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Download: áudio Madonna “Blond Ambition Nice”

madonna blond ambition tour nice download mp3 rar

Para quem procura o áudio da tour de Madonna, “Blond Ambition”, em Nice, aqui está remasterizado, ripado do DVD, pronto pra download.

Faixas:

“Express Yourself”
“Open Your Heart”
“Causing a Commotion”
“Where’s the Party”
“Like a Virgin”
“Like a Prayer”
“Live to Tell”/”Oh Father”
“Papa Don’t Preach”
“Sooner or Later”
“Hanky Panky”
“Now I’m Following You”
“Material Girl”
“Cherish”
“Into the Groove”
“Vogue
“Holiday”
“Keep It Together”

Link 201 megas: baixar.

Compositor de Madonna explica como Like A Prayer e outros sucessos foram criados

singlelibMadonna compõe suas próprias músicas? Sim, e não. Ela não compõe a melodia, com certeza. E agora que a Srta. Ciccone foi indicada ao Hall Of Fame de compositores, achei que seria interessante resolver a questão de uma vez.

Ontem à noite, conversei com Patrick Leonard, o grande compositor de sucessos Pop e, às vezes, até um compositor-fantasma para astros do Rock que precisam de ajuda para colocar o trabalho no papel. Leonard é um músico treinado, que pode tocar qualquer coisa. No telefone, de Amsterdã, onde ele está trabalhando com Leonard Cohen, Patrick tocou Like A Prayer pra mim em seções diferentes. Ele compôs a melodia deste sucesso, assim como de muitos outros sucessos de Madonna durante os dias de ouro nas paradas.

Patrick Leonard compôs a melodia de, entre outras: Like A Prayer, Cherish, True Blue, Live To Tell, La Isla Bonita, Frozen, Hanky Panky, Sky Fits Heaven, Nothing Really Matters, I’ll Remember, e Something To Remember.

Ele foi um dos produtores de Open Your Heart. Madonna escreveu a letra, disse Leonard, com ele, e ajudou a criar as melodias. Ele a considera uma amiga e mentora. “Ela me colocou no mapa”, ele disse.

“Sou grato. Sou uma daquelas pessoas nos bastidores”, disse Leonard. “Se ela (Madonna) não tivesse cantado essas músicas, ninguém as teria ouvido. Ela tornou possível para mim fazer o que faço agora”.

O processo deles era simples. Ele compunha a melodia e levava a Madonna. Ela ajudava com a letra e oferecia mudanças para a melodia combinar com ela. “Ela a refinava”, disse ele. “Você dá a faixa a ela, ela canta a melodia. Ela é muito talentosa”. Da colaboração deles, ele disse, “Um não existia sem o outro. Ela sempre aparecia e se envolvia. Na verdade, sinto falta dela”.

Eles não compõem juntos desde 1997. Ele gostaria de fazer de novo? “De forma alguma”, disse Leonard. “Ela compõe muito com DJs agora”.

Leonard foi creditado em todas as músicas que compôs com Madonna, incluindo o maior número de sucessos nos quais ela está creditada como co-compositora. Nenhuma foi creditada apenas a Madonna. E várias delas foram compostas apenas por outros, incluindo Holiday, Like A Virgin, Material Girl e Borderline.

Leonard me contou que não ligaria se Madonna entrasse no Hall Of Fame de compositores sem ele. Ele não acredita em prêmios, nem ao menos pendura seus discos de ouro. “Eles estão em um armário, em algum lugar”, disse. Ele apenas acredita em evoluções. Nesta semana, ele irá a Nova York para trabalhar com Roger Waters.

Roger Friedman
showbiz411.com

Parabéns Madonna – 55 anos da rainha do pop!

b'day aniversário madonna 55 anos

A rainha do pop Madonna completa mais um ano de vida, 55 anos. Para muitos, este número soa alto demais e é sinônimo de aposentadoria. Para outros, de vitalidade e sinônimo de que há muito o que fazer.

Pois então, Madonna, com toda aquela energia e pique que conhecemos, que, inclusive acabamos de vê-la em exaustivos shows, não dá indícios de que irá parar algum dia. Não faz parte de seu vocabulário o ostracismo, e hoje, uma data que para muitos fãs é especial por se tratar de uma pessoa que nos orgulha por todo trabalho que fez nos últimos 30 anos, merece celebrações em todo mundo, afinal, o aniversário dela é como se fosse o nosso, e, afinal, ela…

