Madonna anunciou um programa de benefícios, em coordenação com Art For Freedom, a iniciativa digital global para alimentar a liberdade de expressão, para direcionar, responder e protestar contra as perseguições ao redor do mundo.
Madonna iniciou o Art For Freedom no dia 24 de setembro de 2013, ao postar o #Secretprojectrevolution, um vídeo de 17 minutos criado com Steven Klein. O filme – “um chamado à ação” (logo abaixo, legendado) – estreou originalmente no site Vice e continua pronto para download no Bit Torrent. Artistas são encorajados a disponibilizar seus trabalhos no site artforfreedom.com, em forma de vídeo, música, poesia ou fotografia, para expressar seus significados pessoais de liberdade e revolução.
Como parte da iniciativa Art For Freedom, Madonna lançou um programa de benefícios para apoiar indivíduos e organizações que trabalham para avançar na justiça social. Ao longo do próximo ano, ela irá escolher um artista a cada mês, cuja expressão criativa ajude a lutar contra opressão, intolerância e complacência. Madonna irá premiar em US$ 10 mil alguma organização não-lucrativa ou projeto de escolha do artista vencedor. Todos os projetos deverão focar em algum assunto de justiça social e exemplificar os valores do Art For Freedom.
Madonna irá escolher o vencedor a cada mês, com ajuda de um curador convidado, começando com Anthony Kiedis, do Red Hot Chili Peppers. Ela comentou:
“Quero ajudar a dar uma voz criativa àqueles que foram silenciados e tiveram seus direitos humanos negados. Art For Freedom é uma plataforma que dá aos artistas uma chance de definir ‘liberdade’ através de sua arte. Já recebemos muitos trabalhos incríveis. Estou convidando todo mundo para expressar suas ideias sobre liberdade, seja descrevendo alguma perseguição específica que tenham vivido, compartilhando o modo com que seus direitos foram violados e/ou compartilhando ideias criativas a respeito da luta contra a injustiça.”
Art For Freedom, lançado em parceria com o site Vice, recebeu mais de mil inscrições nas primeiras 48 horas. Estas e as próximas se tornarão parte da plataforma Art For Freedom, e serão elegíveis para o programa de benefícios Arts For Freedom. Contribuintes podem se unir ao projeto com artes originais no site www.artforfreedom.com ou marcando publicações originais com a tag #artforfreedom.
Assista ao curta #secretproject legendado e uma entrevista chocante sobre as pressões que sofreu em alguns países durante a passagem da tour MDNA, em 2012, inclusive com ameaça de morte vindo da Rússia caso ela defendesse a causa homossexual.
E finalmente foi lançando esta semana o tão esperado Secret Project de Madonna e Steven Klein.
Desde o ano passado, quando rodou o mundo e fez 88 apresentações de sua MDNA Tour, considerada a segunda turnê feminina mais lucrativa da história, perdendo apenas para a Sticky and Sweet Tour da própria Madonna, realizada entre 2008 e 2009, os fãs de Madonna se perguntavam incessantemente: o que será que ela teria feito quando se trancou em um galpão em Buenos Aires, em dezembro, com Steven Klein e toda sua equipe de dançarinos? Seria um novo video clip? Seria uma sessão de fotos? Participariam outros artistas? Não se sabia de nada. E por isso o projeto ficou conhecido como Secret Project.
Marketeira de mão cheia, Madonna se aproveitou disso e começou a divulgar nas redes sociais e na Internet algumas pistas para provocar maior alvoroço. Uma foto onde o nome de Rihanna aparece causou rebuliço. Lady Gaga e ela trabalhando juntas? Pequenos trailers teasers lançados e o rebuliço continuava. Programado inicialmente para maio, na data lançada milhares ficaram prostrados esperando na rede e… nada! Chegaram a brincar que de tão secreto este projeto deveria nem existir! Provocações dela mesma vieram quando recebeu o Billboard Award este ano, quando disse que estava prestes a começar uma revolução: a revolução do amor.
Até que quando da divulgação do DVD da referida tour, também lançado agora em setembro, as coisas começaram a tomar forma e nesta última terça-feira foi jogado na rede o filmete de 17 minutos chamado Secret Project Revolution.
