O tablóide The Sun publicou na edição de ontem uma entrevista com Madonna em que revela como é seu lado mãe após o divórcio com Guy Ritchie e curiosidades sobre a criação do álbum MDNA.
Ser mãe
“Não vou mentir, é difícil trabalhar com quatro filhos e fazer todo o trabalho que faço,”, diz Madonna. Às vezes parece que a cabeça vai explodir. Todo mundo tem algo a dizer sobre a maneira que vivo minha vida. No final do dia eu estou fazendo o meu melhor. Se as pessoas não gostam disso, isso é realmente problema delas. A maioria dos meus filhos estudam francês. Meu francês não é muito impressionante, mas é bom o suficiente. Todo mundo na minha casa fala um francês perfeito. Estou compreendendo melhor, quando não estamos falando sobre a lição de casa. Agora, estou pegando certas coisas e pressionando: ‘O que você disse?’. Eu sei os palavrões, então, eles têm que ter cuidado. Tento ter a vida mais normal possível. Minha vida com eles em casa está ligada a trabalhos escolares, a saúde deles, como qualquer outra pessoa com filhos.”
Divórcio
Às vezes, lido com isso muito bem. Às vezes, é uma luta”
Sobre a Canção I Don’t Give A
Madonna diz que a música é sobre a vida de uma mãe solteira. “Isso é todo um desafio misturado com malabarismo. Tento expressar isso.” A letra fala sobre sua relação como esposa em trechos que dizem “Tentei ser uma boa menina, eu tentei ser sua esposa. Culpei você quando as coisas não iam do meu jeito. Eu poderia ter mantido minha boca fechada.”
O que Madonna fala sbore voltar para o estúdio
“Foi incrível! Eu gosto disso, da intimidade de um estúdio de gravação e do processo de composição de músicas. Nessas horas estou usando uma parte diferente do meu cérebro quando trabalho com música, em comparação ao momento que estou dirigindo um filme. Eu amo fazer ambos, mas foi bom chegar à simplicidade da composição de canções depois de três anos escrevendo roteiro, dirigindo, editando e falando sobre o meu filme. Eu quase chorei ao sentar, tocar minha guitarra e cantar uma música.”
Os filhos e as músicas de MDNA, novo álbum de Madonna
“Toda vez que eu entro no carro o rádio está ligado. É chocante que meus filhos de cinco e seis anos de idade saibam as palavras de cada canção que tocam. Eles não ouviram meu álbum inteiro, eles definitivamente não ouviram Gang Bang. Duvido que nunca vá ser tocada no rádio.”
Sobre a participação de Lola
“Sim, ela canta em Superstar como backing vocal. Ela foi ao estúdio num dia, convidei e ela concordou. Ela tem uma voz muito boa. Mas é muito tímida e não vai admitir isso. Muitas pessoas estão atrás dela para fazer filme, parceria ou qualquer outra coisa. Mas ela não está interessada em nada disso. Ela só quer ir para a escola. Ela me disse: ‘Mãe, eu só quero ser uma criança normal. Não estou pronta para seja lá o que for’. Eu respeito isso e, se ela quer trabalhar comigo, em qualquer nível, ficarei feliz por ela. Mas, caso contrário, vou deixá-la em casa com suas tarefas da escola.’
Sobre a polêmica no título de MDNA – que tem similaridade com a droga MDMA
“É um anagrama do meu nome. Eu realmente não penso sobre a polêmica, penso sobre ironias,” explicou Madonna.
Ser um modelo de inspiração
“Espero ser um modelo. Espero dar voz a outras meninas, ser a voz das mulheres, ser alguém para outras mulheres olharem para cima e admirar. Continuo lutando e tentando ter integridade. E espero inspirar as mulheres e dar-lhes forças para lidar com a vida, não importa o que vier no caminho…”
Sobre Karl Lagerfeld chamar Adele de gorda
“Foi horrível. Uma das coisas mais ridículas que já ouvi. Eu não gosto quando alguém fala mal de ninguém. Adele é um enorme talento e o quanto ela pesa não tem nada a ver com isso.