– Lançou “Holiday” para podermos cantar a exaustão e declarar feriado mundial;
– Ganhou o apelido de “Material Girl” e virou febre mundial com o álbum “Like A Virgin”;
– Não deu aos fãs o registro da tour “Virgin” em DVD (mas pelo menos o temos em LD ou VHS);
– Madonna disse que ia ter seu bebê e teve e brigou com muita gente por isso, até com o pai, que mandou não se meter;
– Nos faz sonhar até hoje com San Pedro;
– Nos faz lembrar que “Spotlight” tocava 50x ao dia no Xou da Xuxa;
– Causou muita confusão com “Like A Prayer”, quebrou contrato com a Pepsi, tirou vantagem disso depois, afinal, de boba Madonna não tem nada, e contestou o catolicismo;
– Madonna mostrou ao mundo o que era o “Girl Power” muitos anos antes que as Spice Girls;
– Madonna teve o vídeo censurado pela MTV, não se fez de ofendida e tratou de lançá-lo em VHS como o primeiro video-single da história;
– Mostrou para as inimigas como elas deveriam se apresentar na TV após sua performance de “Vogue” no VMA;
– Aliás, tem VOGUE na sua discografia…todo mundo se soltando;
– Lucrou com o próprio corpo num livro sensacional, que bateu recorde de vendas, e tornou-se mais uma referência pop. Aliás, virou dona do próprio nariz e montou sua própria gravadora;
– Veio pela primeira vez ao Brasil em 93, com direito a uma suruba simulada no palco e até “bunda suja”. Ah, antes ela já tinha feito sexo consigo mesma numa cama e enfurecido o vaticano por isso na Blond Ambition Tour;
– Gastou milhões em um belíssimo clipe que é considerado uma obra de arte digna de exposição, “Bedtime Story”;
– Não pediu desculpas por tudo, já que é a sua natureza de humana;
– Madonna compilou suas melhores baladas num CD belíssimo com aquelas fotos Versace;
– Ganhou um globo de ouro de melhor atriz por EVITA e fez a crítica engolir de vez o veneno;
– Madonna ganhou grammys com uma preciosidade discográfica chamado de “Ray Of Light”; e aqueles clipes maravilhosos? Quem nunca andou pela praia a noite e não se sentiu no vídeo de “The Power Of Goodbye”?
– Fez a Marília Gabriela subir as tamancas numa entrevista;
– Tacou um som estranho nas pistas, fez o povo torcer o nariz por alguns segundos e depois todo mundo correu pra pista não resistindo as batidas de “Music”;
– Depois de anos sem tour, Madonna voltou pra estrada com o “Drowned World Tour”, mas antes ela casou e teve seu segundo filho, que hoje até dança com ela;
– Sequestrou uma velhinha, atropelou, assaltou um caixa eletrônica, e teve mais um clipe polêmico proibido na MTV;
– Falou umas verdades para o Bush, peitou os EUA, fez dedinho no clipe e no final, ainda beijou Britney Spears e Christina Aguilera no VMA; ah, e depois saiu em tour que acabou virando um documentário que todos os fãs torcem o nariz porque todos querem o show em DVD. Madonna sempre do contra;
– Mas aí colocou novamente o mundo aos seus pés ao som de “Hung Up” e do álbum “Confessions On A Dancefloor”, quebrando recordes;
– Virou uma ativista de primeiro time e hoje é líder em diversas causas humanitárias;
– Se crucificou em pleno palco numa cruz que vale mais que toda a sua grana e fez uma tour maravilhosa e, claro, a igreja novamente esbravejou;
– Gravou um disco pelas coxas, mas se redimiu com uma nova tour e até passou pelo Brasil e fez as linhas da Time 4 Fun explodirem. Muito alvoroço;
– Conheceu um modelo brasileiro (Jesus Luz), todo mundo falou sobre, e até o colocou pra ser o DJ do vídeo de “Celebration”. Ah, lançou sua quarta coletânea e um DVD com quase todos seus clipes;
– Madonna “Comprou” um país;
– Entre 2009 e 2011, Madonna esteve imersa na produção de seu primeiro longa metragem, W.E., o que a fez não se dedicar ao mundo da música durante o período;
– Deu um tempo na música e voltou com tudo cantando seu hino gay num evento esportivo americano batendo recorde de audiência, não superado pela Beyoncé este ano; Madonna arrasou no Superbow, fato!
– Voltou ao Brasil para divulgar o álbum MDNA que, no fim das contas, não teve divulgação e isso irritou todos os fãs do mundo, mas……….
– Lutou contra o preconceito com pessoas mais velhas, e isso a fez mostrar os mamilos e as nádegas durante performances de sua recente turnê, a MDNA Tour, bem como apresentar um vídeo arrebatador para a canção “Nobody Knows Me”, como interlude de seu show. Neste vídeo, há críticas ferrenhas também a machistas, homofóbicos e políticas de extrema direita, como é o caso de Marine Le Pen. Seu último feito foi criticar duramente o governo russo por ter prendido o grupo Pussy Riot após protesto em capital russa, bem como falar abertamente contra a lei anti propaganda gay de São Petersburgo. E com tudo isso…
– Continuamos loucos por ela, e como ela já disse, ela sempre nos compensa com algo sensacional quando pisa da bola. O MDNA Tour está aí pra provar.

Que venha mais 30 anos cheios de saúde, de energia, de muita música, de vídeos, shows, de quebra de regras, de polêmicas, de escândalos, de ousadias, de atitude, ou seja, de tudo aquilo que somente o a persona MADONNA é capaz de oferecer a sua legião de seguidores, afinal, ela é a única que pode se gabar de completar 55 anos e 30 de carreira no auge, em todos os aspectos, em sua sua triunfante jornada. Ela não é a voz de 3 gerações a toa!

Parabéns, Madonna, pelo aniversário de 55 anos!
Como seu fã, só me resta lhe dar todo meu amor.

DVD Especial Madonna Live 8

madonna-live8-dvdDVD trazendo a sensacional performance de Madonna no Live 8, em que ela canta os hits LIKE A PRAYER, RAY OF LIGHT e MUSIC.

Live 8 extras:

– In Backstage : MTV Interview
– MTV John Norris Interview
– In Backstage: BBC News (Live 8 Madonna Ensaio)
– Imagine: Live Tsunami Aid

LIVE AID 1985

Performances de HOLIDAY, INTO THE GROOVE e LOVE MAKES THE WORLD GO AROUND

BÔNUS REPORTAGENS E CIA.

– E! ET News: “VOGUE” Magazine cover
– UK Biggest Artst (2004)
– 2001 Turner Prize
– UK Music Hall Of Fame 2004
– ET News: UK Music Hall Of Fame 2004
– Madonna “Sin City” Premiere
– ENEws: “Lotsa” In NY Premiere
– Elton John about “Re-Invention Tour”
– MTV 1998 Trailler com Madonna

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Prince culpa Madonna por seu fracasso

madonna-prince2Em entrevista à Billboard, o cantor pop Prince disse que Madonna é uma das responsáveis por fazer que ele fosse “esquecido” pela gravadora Warner Bros. Records.

“It was always about Madonna,” he tells the magazine, explaining why his relationship with the record label went sour. “She was getting paid, but at the same time we were selling more records and selling out concerts on multiple nights.”

Na entrevista, o cantor culpou Madonna por ter roubado o foco da gravadora. “Ela estava sendo paga, mas, na época, nós vendíamos mais discos e lotávamos mais shows em noites consecutivas”, afirmou Prince.

Durante os anos 1990, Prince mudou seu nome para um símbolo em protesto.

Ele também comentou o fato de a banda Maroon 5 ter regravado um de seus clássicos, a música “Kiss”

Prince disse não ter problemas com versões e afirmou que ele mesmo canta músicas de outros artistas em seus shows, pagando os royalties devidos. Mesmo assim, ele disse que não entende porque bandas como o Maroon 5 precisam regravar e relançar músicas de outros artistas.

“Why do we need to hear another cover of a song someone else did?” he quips in the interview, noting that he has no problem with artists performing covers during live shows. “Art is about building a new foundation, not just laying something on top of what’s already there.”

“Por que precisamos escutar outra versão de uma música de outra pessoa? Arte é construir novas fundações, não simplesmente ficar no topo do que já está feito”.

Madonna e Prince cantaram juntos na faixa “Love Song”, do álbum “Like A Prayer”, de 1989, música sempre ignorada por Madonna em qualquer show. Em 1994, Madonna teceu o seguinte comentário sobre Prince ao jornal Los Angeles Times: “Eu jantava com Prince e ele só molhava torrada no chá, muito delicado. Eu enchia o prato de comida diante de mim, perguntando tipo ‘Você não vai comer?’. Ele mexia os lábios, sussurrando um ‘não’ imperceptível”. Em seguida, ela concluiu: “Eu pensei, ‘Oh, meu Deus’. Eu tenho uma teoria sobre gente que não come. Elas enchem meu saco”.

Após essa declaração eles passaram um longo período se estranhando e evitando um ao outro.