Não era um ensaio fotográfico e nem um video clipe. O filme, em preto e branco, mostra cenas de opressão, de tortura, de massacre. Não é realmente muito agradável ver Madonna com uma arma na mão atirando em seus companheiros e, depois fazendo o papel de uma encarcerada, presa em uma cela e sendo torturada. Mas tudo isso é uma metáfora. Madonna está pregando a liberdade. A liberdade de expressão, a liberdade do ser, a liberdade em geral. No decorrer do filme, falas de seus discursos politizados, feitos durante a MDNA Tour são ouvidos, e uma narração em off explica o porque daquele projeto e o objetivo do mesmo.
” Essa revolução superará todo o medo, todo o sofrimento, e toda separação. E incluirá todas as pessoas: negros, brancos, cristãos, chineses, muçulmanos, judeus, gays, heteros, bissexuais, gordos, incapacitados, ricos, pobres, artistas e autistas. (…) Estamos juntos neste navio, navegando como um arpão incandescente no mar.” – diz Madonna em um dos trechos.
Ou ainda:
” Eu sinto que as pessoas estão ficando cada vez mais amedrontadas por aqueles que são diferentes. As pessoas estão ficando cada vez mais intolerantes. Nós queremos lutar pelo direito de sermos livres. Este é um momento muito sério onde nós podemos fazer a diferença, nós podemos mudar isso. Nós temos o poder. E nós não precisamos fazer isso com violência. Apenas temos que fazer isso com amor.”
As cenas de tortura, em especial, me remeteram a cenas de filmes sobre o período da ditadura militar na América do Sul, em especial a um filme chamado Garage Olimpo, que me causou a mesma sensação de sufocamento quando o assisti, ou nosso Olga. Impossível não ser remetido à cenas de filmes sobre o nazismo, como o célebre A Lista de Schindler, onde a personagem de Ralph Fiennes atira aleatoriamente em judeus no campo de concentração. Quando não aprendemos com a história ela acaba se repetindo, diz Madonna em um trecho, e é isto que está acontecendo.
Lembrando que ano passado, enquanto ela fazia sua turnê, ela se envolveu ativamente no caso da banda russa Pussy Riot que foi presa por se expressar contra o governo de Putin. Aconteceu também o caso de Malala Yousafzai, estudante, ativista e blogueira paquistanesa que foi alvejada dentro de um ônibus escolar por defender os direitos das garotas paquistanesas de estudarem.
Madonna provoca mais uma vez, instiga as pessoas a pensarem, usa sua arte como voz ativa dos oprimidos e prega a liberdade em todos os aspectos. Muitos, como sempre, vão torcer o nariz e falar que isso não passa de demagogia da parte dela. Outros, não só fãs e afins, vão se engajar no projeto e dar mais voz ainda ao mesmo. O importante aqui é a capacidade do curta de chacoalhar, de fazer pensar em quão robotizada, mecânica e manipulável a sociedade está se tornando com seus gadjets, iPhones, iPods e tantas outras coisas que de certa forma também oprimem, pois faz com que as pessoas parem de pensar e acabem se sucumbindo ao que lhes é entregue de maneira pacífica. Enquanto houver pessoas que pregam o ódio contra as diferenças, como os políticos brasileiros cujos nomes não irei citar, e incitam a violência contra quem eles consideram escória, teremos muitas sementes de ditadores como Hitlers e Mussolinis espalhados pelo mundo e a história corre sim o risco de se repetir.
Trazendo o tema para a realidade brasileira, a bandalheira e baderneira que ocorre em nosso país atualmente, junto com a falta de punição, é também uma forma de opressão. É também uma forma de pegar a arma metafórica de Madonna no vídeo e sair atirando aleatoriamente. É uma forma de encarceramento. O que houve com todos os protestos e manifestações realizados este ano? Cessaram?
Penso que artistas não são demagogos quando levantam essas questões. É mais do que obrigação de quem faz e promove arte se engajar ativamente e cutucar a ferida, como Madonna faz e sempre fez. Não precisam ser fã dela ou concordar com tudo que ela faz. Somente tomem um tempo, 17 minutos, para ouvir o que ela tem a dizer.
Vale a pena. O vídeo do Secret Project está disponível abaixo.
