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Crítica: Chamar Madonna de relevante virou seu maior elogio

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Falar de Madonna à mesa de jantar a fará parecer ridícula. “Relevante” parece ser o último elogio que as pessoas têm dado a ela ultimamente. O crítico comum a elogiará pelo que ela costumava ser, mas vai desdenhar por ela permanecer na cultura Pop. As razões deste desprezo rondam os 56 anos dela e a crença de que ela está desesperada para continuar o que vem fazendo há mais de 30 anos.

Ironicamente, considerando a atitude aparente, há partes que querem novas músicas de Madonna no mundo antes delas estarem prontas. O lançamento do 13º álbum de estúdio Rebel Heart será lembrado pelos vazamentos prematuros. Mesmo antes do fim do ano passado, várias demos caíram na Internet, fazendo Madonna e equipe terminar seis faixas e disponibilizar imediatamente no iTunes. No fim, um israelita foi preso sob suspeita de invasão online, mas o álbum completo só apareceu neste mês.

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Grammy 2015: Madonna anos-luz de distância da verdadeira idade

The 57th Annual GRAMMY Awards - By Lionel Hahn

O “semancol” de Madonna com sua idade é implacável e constante, como um esporte. Mas por quê alguém deveria agir conforme a idade em termos de figurino?

Tirando a pegadinha de Kanye West com o cantor Beck, vencedor do prêmio “Álbum do Ano” no Grammy, valeu a pena assistir à cerimônia para vermos Madonna. Ela chegou cheia de estilo, vestindo algo bastante justo, extremamente curto, e sapatos impressionantes. Nenhuma surpresa até aí, num figurino à la Matadora. Ela ostentou um novo espartilho, com orgulhosos e protuberantes seios, e pernas em uma meia-arrastão atrevida. Ao primeiro olhar, a maioria das pessoas achou: “Belo chapéu”, e todos voltaram aos seus lugares.

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Daí, ela mostrou o bumbum. Para os paparazzi. Claro que ele não estava coberto por um par de calcinhas de algodão confortável como a maioria das mulheres usaria. O bumbum estava nu, coberto apenas por um tipo de suporte atlético. A gloriosa Madonna. A gloriosa e cinquentona Madonna, que se recusa a agir conforme a idade.

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Por que LIVING FOR LOVE, de Madonna, é o melhor clipe em anos?

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Ao longo dos anos, muitos críticos afirmaram que Madonna definiu o conceito de “videoclipe” – e, com cada novo lançamento, ela o continua fazendo. Living For Love não é exceção. Na verdade, é possível dizer que ela criou uma nova forma de produzir um clipe. Esta vai para vários outros artistas:

1) A dança é moderna, e Madonna, diferente de muitos outros, dança de verdade, e perfeitamente! O estilo é novo, os passos são certamente icônicos e ela se apresenta com leveza, de forma que você mal percebe que está assistindo ao nascimento de uma nova forma de dança;

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Com REBEL HEART e nada para provar, Madonna é a rainha do pop e pronto!

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Nesta semana, Madonna liberou mais duas faixas do novo álbum, Rebel Heart, lembrando-nos que ela é a Rainha deste mundo Pop. Uma delas apresenta Chance The Rapper e Mike Tyson (Iconic), e a outra, Nas (Veni Vidi Vici). Lá em dezembro, ela soltou Bitch, I’m Madonna, com a herdeira do trono Pop, Nicki Minaj, e a produção de Diplo, Living For Love. Sim, ela está de volta, como se nunca tivesse se afastado.

Iconic e Living For Love apresentam batidas dançantes que te fazem querer se jogar e flertar com algum estranho na boate. Bitch, I’m Madonna e Veni Vidi Vici são mais tradicionais, mas não menos radiofônicas. Nicki, Chance e Nas cospem fogo em suas respectivas participações. É ótimo ela ter rappers no novo álbum, é uma forma de respeito a um gênero que, ao longo da carreira dela, se transformou de modismo a uma força espetacular na cultura popular.