Prince gravou vários álbuns para se desvencilhar do contrato com a Warner Bros devido seus deventendimentos com a gravadora, além disso recusou trabalho e turne com Michael Jackson.

2007 – Durante um show em Londres, Prince disse “Meus hits são mais numerosos que os filhos de Madonna”, o que parecia uma pré reconciliação.

2011 – Em 18 de Janeiro de 2011, Madonna foi ao show de Prince no Madison Square Garden e encerrou a rixa de duas décadas.

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Durante o show, Prince brincou com Madonna sobre o seu show ser mais caro que o de Madonna em NY.

Para quem se interessar: Madonna – Uma Biografia Íntima – Caso com Prince:

Logo depois de seu primeiro encontro no set de “Material Girl”, Madonna, 26 anos, e Sean Penn, 24 anos, começaram a sair juntos. “Depois da filmagem do clipe, fui até a casa de um amigo meu”, explica ele. “Ele tinha um livro de citações, que abriu aleatoriamente numa página, e leu o seguinte: ‘Ela possuía a inocência de uma criança e a esperteza de um homem’. Olhei para meu amigo e ele disse apenas: ‘Caia matando!’. E foi o que fiz.” Mas a coisa complicada para Sean Penn era que Madonna também andava saindo com Prince, que conhecera numa outra ocasião nos camarins do American Music Awards, em Los Angeles, em 28 de janeiro de 1985. Ele não era seu tipo, e é difícil saber até por que Madonna estava interessada nele, exceto pelo fato de que o respeitava como músico e provavelmente apenas queria saber o que o fazia ser quem era.

Prince (cujo nome verdadeiro é Prince Rogers Nelson) era – ainda é – uma pessoa excêntrica, notória por exibir um comportamento estranhamente tímido em particular e uma sensualidade ultrajante – saracoteando de sunga e salto alto – no palco. Durante uma entrevista comigo no mesmo ano em que conheceu Madonna, Prince se recusou a falar. Em vez disso, sentou-se silenciosamente em sua cadeira diante de um prato chinês e passou a noite inteira brincando com o arroz e o camarão, o tempo todo de cara amarrada. Como resposta a cada questão, não acenava afirmativamente nem
sacudia a cabeça em negativa. Quando a entrevista terminou, foi embora sem dizer tchau. “E isso, meu amigo, é Prince”, disse seu agente a título de explicação.

Em seu primeiro encontro, Prince convidou Madonna para acompanhá-lo a uma de suas apresentações em Los Angeles. Embora ela tivesse agendado uma viagem fora de Nova York para começar os ensaios de sua própria turnê, decidiu adiá-la por alguns dias para passar algum tempo com o rock star. Na noite do show, ele a apanhou numa limusine branca imensa e a levou até o Forum, onde era a apresentação. Madonna disse mais tarde que ficou espantada com o forte cheiro de lavanda da diminuta estrela do rock. “Como uma mulher”, ela notou. “Senti com se estivesse na presença de Elizabeth Taylor. Ele exala lavanda. Na verdade, aquilo me excitou.”

Um antigo amigo de Prince, T. L. Ross, que estava na limusine, recorda: “ouvi que ela era muito agressiva, que o pobre sujeitinho tinha de se defender. Ela era muito forte. Segundo ele, tinha a força de dez homens”. Como devia se apresentar naquela noite, Prince não queria gastar todas suas forças com Madonna, e sugeriu que esperassem.

Após o show, os dois se aventuraram pela noite de Los Angeles e acabariam no Hotel Marquis, em Westwood, numa festa com a turma de Prince. A farra ficou da pesada quando ele subiu numa mesa e começou a tirar a roupa. Subindo junto, Madonna se atracou com ele numa esfregação, com os ombros subindo e descendo e o corpo ondulando. A festa só acabou às cinco da manhã, e Prince e Madonna – de braços dados, praticamente escorando um ao outro – retiraram-se para a suíte particular do ídolo.

Nos dois meses seguintes, o casal continuou a se encontrar, embora não parecessem ter muito mais em comum do que seu status de superestrelas. Enquanto ela era honesta e direta, ele era calado e acanhado. Para sorte dos dois, ambos idolatravam Marilyn Monroe. Quando ele Ihe contou que seu quarto estava abarrotado de posteres da deusa loira das telas, Madonna disse que não podia esperar para ver sua memorabilia.

Em uma noite romântica, Prince reservou todo o restaurante Yamashiro, que fica no topo de uma montanha, com uma vista de tirar o fôlego das luzes da cidade de Los Angeles. Madonna usava uma saia rendilhada púrpura com um sutiã preto, de marca, se insinuando sob a blusa impecavelmente branca. No restaurante, os dois comeram comida japonesa e então, após três horas do que pareceu a alguns observadores pouca conversa, partiram para um clube noturno chamado Façade.

“Passei um tempão rodeando esse assunto porque não sei bem como começar ou como dizer a você”, falou Prince quando estavam no clube junto com amigos. Estava sendo mais corajoso do que nunca com ela, e na frente de testemunhas, o que tornava tudo ainda mais surpreendente. “Madonna, acho que a gente devia ficar junto, você e eu. Quero que você seja, sabe…minha garota.”

Parecendo surpresa, Madonna deixou o pedido em suspense, como que antecipando um arremate de piada. Mas ele não estava brincando, e sim esperando sua resposta. “Hummm”, disse ela, franzindo o cenho e olhando como se estivesse tentando imaginar como lidar com o momento. “Puxa, isso é uma coisa para se pensar, não é?” Suas palavras não aparentavam muita convicção. Quando Prince pareceu cabisbaixo, Madonna pegou sua mão. “Ah, venha, vamos dançar!”, disse-lhe alegremente enquanto o puxava para a pista de dança.

Depois de mais ou menos dois meses, quando já não havia mesmo mais nada para dizerem um ao outro, Madonna se encheu. Os dois haviam gravado algumas canções em seu estúdio de Mineápolis, e uma delas iria até mesmo ser lançada mais tarde. Mas seus amigos se recordam que, enquanto ela reclamava de sua passividade, ele se pegava em sua natureza agressiva.

Conforme T. L. Ross: “Prince era cósmico demais para Madonna. Para ele, fazer amor é uma experiência espiritual. Para ela – pelo menos na época -, apenas uma expressão física. Enquanto Prince queria saborear cada momento do ato, ela sentia orgasmos múltiplos. Depois de dois meses, ele terminou. Daí, ela resolveu fazer a cena da mulher desprezada.
“Depois que ele demonstrou não ter mais interesse nela, foi aí que os telefonemas começaram. Madonna o importunava por semanas . Mais tarde, ele contou que ela gritava: ‘Como ousa me chutar desse jeito, não sabe quem sou eu?’. Definitivamente, não estava acostumada a levar um fora.”

