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Madonna entrega uma alta dosagem de MDNA na Key Arena em Seattle

Por Gregory Franklin, para o Seattle Weakly

Madonna

Descrever a atual turnê de Madonna em um amontoado de palavras é mais ou menos como ser solicitado para descrever a história da sua vida em detalhes para um estranho. Existem tantos momentos de minúcias e detalhes maravilhosos que acabarão tendo que ser explicados em uma recapitulação posterior que a tentativa é, desde o início, inútil. O set de 135 minutos de Madonna foi uma aula master em “Arte da Apresentação Profissional”, e não houve um segundo sequer dele onde não nos sentíssemos envolvidos por inteiro, direcionando nossa atenção aos tais detalhes meticulosos, me parece trágico dar um parecer geral dos mesmos. Com isto em mente, aqui vou eu, tentar explicar o que vi nesses 135 minutos que passei na Key Arena na última terça-feira (2 de outubro) a noite.

Madonna sempre foi uma agregadora intensa de cultura pop. Algumas a chamariam de criadora de tendências ou de pioneira; outros diriam que ela usa a cultura como um figurino. Independente de qual lado da cerca você se encontre, é impossível negar sua imensa influência, e ver tudo isso em uma experiência concentrada e ininterrupta foi intensamente inspirador e simultaneamente chocante. Jogue tudo que você sabe/sente sobre religiões, espiritualidade, sexualidade, política, moda, amor, medo e a condição humana em geral dentro de um liquidificador, junto com um iPod bem estocado e você terá uma boa ideia da história caótica que Madonna está tentando contar em sua MDNA tour.

Isso não quer dizer que o caos não é bem-vindo ou não é planejado. Chegar perto de uma arena de shows é muito parecido a ir às festividades do 4 de julho; se tudo for feito de maneira correta, será algo alto, brilhante e você se encontrará processando tudo aquilo por um bom tempo. Você está ali para o espetáculo, para o bombástico, pela oportunidade de ver algo maior que a vida, e tudo que diz respeito a MDNA tour tem a obstinação de preencher todo o seu periférico até o ponto de ter seu processador sobrecarregado, derretido.

O show já começou de maneira suficientemente bela, com monges moicanos entoando uma melodia assombrosa (enquanto gárgulas aladas tomam suas posições em cubos de LED que sobem e descem do gigantesco palco) e um turibulo fumegante gigante balança, espalhando incenso pela multidão. Estamos sendo abençoados ou perdoados? Telas de vídeo aparecem ao fundo, mostrando uma enorme cruz adornada com o MDNA e o fundo de uma catedral antiga, cuja natureza sombria, rica e pontiagudaparece ter saído de alguma peça de Alexander McQueen. Por trás das telas, as luzes são posicionadas de forma a parecer que raios de sol vazam por entre as frestas. Madonna entra na arena, rezando, antes que os vidros jateados das telas ao seu redor se quebrem de maneira alta e dramática, espalhando-se pelo chão e oficialmente dando início ao espetáculo. Nunca querendo se esquivar de suas controvérsas, Madonna pula da sala de oração vestida com uma burca e segurando uma metralhadora. A sutileza tira folga quando Madonna está na cidade.

Apesar do repertório ter sido moldado para o material mais recente, o álbum MDNA, mais do que alguns fãs gostariam, foi difícil pelo menos se preocupar em ouvir as músicas favoritas quando cada segundo deste mesmo repertório foi visualmente impactante. Em “Revolver”, Madonna nos lembrou de seu contínuo gosto por chocar. Aparecendo no cenário de um motel sujo em “Gang Bang”, vários intrusos (dançarinos arrepiantemente coreografados) se arrastam para seu quarto para encontrarem a morte horrenda pela pistola de Madonna e ela rindo satisfatoriamente enquanto as gigantes telas de LED que preenchem o fundo do palco são preenchidas com um vermelho sangue vivo. Uma dica bastante saudável das menções a cerca de Quentin Tarantino, assim como um lembrete que esta não seria uma viagem rápida pela Candy Land.