Aquela que nunca foge de uma controvérsia, Madonna se sentiu completa com a campanha de marketing online de Rebel Heart. Ela replicou a capa do álbum ao colocar os vários rostos “rebeldes” de Nelson Mandela, Martin Luther King Jr., Bob Marley e Jesus Cristo amarrados. Muitos ainda tentam entender a razão desta arte. Ela tentou se comparar aos ícones e, depois, pediu desculpas por isso, o que tirou um pouco do crédito do projeto. A tal campanha foi modesta, e o fato dela já ter 56 anos e não ter produzido um grande álbum em nove anos, fez tudo parecer um pouco forçado. Houve um tempo em que fãs do mundo todo ficavam eufóricos com os álbuns de Madonna. Há algumas décadas, a música de Madonna era bem mais familiar. E é este o sentimento que o novo álbum traz, uma reminiscência daqueles tempos.

Não há espaço para cópias. Lady Gaga não tirará o trono da Rainha, uma vez que Madonna é mais original e se esforça bem menos. As únicas que se aproximam em termos de qualidade são Onika, Azealia Banks, Rihanna e Beyoncé. Rihanna é uma máquina de hits, e Beyoncé nasceu para se apresentar. Madonna deu luz a todas elas, e merece respeito e honra ao próprio legado. Espera-se que Rebel Heart seja um álbum platinado e que Bitch, I’m Madonna e Living For Love tenham toquem muito no Spotify. (uk.complex.com)

Não mande Madonna parar!

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Nesta semana, os Céus se abriram e nos deram um novo clipe da Madonna através do Snapchat. Na última década, vimos a cantora da forma mais efêmera e boba. Apesar de momentos de grandeza inegável (lembram-se da apresentação no Superbowl?) e relativo sucesso comercial, os álbuns Hard Candy e MDNA foram considerados fracos não apenas pelos críticos, mas também pelos mais ardorosos fãs.

Não dá pra negar que são grandes álbuns. O enorme sucesso de Blurred Lines prova que, por mais ínfimos que sejam, as batidas e ondas de Hard Candy chegaram cinco anos mais cedo. Mas a “hora certa”, assim como o vazamento de Rebel Heart, nem sempre esteve do lado da Rainha.

É isto que faz o lançamento do clipe ser um sucesso estrondoso. Desde Confessions On A Dancefloor, as rádios ignoram as músicas de Madonna – não importa o quão bem-sucedido ou inovador um álbum ou turnê seja, ela foi isolada como algo diferente, algo inferior ao produto “comercial”. Para ela, ter sido rebaixada a esta fase de “legado” seria menos insultante se ela fizesse música merecedora de estar neste “legado”, mas não foi o que aconteceu. Ou não exatamente.

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Clipe de LIVING FOR LOVE é o melhor trabalho de Madonna em 10 anos

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Madonna lançou o clipe de Living For Love pelo programa Snapchat hoje à tarde, se aproximando do lançamento (oficial) do 13º álbum de estúdio, intitulado Rebel Heart, no dia 10 de março.

O clipe traz Madonna brincando de “matadora” com vários homens vestidos de touros em uma arena vermelha que brilha como um Moulin Rouge latino. As imagens combinam com a faixa, aplaudida por muitos quando chegou ao iTunes em dezembro do ano passado. Para uma canção que carrega a tocha de Express Yourself, a cantora veste uma malha reminiscente do icônico clipe Hung Up, de 2005, e emerge vitoriosa em meio a um exército que não tem a menor chance contra uma guerreira que “pegou a coroa e pôs de volta na cabeça” – um sentimento especialmente forte, perante aos múltiplos vazamentos que tomaram conta das músicas novas.

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Rebel Heart reforça a relevância de Madonna

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Apesar dos críticos que insistem pra ela desistir de tudo, Madonna está determinada a dominar a cultura social mais uma vez. Ela está nas manchetes e, pela primeira vez em dois anos, o tema da conversa é a música.

Nas últimas semanas, várias demos das novas canções caíram na rede, forçando Madonna a pensar logo na próxima jogada. Numa decisão aparentemente desesperada, ela concluiu seis faixas e as disponibilizou para download no dia 20 de dezembro de 2014, além de anunciar que o 13º álbum de estúdio, Rebel Heart, agendado para lançamento apenas em 10 de março de 2015, viria com mais 13 faixas.

Cada lançamento de Madonna é tido como algo de alto padrão por críticos profissionais e fãs mais ardorosos. Por bem ou mal, a Rainha do Pop tem um legado impressionante a manter, e não é suficiente pra ela lançar um bom álbum Pop. Ela deve lançar o melhor álbum toda vez, ou seja, cada lançamento deve ditar moda e ser icônico. É por isso que os críticos e fãs não gostaram de Hard Candy (2008) e MDNA (2012). Para outros artistas como Britney Spears ou Katy Perry, estes seriam álbuns sólidos, mas, para Madonna, foram tentativas chatas de apelar ao grande público. Obviamente, não é justo, e tantas expectativas tão altas ignoram o fato de que até mesmo o trabalho mais fraco de Madonna é significantemente mais interessante do que o pop contemporâneo. Porém, é melhor isso do que aceitar tudo que ela faz simplesmente por levar o nome dela.