Contudo, Madonna teria a última palavra em relação a Prince, anos mais tarde no Los Angeles Times, em outubro de 1994: “Eu jantava com Prince e ele só molhava torrada no chá, muito delicado. Eu enchia o prato de comida diante de mim, perguntando tipo ‘Você não vai comer?’. Ele mexia os lábios, sussurrando um ‘não’ imperceptível”. Em seguida, ela concluiu: “Eu pensei, ‘Oh, meu Deus’. Eu tenho uma teoria sobre gente que não come. Elas enchem meu saco”.

Crítica: Madonna exibe seus “bens” na Arena Philips, em Atlanta

Ouviu-se no banheiro feminino no final do show de Madonna: “Ela era boa. Agora, ela está tão…estranha”.

Madonna

Uma das figuras mais extremistas da história da música popular sendo classificada como incomum não é novidade. Madonna se tornou Madonna não por causa de sua habilidade vocal limitada ou coreografias criativas – ela o fez baseada numa habilidade provocativa sem igual, uma mente sagaz para negócios e ótimas colaborações de composições que ajudaram-na a criar dezenas de músicas pop atemporais.

Agora, ela tem 54 anos, intensamente consciente de que não conseguirá apresentar um show de duas horas equivalente a um espetáculo da Broadway noite após noite por quase 6 meses, ou que ficar apenas de sutiã preto e calcinha, como fez no show na Arena Philips, não lhe dará assobios e gritos por seus firmes “bens” pra sempre.

Tais óbvias realizações explicam a grandiosidade explícita deste show, uma produção tremenda que, às vezes, apresentou bateristas suspensos sobre o palco, cubos iluminados e impressionantes, 15 dançarinos em vários figurinos chamativos, exibindo peitorais musculosos (os homens, claro) e um alegre show de moda durante Vogue. A líder Madonna quase não teve tempo de beber água e, enquanto não pode ser criticada por muitas coisas – como o Auto-Tune desenfreado e a cantoria questionável durante coreografias pesadas – ela vai à exaustão no palco, pelo benefício de um show de primeira.

A extravagância foi dividida em quatro seções/temas, que inicialmente continham um monte de violência besta. Revolver e Gang Bang apresentaram-na ostentando uma arma, ondas de sangue inundando a enorme tela, de quase 1km de altura, sempre que ela matava um bandido no estilo “vilão de James Bond”.

Na verdade, muito da primeira parte do show pareceu uma produção do Cirque du Soleil. Você está lá, confuso, mas não quer desviar o olhar com medo de perder aquele segundo precioso. Daí, novamente, a julgar pelo número de pessoas que passaram a maior parte do show mandando mensagens de texto e vendo fotos nos telefones, talvez Madonna tenha saído muito de seu curso, sem, ao menos, suavizar nossas tendências tecnológicas.

Mas se há uma queixa legítima sobre esta turnê, não é que ela tocou músicas do MDNA, seu último álbum. O que você esperava? O problema é que apenas algumas dessas canções são boas o bastante pra garantir o foco.

A acústica e linda Masterpiece, apresentada com o trio basco Kalakan, foi um ponto alto do show, que começou às 22h30, fato frequentemente mencionado desde que a turnê começou. Além dela, a irritável I Don’t Give A…, que apresentou Nicki Minaj no vídeo, deve ter sido um sucesso em outra era musical. Mas muitas outras – I’m Addicted, Girl Gone Wild – são esforços esquecíveis, enquanto Gang Bang é, meramente, um refrão chato sobre uma batida latejante e guitarras frenéticas.

Claro que haverá fãs do show, esgotado, que irão reclamar que Madonna não cantou sucessos suficientes, e eles teriam razão. Mas, na última década, nenhuma turnê de Madonna incluiu mais do que alguns dos hits dos anos 80, e a maioria destas canções foram tão recriadas, que ficaram irreconhecíveis.

Pelo menos no sábado, os fãs receberam uma Papa Don’t Preach mais fiel, uma Vogue excitante e uma versão tradicional de Open Your Heart, novamente com Kalakan. A única falha verdadeira foi transformar Like A Virgin numa supostamente ardente canção, que Madonna apresentou com o sutiã supracitado e calças, primeiramente elevadas na linha do estômago, no fim da passarela, e depois sobre um piano, no estilo do filme Os Fabulosos Irmãos Baker. Claro que seria ridículo se ela cantasse a versão original, mas transformá-la em lixo não foi a melhor escolha.

Àqueles ansiosos pela Madonna vintage, ela fez uma aparição mais cedo no show, quando, vestida com o figurino de baterista de banda e mostrando um pouco da coreografia com os pompons – algo que você não verá em qualquer jogo de futebol colegial – ela apresentou Express Yourself. No meio da canção, Madonna chegou ao refrão de Born This Way, de Lady Gaga, provando que ela rouba a mesma linha melódica, daí enfiou a faca no melhor estilo Madonna adicionando o refrão de sua própria She’s Not Me.

Entendido! A questão é a seguinte: mesmo quando Madonna está criando e apresentando um show que é mais pro seu próprio interesse do que para agradar fãs que ainda usam luvas de renda e rendem-se aos seus shows…é uma evolução necessária!

Podemos nem sempre concordar com as direções dela, mas, como Minaj lembra no fim de I Don’t Give A…: “Só há uma rainha, e é Madonna”. Access Atlanta

Crítica: Quando Madonna deixará de ser relevante?

Mark Kemp – Creative Loafing

Madonna

Quando Madonna comicamente anunciou aos fãs do Verizon Center, em Washington, no dia 24 de setembro, que “temos um Muçulmano negro na Casa Branca”, ela jogou a merda no ventilador. Foi como se os abutres da cultura nacional sofressem outro caso de amnésia pop-cultural. Esta é Madonna, afinal. E Madonna será Madonna.

Como ovelhas, todos obrigatoriamente resmungaram no Twitter e no Facebook pra registrar seu horror. Foram inteligentes também, sendo que os considero bem astutos. Pessoas conhecidas ou com quem trabalhei muitas vezes nos últimos 15 anos – jornalistas musicais e críticos, especialistas, assessores de imprensa, o pessoal do rádio, músicos, até mesmo amigos de faculdade e conhecidos do colégio. Com os dentes rangendo e as bocas espumando, eles pularam desenfreadamente pra atacar Madonna novamente. Foi bem nostálgico.

Um escritor e ex-repórter da Billboard de Los Angeles ligou um artigo do jornal Huffington Post na página do Facebook com o título “Madonna chama Obama de ‘um Muçulmano negro na Casa Branca’”. Claro, ele também fez um comentário: “Deixe esta vaca lerda e louca por atenção se meter no diálogo político e ajudar a perpetuar uma das mais duradouras e errôneas concepções sobre o presidente”.