Dito isso, vale dizer que Madonna não foi destrutiva o tempo todo. Em “Express Yourself”, Madonna estava estonteantemente doce. Entrando com sua tropa e com algumas projeções fantásticas inspiradas na arte gráfica pop de Roy Lichtenstein, que ficam pipocando e girando o tempo todo, Madonna parecia que estava entregando o bastão para qualquer atual ou futura cantora pop para ao menos TENTAR ser ela. Uma banda de desfile entra no meio da música, com um exército de bateristas suspensos por fios por cima do placo, flutuando por sobre a multidão, tocando como se fosse uma coisa absolutamente normal estar a 100 pés do chão. Não é grande coisa, certo? Tudo isso para ser sutilmente danado, pois Madonna coloca “Born this Way” de Lady Gaga no meio de “Express Yourself” (elas são basicamente a mesma canção) no que pareceu algo como um cumprimento amigável para Gaga, até que ela termina a canção com um desafiante “She´s Not Me” (ela não sou eu – faixa do álbum anterior, “Hard Candy”, de 2008)

A narrativa do show foi solta e dispersa, com Madonna ascendendo do inferno ao céu, passando por uma chuva de cápsulas de projéteis, indo de canções antigas (“Open your Heart” com o trio Basco Kalakan nos vocais na percussão e mostrando seu próprio filho de 12 anos Rocco Ritchie como dançarino) da lenta e tocante canção de amor “Masterpiece”, antes de se jogar ao desfile art-deco de “Vogue” e à orgia andrógena e contorcionista de “Candy Shop”.

Até mesmo os clássicos de Madonna foram refeitos, com “Like a Virgin” se tornando uma esparça e lenta peça acompanhada pelo piano, virando a música de uma celebração ao relacionamento para uma desesperada e piedosa balada sobre uma indestrutível co-dependência. Junto com algum dos momentos mais sombrios, os segmentos criativos dos dançarinos (obviamente de certa forma inspirados pelos Jabbawockeez ) foram mais do mesmo, mas mais focados em elementos de auto piedade; “Erotica” teve uma trupe de aterrorizantes palhaços em volta do filme noir da cobertura de Madonna, e os gráficos pop de “Nobody Knows Me” remeteram às armadilhas da fama, como também fizeram um tocante tributo à crianças que (presumidamente) morreram devido a atos de bullying.

A sequencia de “I´m a Sinner” e “Like a Prayer” mostraram a Madonna clássica no seu melhor, mandando lembranças ao misticismo ocidental dos Beatles enquanto abraça a vida selvagem e convidando depois um coral de 35 membros para o palco para uma grande e celestial apresentação. Foi hilário (se não um pouco já esperado) continuar seu papel, mostrando sua atuação 2012, estando confortável em sua própria pele, versus a sua luta nos anos 80 com sua culpa católica. Ao invés de uma ascensão literal ao céu, Madonna ascende para um clube de dança inspirado em Tron para “Celebration”, trazendo uma tropa de dançarinos inspirados em DJs e transformando a Key Arena em uma pulsante nave espacial pronta para entrar em órbita. Espero que eles tenham caixas eletrônicos no espaço, porque algo me diz que viajar com Madonna não vai ser nada barato.

NOTA: Se suas interações gentis com a audiência servem de indicação, seus tempos de sotaque britânico falso parecem ter chegado ao fim. Ela também cantou (ao vivo) a maior parte do show. Ela se desculpou por sua garganta arranhada (culpando Vancouver e sua imensa nuvem de fumaça de maconha na noite anterior) e fez um trabalho admirável sendo uma líder de gang e cantora. Claro, houve alguma nota falha aqui ou ali, mas eu me sinto melhor sabendo que uma pessoa (e não uma faixa pre-gravada) está manejando o microfone nos shows de Madonna.

NOTA 2: Por mais que eu queira fazer piadas a respeito dos braços de Madonna (os famosos “scaryarms” em inglês – Nota do Tradutor) e não as tenho. A mulher estava absolutamente incrível.

Setlist do show:
Gregorian Chant Intro
Girl Gone Wild
Revolver
Papa Don’t Preach
Hung Up
I Don’t Give A
Heartbeat (Interlude)
Express Yourself/Born This Way
Give Me All Your Luvin’
Turn Up The Radio
Open Your Heart/Saggara Jo (Kalakan)
Masterpiece
Justify My Love (Interlude)
Vogue
Candy Shop/Erotica
Human Nature
Like A Virgin
Love Spent
Nobody Knows Me (Interlude)
I’m Addicted
I’m A Sinner
Like A Prayer
Celebration

Tradução: Gustavo Espeschit, em 03/10/12

Vídeo

Fotos (clique nas imagens para ampliá-las)

Entrevista: Richard Corman: “Ela era e continua sendo uma original.” Veja fotos inéditas!

madonna RichardCorman rollingstone1983

O fotógrafo Richard Corman lembra da primeira vez que ele conheceu Madonna.
Ele disse a revista Rolling Stone …

“[Foi] no verão de 1982 em seu apartamento no Lower East Side.
Antes de entrar no prédio, eu tinha que ligar de de uma cabine telefônica do outro lado da rua para avisar, e sob termos inequívocos,  não era para entrar no prédio sem ela alertar a todos os inquilinos devido a uma série de atividades ilegais no prédio. Ela me ofereceu café preto e goma em uma bandeja prateada. Essa foi a introdução.
Poucos minutos depois, estava se movendo sobre seu apartamento e eu estava fotografando Madonna em sua cozinha, no fogão, em sua cadeira.”