Ao contrário dos Little Monsters, dos Swifties e dos Arianators, os fãs de Madonna não têm medo de dizer quando ela precisa se esforçar mais, e não a defendem apenas por gostarem dela. Quando ela lançou Give Me All Your Luvin’ como primeiro single do álbum MDNA, por exemplo, os fãs a desdenharam, e a grande maioria não conteve a decepção. “Como uma artista premiê da música Pop produz um single banal e estúpido?”, pensaram eles. Tal preguiça não seria tolerada.
Se o vazamento de Rebel Heart terá impacto nas vendas da primeira semana ou não, os fãs de Madonna podem descansar, sabendo que será o melhor álbum dela desde Confessions On A Dancefloor (2005), se não melhor. Há um sentimento de alívio e respeito por ela desta vez.

A primeira faixa, Living For Love, é a mais alegre desde Express Yourself, e nos mostra por quê Madonna ainda é importante hoje. A produção, inspirada na batida House dos anos 90, é audível instantaneamente, e a letra inspiradora se encaixa na obsessão do Pop contemporâneo com otimismo e autoajuda. Como as faixas Shake It Off, da Taylor Swift; Break Free, da Ariana Grande; e Roar, da Katy Perry, Living For Love é um hino de sobrevivência. Entretanto, ao contrário dos outros grandes artistas, Madonna já viveu o suficiente para ser uma sobrevivente, o que faz a canção dela ser mais poderosa e emocionante.

Devil Pray é a segunda faixa, e lembra a Madonna mais introspectiva de Ray Of Light (1998) e American Life (2003). A canção traz Madonna em busca da salvação, e é confusa e linda ao mesmo tempo. A faixa 3, Ghosttown, também é introspectiva, e é, discutivelmente, a canção de amor mais sombria da carreira dela.

Embora fãs e críticos são unânimes em elogios às primeiras três faixas, as outras três – Unapologetic Bitch, Illuminati e Bitch, I’m Madonna – dividem opiniões. Uns admiram a audácia de Madonna em se divertir, enquanto outros acham que ela está velha demais pra cantar sobre farras. Alguns apreciam a habilidade de Madonna de experimentar sons atuais, enquanto outros queriam que ela parasse de tanto tentar permanecer relevante.

Apesar das críticas negativas, é impossível não admirar a bravura de Madonna. Em uma época em que a música Pop está saturada de jovens em seus vinte e poucos anos, a veterana de 56 assume um grande risco sempre que volta pra recuperar o trono. Ela se arrisca a isolar os fãs mais antigos, assim como se separar da geração mais jovem que não se familiariza com a personalidade mais agressiva dela. De certa forma, ela lembra o cineasta Jean-Luc Godard, que, aos 84 anos, decidiu lançar o primeiro filme digital em 3D, Goodbye To Language, em 2014. Apesar dos críticos que insistem pra ela desistir de tudo, Madonna está determinada a dominar a cultura social mais uma vez.

O fato dela ter sido bem-sucedida, pelo menos por ora, é uma conquista impressionante, e questiona a significância das vendas na era digital. Uma artista como Madonna não precisa de um sucesso #1 da mesma forma que Taylor Swift e, neste momento da carreira, ela parece estar mais interessada na qualidade da música do que em qualquer outra coisa. Ao invés de perseguir o topo das paradas como fez com Hard Candy e MDNA, Madonna finalmente parece perceber que o panorama da cultura Pop que ela dominou nos anos 80, 90 e no início do ano 2000, mudou drasticamente. Tais mudanças a liberaram e a inspiraram a fazer a música mais pessoal e coesa da carreira.

A ideia do legado de um artista merece contemplação, especialmente quando ícones como Madonna continuam criando. Como devemos medir o novo álbum de Madonna, e de que maneiras ele pode influenciar a reputação dela? As vendas da primeira semana e a quantidade de singles no Top 10 realmente importam? E as críticas positivas dos especialistas e dos fãs? Qual a importância da qualidade?

