um golpe visual e temático no ex-marido de Madonna, o diretor britânico adorador de sangue Ritchie, ficou bem claro, de acordo com a blogueira Marilee Lindemann, conhecida como a “Louca com um laptop”. Lindemann escreveu sobre o show do dia 23 de setembro em Washington: “Percebi naquele momento que não estávamos sendo forçados simplesmente a nos divertir com a violência gratuita. As evocações de Abu Ghraib contextualizaram e geopolitizaram friamente a violência das cenas anteriores, à-la Tarantino, e mostraram consequências reais”. Lindemann, Professora universitária de Inglês e Diretora de Estudos Gays, Lésbicos, Bissexuais e Transgêneros na Universidade de Maryland, acrescentou: “ou…o mais real possível no espetáculo surreal de Madonna”.

Quando o espetáculo de Madonna chegou a Charlotte, também pudemos ver referências à rixa dela com a imitadora Lady Gaga. As duas têm estado muito conectadas ao longo do último ano, brigando pela opinião popular. Em turnê, Madonna injetou a rixa em Express Yourself  (“não aceite o segundo lugar, baby…”), desviando-se momentaneamente à faixa similar de Gaga Born This Way, pra afirmar apropriação, sabe?

A resposta de Gaga a esta justaposição? “As únicas similaridades são a progressão de cordas – é a mesma da música eletrônica há 50 anos”, disse a Lady. “Não significa que estou plagiando, mas que sou esperta pra cacete”.

Na verdade, Madonna e Lady Gaga são ambas espertas pra cacete. Madonna levou a narrativa da rixa a Minneapolis em 4 de novembro, contando à plateia que Gaga rejeitara um convite pra cantar com ela no palco. “Tudo bem”, Madonna disse. “Tenho os melhores fãs do mundo todo. Então, toma isso, Lady Gaga!”.

Tome isso também: de acordo com os números, Madonna é tão relevante quanto sempre foi e, facilmente, tão popular quanto quaisquer de suas herdeiras. MDNA é o quinto álbum consecutivo dela a dominar as paradas. A turnê atual já vendeu 1.9 milhão de ingressos no mundo todo, com a maioria dos shows esgotados. E mais, ela continua em grande forma física e as canções e conceitos de performance de MDNA são fortes como tudo que ela já fez em anos.

Especialistas têm lamentado quando Bowie ou Bob Dylan ou os Rolling Stones continuam se apresentando bem em seus anos de crepúsculo, mas Madonna retrocede esta turnê – focando, na maior parte, em sua idade.

Tudo bem, de acordo com Madonna. “Já me rejeitaram antes”, disse ela, apesar de se referir aos insultos de sua jovem rival e não aos comentários sobre sua idade. “É bom construir caráter”.

Enquanto continuarmos questionando a relevância de Madonna e de seus personagens, ela continuará relevante como nunca!

Madonna: viver polêmicas para contar histórias

Madonna

Assim como Gabriel García Márquez fez em sua famosa autobiografia “Viver para Contar”, a carreira de Madonna também poderia resumir-se sob essa máxima, que, em inglês, intitula uma de suas mais famosas músicas, “Live To Tell”, origem de uma de suas muitas e famosas polêmicas.

Até a recente denúncia do partido francês Frente Nacional contra uma montagem audiovisual apresentada em seu último show em Paris, que destacava a política Marine Le Pen (líder da legenda ultradireitista) com uma suástica na testa, muitas são as polêmicas que envolvem a chamada “ambição loira”.

Além das questões puramente eróticas, Madonna também ambienta sua música em outros pontos de muita discussão, como a homossexualidade, o catolicismo, os símbolos nacionais e o antiamericanismo. Alguns atribuem seu compromisso com a liberdade, e outros com a máxima: “Que falem mal de mim, mas falem”.

Com o single “Papa, Don’t Preach”, de 1986, Madonna acendeu ao mesmo tempo os ânimos dos setores conservadores e dos progressistas. A canção, que fala de uma adolescente grávida, fugia claramente da rígida moralidade dos anos 80, enquanto as feministas consideravam que a cantora banalizava um tema delicado.

Alguns anos depois, em 1989, Madonna lançou o clipe de “Like a Prayer”, considerado o mais escandaloso da história da rede “MTV”. Neste, a cantora se refugia dentro de uma igreja, onde, com um provocante decote, aparece para dar vida a uma estátua de um Cristo negro.

Embora a artista tenha declarado que não pretendia brincar com a religião, aquela foi a primeira vez que uma de suas músicas foi considerada como uma blasfêmia. Na ocasião, a marca de refrigerantes que patrocinou o lançamento do clipe cancelou uma campanha similar poucos dias depois.

A partir de então, os confrontos da rainha do pop com os setores mais ortodoxos do Cristianismo foram contínuos e chegaram a um ponto extremo durante a turnê “Confessions Tour”, realizada em 2006, quando a cantora interpretou “Live To Tell” descendo dos céus, pregada em uma cruz e com uma coroa de arame farpado, enquanto rostos de crianças sofrendo apareciam por trás.

A artista recebeu ameaças de sequestro da máfia russa, protestos liderados pelo ex-presidente da Polônia Lech Walesa e até uma tentativa de boicote por um sacerdote protestante holandês de 63 anos, que reconheceu ter sido o autor de uma falsa ameaça de bomba durante uma apresentação da loira em Amsterdã.

Além disso, no show desta mesma turnê em Roma, Madonna incluiu imagens de Bento XVI em uma projeção que mostrava personagens como Hitler, George W. Bush, Benito Mussolini, Vladimir Putin, Osama Bin Laden e Saddam Hussein.

