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Review: Madonna dá um “oi” eterno a Kansas City

madonna mdna chicago

Na metade do show de duas horas no Spring Center no dia 30 de outubro, Madonna agradeceu pela resposta estridente que recebera da multidão que quase lotou o lugar. E em tantas palavras (incluindo algumas que não podem ser mencionadas), ela se desculpou. Parafraseando: Está é a primeira vez que estive em Kansas City. Por que demorei tanto?

Ela fez 54 anos em agosto; em maio, lançou a MDNA Tour, a nona da carreira. E se a primeira vez for a última em que ela tocar na cidade, ela deu à multidão um presente único e um “oi” eterno.

O show foi um espetáculo implacável e extravagente de visões, sons e façanhas; uma estridente locomotiva musical, dança, teatro, vídeos, luzes, figurinos e uma atitude pretensiosa de uma mulher que pode estar no meio de sua sexta década na Terra, mas, com certeza, provou ainda ser real e relevante.

Ela fez os fãs esperarem. Foi poucos minutos após as 22h30 quando os sinos de igreja tocaram, anunciando o começo do show. Do início, ela, a banda e a pequena legião de dançarinos/acrobatas/contorcionistas inflamaram os humores. O palco estava montado com uma enome tela de vídeo que mostrou imagens e estímulos visuais que competiram com toda a ação ao vivo que acontecia com a música, que, às vezes, parecia incidental com o drama visual.

Madonna passou a maior parte do show na mesma energia que seus ginastas/dançarinos mais jovens, sendo que a maioria se satisfazia como treinamentos extremos e yoga duas vezes por dia. Ela provou estar tão em forma quanto eles, se unindo numa coreografia na corda banda e até mesmo baixando as calças e revelando seu bumbum esculpido.

O show seguiu o tema proposto: uma jornada da alma, da escuridão à luz. Depois que os sinos tocaram e os dançarinos, vestidos de monges, colocaram um enorme incensório num pêndulo, Madonna fez sua entrada no palco, carregando um rifle. Armas e violência foram uma grande parte das primeiras três músicas. Durante Gang Bang, ela atirou e matou vários potenciais assassinos. A cada vez, a grande tela mostrava esguichos de sangue (que pareciam frutas amassadas).

Depois da aclamação inicial, a primeira grande erupção veio para Papa Don’t Preach, um dos loucos sucessos dela. Se este show tem uma fraqueza, é o setlist, que favorece em grande parte o último álbum MDNA, lançado em março (ela tocou 8 das 12 músicas, mais do que um terço do show).

A multidão, que ficou em pé durante quase todo o show, parecia conhecer a maior parte do novo material. I Don’t Give A, que apresentou uma aparição em vídeo de Nicki Minaj; Turn Up The Radio e Give Me All Your Luvin’, que apresentaram uma participação em vídeo de M.I.A.;

todas explodiram em dança, com todo mundo cantando junto. Mas, com toda a ansiedade que antecedeu o show e todas as emoções da multidão, Madonna poderia ter feito um buraco no teto da arena se tivesse apresentado alguns grandes sucessos pra uma multidão que estava à espera deles.

Ao invés disso, ela transformou um dos maiores, Like A Virgin, em uma valsa gótica no piano, fazendo-a soar como uma balada trágica de Leonard Cohen. Vogue foi tocada próxima o suficiente da versão original pra gerar uma grande aclamação. E o momento mais alto e catártico veio perto do fim, durante uma versão “hino gospel” de Like A Prayer, que utilizou um coro de 36 pessoas – o melhor uso de um coral desde I Want To Know What Love Is, do Foreigner. Em um show no qual temas e imagens religiosos predominam, aquele foi o ápice espiritual.

Se “luz” era o destino do show, ela o alcançou, enfaticamente. Depois que os sinos tocaram novamente, Madonna e a equipe entregaram o hino chiclete das boates Celebration, um convite a uma festa e à “dança da vida”.

Como foi na maior parte da noite, o palco estava incandescente com movimento e luz e som. Mesmo assim, não havia dúvida de quem havia sido a força no meio de toda aquela cor e movimento: a mulher que se apresentou a Kansas City duas horas antes e, finalmente, foi embora querendo mais.

BY TIMOTHY FINN
The Kansas City Star – Tradução de Leonardo Magalhães

Tony Shimkin: os 20 anos do álbum EROTICA, de Madonna

MadonnaTribe (Traduzido por Leonardo Magalhães)

Madonna

O álbum “Erotica”, de Madonna, completou 20 anos de lançamento. É hora de celebrar 20 anos de Erotica, um dos álbuns mais originais e controversos de Madonna, com um papo exclusivo com Tony Shimkin, co-produtor e co-autor de algumas das melhores canções do álbum.

Tony foi ao Madonna Tribe pra nos levar a uma jornada de fofocas, lembranças e a um relato exclusivo e inigualável do processo criativo de obras-primas como Erotica, Bye Bye Baby, Deeper And Deeper, Bad Girl e Why’s It So Hard, apenas pra citar algumas, mas também Vogue, Rescue Me, This Used To Be My Playground e as tão comentadas fitas de Rain.

MadonnaTribe: Oi, Tony, seja bem-vindo ao Madonna Tribe. Você é um produtor/compositor famoso e respeitado, mais conhecido pelos fãs de Madonna pelo seu trabalho no incrível álbum Erotica, de 1992. Vamos do começo. Como começou sua carreira?

Tony Shimkin: Comecei no Ensino Médio trabalhando como estagiário no Soundworks Studio em Nova York, que, coincidentemente, é o mesmo estúdio onde mixamos o álbum Erotica, assim como remixes de músicas anteriores dela. Mais tarde, me tornei Assistente do Engenheiro de Gravação e, então, Engenheiro. Durante aquele tempo, trabalhei com Duran Duran, Teddy Riley e, mais frequentemente, Shep Pettibone. Daí, comecei a editar remixes do Shep paralelamente. Pouco tempo depois, fui contratado pelo Shep pra ser seu assistente pessoal. Foi aí que fiquei mais envolvido em mixar e produzir. Devido ao sucesso dos remixes que estávamos fazendo, especialmente para Janet Jackson, Madonna e Mariah Carey, Shep e eu fomos convidados e começamos a compor juntos faixas para Madonna, Taylor Dayne e Cathy Dennis.