Um deputado russo, autor de uma polêmica lei “anti-gays” em São Petersburgo, acusou nesta terça-feira Madonna de ter trabalhado ilegalmente em dois shows que fez na Rússia em 2012 (MDNA TOUR), durante os quais defendeu os homossexuais e as integrantes do Pussy Riot.
“Em agosto de 2012, o tipo de visto de Madonna permitia a ela realizar atividades humanitárias e culturais, mas não comerciais”, declarou à AFP Vitali Milonov, deputado local do partido governante Rússia Unidade. Trata-se de um visto de três meses a título de “intercâmbios culturais”, ou seja, “um visto que não permite trabalhar ou ganhar dinheiro na Rússia”, explicou o deputado.
No entanto, Madonna fez dois shows, um em São Petersburgo e outro em Moscou em agosto, “nos quais ganhou milhões”, afirmou Milonov. Durante estes shows, a estrela do pop defendeu a causa gay e deu seu apoio às três cantoras punk do grupo Pussy Riot, condenadas por terem criticado o presidente Vladimir Putin.
Organizações ultranacionalistas russas apresentaram uma demanda perante um tribunal de São Petersburgo exigindo da cantora 333 milhões de rublos (8,5 milhões de euros) por perdas e danos, mas a ação foi rejeitada.
Uma lei adotada em fevereiro de 2012 em São Petersburgo por iniciativa de Milonov castiga nesta região qualquer ato público que promova a homossexualidade e a pedofilia, um texto denunciado pelos defensores das liberdades.
A justiça russa rejeitou nesta quinta-feira um processo apresentado contra Madonna por supostamente ter apoiado os direitos dos homossexuais e ofendido os sentimentos religiosos dos ortodoxos durante um show realizado no último mês de agosto em Moscou.
Além disso, o tribunal de São Petersburgo também defendeu que as organizações sociais litigantes paguem as despesas judiciais dos advogados da empresa que representaram à cantora americana e organizaram os shows, informam as agências locais.
As organizações que apresentaram a denúncia exigiam que Madonna e os organizadores dos shows pagassem uma quantia de US$ 10 milhões.
Os litigantes acusam à rainha do pop de “danos morais” por, supostamente, ter pisoteado em uma cruz ortodoxa durante sua atuação, além de pedir aos presentes que levantassem suas pulseiras cor de rosa em apoio das minorias sexuais.
Na hora de argumentar sua rejeição ao processo, o tribunal explicou que na entrada para o show havia uma clara advertência de que a exibição era restrita aos maiores de 18 anos.
A companhia promotora do show, Planeta Adicional, assegura que dos nove litigantes, apenas um acompanhou a atuação de Madonna em São Petersburgo.
Durante o show nesta cidade, que aprovou uma lei que castiga com fortes multas a propaganda da homossexualidade entre os menores, Madonna fez uma defesa direta dos direitos dos homossexuais.
“Queremos lutar pelo direito de ser livres. Viajei muito pelo mundo e vejo que as pessoas são cada vez mais intolerantes, mas podemos mudar isto. Temos força para isso”, proclamou a cantora.
Madonna assegurou que “o amor” é a única coisa que pode mudar o mundo e pediu tolerância às pessoas com uma orientação sexual não tradicional.
As organizações ortodoxas e nacionalistas protestaram energicamente contra os shows de Madonna e, inclusive, queimaram fotos com imagens da cantora, a qual foi qualificada de “enviada de Satã” e “arma ideológica do Ocidente”.
A corte russa quer que Madonna dê uma pausa na agenda frenética da turnê ‘MDNA’ para participar de uma audiência no dia 25 deste mês. De acordo com o site Digital Spy, a cantora é acusada de ter feiro apologia à homossexualidade em um show recente em São Petersburgo, quando defendeu os direitos da comunidade LGBT do país.
Todo o problema está embasado em uma lei ‘anti-gay’ da cidade, aprovada em março, que proíbe a apologia a qualquer tipo de sexualidade que não seja a heterossexual. Por isso, a organização União dos Cidadãos Russos está movendo o processo contra Madonna. “Nós, moradores da capital cultural, sofremos um colossal dano moral”, alega um representante do grupo, que pede indenização de US$ 10 milhões pelos transtornos que a loura supostamente causou.