É sério? Sim. 57 pessoas curtiram a postagem dele e 35 comentaram, incluindo “Ela é tão idiota quanto um saco de martelos”; “Ela é uma vaca sem talento, sem cérebro e idioooota, sem senso de humor”; “Ela é uma puta, um verme estúpido”; e “Vamos lembrar que ela ainda exibe os seios nos shows”.

Você imaginaria que esses profissionais da indústria da música eram estudantes colegiais debatendo sobre uma líder de torcida popular, mas notoriamente rebelde, durante o almoço. Na verdade, eram pessoas de 40, 50 e até 60 anos de idade, debatendo sobre alguém que eles vêm seguindo de perto ao longo das últimas três décadas. Alguém que tem sido parte integral da cultura popular americana. Alguém que vem se expressando há muito tempo em músicas abusadas e bem-sucedidas, além de álbuns e performances, sempre aumentando o nível para mulheres da indústria da música e expandindo as definições de uma cantora pop e um ícone cultural popular. E lá estava ela – aos 54, a líder de torcida mais rebelde da América – na estrada já há um tempo, promovendo seu mais recente álbum, MDNA. E alimentando mais ainda a fúria no Facebook.

Agora na etapa final de uma turnê que começou em Tel Aviv em maio, Madonna seguiu para Charlotte no dia 15 de novembro para uma performance na Time Warner Cable Arena. Ela provocou controvérsia novamente? Esta sequer é uma pergunta significativa?

A grande novidade em setembro não foi que Madonna fez uma observação impactante durante um show em DC (seria novidade se ela não tivesse feito algo impactante). Não, a novidade foi que Madonna ainda trabalha e diz coisas que acendem uma paixão assim, tanto positiva quanto negativa, em 29 anos de carreira. A pergunta “Madonna ainda é relevante?” tem sido um mantra por quase 28 desses anos. Tudo começou em 1984, após o lançamento do segundo álbum e do convite pra cantar o até então o novo sucesso, “Like A Virgin”, no Video Music Awards, da MTV. Ela finalizou se arrastando no palco em um vestido de noiva, exibindo um pouco da virilha e cantando levemente fora do tom numa faixa pré-gravada. Após a performance, no primeiro de muitos pronunciamentos subsequentes, especialistas tocaram o sino da morte: Madonna desesperadamente procura chocar as pessoas; ela está acabada, pronto! Próxima!

Madonna não apenas estava em alta, mas se encontrava no meio de três álbuns maravilhosos, cortesia de colaborações muito boas com gênios dos estúdios, incluindo seu ex-namorado Jellybean Benitez, Nile Rodgers e Stephen Bray. Ao longo dos cinco anos seguintes, ela se casou e divorciou de Sean Penn, apareceu na Broadway na peça Speed The Plow, de David Mamet, estrelou no sucesso de público e crítica Procura-se Susan Desesperadamente e no fracasso Quem É Essa Garota?, e se tornou vítima de inúmeras piadas sobre punks e roqueiros. Ainda assim, foi tratada como estrela por membros da realeza do cenário alternativo: Sonic Youth e Mike Watt, do Minutemen, cujo projeto paralelo Ciccone Youth foi tanto uma homenagem, quanto uma paródia.

A primeira grande mudança artística de Madonna aconteceu em 1989 com Like A Prayer, o álbum que muitos – inclusive eu – ainda consideram a obra-prima dela. Depois de batalhar com seu querido pai e com a Igreja Católica em Papa Don’t Preach três anos antes, Madonna levou seus problemas religiosos à frente na faixa título do álbum e no clipe, repleto de ícones católicos sagrados/profanos: cruzes em chamas, cicatrizes e uma fantasia sexual com um santo. “Coube certo com o meu espírito da época, na questão de se impor às autoridades masculinas, seja o Papa ou a Igreja Católica ou meu pai e suas maneiras conservadoras e patriarcais”, ela disse à Rolling Stone em 2009. Em Express Yourself, do mesmo álbum, ela apelou a uma nova geração de jovens mulheres para que saíssem da sombra de seus namorados e tomassem o controle criativo. O que aconteceu foi que Madonna organizou um motim dois anos antes de Bikini Kill ou Courtney Love reclamar às massas desajustadas ao som de guitarras grunge e punk.

Madonna

Nos 23 anos seguintes, temos questionado a relevância de Madonna de forma automática. Com cada nova polêmica, especialistas respondem como cachorrinhos do fisiólogo russo Pavlov: “Ela foi longe demais desta vez? As bizarrices cheias de controvérsias dela chegaram a um nível de desespero? Madonna ainda é relevante?”. Fizemos isso em 1990 quando ela incorporou servidão e sadomasoquismo no clipe de Justify My Love. Fizemos de novo em 1992 quando ela lançou o livro Sex, como parte integrante do novo álbum Erotica. Fizemos no fim dos anos 90, quando ela incorporou as novas crenças da Kabbalah em Ray Of Light, que acabou sendo outro grande avanço criativo.

A primeira década do século 21 foi igual. Em 2003, Madonna usou o VMA da MTV novamente para ir além dos limites da aceitação, beijando Britney Spears e Christina Aguilera após a performance original de Like A Virgin. Os especialistas soaram como um coral: Madonna foi longe demais. Três anos depois, quando Madonna e o até então marido Guy Ritchie adotaram um menino do Malauí, o refrão voltou: ela está procurando atenção desesperadamente.

Estamos no jogo dela a cada novo movimento: suas aparições no cinema, os amantes, os desrespeitos de celebridade e comentários sociais. E em 2012, lá estamos nós outra vez. Em julho, o site MTV.com postou uma notícia com a manchete gritante: “A controversa turnê MDNA de Madonna: Ela foi longe demais? Usando armas falsas e se expondo no palco, a turnê MDNA do ícone pop está repleta de críticas”.

“Oh, fala sério, pessoal! Ela estava brincando. Os americanos estão assim, tão incapazes de aceitar sarcasmo?”. Foi isso o que eu escrevi no Facebook do escritor de música de Los Angeles sobre o comentário de Madonna sobre o “Muçulmano negro”. Daí, eu repostei o artigo na minha página. A situação não foi melhor lá, embora a acidez entre meus amigos não tenha sido tão intensa. “É um comentário horrível, que não vai ser nada bom pro Obama. Mas, ei, fez Madonna voltar ao noticiário”, um antigo conhecido da faculdade sugeriu. “Não tenho dúvidas de que ela tentava ser sarcástica”, um amigo de minha cidade disse, “mas ela falhou totalmente”. E um colega de Nova York lamentou que a piada de Madonna foi inapropriada:

“Há muitas, muitas pessoas lá fora que verdadeiramente acreditam que Obama não seja Cristão.”