MT: Como você se tornou um dos produtores mais bem-sucedidos na Indústria?

TS: É muito gentil da sua parte, mas há muitos produtores que eu admiro como sendo mais bem-sucedidos. Sir George Martin e Quincy Jones, por exemplo, e eu hesitaria bastante em me colocar perto da categoria deles.

Meu sucesso é, em meu ponto de vista, devido, principalmente, ao meu amor pela grande variedade de estilos musicais, meu respeito pelos Artistas, Músicos e Engenheiros de Estúdio e Produtores, e pela minha habilidade de me relacionar bem com diferentes tipos de personalidade. Ser um Produtor Musical é quase ser um Diretor de Cinema.

Você deve reunir o melhor e mais apropriado elenco pra apoiar o Ator ou Atores principais. Na música, são apenas os Músicos e Engenheiros apoiando o artista. Além disso, a locação é importante…o estúdio certo, a atmosfera certa pra ser criativo.

MT: Então como você se envolveu na produção de Erotica?

TS: Como resultado do nosso trabalho remixado para Madonna, nosso envolvimento no álbum The Immaculate Collection nos permitiu colaborar numa canção original, Rescue Me, e nossa colaboração bem-sucedida em Vogue nos deu um convite para co-escrever canções para o futuro álbum dela.

Começamos a compor as faixas e então enviamos a Madonna em LA para escrever as letras e melodias. Daí, ela veio ao estúdio caseiro em NY e começamos a trabalhar.

MT: Erotica pode ser descrito como um álbum conceitual. Depois de ser muito criticada, e até ser chamada de “Fracassada” quando ele foi lançado, o álbum se tornou, com o tempo, um dos favoritos dos fãs por conter músicas fortes e muito bem produzidas. Vocês ficaram decepcionados pelas primeiras reações? Era como se a Mídia quisesse passar pro público uma outra coisa ou algo que ele não era.

MadonnaTS: Entendo a resposta inicial. Quer dizer, ele foi lançado ao mesmo tempo que o livro SEX e o filme altamente sexual dela com William Dafoe, e você tinha os clipes de  Erotica e Justify My Love, então a Mídia estava… “Sexo, sexo, sexo!”. Era Madonna ultrapassando os limites de SEX.

O resto das músicas do meio que se perderam. Se Erotica não tivesse sido o primeiro single, isso poderia não ter acontecido. Acho que quando Rain foi lançada, as pessoas tiveram a oportunidade de ver além da coisa sexual.

Havia mesmo muita diversidade nas canções de Erotica e aquilo se perdeu nas críticas iniciais. Também acho que dois milhões dificilmente é um fracasso, mas, se comparado ao trabalho anterior, que vendeu quase sete milhões no lançamento, o álbum foi visto como um fiasco. É engraçado porque com as vendas atuais, dois milhões é um sucesso enorme e, desde o lançamento, acredito que já tenha vendido mais de cinco milhões.

MT: Você é co-autor com Shep Pettibone e Madonna de algumas das melhores faixas do álbum: Erotica, Bye Bye Baby, Deeper And Deeper, Bad Girl, Why’s It So Hard, apenas pra mencionar algumas. Você se lembra do processo que deu à luz algumas dessas canções?

TS: Erotica foi, definitivamente, uma longa evolução das duas versões finais, a do álbum e a versão inspirada no Oriente Médio chamada Erotic, inclusa no livro SEX. Bye Bye Baby foi muito divertida, já que o efeito do vocal filtrado foi aplicado durante a gravação e tocado enquanto ela cantava. Este vocal está também na primeira demo.

Durante a mixagem de Deeper And Deeper, eu estava zoando com um violão acústico, tocando música espanhola, no estilo flamenco. Madonna me ouviu e quis adicionar aquela parte na música. Daí, acrescentamos castanholas e…voilá! A parte com o estilo latino da canção nascera!

Tínhamos acabado de voltar de férias no meio do processo de composição, Shep estivera na Jamaica e eu fora mergulhar nas Ilhas Cayman. Ambos voltamos com uma pesada inspiração do Reggae, e daí veio Why’s It So Hard. Depois que Madonna passou um dia fora, eu toquei com uma ideia e adicionei alguns vocais de fundo. No dia seguinte, não sabia que ela já tinha chegado e estava tocando. Daí, ela gritou do andar de baixo: “O que é isso…gostei!”. Cheio de vergonha, contei a ela que era eu cantando e ela me fez cantar de novo na frente dela. Aquela foi a minha estreia como cantor. Foi engraçado ouvir minha voz durante o Girlie Show nos alto-falantes do Madison Square Garden.

Bad Girl foi uma partida do resto do álbum e uma boa quebra no processo de composição, porque nos desacelerou e foi legal ficar sério por um momento.

MT: O som de Erotica parece bem cru quando você ouve as primeiras canções. Esta foi uma decisão consciente?

TS: Usamos muito dos vocais demo que foram gravados com um microfone SM-57, mais comum para apresentações ao vivo, porque tinha uma grande energia e gostamos da performance.

Quando gravamos na fita, usamos um gravador de  ¼ de polegada (Ver Foto) e a faixa de 2 polegadas foi gravada com 15 ips (Inches Per Second) pra dar um toque mais antigo ao som, ao contrário do formato digital, que é o que estamos acostumados a trabalhar. Portanto, o “som cru” foi deliberado, por querermos usar o máximo das nossas performances demo.

MT: Quais das canções de Erotica são as suas favoritas e por quê?