Por conta desta ação, Madonna já havia sido convocada a comparecer à corte no dia 11 de outubro, mas, como ela não apareceu, a audiência foi transferida para a próxima quinta-feira. Mal sabem os russos que a Rainha do Pop tem um show marcado em Houston, nos Estados Unidos, no mesmo dia e, bem, é pouco provável que ela vá desmarcá-lo para responder ao processo do outro lado do oceano.
Madonna será julgada na Rússia no dia 11 de outubro. Ela é acusada de violar as leis do país ao fazer propaganda do homossexualismo durante um show da tour MDNA que ela realizou em São Petersburgo, em 9 de agosto. A por star também se apresentou em Moscou durante a permanência no país.
Madonna está sendo processada por um grupo de moradores daquela cidade que exige uma indenização de 333 milhões de rublos, aproximadamente US$ 11 milhões, a título de danos morais. Os advogados dos autores da ação indenizatória pediram ao tribunal para também incluir como réus os organizadores do concerto de Madonna por entender que eles estavam cientes de que a cantora iria agir contra a legislação russa.
Duas jovens russas usando máscaras da banda de punk rock Pussy Riot divulgaram um vídeo em que agradecem o apoio de artistas como Madonna, Red Hot Chili Peppers, Björk e Green Day, que se solidarizaram publicamente após três integrantes do grupo serem condenadas por protestar contra o presidente Vladimir Putin. O vídeo foi exibido na noite desta sexta-feira, 06, pela MTV, antes do Vídeo Music Awards
No vídeo, elas dizem: “Nós lutamos pelo direito de cantar, de pensar e de criticar, de ser músicas e artistas, prontas para fazer qualquer coisa, para mudar mudar o nosso país, sem nos importarmos com os riscos”.
Pouco antes de queimar uma fotografia do presidente russo, a dupla completou: “Este homem pensa que é ilegal ser feminista e cantar músicas punk. Este homem pensa que é ilegal apoiar os direitos dos gays e das lésbicas. Este homem acha que você não pode criticar o seu governo. Este homem acha que cantar e dançar de maneira inapropriada é motivo para ficar dois anos na prisão”.
No último dia 17 de agosto, a Justiça da Rússia condenou três integrantes do Pussy Riot a dois anos de prisão por vandalismo motivado por ódio religioso por fazerem um protesto contra o governo na principal catedral de Moscou.
Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Marina Alyokhina, de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 30, disseram que estavam protestando contra as relações próximas entre Putin e a Igreja ortodoxa russa e não tinham a intenção de ofender os fiéis.
Durante sua recente apresentação em Moscou, Madonna, que chegou a usar o gorro característico do Pussy Riot, também pediu abertamente a libertação das três integrantes. Na ocasião, Madonna ainda apareceu como o nome do grupo escrito em suas costas.
“Vladimir Putin deve perdoá-las como artistas, como mulheres e como mães. Elas devem ser libertadas”, afirmou a cantora americana ao jornal “Kommersant”.
Madonna fechou, na noite desta terça-feira, 21, com chave de ouro para 30 mil pessoas, o último show da etapa européia do MDNA Tour, em Nice, na França, antes de partir para os Estados Unidos. E como polêmica é também sinônimo de Madonna, digamos que este Madonna não foi nada complacente com muitos desafetos, a começar pelo cantor Elton John.
– Ela dedicou MASTERPIECE a Elton John. “Como eu sei que ele é um fã desta música, eu o perdoo.” Vale lembrar que Elton John segue atacando Madonna na imprensa desde que perdeu o Globo de Ouro de melhor canção para ela em janeiro…Madonna no show desta terça resolveu, finalmente, tirar com a cara do colega.
Em entrevista ao programa semanal Radio Times, o músico britânico Elton John chegou a recuar em seu ataque a Madonna, a quem chegou a chamar de “stripper de feira” há duas semanas. “Madonna pegou a indústria pelo pescoço, criou oportunidades para outras mulheres, como (Lady) Gaga e Katy Perry”, disse ele.
– No final de Human Nature e antes de Like A Virgin, falou sobre a Russia e pediu ao público para que gritasse com ela “Free Pussy Riot”.