Talvez, nada disso importe, a menos que o artista entre no debate, o que Madonna segue fazendo com cada lançamento. Sempre que alguém opina a respeito dela, de forma positiva ou negativa, eles reforçam a relevância dela. Usuários de redes sociais em todo o mundo se juntaram à discussão após o lançamento-surpresa das seis canções supracitadas, uns comemorando o retorno dela, e outros condenando a carreira toda. De qualquer forma, todos se importam o suficiente para opinarem.

Quando a poeira baixar, Rebel Heart será citado como um dos melhores álbuns de Madonna, e fãs e críticos elogiarão o retorno dela à forma. Entretanto, como todos sabemos, os debates nunca foram apenas sobre música, e, mais do que tudo, Rebel Heart mostra que ela ainda é a artista mais comentada do mundo. (PopMatters)

“Madonna desespero, aposta triunfos passados apenas para parecer atual”, ataca jornal

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Martin Luther King Jr

Madonna pediu desculpas em suas redes sociais depois que ela postou fotos em seu Instagram de Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela, que foram alterados para se parecer com sua própria imagem em seu novo álbum, a ser lançado em março.

Madonna foi acusada por seguidores e por alguns veículos da imprensa internacional de racismo e de possuir uma autoestima mais do que elevada ao se comparar com as figuras, que marcaram a história por sua luta pela igualdade de direitos entre negros e brancos. “São de mau gosto por diversos motivos. O mais óbvio é Martin Luther King, que com certeza não fez seu discurso de ‘eu tenho um sonho’ para ajudar uma mulher branca e rica a vender discos meio século depois”, diz um trecho do texto publicado pelo site da revista americana Entertainment Weekly.”

Já o Washington Post foi mais fundo: “Madonna vem lutando para se manter atualizada, trabalhando com produtores que permanecem jovens enquanto ela envelhece, vergonhosamente apresentando referências a drogas e apelando ao público da dance music, que ela nem deveria ter que agradar, e, basicamente, desperdiçando um frescor de décadas em troca de manter sua marca pessoal. As tentativas mais ofensivas de manter a relevância estão nas redes sociais dela. Lá, os erros mais frequentes são o que esperamos ver no Instagram de qualquer mãe de meia idade, como fotos com montagens ruins no Photoshop e fotos engraçadas que já foram postadas em vários sites, ou fingir ser bacana com gírias passadas. A maior parte disso é desespero, como se apostasse triunfos passados apenas para parecer “na moda” – por que fazer referência a Warhol e Haring em comerciais pro disco novo montados no Photoshop, uma vez que ambos já trabalharam com Madonna no passado? Apesar disso, hoje em dia, ela decidiu se esforçar mais com uma série de postagens com fotos (mais uma vez) editadas de revolucionários políticos mortos para cobrir os semblantes deles com os fios enrolados ao redor do rosto dela na capa do novo álbum Rebel Heart. É repugnante em vários níveis. O óbvio é que Martin Luther King, Jr. não apresentou seu discurso “Eu Tenho Um Sonho” para promover o disco de uma branca rica meio século depois. E o fato dela usar as imagens de três das mais influentes figuras na moderna luta pelos direitos dos negros – King, Nelson Mandela e Bob Marley –, enquanto a América luta pra considerar sua história de racismo sistemático é algo perplexo, pra dizer o mínimo,” atacou ofensivamente o jornal.

“No entanto, o ponto mais decepcionante da mini-campanha dela é o tom nada original. Anunciantes têm usado King há tanto tempo que o conceito se tornou um clichê. A campanha Think Different, da Apple, que tem sido ecoada pelos tuítes de Madonna, já usou Mandela.”

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Nelson Mandela, ex-Presidente da África do Sul

Em um comunicado em sua página oficial do Facebook, Madonna explicou: “Eu sinto muito. Eu não estou me comparando a ninguém. Estou admirando e reconhecendo que eles também eram corações rebeldes (Rebel Hearts). Isto não é um crime, um insulto ou racismo”.

A capa do novo álbum de Madonna trás a rainha do pop em close-up com cortas pretas, o que acabou tornando-se um viral, com inúmeros memes na internet com fotos de outros artistas e de de fãs.