TS: Quando o álbum foi originalmente lançado, o Shep me contou que eu devia escolher apenas uma música na qual colocar meu nome como compositor. Sabendo o que sei hoje, eu teria dito “Não, colocarei em todas ou então comece tudo de novo sozinho!”.

Com isso, escolhi Deeper And Deeper, porque sabia que seria um sucesso. É difícil dizer agora, mas eu deveria ter escolhido Rain, porque amo a ascensão que vem com o sintetizador e como ele te eleva às outras partes, mas o clipe pode ter inspirado esta resposta.

MT: Recentemente, houve um papo na Internet sobre as chamadas fitas de Rain. Delas, parece que as canções de Erotica passaram por muitas fases diferentes. De onde estão vindo essas fitas?

TS: Não sei. Certamente não fui eu, acredito que apenas Shep, eu mesmo e Madonna têm cópias das primeiras fases das demos. Portanto, o seu palpite é tão bom quanto o meu. Algumas ofertas me tentaram a lançar coisas assim, mas Madonna sempre me tratou com respeito e eu não faria nada sem o consentimento dela.

MT: Uma antiga versão acapella de Erotica, conhecida pelos fãs como You Thrill Me, apareceu na Internet alguns anos atrás. A música era completamente diferente da versão do álbum. Então, isso significa que Erotica foi uma das canções que passaram pelas maiores mudanças durante a produção?

TS: Sim, começou como uma canção totalmente diferente. Apenas uma parte do vocal: “You thrill me, surround me, you fill me” se tornou “Erotic, erotic, put your hands all over my body”. Quando isso aconteceu, a coisa do sexo meio que tomou o controle e acabou indo numa direção completamente nova.

MT: Mas Madonna não esqueceu de You Thrill Me, já que a repetiu na Confessions Tour, em 2006. Você ouviu aquela versão ao vivo de Erotica/You Thrill Me? Você gostou? Você ficou surpreso por ela ter desenterrado a demo pra reinventar a canção pro palco?

TS: Não, não ouvi, mas vou pegar uma cópia e ouvir agora que você me contou. Estou muito interessado em ouvi-la. Madonna geralmente explora uma nova direção ou revisita uma antiga quando se apresenta ao vivo e eu acho isso ótimo, odeio ir a um show e ouvir uma canção feita exatamente como o arranjo de gravação. Esta é a razão por ir ver um show ao vivo. Pode apostar que as pessoas comprarão o DVD daquela turnê apenas pra ouvir estas novas/velhas versões.

MT: Do que eu entendo, a parte “You are who you are” substituiria a parte falada “Give it up, do as I say” na estrutura da canção inicial e o refrão “You thrill me, surround me, you fill me” estava lá, ao invés do mais famoso “Erotic, erotic, put your hands all over my body”, certo? Basicamente, na Confessions Tour, ela cantou a canção feita de dois refrões.

TS: Às vezes, as canções realmente são desenvolvidas. Sei que é mais fácil achar que foi composta uma vez, da forma que você ouviu. Mas, neste estilo de música, ao contrário dos Beatles, que compunham no violão ou piano, a canção evolui. Começando com uma faixa para uma energia, Madonna cantava as ideias dela. Inspirados nelas, nós mudávamos e construíamos a música, mudando completamente, às vezes. Daí, se tornava um esforço colaborativo, de trás pra frente, até você ter o que todo mundo ouve.

MT: Na versão do álbum Erotica, dois samples foram inclusos. Um é de Jungle Boogie e o outro é o canto assombrado El Yom. Pessoalmente, acho que eles deram à canção um bônus adicional e foi uma ótima ideia. De quem foi a ideia de incluir samples nas canções?

TS: Os samples eram de uma coleção de sons escolhidos da extensa coleção de discos do Shep e foram usados como inspiração na construção das canções. Geralmente, nos livrávamos deles depois de terem servido ao nosso propósito. Os samples que você mencionou se tornaram parte integral da canção e a música sentia a falta da energia que adorávamos quando os tirávamos. Às vezes, você não pode substituir ou recriar essa mágica.

MadonnaMT: A faixa Goodbye To Innocence também foi descartada pra favorecer o cover de Fever na época. Como isso aconteceu?

TS: Quando estávamos na fase de mixagem da produção, Madonna começou a cantar Fever sobre a faixa Goodbye To Innocence. Ficou uma regravação legal e fomos até o fim. Eu sempre amei Goodbye To Innocence e fiquei um pouco desapontado por perdê-la. Fiquei feliz quando ela a relançou tempos depois.

MT: Fever também foi remixada em uma nova versão pra ser usada no clipe. Você trabalhou na produção daquele remix também?

TS: Não, não estava ciente que tinha sido feito como um clipe. Porém, nós fizemos o arranjo daquela versão ao vivo para a aparição no Saturday Night Live.

MT: Aparentemente, há muitas faixas que foram compostar pro álbum e nunca foram terminadas ou lançadas. Muito tem se falado de uma canção que você ajudou a compor com Madonna e Shep, chamada You Are The One. Você pode nos contar mais sobre ela?

TS: Havia duas canções que fizemos, mas não foram lançadas. You Are The One e Shame. You Are The One era uma canção agitada e bem chiclete. Uma verdade é que Madonna nunca criou melodias esquecíveis. Infelizmente, nem toda canção chega ao CD. Talvez ela lance uma coleção de canções não-ouvidas um dia, mas eu duvido. Ainda tenho uma cópia em cassete dessas demos antigas. Preciso converter para arquivos digitais para a posteridade um dia.

MT: Em Shame, Madonna, aparentemente, reprisa sua personagem Dita da canção Erotica. Estou muito curioso sobre esta canção…

TS: Shame ficava na memória rapidamente, embora o refrão tenha ficado muito parecido em termos de melodia com uma outra canção com o mesmo título. Mesmo assim, mantinha a fidelidade com o resto do material gravado e, sim, o alter ego Dita pode ter nascido desta canção também.

MT: Você acha que um dia teremos uma chance de ouvir essas produções não-lançadas?