E isso é problema de Madonna? Se as pessoas são burras o bastante pra acreditar que o Presidente é muçulmano, é problema deles, não de Madonna. E se o Presidente Obama tivesse perdido as eleições por causa da piada sarcástica de Madonna, muito mais teria sido dito sobre o nível de inteligência dos americanos do que sobre o humor dela. A sagacidade, os cálculos e o timing de Madonna estão ótimos, muito obrigado. Ou, conforme a solitária voz da razão – do jornalista musical, humorista e autor de I Want My MTV  Rob Tannenbaum – sugeriu no meu Facebook, o ultraje sobre a afirmação de Madonna “mostra não apenas um sarcasmo mal-entendido, mas – pior – Madonna sendo mal-entendida”.

Como a mais óbvia influência pop dela, David Bowie, Madonna é tanto uma artista performática quanto da música – cuja experimentação com personagens não se reserva apenas ao palco, filmes, clipes ou álbuns. Ela permeia cada aspecto da vida pública dela. Quando Madonna faz um documentário, como Na Cama Com Madonna ou I’m Going To Tell You A Secret, ela está se apresentando, não oferecendo algum tipo de visão jornalística perspicaz sobre sua vida pessoal ou o processo de bastidores. Ela está interpretando Madonna, seja atuando de forma vulnerável ou no controle; ela está brincando com códigos de gênero e cultura, papéis sexuais e suposições sobre poder.

Quando Madonna se une a alguma causa – seja pelos direitos gays, assuntos humanitários ou uma eleição presidencial – ela está se apresentando. Claro, é óbvio que a pessoa real – Madonna Louise Veronica Ciccone, de Detroit – também apoia o Presidente Obama e os assuntos GLBT, mas ela o faz através de vários aspectos de suas personas, não com canções de protesto, redações racionais ou palestras. Não é assim que ela trabalha. Madonna faz grandes observações com situações elaboradas, grande teatralidade, figurinos extraordinários, maquiagem à-la Fellini, e, sim, sarcasmo profano – todos os muitos aspectos de suas personas. Se entendermos os discursos políticos dela da mesma forma que ouvimos os de Joan Baez, Chuck D, Tom Morello ou Boots Riley, estaremos interpretando-a erroneamente. As grandes narrativas dela são o que a elevam muito acima das imitadoras, exceto talvez Lady Gaga, que realmente entende Madonna.

No aniversário de 50 anos de David Bowie, em 1997, eu estava com ele numa pequena loja inglesa de chás em Manhattan. Conversamos sobre as personas que ele criara ao longo dos anos – sobre seus objetivos, o que ele tentava alcançar, o que ele esperava que as pessoas soubessem sobre ele. Outros devem saber pouco sobre David Robert Jones (seu nome de batismo), ou Bowie como sugerido, mas eles devem saber muito sobre Ziggy Stardust and the Thin White Duke. A autenticidade foi superestimada, ele disse. Bowie é um artista que faz arte, personagens e situações – não uma realidade linear. “Eu costumava ficar agressivo com a ideia de integridade”, ele me contou, referindo-se àqueles que o criticaram no começo, por usar truques numa época em que sinceros cantores de folk pregavam ao seu eleitorado. “Eu dizia, ‘Foda-se – meu negócio é truque”.

Truque é o negócio de Madonna também. E esperamos muito disso quando ela chegou à arena de Charlotte. Já sabemos que ela tem provocado com uma sequência violenta durante as mais recentes canções – Girl Gone Wild, Revolver e Gang Bang – que apresentam Madonna com armas e couro, numa luta sangrenta e coreografada contra homens mascarados dentro de um quarto de hotel cenográfico. A cena foi tão perturbadora para alguns membros da plateia em Denver (sendo tão recente ao tiroteio da tragédia envolvendo o filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge), que algumas pessoas deixaram o show. “Estamos dançando e, de repente, as pessoas começaram a perceber o que era a canção”, Aaron Fransua, de 25 anos, contou à Associated Press. “Ficamos todos parados lá. Todo mundo perto de mim estavam chocados”.

Algumas canções depois no setlist da turnê MDNA, o que parecera antes ser um golpe visual e temático no ex-marido de Madonna, o diretor britânico adorador de sangue Ritchie, ficou bem claro, de acordo com a blogueira Marilee Lindemann, conhecida como a “Louca com um laptop”. Lindemann escreveu sobre o show do dia 23 de setembro em Washington: “Percebi naquele momento que não estávamos sendo forçados simplesmente a nos divertir com a violência gratuita. As evocações de Abu Ghraib contextualizaram e geopolitizaram friamente a violência das cenas anteriores, à-la Tarantino, e mostraram consequências reais”. Lindemann, Professora universitária de Inglês e Diretora de Estudos Gays, Lésbicos, Bissexuais e Transgêneros na Universidade de Maryland, acrescentou: “ou…o mais real possível no espetáculo surreal de Madonna”.

Quando o espetáculo de Madonna chegou a Charlotte, também pudemos ver referências à rixa dela com a imitadora Lady Gaga. As duas têm estado muito conectadas ao longo do último ano, brigando pela opinião popular. Em turnê, Madonna injetou a rixa em Express Yourself  (“não aceite o segundo lugar, baby…”), desviando-se momentaneamente à faixa similar de Gaga Born This Way, pra afirmar apropriação, sabe?

A resposta de Gaga a esta justaposição? “As únicas similaridades são a progressão de cordas – é a mesma da música eletrônica há 50 anos”, disse a Lady. “Não significa que estou plagiando, mas que sou esperta pra cacete”.

Na verdade, Madonna e Lady Gaga são ambas espertas pra cacete. Madonna levou a narrativa da rixa a Minneapolis em 4 de novembro, contando à plateia que Gaga rejeitara um convite pra cantar com ela no palco. “Tudo bem”, Madonna disse. “Tenho os melhores fãs do mundo todo. Então, toma isso, Lady Gaga!”.

Tome isso também: de acordo com os números, Madonna é tão relevante quanto sempre foi e, facilmente, tão popular quanto quaisquer de suas herdeiras. MDNA é o quinto álbum consecutivo dela a dominar as paradas. A turnê atual já vendeu 1.9 milhão de ingressos no mundo todo, com a maioria dos shows esgotados. E mais, ela continua em grande forma física e as canções e conceitos de performance de MDNA são fortes como tudo que ela já fez em anos.

Especialistas têm lamentado quando Bowie ou Bob Dylan ou os Rolling Stones continuam se apresentando bem em seus anos de crepúsculo, mas Madonna retrocede esta turnê – focando, na maior parte, em sua idade.

Tudo bem, de acordo com Madonna. “Já me rejeitaram antes”, disse ela, apesar de se referir aos insultos de sua jovem rival e não aos comentários sobre sua idade. “É bom construir caráter”.

Enquanto continuarmos questionando a relevância de Madonna e de seus personagens, ela continuará relevante como nunca!

