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Madonna para a “Out in the City” Magazine – entrevista traduzida

Madonna para a “Out in the City” Magazine de maio. Confira a entrevista traduzida em que Madonna fala sobre seu mais novo álbum número 1, MDNA.

Em seus genes…

Entrevista de Madonna para a revista OUT IN THE CITY - traduçãoMDNA, 12º álbum de estúdio de Madonna, foi número 1 em 18 países – incluindo Estados Unidos e Reino Unido – e top 10 em todo mundo. A rainha do pop Madonna conversa com Larry Flick sobre a criação do álbum, a inspiração por trás de algumas músicas, e por que ela ainda tem muito a dizer….

Após quase 30 anos fazendo música, ninguém chegou perto de se igualar ao impacto gerado por Madonna na cultura pop. Outros artistas podem ter ido e vindo, mas nenhum deles chegou perto de suas vendas próximas de 300 milhões de álbuns. Já, o seu 12º álbum número um no Reino Unido, MDNA, vendeu 359.000 cópias em sua primeira semana de lançamento nos os EUA, batendo um recorde anterior que pertencia a Elvis Presley e MDNA é sua primeira melhor semana de vendas desde o álbum “Music”, de 2000, e a primeira melhor semana de vendas em todo mundo em 2012. Produzido principalmente em colaboração com o italiano Benny Bennasi, Martin Solveig da França e com William Orbit, além de outros, este é um dos álbuns de Madonna que recebeu melhores críticas em sua carreira. Sem surpresa, ela está no processo de criação e ensaios de uma gigantesca turnê mundial para promover novo álbum  MDNA, incluindo uma data no Hyde Park em Londres.

O fã de longa data Larry Flick conversou com a estrela sobre o novo álbum e a criação do mesmo.

LF: Antes de tudo, parabéns pelo álbum! Eu não paro de ouvir já faz algumas semanas e já é um dos meus favoritos.
Madonna: Ooh, isso é muito bom de escutar
LF: O que é realmente é excitante, pois você já é uma rainha faz muito tempo!
Madonna: (risos) Ok, se você diz…
LF: Verdade, ouvindo estas músicas, eu me curvei na minha cadeira e disse “Oh my god”. A primeira coisa que eu quero saber é: o que você quer dizer com esse álbum? De onde você estava vindo?
Madonna: Bem, eu terminei as filmagens do filme W.E. o qual eu usei uma outra parte criativa minha. Foi uma experiência muito satisfatória, mas, ao mesmo tempo, foi extremamente esgotadora. Você passa a pensar como um diretor o tempo inteiro, e você tem todos os tipos de idéias que se faz quando se escreve canções ou montar um show ao mesmo, mas não consegue fazer isso fisicamente, tudo ao mesmo tempo. É muito exaustivo. Escrever ou cantar uma canção, ou performar uma música, é tão profundo em comparação.

Eu me sentia como um animal enjaulado. No momento em que estava focada me expressando no cinema, e realmente tenho muito orgulho do meu filme – eu me sentia como se eu realmente quisesse voltar para o básico, tocar minha guitarra e à simplicidade de emoções cruas. Mesmo quando eu estava escrevendo uma música e tocando meu violão – ou compondo “I’m A Sinner”, por exemplo – eu só queria me sentir bem. Foi tão bom voltar tocar violão e cantar. Parecia que eu não fazia isso a anos. Obviamente, eu tive que tirar algumas coisas do meu peito. Então, para mim, era como voltar a libertar o animal preso em mim e voltar a expressar todos os tipos de emoções, e não apenas um. Foram um monte de coisas que me fizeram pegar o caminho de volta – não tanto para a zona de conforto, mas um lugar de controle completo – porque eu acho que existe um equívoco sobre dirigir um filme quando você é iniciante. As pessoas falam demais.

Você sabe, se um ator vem para o set e ele não está de bom humor, você perde todo seu tempo segurando a sua mão, e tenta trabalhar a psicologia dele para que façam um bom trabalho. Ou se seu designer de produção tem uma enxaqueca … você tem que operar o equipamento sozinho. Você realmente fica totalmente fora de controle o dia todo até que tudo aquilo terminar. Filmar é uma loucura. Mas eu gosto de desafios.

LF: E então fazendo música trouxe você de volta a zona de conforto onde uma pessoa, como você, que gosta de ter todo controle de seu destino, te faz sentir bem?
Madonna: Você sabe, eu odeio usar a palavra “controle” demais pois as pessoas associam muito esta palavra comigo e com minha criatividade. Todos dizem, “você é controladora e gosta de controlar.”

Tudo que eu faço – até mesmo minhas composições – eu estou colaborando em todos os momentos. Eu valorizo a entrada de pessoas, e quero. Eu não posso trabalhar por conta própria. Eu não sou como o Prince ou outros artistas que chegam, tocam todos os instrumentos, gravam e não ouvem a opiniãos dos outros. Eu preciso ouvir o que as pessoas pensam o tempo todo. Eu gosto de ter alguém ao meu lado. Eu gosto da simplicidade da composição, porque, no final, é simples. Você tem uma melodia. Você tem algumas palavras. E você canta. Felizmente, você sente um monte de emoções diferentes, é tudo muito mais direto.