TS: Como eu disse antes, a decisão é de Madonna. Eu a respeito demais pra lançar qualquer coisa sem ela saber, lembre-se de que não foi ela que me sacaneou com os créditos e a publicação.

MT: Antes de Erotica, você também trabalhou em The Immaculate Collection, Vogue, Rescue Me e no remix de Keep It Together. Qual foi o seu envolvimento nestas canções?

TS: Vogue foi a primeira vez em que conheci “Mo”. Ela tinha voado de LA pra graver vocais e não tínhamos ouvido muito das ideias dela pra música. Daí, quando ela começou a cantar, eu soube instantaneamente que seria um mega sucesso. Aconteceu dela escrever toda a parte “Greta Garbo and Monroe…Deitrich and Dimaggio…” no voo de NY para a gravação. Muito impressionante, se você me perguntar.

Rescue Me foi uma faixa original que fizemos pra ser inclusa em The Immaculate Collection, e foi realmente minha primeira composição pra ela, embora eu nunca tenha levado o crédito. E o remix de Keep It Together foi um de três que fizemos, sendo os outros para Express Yourself e Like A Prayer.

Naquela época, os remixes que fazíamos foram muito bem recebidos e frequentemente éramos convidados a remixar cada canção que era lançada. Com Rhythm Nation da Janet Jackson, nós remixamos todos os sete singles, sendo o primeiro Miss U Much. Se você ouvir o nosso Club Remix (http://www.youtube.com/watch?v=zWp0vGtwc2E) daquela canção, você perceberá muito da inspiração para Vogue, basta ouvir a bateria e a linha de baixo que entenderá. Às vezes, o que você faz para um remix é bom demais pra ser ouvido apenas numa boate.

MT: Depois de Erotica, Madonna lançou o álbum Bedtime Stories em 1994. Aparentemente, Shep Pettibone também trabalhou em algumas das canções dele, como Secret, mas, originalmente, ele não foi creditado. Shep e você estavam, originalmente, envolvidos em Bedtime Stories também como produtores?

TS: Não, Shep não estava envolvido e eu não estava mais trabalhando com ele. Sei que ele havia tentado escrever algumas coisas pra esse projeto e ele afirmou ter criado algumas faixas para as quais ela escreveu Secret. Conhecendo-a bem, ela provavelmente sempre teve aquela ideia no caderno, experimentou a faixa dele e, quando achou que não estava funcionando, seguiu em frente. Junior Vasquez era um amigo de Shep, eu o conhecia também e, à época, ele era provavelmente o melhor remixer e DJ, então ela começou a trabalhar com ele.

Junior me envolveu em algumas das produções e remixes de Bedtime Stories e foi divertido trabalhar numa capacidade diferente daquela de Erotica. Uma vez que você trabalha com Madonna, você nunca quer parar, mas ela é esperta e é conhecida por se reinventar e manter cada álbum fresco e, às vezes, isso significa trocar seus colaboradores ou produtores.

Shep levou pro lado pessoal e acho que ele tentou sacanear Secret, por estar magoado. Talvez ele foi creditado pra evitar futuros problemas.

MT: Também queria te perguntar sobre This Used To Be My Playground. Você esteve envolvido nesta canção e ela foi produzida na mesma época do álbum Erotica?

TS: Sim, fomos nos encontrar com Madonna em Chicago enquanto ela estava filmando “Uma Equipe Muito Especial”, e conversamos sobre uma canção original pro filme. Eu compus as partes de cordas e o solo de violino. Quando gravamos com Al Schmidt no estúdio Ocean Way em LA, tivemos uma orquestra de 30 peças e Jeremy Lubbock fez os arranjos de corda. Nunca incluímos a demo que tinha o solo de cordas quando ele montou tudo com a orquestra.

No dia em que estávamos gravando, achei que tínhamos terminado e percebi que esquecêramos o solo. Rapidamente cantei a parte pro copiador que montou tudo para os violinistas e eles gravaram com apenas um minuto no relógio. Quando você tem uma orquestra de 30 peças, pode ficar muito caro usar uma segunda hora do tempo deles. Foi um aprendizado enorme ver um mestre como Al Schmidt gravar e mixar, ele é simplesmente incrível, um verdadeiro artesão.

MT: Você trabalhou com muitos artistas de estilo, como Janet, apenas pra mencionar um. O trabalho com Madonna tem sido diferente dos outros?

TS: Muito, de algumas formas. Eu nunca trabalhei com uma artista tão determinada ou motivada como ela. Adorei o ritmo acelerado com o qual trabalhamos e definitivamente tínhamos isso em comum. Geralmente, eu trabalho bem rápido com gravação de vocais e raramente faço aquecimentos ou preparativos. Ela foi uma das poucas artistas que se desenvolveram nesta forma de trabalho. Acredito que você deve conseguir capturar ideias assim que elas aparecem e ela apreciava isso.

Lembro-me de uma vez, durante a pré-produção de uma das canções de Erotica. Em um dos nossos primeiros dias trabalhando juntos, houve uma estória engraçada. Eu estava organizando algumas coisas no computador e ela queria experimentar algo. Ela me perguntou se eu já estava pronto. Disse que não e, minutos depois, ela me perguntou novamente. Mais uma vez, disse não e, um minuto depois, ela perguntou outra vez. Joguei um lápis do outro lado da sala e disse bem alto: “NÃO!”… “Por que você não vai lá embaixo e faz pipoca…uma ligação…e eu te digo quando estiver pronto”.

Ela ficou quieta (provavelmente um pouco chocada por este moleque de 22 anos ter dito isso a ela)…daí disse “ok” e desceu. Daquele momento em diante, ela tinha o mesmo respeito por mim do que eu por ela e nossa relação cresceu muito bem. Em retrospecto, aquele poderia ter sido o fim da minha carreira, mas ela respeita alguém que fala o que pensa assim como ela e não apenas puxa o saco.