– Mesmo com as ameaças da Frente Nacional, mesmo com os integrantes da FN no estádio, Madonna peitou e foi exibido o vídeo de Nobody Knows Me com Marine Le Pen de Hitler. A Frente Nacional exigiu que o vídeo fosse editado para o show em NICE e foram lá para conferir. Deram com os burros n’ água. Este show causou muita dor de cabeça para alguns líderes políticos de lá e a repercussão do caso Pussy Riot só aumenta.
Enquanto isso, a promotoria de São Petersburgo indicou, por outra parte, que recebeu 140 denúncias contra Madonna, apresentadas por cidadãos de forma individual, por seu apoio a comunidade gay no pais. A região de São Petesburgo adotou em fevereiro uma lei que pune penalmente qualquer ato público que promova homossexualidade e pedofilia, um texto denunciado por ativistas por equiparar gays a pedófilos.
Fim da história, sem declarações à imprensa através de um assessor. Ela mesmo está rebatendo e com força os ataques que vem sofrendo ultimamente. Governo russo queimado perante a mídia, partido Frente Nacional/Marine Le Pen detonados e Elton John finalmente teve seu castigo (bem Madonna, bem irônico). Alguém mais para a briga?
Será que este povo esqueceu do poder midiático que Madonna tem? Que para ela não existe NÃO? Que ela é a única artista em 30 anos que quebrou todas as barreiras e enfrentou todo mundo em defesa de suas idéias, e não será agora, aos 54 anos, que ela deixará de ser quem é?
Se tem uma coisa que a nova tour de Madonna, o MDNA Tour, vem causando, além de histeria, é muita polêmica. Na França, os militantes da Frente Nacional (extrema-direita) cobriram os cartazes de Madonna com imagens de sua líder Marine Le Pen. O objetivo para protestar contra o clipe que foi exibido em shows anteriores em que a presidente da bancada aparece atrás de uma suástica, informou o próprio partido. Madonna fará uma apresentação em Nice na próxima terça-feira (21).
Na última madrugada, dezenas de militantes percorreram as ruas de Nice para substituir cerca de trinta cartazes da cantora pelos de Marine Le Pen, disse à AFP Gaël Nofri, responsável pelo grupo Bleu Marine-FN na cidade. “Nós não somos contra a liberdade de expressão, mas isso é um ato revisionista, um ataque contra um partido republicano e contra a sua candidata que teve 18% nas eleições presidenciais”, declarou Nofri.
Para Gaël Nofri, Madonna, que luta para “encher seus shows desesperadamente vazios”, tenta “criar uma dinâmica para fins puramente comerciais”. Mas ela esquece que, “Marine Le Pen representa um eleitor em cada quatro da Côte d’Azur”, disse Nofri.
Poucos dias após a estreia do vídeo em questão, durante o primeiro show da turnê mundial de Madonna em Tel Aviv, que aconteceu no dia 31 de maio, Marine Le Pen alertou para que a estrela não exibisse o clipe ameaçando revidar a ação.
Em 14 de julho, durante uma apresentação no Stade de France, a cantora decidiu exibir um novo vídeo no qual Le Pen aparecia com uma suástica na testa. A Frente Nacional apresentou uma queixa por injúria.
Já na RÚSSIA…
Nove processos reivindicando compensações financeiras superiores a US$ 10 milhões (R$ 20 milhões) foram apresentados contra Madonna em um tribunal de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, informou nesta sexta-feira (17) o advogado dos queixosos, Aleksander Pochuev. Os processos por “danos morais” também se estendem aos organizadores do show da rainha do pop na sexta-feira (10) passada na antiga capital russa, afirmou Pochuev em entrevista à agência oficial “RIA Novosti”.
Os queixosos, acrescentou, reivindicam compensações econômicas por causa do “forte sofrimento moral” causado por Madonna ao fazer “propaganda das uniões homossexuais” durante sua apresentação em São Petersburgo.
“Várias dessas pessoas estiveram no show, outras viram reportagens nos noticiários”, disse Pochuev. Madonna defendeu os direitos dos homossexuais em sua apresentação em São Petersburgo, cidade que aprovou uma lei punindo a propaganda homossexual entre menores de idade. “Queremos lutar pelo direito de ser livres. Viajei muito pelo mundo e vejo que as pessoas são cada vez mais intolerantes, mas podemos mudar isto. Temos a força para isso”, proclamou ao público a cantora americana. Madonna garantiu que “o amor” é a única coisa que pode mudar o mundo e pediu tolerância em relação as pessoas que têm uma orientação sexual não tradicional.