As fotos proto-street-style tiradas espontaneamente nunca foram vistos … até agora. Ontem à noite no W Hotel, na Cidade do México, as fotos foram reveladas ao público como parte de uma nova exposição itinerante patrocinada pelo Hotel Group e Vitaminwater. Com curadoria de Rock Paper Foto e o empresário de Madonna, Guy Oseary, a instalação apresenta fotografias de Corman George DuBose fazendo contraposição ao grafite personalizado de Alec Monopóli . A exposição chega no W New York Hotel, em dezembro.

Uma foto mostra Madonna fazendo beicinho a partir de um banco junto com moradores locais de eldery. Outra retrata o cantor denim-clad em um telhado, junto com algumas crianças que tentaram carinhosamente olhar para a câmera. Este tipo de camaradagem inter-geracional era rotina para Madge, segundo Corman.

Ele diz …

“Ela era absolutamente a flautista do bairro, e todas as crianças cantavam e dançavam com ela no telhado quase diariamente. Ela levava seu rádio de tocar fitas até o telhado – as crianças ouviam a música tocando e corriam para cima para dançar com ela enquanto ela cantava e ouvia suas fitas demo”.

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Corman, que depois fotografou os Talking Heads para uma capa da Rolling Stone, chama o clima criativo do Lower East Side, no momento “destemido.” Havia muitas pessoas talentosas tentando fazer uma marca. Ainda assim, a futura rainha do pop conseguiu encontrar o seu próprio caminho e estilo e do som.

Corman acrescenta …

“Ela se encarregou de inspirar uma sensibilidade que nunca tinha sido visto antes.
Ela era e continua sendo uma original.
Se as fotos fossem feitas hoje, haveria uma comitiva de cerca de 30 pessoas ao seu redor.
Naquela época, era apenas ela e eu. Foi simples, era comovente.
Parecia que ela capturou algo completamente verdadeiro.”

Madonna inaugura mais uma academia do Hard Candy Fitness, agora na Austrália

Já que Madonna não fará um show para os australianos na tour MDNA, mais uma unidade do Hard Candy Fitness foi inaugurada por Madonna, dessa vez, em Sydney, na Austrália. Localizado no centro da cidade com 10 mil metros quadrados, possui quatro andares, sete salas de ginásticas, mais de 30 tipos de aulas, solarium, boxe, sauna, yoga, pilates e aulas exclusivas. Para essa academia, Madonna desenvolveu toda sua idéia nos melhores exercícios e danças.

Os clientes terão a opção de escolher entre mais de 30 estilos diferentes de exercícios e mais de 150 aulas ministradas por instrutores treinados habilmente a cada semana.

Para maior agitação, o clube inclui um impressionante espaço de treinamento externo no teto com uma caverna de escalada e espaco para treinamentos.

O Hard Candy Fitness já se encontra em Santiago, Cidade do México, e a mais recente, aberta em Moscou, que contou com a presença da própria Madonna no mês passado. Outros países devem receber a Hard Candy Fitness e estão em planejamento como Brasil, como Argentina, Canadá, França, Itália e Inglaterra.

Para mais informação, acesse www.hardcandyfitness.com

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Lourdes Maria e Carlos Leon em NY neste domingo

A filha mais velha de Madonna, Lourdes Maria, foi fotografada neste domingo (9) ao lado do pai, o ator Carlos Leon, pela região de Soho, em Nova York. Após caminharem por algumas ruas, os dois pegaram um táxi juntos. A jovem estava estilosa com shortinho jeans estampado, camiseta branca e óculos escuros.

Lourdes, 15 anos, tornou-se figurinha carimbada nos tablóides internacionais após uma série de polêmicas em que se envolveu recentemente, situações em que foi repreendida pela mãe. Ela já foi flagrada fumando um cigarro, já ousou no visual ao raspar o cabelo e também já roubou um figurino da turnê MDNA, por exemplo.

Clique na aba e veja as fotos.Lourdes Maria

Lourdes Maria

Lourdes Maria

 

Madonna surpreende fãs e canta “Holiday” em show em NY do MDNA Tour. Veja fotos e vídeos!