Todos os artistas têm uma visão, mas a dela sempre foi bem definida e clara. Mesmo assim, ela sempre estava aberta a críticas e sugestões, não que ela sempre concordasse, mas estava aberta e isso é importante.

MT: Quais são seus projetos futuros nos quais você está trabalhando agora, Tony?

TS: Eu havia mixado o álbum Between The 1 And 9 para uma artista da EMI chamada Patti Rothberg. Produzi o álbum Sky With Stars For Sony para um artista chamado Michal, do qual tenho muito orgulho. Compus para Wild Orchid (antigo grupo da Fergie) e fiz muitos remixes com Junior Vasquez e sozinho depois de trabalhar com Shep.

Mais recentemente, produzi um material para uma banda chamada The Vanderbits e fiz uma música com Anthony Hamilton e com uma nova artista chamada Niia. Todos podem ser encontrados no MySpace.

Ao longo dos últimos anos, compus e produzi, na maior parte, para TV e cinema, mas estou começando a compor novamente para artistas e espero voltar a fazer mais gravações.

MT: Tony, qual sua melhor lembrança do trabalho com Madonna?

TS: Acreditar em mim pra ajudá-la a alcançar sua visão, risos, pipoca e Caesar Salads do restaurante italiano na outra rua do estúdio Soundworks.

MT: Muito obrigado por conversar conosco, Tony.

A foto de Tony e a imagem de Tony e Madonna no estúdio são cortesias da página oficial do MySpace dele: www.myspace.com/tonyshimkin.

Madonna diz a Ellen DeGeneres que Britney beija bem

Madonna

Madonna gravou uma entrevista para o “The Ellen DeGeneres Show”, que vai ao ar nesta segunda (29) nos Estados Unidos para divulgar sua turnê “MDNA”. Durante sua participação, a cantora teve que responder o que achava de cada uma das atuais divas pop, incluindo-se Rihanna, Lady Gaga, Pink e, claro, Britney Spears.

Para Britney, respondeu aos risos: “Beija bem! Desculpa, mas eu tinha que dizer isso!” A piada foi uma referência à apresentação das duas em 2003 no VMA, em que Madonna beijo Britney e Christina Aguilera na boca.

Quando indagada sobre Lady Gaga, Madonna pensou, pensou, pensou e disse: “Eu estava esperando por isso, mas estou pensando… Tem uma voz boa. E tem outra coisa. Uma tatuagem do braço esquerdo que eu acho linda.”

Os comentários não pararam por aí. Para Jennifer Lopez, Madonna respondeu: “Bela bunda!”.

O programa traz Madonna com o figurino que ela usa em “Vogue”, em sua atual turnê que chega ao Brasil no dia 2 de dezembro. O filho da popstar, Rocco, de 12 anos, também participa de um quadro do programa.

Donos dos direitos da marca Brando querem US$ 300.000 de Madonna

madonna mdnatour vogue

De acordo com o Hollywood Reporter, os proprietários dos direitos do ator Marlon Brando querem processar Madonna por cantar “Vogue” no MDNA TOUR. Eles querem mais dinheiro.

Acontece que quando Madonna está em tour, como no caso do MDNA Tour, ela tem que pagar para usar o nome de cada celebridade citada em suas músicas, e “Vogue” não sai nada barato para a rainha do pop. Por exemplo, quando Madonna cantou “Vogue” no Super Bowl em fevereiro passado, ela pagou $3,750 para a empresa que cuida de tudo relacionado a James Dean, Jean Harlow, Ginger Rogers, Bette Davis, Lana Turner, Greta Garbo, Marlene Dietrich, Gene Kelly, Grace Kelly e Joe DiMaggio.

Não é um caso de Brando, falecido em 1994, que é agenciado pela a CMG Worldwide, empresa com sede em Indiana que gerencia os direitos de propriedade intelectual de muitas estrelas já falecidas. Então, eles negociaram com Brando Enterprises um acordo para que que fosse pago os mesmos $3.750.

Em maio, CMG negociou com a empresa que Bhakti Touring Inc. para os shows da tour de Madonna MDNA uma taxa de US $5.000 como direitos de publicidade. Ou seja, US$ 5.000 pelos direitos para ela cantar a música completa durante toda a tournê. Foi pago.

Na última semana de maio, os detentores dos bens de Marlon Brando supostamente decidiram mudar os termos do acordo e exigiram US$ 20.000. Como existe uma cláusula que cada estrela receberia a mesma quantia, a quantia que Madonna teria que pagar por “Vogue” seria de, no total, cerca de 200.000 dólares, em vez de cerca de US $40.000.

Em julho, a CMG silenciosamente entrou com uma ação no estado de Indiana tribunal, alegando que a Brand Sense Partners (BSP) descumpriu um contrato válido e aplicável.

Na quarta-feira, Brando Enterprises teve o processo removido para a corte federal de Indianapolis, uma vez que os artistas são de estados diferentes.

De acordo com os arquivos que representam o litígio a um juiz federal, “apesar do fato da autora pedir ao tribunal para pagar os direitos cedidos da marca registrada “Brando” por meros US $ 5.000 dólares, o verdadeiro valor dos direitos nesse litígio passam de trezentos mil dólares (US $ 300.000),” uma vez que Madonna vem usando a marca “Brando” durante cerca de 90 concertos diferentes.

Chicago: “Show de Madonna no United Center cheio de flash e bajulação”

Madonna se apresentou na noite desta quarta e quinta-feira com o MDNA Tour no United Center, em Chicago. Ela fez a alegria dos fãs ao cantar na noite de ontem, após “Like A Virgin”, “Love Spent.” Ainda teve novamente “Holiday.”

Esta crítica foi escrita pelo jornal “Chicago Sun-Times” por Thomas Conner. Ele mostra todo conservadorismo do Estado de Illinois de uma mídia bem conservadora e partidária, então não tem como falar bem de Madonna não é? Lembre-se que estamos em epoca de eleição nos EUA e lá as coisas sao bem mais acirradas por aqui. Madonna apoia o Obama que é Democrata, a linha mais liberal da disputa, e um jornal que segue a linha republicana nunca iria elogiá-la.