Crítica: Nem “I´m Sinner” impede que Madonna brilhe na multidão em St Louis

Madonna

Finalmente, depois de 29 longos anos de agonia espera pelo ícone pop Madonna, ela finalmente fez um show em St. Louis, Missouri. Bem, apenas 27 se você contar a partir de sua turnê The Virgin Tour, de 1985. De qualquer forma, o resultado final é que São Luís tem  fome por Madonna. Na noite de quinta-feira, a espera quando a artista feminina mais bem sucedida na história da música tocou para um Scottrade Center lotado e surpreendendo milhares que presenciaram o espetáculo em primeira mão.

Madonna reconheceu a longa espera para os fãs que esperaram para vê-la em St Louis declarando “É tão bom estar aqui, finalmente. Eu tive que colocar no meu caminho St. Louis.”

A rainha do pop Madonna tem sido uma figura controversa desde que ela surgiu no cenário nacional no início de 1980 e o MDNA TOUR não é diferente, ouvindo críticas de críticos de que o show se apoia na tecnologia como representação da violência para posições políticas. Certamente eles não conseguem entender toda a história que o show cria a partir dele.

Para ter certeza, ela não esqueceu de nada em sua primeira visita aqui. Começou o show com uma cena em um templo gigante, repleta de monges cantando e tocando sinos, Madonna explodiu de uma arma flutuante e confessando para começar “Girl Gone Wild”. Depois de uma provocação da “Material Girl” de que o show seguiria com algum clássico de Madonna, todos se enganaram.

Madonna não estava lá para relembrar seus antigos hits. Ela tinha um propósito, e que foi uma narração visual que abrangeu tanto som e imagem. Desenhando na emoção como um catalisador, “Gang Bang” começou bastante simples com Madonna descansando em uma maquete de um motel barato. Imediatamente, tornou-se evidente que sua personagem estava pensando em um assassinato vingativo.

Um por um os diferentes assassinos, fazendo referência direta a tudo o que ela queria eliminar no mundo e em sua vida, e que tentariam matá-la (quantas vezes a imprensa tentou acabar com Madonna ao longo dos anos?), mas foram frustrados por ela e toda vez que ela atirava, imagens de sangue eram projetadas em telões gigantes que contornam a parte de trás do palco. Foi muito visual e gráfico e o ponto de partida para Madonna. Ela fez tudo na intenção de contar uma história, e utilizou o palco inteiro para isso. E fez brilhantemente. Madonna é mestre em não dar ponto sem nó.

Enorme em tamanho e completa com partes móveis do palco davam a impressão que o palco tinha vida própria. Alçapões foram colocados em vários locais que se projetavam como um diamante em cada lugar que Madonna ia, tudo em torno de um lugar privilegiado e caro chamado “Triângulo de Ouro” para os que compraram os caríssimos ingressos. E cada centavo ali acaba por ser uma pechincha diante da grandeza do espetáculo.

Ao longo do show os dançarinos da noite e Madonna iriam dentro e fora de nossas vistas normalmente através de elevador hidráulico. Os elevadores feitos em pequenas porções cresciam e diminuíam com as batidas das músicas , mudando a forma e estrutura do estágio de uma forma que deveria estar na base da apresentação de cada música – tudo milimetricamente alinhado. Então, muitas possibilidades com essa configuração de palco multi-dimensional se seguiram. Cada um dos degraus possuem uma tela de vídeo conectada do mesmo modo que diferentes espectros visuais poderiam ser realizadas para quase qualquer situação, a partir de pilares gigantes em uma igreja, salão de paredes, a um trem em movimento.

MADONNA EM CASA

Quando digo que Madonna se sentiu em casa, o momento mais evidente de constatar foi após a apresentação do hit “Human Nature”. Ela, que em todos os shows tatuou alguma palavra em protesto em suas costas, desta vez deixou-as livre para que algum fã o fizesse, e assim aconteceu. “Vou fazer algo diferente, você quer escrever nas minhas costas?” Perguntou a fã de nome Martha. Madonna se sentou, pediu para que ela a secasse numa total intimidade que só poucos conseguiram em suas vidas e pediu que escrevesse o que Martha achasse dela em grandes letras para que todos pudessem ver, que fosse em uma ou até três palavras, o que quisesse. Madonna se levantou, pediu aos câmeras que a focassem para que ela visse e a frase “U´r the one” (Você é a única) estava lá. Madonna perguntou se ela era mesmo a única e agradeceu.

Assista ao momento

Madonna era a uma sobrecarga sensorial de som e imagem. Era como ver uma peça da Broadway só que melhor, com a música de uma artista de primeira grandeza em grande interação e um sistema de luz infalível.

Vocalmente, Madonna estava no local com a voz tão forte como sempre. Ela facilmente rasgou canção após canção, enquanto constantemente se andava ao redor do palco como se estivesse em casa, com a energia e resistência de alguém com metade de sua idade. Foi verdadeiramente notável e um triunfo que é intemporal na melhor forma de sua vida.

FALHA DE SOM EM “I´M SINNER”

O ritmo do show foi sólido, mesmo durante suas mais de 10 trocas de figurino, e mesmo com os os 4 vídeos interlude que se seguiram durante o show para que vossa alteza fizesse sua troca de figurino não fez perder o ritmo enquanto seus dançarinos dominavam o palco. O tropeço técnico só ocorreu perto do final quando durante as frases iniciais da faixa de seu mais recente álbum “I´m A Sinner” falhou. Madonna foi obrigada a parar a música pois não conseguia ouvir o seu retorno e apenas os gritos da platéia ensandecida. Ela pediu desculpas a seus fãs pedindo paciência e pediu, em tom irônico, misericórdia de tecnologia enquanto conversava com sua equipe de som. Madonna foi até aos fundos do palco para saber o que acontecia, voltou, perguntou se a platéia a ouvia e então reiniciou a música e ainda disse: “Por favor pessoal façam alguma coisa pois eles não podem esperar”, sem deixar a peteca cair demonstrando total controle da sua audiência. Outras até teriam ficado desconfortáveis aparentemente, mas Madonna levou no bom humor e disse:

“Eu vou desaparecer
Fingir que isso não aconteceu
Abracadabra!
Feche os olhos …. “

A multidão não parecia se importar, em vez disse eles lhe deram um vislumbre do que adoram em Madonna: o perfeccionista que se esforça para entregar o melhor show que pode para seus fãs. Foi um momento alegre, que também provou que Madonna não é um robô e deu aos fãs algo que eles podem tomar como lição para suas vidas. Ela pediu desculpas várias vezes e o público respondeu em espécie.