Fãs foram a loucura na noite deste sábado no Yankee Stadium, em Nova York, em mais um show de Madonna com o MDNA Tour. Ela cantou um trecho de “Holiday” após “Open Your Heart.”

“Porque você estava em pé na chuva …
… e eu não tive férias neste verão … ”

Assista aos vídeos:

Na chuva, Madonna cantando “Papa Don´t Preach” e “Hung Up”.

Madonna manifesta apoio a Obama em show para mais de 40 mil pessoas

Madonna

Madonna

Durante show nesta quinta-feira do MDNA Tour, no estádio dos Yankees, em Nova York, Madonna manifestou seu apoio ao presidente americano Barack Obama. Ela exibiu “OBAMA” pintado com letras pretas em suas costas.

“Esta noite não vou mostrar minha bunda, vou dizer o que penso”, afirmou antes de tirar a camisa e mostrar o nome do presidente escrito nas costas. “Obrigado, meu Deus, por Michelle Obama e também por seu belo marido”, completou.

O show, para mais de 40 mil pessoas, ocorreu no momento em que Obama fazia seu dircurso na Convenção Democrata, em Charlotte, na Carolina do Norte.

Mais um show aderido

Depois de 3 shows esgotados em Nova York, dois no Yankee Stadium e um no Madison Square Garden (este que acontece no dia 12 de novembro), mais um show foi aderido no Madison, agora no dia 13 de novembro.

Videos

Fotos

Madonna emplaca seu 57º single Top 10 Club Play na Billboard

madonna turn up the radio single cover

Em sua terceira semana no chart da Billboard Club Play, Madonna emplaca seu 57º single Top 10 com “Turn Up The Radio”, terceiro single do álbum MDNA.

Trajetória: 39-19-8

CHART

TW LW Title Artist Label/Dist Label
*1 *2 Goin’ In Jennifer Lopez Featuring Flo Rida Island / IDJMG
*2 *3 Dark Side Kelly Clarkson 19 / RCA
*3 *4 Spectrum Zedd Featuring Matthew Koma Interscope
4 *6 Silhouettes Avicii Featuring Salem Al Fakir Levels/Veratone/Atom Empire / Interscope
5 *1 Timebomb Kylie Minogue Parlophone/Astralwerks / Capitol
6 *7 Big Hoops (Bigger The Better) Nelly Furtado Mosley / Interscope
7 5 Wide Awake Katy Perry Capitol

*G8 *G19 Greatest Gainer
Turn Up The Radio Madonna Live Nation / Interscope
*9 *12 Scream Usher RCA
*10 *14 Never Close Our Eyes Adam Lambert 19 / RCA

O EP de “Turn Up The Radio”, lançado na terça-feira, 7, inclui os seguintes remixes:

Turn Up The Radio – Offer Nissim Remix
Turn Up The Radio – Martin Solveig Club Mix
Turn Up The Radio – R3hab Remix
Turn Up The Radio – Madonna vs. Laidback Luke (feat. Far East Movement)

Neste momento, no iTunes, veja como ele está:

Turn Up the Radio
#3 Brazil
#4 Nicaragua
#4 Spain
#6 Argentina
#7 Finland
#7 Greece
#7 Peru
#11 Italy
#13 Panama
#16 Colombia
#19 Poland
#21 Mexico
#22 Costa Rica
#22 Netherlands
#25 France
#26 Belgium
#33 Canada
#40 Chile
#44 Honduras
#45 United States (Chegou ao 15º)
#49 Taiwan
#51 Slovakia
#53 Sweden
#66 United Kingdom
#72 Switzerland
#75 Czech Republic
#77 Ireland
#78 Japan
#81 Bulgaria
#84 Venezuela
#86 Philippines
#92 Norway
#122 Hong Kong
#130 Australia
#151 Denmark
#196 Guatemala
#199 Malaysia
#202 Ecuador
#215 Romania
#227 Portugal
#292 Thailand

Madonna diz que condenação de banda punk na Rússia é uma inquisição medieval

Madonna na inauguração do Hard Candy Fintess em Moscow, Russia

Madonna pediu nesta segunda-feira à Rússia que não condene três integrantes da banda punk Pussy Riot por realizar um protesto na principal catedral moscovita, e o ex-magnata petrolífero Mikhail Khodorkovsky, hoje preso, comparou o julgamento das moças a uma inquisição medieval.

Maria Alyokhina, de 24 anos, Nadezhda Tolokonnikova, de 22, e Yekaterina Samutsevich, de 29, podem ser condenadas a até sete anos de prisão por terem invadido em 21 de fevereiro o altar da principal catedral moscovita e feito uma “prece punk” à Virgem Maria para que livrasse a Rússia do então primeiro-ministro (e hoje presidente) Vladimir Putin.