Madonna
No início dessa semana, Madonna provocou um pequeno rebuliço com uma leve cortada a Lady Gaga, se referindo a ela durante um concerto e adicionando: “A imitação é a mais sincera forma de elogio.”

Quarta-feira à noite, no Chicago United Center, o primeiro dos dois concertos lá essa semana, Madonna novamente soltou o refrão de “Born this Way” da Gaga no meio do refrão da sua “Express Yourself” – com certeza que são parecidas – mas continuou sem nenhum comentário. Bom, quase. Ela cantou um pouco de “She´s Not Me” no finalzinho.

Soa como uma paranoia maldosa da inigualável rainha do pop, como se a Material Girl – o 1% se é que já existiu – tivesse adotado o novo slogan Republicano ( “Nos o construímos” ) e seu falso senso de um individualismo grosseiro. Madonna abriu espaço para as mulheres do pop durante os anos 80 e pode facilmente justificar seu amor ao redor do mundo, mas o seu sucesso é uma verdadeira colcha de retalhos barata, uma síntese inteligente do melhor entre os melhores. O show de quarta só veio aumentar a longa lista de filmes e de artistas que ela mesma elogia com imitações.

Na verdade, a abertura do concerto de duas horas – cheio das projeções usuais e pesados hoofings, com um simbolismo religioso e exibicionismo gratuito – encontra a megastar da Geração X, agora com 54 anos, encenando cenas violentas como se estivesse atuando em um filme de Tarantino ( ou seria em um de seu ex-marido Guy Ritchie? ). Quebrando uma janela de igreja e carregando uma metralhadora, Madonna e sua legião de dançarinos se jogam em várias cenas violentas, que incluem apontar armas para a multidão várias vezes e desaparecer no meio de sequestradores – seu sangue espirrando nas telas de projeção – enquanto canta “ Quero vê-lo morrer, de novo, e de novo, e de novo.” ( Gang Bang )

Tirando as suas táticas chocantes baratas, não é exatamente a coisa mais agradável de se assistir ao final deste verão em específico aqui em Chicaco.

Em uma declaração anterior, Madonna descreveu sua MDNA Tour, que promove seu novo album (altamente criticado, apesar de que eu não o detestei) como “uma jornada da alma da escuridão até a luz”, assim como “parte espetáculo e, em alguns momentos, uma performance artística intimista.” A produção do nível Broadway aparece sim, eventualmente, apesar de ser desprovida de arte e mais próximo do espetacular. Monges e seus mantos rapidamente se transformam em rapazes sarados sem camisa (Girl Gone Wild), líderes de torcidas e pequenos tocadores de tambor fazem sua parte (Give Me All Your Luvin’). Existe o cross-dressing e dança de mãos (Vogue) e tudo termina num momento “Tron encontra Tetris”, sinta-se bem e dance (Celebration).

Os melhores momentos portanto estão no meio do show, sem toda a parafernália. Ela canta “Turn Up the Radio” sozinha e um microfone na passarela tocando sua guitarra, nada mais. “Open your Heart” se transformou em um arranjo Basco interessante, com a participação total dos dançarinos passeando pelo palco como pessoas normais ao invés de coreografias mirabolantes. (Aqui também aparece seu filho de 11 anos, Rocco Ritchie tentando alguns movimentos e sorrindo de uma orelha até a outra ). Depois vem “Holiday”, relaxada e espontânea.

É um momento natural e revigorante, e dá a Madonna a chance de se espremer entre algum momento de bajulação a Oprah (ela foi a última a se despedir de Oprah no United Center no início do ano passado) e entregar um impromptu sobre o auto-poder, trantando-se uns aos outros com respeito.

Performer, regozige-se. Seu legado está seguro e pavimentado para toda uma geração por vir – a plateia desta quarta era mais ou menos da minha idade – se você adotar Gaga debaixo de suas asas ao invés de ficar mostrando suas garras para ela. Vá e ensine a garota uma coisa ou duas. Ela precisa disso.

Madonna fala sobre Oprah no discurso do show antes de “Masterpiece”.

A última vez que estive aqui foi por causa de Oprah Winfrey. Ela é uma mulher incrível, uma mulher para se olhar para cima e admirar. Não temos um monte de modelos no mundo nos dias de hoje. Ela tem feito muito para mudar o mundo e eu sou muito grata a ela por isso, mas você não precisa ser a Oprah Winfrey para mudar o mundo. Você não precisa de ser eu a mudar o mundo. Você só precisa ser você. Você precisa deixar sua luz brilhar. Eu sei que você já ouviu isso antes, mas você poderia se lembrar depois do show para deixar sua luz brilhar, para tratar um ao outro com respeito, para não votar em Mitt Romney. Obrigado. A festa acabou.”

“Love Spent” e “Holiday”

Madonna continua não apenas no topo do seu jogo, mas faz com que todos os outros artistas tentem elevar o nível do deles

Madonna comanda novamente seu próprio teatro com um criativo show no Boardwalk Hall, em Atlantic City

REVIEW:  Ter grandes artistas chegando a Atlantic City é certamente comum. Bruce Springsteen, Paul McCartney, Lady Gaga, The Who, The Rolling Stones, Van Halen, Aerosmith, Kiss, Phish, a Dave Matthews Band e Metallica – só pra citar alguns nomes – todos emocionam seus fãs com shows top de linha que apresentam por aqui.

Mas há algo especial – um aumento de excitação, energia e agitação geral – quando Madonna chega à cidade.

Isso sempre com muito respeito. Ela é a artista feminina que mais vendeu discos na história da música e a artista solo mais bem sucedida e constantemente se reinventa para permanecer relevante  na mutável e sempre desafiadora indústria da música pop.

Sempre vem a curiosidade. O que Madonna irá fazer desta vez?