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Bob Marley

Continuando, na pressa, Madonna continuou em um post cheios de erros de ortografia (corretor ortográfico (talvez, um saco): “– Fiz a mesma coisa com Michael jaclson (ela se referia ao cantor Michael Jackson), frida khalo (Frida Kahlo) e marilyn monroe… Estou dizendo que sou como eles? Não. Estou dizendo que eles também são corações rebeldes. Espero fazer um dia um centésimo do que eles fizeram. Eu apenas compartilhei estas fotos enviadas por fãs, mas eles, tampouco, são racistas. Pode me colocar na mesma categoria, agradeço.

Madonna, você continua sexy!

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Quando Madonna começa a botar os peitos de fora, todos clamam: “Pense nas crianças!”. Obviamente, os seios têm algo especial. Eles estão à mostra em toda grande galeria de arte do planeta. Há toda uma lingerie global e multimilionária dedicada a eles. E ainda possuem mais apelidos do que até a Polícia. É claro que tem algo aí que faz o mundo fofocar!

Sendo assim, as fotos de Madonna exibindo os seios causaram muita falação. Como qualquer artista, poeta ou bêbado tagarela desde os primórdios, nos sentimos atraídos por um busto generoso.

As respostas são as mais variadas. Alguém comparou a cor dos mamilos dela a um homus de tomate seco. Mas a resposta mais comum foi um suspiro: “Oh, pelo amor de Deus, tira isso daí. Você tem 56 anos de idade, e 4 filhos!”. Tal crítica apenas mostra como a proibição de uma mulher mais velha ser sexy é grande.

Madonna é uma mulher impetuosa e obstinada, que sabe exatamente o que faz. A modelo Kristina Pimenova, de 9 anos, talvez não entenda o desenrolar de sua carreira. Porém, Madge já fez, já viveu e usou o sutiã em formato de cone. Ela entende, o que sugere total consciência sobre cada decisão na carreira. E mais, sugere que ela possui total controle e que ela fará o que quiser. Não é difícil entender que ela gosta de seduzir em fotografias.

No fim das contas, vivemos em uma sociedade visual. Estamos rodeados por imagens de mulheres sensuais. Para a sociedade, ser vista em uma bela foto é uma forma de afirmar sua própria atração (quem aí não conta as curtidas no Facebook?). Portanto, sim, algumas mulheres serão duramente criticadas por fotografarem como deusas ardentes. Mas as pessoas deveriam aceitar isso. O mundo é liberal.

Desde a reforma da lei homossexual em 1986, o jornal neozelandês NZ tem evitado o moralismo. Contanto que esteja previsto em lei, faça o que quiser em seu quarto. Assim, não deveria ser um problema ver as mulheres se satisfazendo ao posarem para fotos quentes.

De volta a Madonna, ela está sendo duramente criticada. Beleza. Kim Kardashian fez o mesmo. Qual a diferença entre elas? A reação do público!

Quando Kim tira tudo e usa apenas um colar de pérolas e se cobre em gordura de ganso, todos clamam: “Que delícia!”. A reação a ela é sempre temperada por comentários sobre o quão atraente, destemida e corajosa ela é. No entanto, quando Madonna começa a botar os peitos de fora, todos clamam: “Pense nas crianças!”.

Ela é mãe, assim como Kim. Ela é atraente, assim como Kim. Ela tira fotos provocantes, assim como Kim. Mas enquanto confirmamos toda a sensualidade de Kim, negamos a de Madonna. Mas não foi sempre assim.

O que mudou? Ela envelheceu. Ela continua atraente, mas nossas reações começaram a ignorar este fato, o que comprova que é difícil admitir que pessoas mais velhas são sensuais. E mais, conforme ia envelhecendo, ela se recusou a diminuir o sex appeal. Isto a tornou “irresponsável”.

Por que as mulheres mais velhas não podem ser sexy e responsáveis? Celebrar seus lindos seios não faz de você uma louca que sai por aí jogando comida em crianças e se exibindo pros vizinhos. Portanto, mostre os seios, Madonna. Enlouqueça! (NZ Herald)

Fotos de Madonna com seios de fora são triunfo a todas as mulheres

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Madonna, a Rainha do Pop, posou com os seios de fora para uma revista de moda aos (chocantes) 56 anos de idade. A atriz Claire Cohen aprovou a decisão e explicou por que as fotos são uma afirmação poderosa a todas as mulheres.

Primeiro, foram os seios de Keira Knightley. Depois, o bumbum de Kim Kardashian. E agora? Os mamilos de Madonna. Não há como negar. As últimas semanas foram repletas de nudez de celebridades. E nem estou me referindo àquele reality show na selva.