A oposição diz que o processo contra a banda Pussy Riot é parte de uma onda de repressão contra manifestantes que têm realizado os maiores protestos na Rússia desde a ascensão de Putin ao poder, em 2000.

Madonna, que está em Moscou para fazer um show e abrir uma filial da sua academia de ginástica, somou-se a outros artistas internacionais, como Sting e Red Hot Chilli Peppers, na manifestação em defesa das três músicas-ativistas.

“Sou contra a censura e ao longo de toda a minha carreira sempre promovi a liberdade de expressão, a liberdade de opinião. Então obviamente acho que o que aconteceu com elas é injusto”, disse Madonna à TV Reuters.

“Espero que elas não tenham de cumprir sete anos de prisão. Isso seria uma tragédia”, disse Madonna, que também se envolveu em várias polêmicas em três décadas de carreira. “Acho que a arte deveria ser política. Historicamente falando, a arte sempre reflete o que está ocorrendo socialmente. Então, para mim, é difícil separar a ideia de ser artista e ser político.”

O protesto das Pussy Riot na Catedral de Cristo Salvador irritou não só o Kremlin como também muitos líderes e fiéis da Igreja Ortodoxa. Elas disseram que escolheram esse local para protestar contra a promiscuidade entre a Igreja e os interesses de segurança do Estado.

“Há uma grande diferença entre crítica e ódio. Protesto não é ódio, e não é violência”, disse Alyokhina ao tribunal nesta segunda-feira.

hodorkovsky, que foi condenado no mesmo tribunal, disse que o trio punk pode ter ido longe demais no protesto, mas pediu leniência por causa da juventude delas

“É doloroso acompanhar os fatos no tribunal Khamovnichesky, em Moscou, onde Masha, Katya e Nadya estão sendo julgadas”, disse Khodorkovsky em nota no seu site. “A palavra ‘julgadas’ pode ser usada aqui apenas no sentido em que era usada pelos inquisidores medievais.”

Khodorkovsky, de 49 anos, ex-diretor da empresa petrolífera Yukos, foi preso em 2004 sob acusação de fraude e evasão fiscal. Falando da própria experiência, ele disse que réus famosos são alvo de maus tratos, tendo de passar 11 horas por dia em “aquários” abafados e comendo apenas macarrão instantâneo. No intervalo entre as sessões, acrescentou, as rés provavelmente tem apenas três horas de sono, e só podem tomar banho aos sábados.

“Não sei como as meninas conseguem suportar isso. O juiz é claro que sabe desse regime. É tortura?”, acrescentou.

MDNA Tour: Madonna volta a ser alvo de protestos na Rússia

Madonna - MDNA Tour São Petersburgo

As organizações Congresso do Povo e Sindicato dos Cidadãos da Rússia anunciaram nesta segunda-feira a realização de uma ação de protesto contra o show de Madonna na cidade de São Petersburgo, agendado para quinta-feira.

Num comunicado conjunto, as duas organizações convocaram os habitantes da cidade russa para a formação, na terça-feira, de um cordão humano na Avenida Nevsky, a principal artéria de São Petersburgo.

“O Congresso do Povo e o Sindicato dos Cidadãos da Rússia, tal como milhares de cidadãos russos moralmente sãos, consideram inadmissível a realização de concertos que celebram a perversão e o vício, e que fazem propaganda da violência”, sublinhou a nota informativa dos movimentos.

De acordo com os organizadores do protesto, Madonna tem conhecimento que a assembleia legislativa de São Petersburgo adotou uma lei que proíbe a propaganda da homossexualidade e da pedofilia para públicos menores de idade.

“Uma vez que entre os fãs da cantora existem muitos jovens, é possível afirmar, com 100% de certeza, que Madonna vai infringir a lei da cidade”, concluiu o comunicado.

Madonna, que se apresentou no dia 24 de junho em Coimbra, divulgou na sua página na rede social Facebook que o concerto de São Petersburgo irá abordar a violação dos direitos das minorias sexuais.

A MDNA World Tour 2012, que começou em Telavi, tem sido marcada por várias polémicas e provocações. Um desses exemplos foi um conflito com a líder da Frente Nacional francesa e ex-candidata presidencial, Marine Le Pen.

Nas projeções de vídeo que têm acompanhado as músicas da cantora durante os concertos, a líder da extrema-direita francesa aparece com uma cruz suástica na cara, seguida por uma imagem de Adolf Hitler.