Mas, principalmente, porque Madonna nunca  decepciona com seus shows teatrais. E sábado a “MDNA Tour”, nome do seu mais recente show – revelou que ela, aos 54 anos, continua a ser a maior artista pop do mundo. E, francamente, ninguém está nem perto (de fazer o que ela faz).

A detentora do prêmio dado pelo “Rock and Roll Hall of Fame’ usa toda sua criatividade para criar um exuberante espetáculo com um sangrento tiroteio e abdução por dançarinos mascarados para ser ofereciada à um striptease (sic), tudo isso enquanto é cercada por excelentes dançarinos, uma incrível produção e até mesmo uma bateria de tambores todos suspenso no ar.

O Boardwalk Hall com todos os ingressos esgotados foi brindado com o que Madonna descreve como “uma jornada das trevas para a luz”, mas o mais visível é que Madonna é a última grande estrela, a PT Barnum (Phineas Taylor Barnum (5 de julho de 1810 – 7 de abril de 1891) foi um showman e empresário do ramo do entretenimento norte-americano, lembrado principalmente por promover as mais famosas fraudes (hoaxes) e por fundar o circo que viria a se tornar o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus.) do pop teatral que não tem medo de atravessar qualquer linha se isso significar entreter as massas.

Com inúmeras trocas de roupa, com um belíssimo e ajustado figurino em trajes que incluem uma pistoleira fodona e uma baliza e seu bastão, a energia de Madonna é nada menos que impressionante. Artistas de 20 e poucos anos não conseguem performar por duas horas como Madonna faz.

Mas não importa quão grande seja o carisma de Madonna, ninguém estaria lá se suas músicas não fossem ótimas. E aqueles que não gostaram do álbum “MDNA” podem ter ficado um pouco decepcionados com as seleções de cerca de 10 músicas do novo álbum que foram executadas, sampleadas ou em um algum interlúdio, compreendendo em torno de cerca de metade do material da noite.

Como os esforços mais recentes da Material Girl, “MDNA” tem uma forte base na música eletrônica bem casada com a sensibilidade pop de Madonna. Apesar de não ser o seu  melhor de trabalho, “MDNA” tem alguns destaques, particularmente o hipnotizante número de abertura com  “Girl Gone Wild” e “Turn Up the Radio.” Mas em “I Dont Give A”, onde a rainha do pop desnecessariamente toca uma guitarra e “I’m Addicted”, estas serão rapidamente esquecidas por uma boa razão: são canções nada memoráveis ​​que pouco funcionam melhor ao vivo do que no álbum.

É claro que qualquer super estrela que está na ativa há mais de 30 anos vai ter um catálogo de músicas tão grande que os fãs ficarão tristes com o que foi deixado de fora do setlist. E sobre a “MDNA Tour”, em particular, Madonna deixa bem claro que esta não é uma “turnê de greatest hits”.

As canções que ela não apresenta – incluindo “Music”, “Ray of Light”, “La Isla Bonita”, “Frozen”, “Material Girl”, “Lucky Star” e outras – são prova da incrível carreira que Madonna possui.

E mesmo que sábado à noite tenha parecido um pouco mais leve do que as turnês anteriores, ela apresentou vários dos seus antigos sucessos. Ela também, para agradar multidões, cantou hits como “Papa Dont Preach”, “Holiday”, “Vogue”,” Express Yourself”e “Like a Prayer”, mas alguns sucessos foram retrabalhados para dar aos fãs algo um pouco diferente.

Por exemplo, “Express Yourself” foi misturado com trechos de “Born This Way” da Lady Gaga – talvez para mostrar ao público o quão semelhantes elas são – junto com “She’s Not Me” do álbum  “Hard Candy”. “Like a Virgin” veio com o instrumental de “Evgeni’s Waltz “ de Abel Korzeniowski.

A reinvenção mais impressionante foi a de “Open Your Heart” que ela apresentou com o grupo basco Kalakan e que incluiu trechos de “Sagarra jo!”.A banda espanhola também fez outras contribuições durante todo o show, incluindo “Masterpiece” e “I’m a Sinner”, ambos de seu último disco “MDNA”.

Embora não seja a maior cantora de todas, Madonna tem personalidade em sua voz que definitivamente compensa eventuais deficiências. E ela continua a ser uma grande bailarina, com um grande senso de coreografia peculiar que funciona para ela e seus dançarinos.

A produção foi a melhor do que qualquer show da Broadway que você possa ver. Com um telão de vídeo nítido que se estendia por toda a extensão do palco, no alto e acima dos músicos, a experiência multimídia fez o show parecer mais como um filme ao vivo do que com um concerto.

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Os dançarinos por sí só já valeram à pena o preço do ingresso. Logo no início, eles já demosntraram movimentos notáveis ​​em saltos altos e depois saltaram e pularam cordas elásticas assustando a platéia quando contorciam seus corpos.

As únicas queixas sobre Madonna eram coisas não relacionadas ao seu show. Ela, como já é de praxe fazer, mandou a produção do Boardwalk Hall desligar o ar condicionado o que manteve a temperatura do local bem quente – perto dos 30 graus – o que é muito chato quando ela fez a multidão esperar e começou o show às 22h30, mais de uma hora após o DJ Paul Oakenfold deixar o palco.

A MDNA Tour está prestes a se tornar a turnê mais lucrativa de todos os tempos. E com razão. Madonna continua não apenas no topo do seu jogo, mas faz com que todos os outros artistas tentem elevar o nível do deles. Este é um de seus shows mais criativos e artísticos e que dificilmente ela conseguirá superá-lo. Mas, nunca duvide dela.

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(Press Of Atlantic City– Obrigado a Jorge Luizpela boa vontade, rapidez e disposição para traduzir.)

Madonna emplaca a maior audiência americana e entra para o Guinness Book

Madonna - Super Bowl 2012

Madonna novamente no Guinness Book. Na edição 2013, a apresentação da rainha do pop no Super Bowl half-time show teve a maior audiência da história da TV americana com 114 milhões de telespectadores em fevereiro.