Ontem, foi noticiado que a Rainha do Pop posou, com os seios de fora, para a edição de dezembro da revista Interview. Usando um bustiê e luvas de couro, ela se reclina em uma almofada de cetim, com a mão na testa e os seios nus.

O estilo é romântico – muito diferente da foto em preto e branco de Keira (que apareceu na mesma revista em setembro), na qual ela desviava o olhar da câmera, com as mãos nos quadris.

Naquela época, eu defendi o direito de Knightley de ser fotografada com os seios de fora. Foi, como eu afirmei, um direito de uma mulher que fora criticada por ter seu modesto decote melhorado digitalmente em pôsteres de filme. Lá estava ela, em sua glória natural. Os críticos não concordaram. Quem, bradaram eles, queria ver as atrizes “fritando ovos”? Alguns comentaristas indelicados se referiram à aparição dela no filme Piratas do Caribe – O Baú da Morte.

Agora, semanas depois, Madonna está sob fogo cruzado por cometer a mesma ofensa. Como ela se atreve? Aos 56 anos, nenhum a menos. Aposto que você não lerá uma notícia hoje que não mencione a idade dela. “Ela ainda manda ver!”, alguns já vibraram.
A decisão de Madonna de posar com os seios nus nada tem a ver com ela exibir seu decote sem rugas – nem ao menos com provocações masculinas. Ela é uma mulher mais velha e poderosa? Sim. Mas, pra mim, está bem claro que ela não está querendo provar que “ainda é gostosa” aos 50 anos.

A idade dela é apenas um aliado. É um motivo fácil para os críticos esbravejarem sem, superficialmente, serem sexistas. Sempre há algo escondido, não é? Há sempre uma razão para o corpo de uma mulher não estar “apropriado”. Seios muito pequenos à la Knightley? Não, obrigada. Uma popstar de meia-idade? Em que diabos ela estava pensando?

Claro, nudez não é algo novo para Madonna. Francamente, ela vem tirando a roupa por décadas. A decisão de posar para a revista Interview e, então, menos surpreendente do que o ensaio de Keira. Mas não menos poderosa. Eis uma mulher ainda no topo da indústria, após quase 40 anos. Ela já sobreviveu a inúmeras tendências musicais e conseguiu se manter relevante. Por que ela não deveria postar com os seios à mostra? Afinal, foi ela quem começou isso tudo!

De fato, apenas algumas semanas atrás, Madonna postou uma foto de si mesma em topless censurada direto dos anos 90, em resposta às fotos nuas de Kim Kardashian na revista Paper. “É confuso”, ela escreveu. “Mamilos são proibidos e provocativos, mas exibir a bunda não é. #perplexa”. Eis um sinal claro de que Madonna sabia que seu último ensaio fotográfico seria chocante. Fala sério, segundo ela, fotos de mulheres com os seios nus sempre foram.

Podemos até estar acostumados a ver fotos de modelos com a barriga chapada em revistas de moda (pensem em Kate Moss na praia ou nos bastidores de um desfile). Mas o corpo de uma modelo é uma mercadoria – é o veículo usado para vender produtos. Para estrelas como Madonna e Knightley, a situação é diferente. Elas vendem a própria imagem, não a de outra pessoa. Optar por exibir os seios é uma afirmação feminina, não um requisito. Elas estão dizendo: “Aqui estou. Aceitem-me ou deixem-me ir”.

Claro, Madonna e Knightley possuem corpos excepcionais, comparados a nós, mortais. Mas o fato permanece. Quando fica muito “real”, nós simplesmente não aguentamos. É inegável que haja um elemento de desejo no meio disso tudo. Knightley foi criticada por ser “nem tão feminina”. Seios pequenos não são tradicionalmente vistos como objeto de desejo. Nem ao menos os seios de uma mulher mais velha.

Portanto, não é uma bênção o fato de termos estas mulheres fortes, famosas e corajosas para transformar pensamentos irreais e nos mostrar que o corpo feminino vem em muitas formas?

Madonna paira sob o aspecto do que uma mulher nua “deva” aparentar. Ela controla a própria imagem, como sempre fez. Sua atitude? Só porque ela tem mais de 50 anos, por que ela deveria esconder tudo?

A jaqueta rosa que exibe seus seios na foto diz tudo: “Não estou pronta para me abotoar como uma senhora de idade. Obrigada assim mesmo”.

Devemos todos aplaudi-la por isso (de preferência, usando luvas de PVC). (The Telegraph)