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CRÍTICA MOJO REBEL HEART: Muito material bom é um bom problema

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O novo álbum de Madonna chega carregado de controvérsia, gingado, audácia e franqueza sexual. E, em algumas vezes, ele até exagera. “Beija mais, molha mais”, ela sugere em Holy Water, uma canção discreta que mistura o sagrado e o profano que remete ao álbum Erotica, de 1992.

É a típica metade do álbum, na qual produtores da moda trazem uma variedade de cores e tons contemporâneos enquanto Madonna declara que ela ainda está entre nós, talvez protestando um pouco demais. Algumas colaborações são melhores do que outras. A gélida Hold Tight, composta por Ryan Tedder, é melódica, mas insossa; as sirenes características do produtor Diplo em Unapologetic Bitch lembram muito a música de M.I.A.. Contrariamente, todas as contribuições de Kanye West – incluindo a já citada Holy Water, a igualmente sugestiva S.E.X. (“Sou uma porta aberta, venha e entre em mim”) e a ótima Illuminati, na qual Madonna imagina uma boate cheia de governantes mundiais não tão secretos, são extraordinariamente inteligentes.

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Com REBEL HEART e nada para provar, Madonna é a rainha do pop e pronto!

madonna-rebel heart - marketing

Nesta semana, Madonna liberou mais duas faixas do novo álbum, Rebel Heart, lembrando-nos que ela é a Rainha deste mundo Pop. Uma delas apresenta Chance The Rapper e Mike Tyson (Iconic), e a outra, Nas (Veni Vidi Vici). Lá em dezembro, ela soltou Bitch, I’m Madonna, com a herdeira do trono Pop, Nicki Minaj, e a produção de Diplo, Living For Love. Sim, ela está de volta, como se nunca tivesse se afastado.

Iconic e Living For Love apresentam batidas dançantes que te fazem querer se jogar e flertar com algum estranho na boate. Bitch, I’m Madonna e Veni Vidi Vici são mais tradicionais, mas não menos radiofônicas. Nicki, Chance e Nas cospem fogo em suas respectivas participações. É ótimo ela ter rappers no novo álbum, é uma forma de respeito a um gênero que, ao longo da carreira dela, se transformou de modismo a uma força espetacular na cultura popular.

Aquela que nunca foge de uma controvérsia, Madonna se sentiu completa com a campanha de marketing online de Rebel Heart. Ela replicou a capa do álbum ao colocar os vários rostos “rebeldes” de Nelson Mandela, Martin Luther King Jr., Bob Marley e Jesus Cristo amarrados. Muitos ainda tentam entender a razão desta arte. Ela tentou se comparar aos ícones e, depois, pediu desculpas por isso, o que tirou um pouco do crédito do projeto. A tal campanha foi modesta, e o fato dela já ter 56 anos e não ter produzido um grande álbum em nove anos, fez tudo parecer um pouco forçado. Houve um tempo em que fãs do mundo todo ficavam eufóricos com os álbuns de Madonna. Há algumas décadas, a música de Madonna era bem mais familiar. E é este o sentimento que o novo álbum traz, uma reminiscência daqueles tempos.

Não há espaço para cópias. Lady Gaga não tirará o trono da Rainha, uma vez que Madonna é mais original e se esforça bem menos. As únicas que se aproximam em termos de qualidade são Onika, Azealia Banks, Rihanna e Beyoncé. Rihanna é uma máquina de hits, e Beyoncé nasceu para se apresentar. Madonna deu luz a todas elas, e merece respeito e honra ao próprio legado. Espera-se que Rebel Heart seja um álbum platinado e que Bitch, I’m Madonna e Living For Love tenham toquem muito no Spotify. (uk.complex.com)