Madonna apresentou, na ocasião, o novo single “Give Me All Your Luvin'”, além dos hits “Vogue”, “Music” e “Like A Prayer”.

Madonna, em seus 54 anos de idade, abraça mais de 20 recordes mundiais, incluindo o de tournê feminina mais rentável da história (Sticky & Sweet Tour) e a de cantora que mais vendeu discos em toda história da música, além do livro infantil (As Rosas Inglesas) mais vendido em menos tempo e a de artista mais bem paga do showbiz.

Além de Madonna, Adele também entra no livro com o álbum 21 e o single “Rolling In The Deep”. Ela tem o mais vendido single digital nos Estados Unidos e Reino Unido (Rolling…) e álbum digital mais vendido com o “21” também nos Estados Unidos e Reino Unido.

Vamos rever a apresentação de Madonna no Super Bowl?

Militantes foram os responsáveis por vaias ao show de Madonna em Paris

Madonna foi vaiada pelo público em um show surpresa do MDNA TOUR realizado na última quinta-feira (26) em Paris, no teatro Olympia. O motivo inicialmente atribuído ao desapontamento da plateia foi a duração da apresentação (de 45 minutos), mas, segundo informações do TMZ, o tumulto foi organizado por apoiadores de Marine Le Pen – política francesa que apareceu com uma suástiaca no rosto em vídeo exibido em shows anteriores da artista.

Madonna em Vogue no MDNA Tour Olympia - Paris - França

O concerto era esperado para ter um tom político a ela, e Madonna começou com uma nota rebelde. Na quinta-feira, Madonna ofereceu apenas uma crítica velada à posição do partido anti-imigrantes, prestando homenagem a uma França que “abria seus braços para as minorias”. “Eu sei que eu fiz uma certa Marine Le Pen muito brava comigo”, disse Madonna, acrescentando que sua intenção não era fazer inimigos.

Já ciente do expectadores militantes de Marine Le Pen, Madonna disse durante o show:

“Estamos vivendo um momento tenso do mundo. A economia está em colapso, pessoas passando fome na Grécia, pessoas do mundo todo estão sofrendo e todos estão assustados. E o que acontece quando as pessoas ficam com medo? Tornam-se intolerantes! Começam a apontar o dedo para outra pessoa dizendo ‘Você é a razão do problema, você é o culpado! Caia fora!’. Mas isso, vocês sabem, não irá resolver o problema. O inimigo não está lá fora, isso não existe. O inimigo está aqui dentro. Sei que Marine Le Pen ficou zangada comigo e minha intenção não é criar inimigos. Minha intenção é promover a tolerância! Se não aprendermos com o passado e com o que já se passou na história, faremos tudo igual e cometeremos os mesmos erros. Então, na próxima vez que você apontar o dedo para alguém e o acusar dos problemas de sua vida, aponte antes esse dedo a você! E aja! Se você enxergar o problema, não se queixe! Corrija-o!”, afirmou à plateia.

Jornalistas do site conversaram com fãs da rainha do pop que estiveram no local e com fontes ligadas à organização do evento. Segundo eles, as vaias e os gritos vieram de um grupo selecionado de pessoas que carregava mensagens de apoio a Le Pen. Além disso, todos sabiam que a apresentação seria curta, já que se tratava apenas de um show surpresa para membros do fã-clube.

Assista ao vídeo após o show

Assista ao show na íntegra

Madonna improvisa “Gang Bang”, em Birmingham, devido a problemas técnicos

Madonna

Madonna teve problemas técnicos na noite de ontem na cidade de Birmingham, no Reino Unido, com o MDNA Tour. Em Gang Bang, o quarto de Motel não entrou e, sem cenário, improvisação. Em Vogue, os telões centrais não fecharam e ficou visível para todos a preparação da performance e, por fim, em I’m Addicted, a ponta da passarela não subiu no momento certo.

Assista aos vídeos.

Setlist oficial do Madonna MDNA World Tour 2012

Madonna MDNA World Tour Setlist

Já começaram os preparativos para o tão aguardado retorno da rainha do pop Madonna aos palcos. Enquanto o palco do MDNA é montando em Tel Aviv para a grande estréia do Madonna MDNA World Tour 2012 nesta semana, dia 31, no Ramat Gam Stadium em Tel Aviv, Israel, já podemos confirmar o setlist do show. Saiba quais as músicas que Madonna cantará até dezembro deste ano, caso não tenha uma segunda parte em 2013.

1.Act of Contrition / Girl Gone Wild
2.Revolver
3.Gang Bang
4.Papa Don’t Preach
5.Hung Up
6.I Don’t Give A
7.Best Friend / Heartbeat (INTERLUDE)
8.Best Friend
9.Express Yourself
10.Give Me All Your Luvin’
11.Turn Up The Radio
12.Open Your Heart
13.Masterpiece
14.Justify My Love (INTERLUDE)
15.Vogue
16.Candy Shop
17.Human Nature / Erotica
18.Like A Virgin
19.Nobody Knows Me (INTERLUDE)
20.I’m Addicted
21.I’m A Sinner
22.Like A Prayer
23.Celebration

A turnê divulgará o novo trabalho de Madonna, MDNA, que conta com os singles ‘Give Me All Your Luvin”, ‘Girl Gone Wild’, ‘Masterpiece’ (single promo UK e Rússia) e ‘Turn Up The Radio’ (próximo lançamento).

Depois de Tel Aviv, as apresentações seguirão para as cidades de Abu Dhabi (3 de junho), Istambul (7), Zagreb (11), Milão (14), Florença (16), Barcelona (20), Coimbra (24) e Berlim (28). Em julho, Madonna pela Europa até chegar aos Estados Unidos no mês seguinte. Em dezembro, finalmente, a cantora desembarca no Brasil. Por aqui os shows acontecerão dia 1° na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, dia 4 no Estádio do Morumbi, em São Paulo, e dia 9 no Estádio Olímpico, em Porto Alegre.