O que Adele deve se lembrar no final das contas é que se você está em ascensão ou fracassa isso está muito ligado em como você sustenta e mantém sua integridade ou força interior. Sobre quem lhe cerca, amigos e pessoas que realmente se importam com você e se preocupam com seu bem-estar sem que seja uma superstar. Essa é a coisa mais importante.”
Sobre a morte de Whitney Houston
“Eu, provavelmente como todo mundo, fui atingida por um sentimento de descrença, especialmente pela Whitney. Não era um segredo, as lutas que Amy Winehouse também passou. Ambas brilhantes artistas mas, obviamente, com enormes prejuízos. Sempre quando essas coisas acontecem, fico chocada e a primeira coisa que vem na mente é “Que perda!”. E aí começa-se a se questionar “Como é que isso aconteceu?” “Como as pessoas ao redor permitiram que chegasse a esse ponto?”, lamentou Madonna.
Se você pensar, já perdemos tantos maravilhosos artistas. A história apenas se repete, cada vez mais. Eu me lembro que a Whitney saiu ao estrelato na mesma época que eu, no início dos Anos 80. Me lembro dela cantando e ouvindo as pessoas comentando sobre ela e pensava “Oh meu Deus, é uma mulher linda e com uma voz inacreditável. Eu gostaria de cantar assim.” Me lembrei de ser extremamente invejosa e tocada pela sua inocência. Assisti a um documentário do compositor francês Serge Gainsbourg e ele esteve num talk show na época em que Whitney estava começando. Foi interessante pois assisti uma semana antes dela morrer. E ele estava fazendo tipo um jogo em rede nacional e falando em francês que queria transar com ela, e Whitney em estado de choque. Quero dizer, ela era tão inocente e tão nova, tão bela e ficou tão sem jeito. E fiquei pensando, nós somos tão inocentes no palco ao longo da vida. É interessante os caminhos que nossas vidas tomam. Fiquei impressionada como ela começou bem e terminou a vida numa tragédia.
Sobre a MIA mostrar o dedo do meio na apresentação do Super Bowl
“Bem, estávamos no território do futebol americano. Era um solo sagrado e acho que é um evento muito importante e bem visto. Foi aceito por todos que a performance seria politicamente correta. Acho que a NFL estava mais preocupada em mim do que em qualquer outra pessoa, achando que eu fosse fazer algo provocativo ou cheio de loucuras. E não tinha a menor intenção de fazer algo para chocar ninguém ali. Eu estava trabalhando tão pesado nesse show pra ter que pensar em algo que fosse irritar as pessoas. Me deram um bom tempo para ensaiar e como criar algo criativo para o show. Senti que devia retribuir tudo o que apostaram. Mas sobre isso, fiquei triste pois sei que tem pessoas que não gostaram. E eu não queria fazer isso, não queria colocar ninguém nessa situacão pois eles me deram tudo o que eu quis. Mas por outro lado, eu não sabia o que a MIA tinha feito e todos ficaram indignados e aí fui ver o vídeo e pensei “ah, tudo bem vai”. Não parecia ser uma grande coisa. Mas sabe, isso é coisa dela, de ser meio punk, rock e na verdade, analisando amplamente, muitas coisas loucas aconteceram.”
A nova turnê
“Hum, eu espero que alguém mostre o dedo do meio no meu show! Mas não será eu pois já fiz isso tantas vezes. Espero que eu tenha boas idéias. A parte criativa ainda está crua, comecei os ensaios na semana passada e estou mais focada na música em si por enquanto. Tenho alguma idéias e tenho muito trabalho pela frente. Estou bem ansiosa!”
Em se aposentar….
“Eu amo o que faço. Tenho uma voz, tenho opinião e tenho coisas a dizer. Amo música e amo contar histórias. Então, acho que enquanto eu me sentir assim, vou continuar fazendo o que faço.”