Assista ao vídeo

Sua habilidade em contar uma história tão completa visualmente que se encaixa muito bem com o áudio foi incrível, no mínimo. Posso dizer que assistir a um concerto de Madonna é como uma experiência religiosa para muitos e fica evidente quando “Like a Prayer”, um dos mais poderosos hits de todos os tempos, começou a tocar.

Madonna não é do tipo que vive do passado cantando hits que todos adoram. Ela é um tipo de artista plástica que trás uma mensagem em cada quadro que pinta, e só ela consegue contar uma história e dar uma experiência única como nenhum outro artista pode.

Este show foi um dos maiores programas do ano e a platéia que foi embora após o término do show rasgava elogios para a última grande estrela pop que a América tem.

Não importa o que você acha dela, não há como negar o fato de que Madonna é a única que consegue unir uma produção incrível e divertir o público ao mesmo tempo como ninguém mais pode fazer.

Madonna

Madonna

Madonna

Madonna

The Examiner

MDNA Tour: Madonna ao vivo – Pop, Política e Poder

Madonna

DENVER, EUA, 26 DE OUTUBRO

Muitos boatos têm sido ditos nas últimas semanas sobre o lado negro, por assim dizer, da turnê “MDNA” de Madonna. E, de fato, há momentos brutais nas duas horas do show. O primeiro segmento, que inclui as novas músicas “Girl Gone Wild” e “Gang Bang”, mostra Madonna massacrando um grupo de assassinos mascarados com uma arma falsa e respingos de sangue ao longo da enorme tela.

“Bang, bang / Te matei / E não me arrependo”, ela sussurrou sobre a lenta batida. O banho de sangue em alta definição fez a multidão do Toyota Center gritar. E tem mais: ela está politizada! Ela canta várias canções novas! Ela apoia os direitos dos homossexuais! E a banda punk feminista Pussy Riot!

“Qual é o problema, você não gosta da minha bunda?”, Madonna perguntou depois de um “strip-tease” em “Human Nature” revelar “Obama” estampado ao longo de suas costas e receber algumas vaias (mas os gritos venceram no final).

“Não subestimem a Democracia”, ela disse à multidão. “Continuo dizendo isso, e vou dizer aonde quer que eu vá. Precisamos apreciar o que temos. Não me importo em quem você vote, mas vote!”.

Mas o imperdoável (pelo menos àqueles que ainda não foram a nenhum show) é o horário de início. Madonna entrou no palco por volta das 22h45. Atrasada, pra ser exato, mas é algo comum se você já a viu em turnês recentes. O DJ/Produtor Martin Solveig abriu o show e foi acompanhado por David, o filho mais novo de Madonna. Poucas pessoas pareceram se importar com a espera.

Na verdade, foi divertido assistir à parada da moda pré-show: perucas rosas e roxas, pulseiras e laços da era “Virgin”, muitas penas e couro, até mesmo ombreiras de futebol cobertas em paetês. Havia faíscas e calças justas e muita maquiagem (grande parte nos garotos). Mais de 2 milhões de fãs terão visto a turnê quando ela chegar na América do Sul, e a atmosfera de festa só vai somar a todo o esplendor.

O show começou em meio a um redemoinho de fumaça e cânticos, com dançarinos vestidos de monges e gárgulas congregando. Madonna apareceu, armada, com a tensão provocante de “Girl Gone Wild”. Elevadores iam pra cima e pra baixo. Imagens piscavam na tela. Daí, a violência, que seguiu a um segmento igualmente nefasto apresentando “Papa Don’t Preach” e “Hung Up”. Mas foi menos “vida real” e mais Russ Myers (ver nota), com Madonna como a perfeita heroína/vilã vestida de couro.

Ela estava em forma e dançando muito, muitas vezes de salto alto, quase em todas as músicas. O show é feito para o Pop em cada ângulo, quase sem intervalos. Uma montagem angustiante preparou “Nobody Knows Me” (do álbum “American Life”) e apresentou dedicatórias a adolescentes gays levados ao suicídio por “Bullying”, incluindo Asher Brown, que frequentava a Hamilton Middle School no Distrito Escolar Independente Cypress-Fairbanks.

Muitos artistas inferiores já passaram pela mesma arena, mas nenhum mostrou a mesma combinação de confiança, carisma e atitude de Madonna.

De muitas formas, a Turnê MDNA é um estudo de contrastes. A abertura frenética abriu espaço para uma sequência radiante e alegre que incluiu uma combinação inteligente de “Express Yourself” e “She’s Not Me”, de Madonna, com “Born This Way”, de Lady Gaga. (Malícia é um pré-requisito pra ser Diva, especialmente com um golpe tão óbvio.) A dançarina Madonna foi acompanhada por bateristas retumbantes, no palco e suspensos no ar, durante “Give Me All Your Luvin'”, e foi impossível não se contagiar no palco primoroso.

O trio de folk Basco Kalakan trouxe um talento cigano para “Open Your Heart”, que apresentou uma participação do filho Rocco, de 12 anos; e “Masterpiece”, a única balada do show, um destaque sincero. “Vogue”, ainda uma perfeição pop, permaneceu virtualmente intocada. Mas “Like A Virgin” foi transformada numa triste valsa.

O trecho final foi repleto de Majestade Pop, da batida disco de “I’m Addicted” à iluminada, animada, entoada pela multidão “Like A Prayer”. A última música “Celebration” foi simplesmente isso – uma tampa efervescente para uma noite de amor, morte, redenção e liberdade de expressão.

(Nota: Russ Myers foi um diretor de cinema e fotógrafo americano conhecido principalmente por ter escrito e dirigido uma série de filmes de baixo custo de exploração sexual, que apresentavam sátiras maliciosas e atrizes com grandes seios.) Joey Guerra

Review do jornal Chron Houston.

Madonna emplaca a maior audiência americana e entra para o Guinness Book

Madonna - Super Bowl 2012

Madonna novamente no Guinness Book. Na edição 2013, a apresentação da rainha do pop no Super Bowl half-time show teve a maior audiência da história da TV americana com 114 milhões de telespectadores em fevereiro.

Madonna apresentou, na ocasião, o novo single “Give Me All Your Luvin'”, além dos hits “Vogue”, “Music” e “Like A Prayer”.

Madonna, em seus 54 anos de idade, abraça mais de 20 recordes mundiais, incluindo o de tournê feminina mais rentável da história (Sticky & Sweet Tour) e a de cantora que mais vendeu discos em toda história da música, além do livro infantil (As Rosas Inglesas) mais vendido em menos tempo e a de artista mais bem paga do showbiz.

Além de Madonna, Adele também entra no livro com o álbum 21 e o single “Rolling In The Deep”. Ela tem o mais vendido single digital nos Estados Unidos e Reino Unido (Rolling…) e álbum digital mais vendido com o “21” também nos Estados Unidos e Reino Unido.

Vamos rever a apresentação de Madonna no Super Bowl?