Madonna usou seu show do MDNA Tour desta quinta-feira em São Petersburgo, cidade natal do presidente Vladimir Putin, para declarar apoio aos direitos dos homossexuais, depois de ativistas apontarem como discriminatória uma lei local sancionada neste ano contra a “propaganda” gay.
Madonna se apresentou de lingerie preta, com as palavras “no fear” (Sem medo) escritas nas costas. Ela pediu à plateia – onde muita gente usava pulseiras rosas distribuídas na entrada – para “mostrarem seu amor e apreciação pela comunidade gay”. Eis o discurso de Madonna:
“Eu estou aqui para dizer a comunidade gay e os gays daqui e de todo o mundo que todos têm os mesmos direitos. Os mesmos direitos de serem tratados com dignidade, com respeito, com tolerância, com compaixão, com amor!
Sim, você está comigo? Se você está comigo, eu quero ver a sua pulseira rosa. Se você está comigo, levante o braço e mostrar seu amor e apreço pela comunidade gay!
Você está comigo? Você está comigo? Eu disse, vocês estão comigo seus “filhos da puta”? Obrigado!
E isto é para as pessoas que estão citando a Bíblia e usando Deus como seu sistema de defesa: Jesus pregou isso, Maomé pregou isso, Buda pregou isso, Moisés pregou isso. É está em cada livro sagrado:
“Ama o teu próximo como a ti mesmo! Ok?
Então você não pode usar a religião para tratar as outras pessoas mal! Você não pode usar o nome de Deus para tratar mal ninguém pois ninguém é melhor ou pior que você. Nós todos merecemos amor. Então, vamos todos espalhar para o mundo esta mensagem de amor e viver a nossa vida sem medo! AMÉM.”
Logo após, fãs levantaram suas pulseiras:
Primeiro-ministro ataca Madonna no Twitter
Irritado, o vice-primeiro-ministro para a Defesa, Dmitri Rogozin, atacou Madonna no Twitter nesta quinta-feira: “Conforme fica velha, toda ex-p… tenta dar lição de moral nos outros, especialmente durante viagens ao exterior.”
Embora não tenha escrito a palavra completa, a imprensa russa disse não duvidar de que Rogozin quis dizer “puta”. A autoridade publicou um segundo tweet, também agressivo, sobre a cantora: “Ou tire sua cruz ou ponha sua calcinha.”
Madonna aproveitou seus dois shows na Rússia para expor suas opiniões sobre a situação atual do país.
O homossexualismo, punido com penas de prisão na União Soviética, foi descriminalizada na Rússia em 1993, mas grande parte da comunidade homossexual vivem às escondidas. Inúmeras tentativas de conter protestos gays em Moscou, considerada ilegal pelas autoridades, acabaram em prisões e em confrontos violentos com cristãos ortodoxos russos que dizem que os homossexuais devem ser punidos ou ter tratamento psiquiátrico.
“Vivemos com medo?” Madonna perguntou as seus fãs na noite de quinta-feira. “Não!” Foi a resposta. “Nós te amamos!” Gritaram alguns fãs, mas nem todos se emocionaram.
“Não se deve misturar show business com ativismo pelos direitos humanos”, disse o ativista dos direitos gays Yuri Gavrikov. Vários ativistas fizeram piquetes no local do show. “Se ela quisesse apoiar a comunidade LGBT, ela poderia ter cancelado seus shows na Rússia.”
Na terça-feira, em Moscou, ela disse que reza pela libertação das três integrantes da banda punk Pussy Riot, que correm o risco de serem condenadas a três anos de prisão por terem feito uma manifestação contra Putin no altar da principal catedral do país.
A lei que entrou em vigor em março em São Petersburgo pune com multa quem difundir “propaganda” homossexual que cause “danos ao desenvolvimento físico, moral ou espiritual” de menores.
Na sua página do Facebook, Madonna disse que a lei é uma “atrocidade ridícula”.
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