Já em 2003 – em plena Guerra do Iraque, liderada pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush -, Madonna lançou a controvertido clipe de “American Life”, que trazia imagens de conteúdo bélico em um desfile de moda.

“Me sinto muito patriota e muito orgulhosa de ser americana, mas me chateia ver que um país com tanto poder e influência esteja obcecado e motivado por valores errôneos”, disse então a cantora, que criticou a “obsessão dos americanos pelas aparências”.

Suas críticas aos políticos conservadores continuaram durante a turnê de “Sticky And Sweet” em 2008. Nesta ocasião, a cantora queimou imagens do então candidato republicano John McCain, assim como a de Adolf Hitler e de Robert Mugabe, o presidente do Zimbawe, ao som de “Get Stupid”.

Isso sem falar nos desafortunados episódios relativos a alguns símbolos nacionais. Os porto-riquenhos não viram com bons olhos o fato de a cantora nova-iorquina ter passado a bandeira deste “Estado Livre Associado” aos EUA entre as pernas durante um show em Bayamon em 1993.

Na Argentina, a cantora encontrou uma inflamada oposição a sua famosa interpretação de Eva Duarte de Perón em “Evita”. Nesta época, o então presidente Carlos Menem disse que sua escolha “não seria tolerada pelo povo argentino”. Posteriormente, Madonna também declarou que se identificava com sua personagem, com exceção desta ser “uma mulher disposta a tudo para assegurar sua ascensão social”.

Não há dúvidas que Madonna possui tantos anos de polêmica como de carreira. O próximo episódio desta lista, por exemplo, poderá ocorrer já no próximo mês de agosto, quando a cantora se apresentará em São Petersburgo. Ícone da comunidade gay, Madonna foi ameaçada pelas autoridades russas com uma multa caso ela venha a infringir a controvertida lei que proíbe “a propaganda homossexual” no país.

“Não fujo da adversidade. Durante minha atuação, eu vou falar sobre esta ridícula atrocidade”, advertiu a cantora, que provavelmente deverá ter que pagar a quantia de US$ 170 por conta desta advertência. EFE

MADONNA MÚSICA: Single de BEDTIME STORY completa 17 anos

Madonna - Bedtime Story Single 1995A terceira música de trabalho do álbum  BEDTIME STORIES, de Madonna, BEDTIME STORY, completa hoje, 13 de abril, 17 anos de lançamento.

O pulso eletrônico de Madonna para   Bedtime Stories ganha velocidade justamente nesta faixa. Composta por  Bjork, Nelle Hooper e Marius De Vries, é a única música do álbum em que não tem as mãos de Madonna na composição. Madonna ficara muito impressionada com o estilo e sucesso da islandesa Bjork quando seu primeiro álbum solo, de 1993, foi lançado.

A música feita por Bjork não soa muito diferente das músicas que ela fazia com sua banda Underworld, e soava totalmente desprovido das batidas fortes que Madonna costumava fazer até então, o que despertou o interesse de Madonna por Bjork. Madonna amou “Bedtime Story” e assim o escolheu para ser o terceiro single do álbum. Apesar do enorme sucesso na parada dance da Billboard, a música apenas chegou ao 42º lugar do Hot 100 Singles. Para a faixa, 15 remixes oficiais foram lançados.

Para promover o single, Madonna deu uma festa televisionada para a MTV, um lançamento nada convencional: uma festa do pijama no clube de Nova York Webster Hall onde ela leu o livro infantil de David Kirk, “Miss Spider´s Tea Party”, para uma seleta platéia de convidados. Bedtime Story teve um desempenho comercial razoável no Reino Unido, onde Madonna performou o single no Brit Awards 1995 (performance abaixo). Por lá, emplacou o 4º lugar e na Alemanha o número cinco.

O clipe de Bedtime Story é o mais prestigiado e conceituado vídeo de sua videografia e foi gravado no Universal Studios, Califórnia, entre os dias 5 a 10 de Dezembro de 1994 e teve um custo de 5 milhões de dólares. O vídeo de Bedtime foi digirido por Mark Romanek, que trabalhou com Madonna em “Rain”. O clipe foi todo Inspirado por obras de pintores surrealistas como Leonora Carrington e Remedois Varo. Em entrevista a revista Aperture, Madonna contou que as cenas em que ela voa pelos corredores, seus cabelos, os pássaros e até suas roupas são todas imagens fieis de pinturas surrealistas de seus artistas prediletos.

Em 2005, o vídeo musical foi incluído em galerias de arte contemporânea (incluindo o Museu de Arte Moderna, onde ele é armazenado como coleção permanente, juntamente com um outro vídeo dirigido por Romanek, de Nine Inch Nails, “Closer”).

“Bedtime Story” é tido como a canção que prenunciava os novos caminhos que Madonna tomaria dali em diante, e o resultado veio 4 anos depois com o álbum Ray of Light, que deve seu caráter techno rave e eletrônico ao caráter de Bedtime Story. Foi o germe que viria a inspirar Madonna para buscar e conquistar a música eletrônica com os tipos de William Orbit e Mirwais”.

CHARTS

Austrália – 5
Bélgica – 38
Canadá – 46
Estados Unidos (Billboard Hot 100) – 42
Estados Unidos (Billboard Hot Singles Sales) – 27
Estados Unidos (Billboard Hot Dance Club Play) – 1
Itália – 8
Nova Zelândia – 38
Holanda – 2
Reino Unido – 4
Irlanda – 5
Hungria – 1
Japão – 7
México – 3

VÍDEO OFICIAL

VÍDEO 2

Uma versão re-editada de “Bedtime Story” (Orbital Mix), originalmente disponível no lançamento do single, foi usado como um interlúdio de vídeo durante a turnê Re-Invention Tour. Assista!