LF: Como você decide na escolha dos pessoas que trabalharam com você no álbum? Eles são tão diferentes. Você trabalhou com Benny (Benassi), que um italiano louco….
Madonna: fala pessimamente o inglês.
LF: Eu adoraria saber como você se comunicava com eles. Sei que foi através do primo dele! Isso é um pouco louco e um pouco frustrante, não é?
Madonna: Sim, foi no início. O primeiro dia, eu quase arranquei meus cabelos. Mas quando você está trabalhando com novas pessoas, você sempre tem que encontrar um terreno comum com eles e depois descobrir como fazer isso. Eu já trabalhei com William Orbit antes e algo muito mágico acontece quando eu trabalho com William. Eu vou a lugares profundos. Ele é uma alma torturada, e ele traz a alma torturada em mim. Ele também é extremamente desorganizado em seu pensamento. Ele vai me odiar por dizer isso, mas ele é como um cientista louco. A gente começava a trabalhar na canção, e ele vem e diz “Oh meu deus! Oh meu deus!

Eu tinha umas estratégias. “Você está pensando que é a mesma música que você está trabalhando, e então eu dizia: “OK, eu só vou ao banheiro e ja volto.” Você volta, e ele está trabalhando em uma música completamente nova, que também é surpreendente. Mas eu sou do tipo: “William, vamos voltar para a outra música.”

É muito fácil se deixar levar com ele porque ele é apaixonado pelo que faz. Ele é muito articulado, mas ele é um cientista louco. Ele vem com seus desafios, mas você tem trabalhar com ele de uma forma muito específica. O que sai de nossos colaboradores é muito original.

Então, com Martin Solveig, ele é muito parecido comigo em termos de organização e é extremamente metódico. Nós compartilhamos o mesmo amor por filmes estrangeiros – principalmente o cinema francês e o italiano, e principalmente os dos anos 50 e 60. Todas as músicas que fizemos utilizávamos os filmes como metáforas, como uma espécie de trampolim. Estávamos ambos mutuamente obcecados com Alain Delon, e foi daí que surgiu “Beautiful Killer”. Um monte de gente pensa em Martin Solveig apenas como um DJ, mas, na verdade, ele é um músico muito talentoso. Foi muito fácil trabalhar com ele. Ele acessou o meu lado irônico: o amor na linguagem, o oposto do William, a alma torturada. O que saiu de ambas as colaborações é bastante diferente, mas eu acho que foi igualmente interessante e como eu queria.

LF: Eu quero falar sobre as minhas canções favoritas do MDNA. “Gang Bang”…Eu não sei em quem você pensou ao escrever esta música, mas para mim, é como o final …
Madonna: É a música da vingança final.

LF: Realmente é. Há tantas camadas. Ouvindo, “eu pensei”, essa pessoa é um passo para longe da tristeza, final inacreditável. Eu amo este lance de morrer por alguém. Eu namorei alguém uma vez que acreditava que a profissão máxima do amor ……
Madonna: …Morreria por amor?
LF: Morrer por amor!
Madonna: É muito niilista e romântica. É uma música muito complexa, pois por um lado parece que eu estou dizendo para alguém ir se foder. Por outro lado, é como se eu assumisse um personagem e toda a idéia de dizer a alguém para dirigir, apenas para manter a condução, metaforicamente. E como assumir o comando e pisar neste homem o tempo todo, xingando-o. Para uma mulher chamar um homem “bitch” é, para mim, como um ato de desprezo. Mas depois vem a tristeza, a mágoa, e humor.

LF: Para mim, “Gang Bang” é o oposto de “Superstar”.
Madonna: São duas músicas totalmente opostas em termos de sentido.

LF: É justo pensar nessa canção como um nível superior de ”Little Star”, do álbum “Ray of Light”?
Madonna: Hmm … eu não acho, mas eu diria que é a antítese de “Gang Bang”. Trata-se de encontrar um homem positivo. Pensando em arqueótipos, comparando, é como você pensar em John Travolta em Embalos de Sábado à Noite, Bruce Lee, Abraham Lincoln. Eu adoro pensar nas pessoas que eu admiro, e eles são “superstars” na minha cabeça. E eu comparo minhas ações com as ações dessas pessoas.

LF: Acho que pensei em “Little Star” por causa da voz da sua filha na música.
Madonna: Ahh, eu entendo.

LF: Ela parece tão linda. É verdade que ela vai estar em turnê com você?
Madonna: Ela tem uma voz incrível, mas ela nunca vai admitir isso. Ela é como, “Mamãe, basta colocar o meu nome no disco.” Eu disse, “Tarde demais!” (risos)

Ela definitivamente vai estar na turnê comigo. Eu tenho que manter meu olho nela. Ela já tem 15 anos. Mas ela ainda não decidiu o que ela quer fazer. E ela é de libra. Eles nunca seguem com a mente. Ela toca piano muito bem. Ela é uma cantora incrível. Mas ela está passando por aquela fase da rebeldia, de modo que ela acha que pode fazer qualquer coisa com o cabelo, maquiagem ou dar conselhos sobre moda e roupa..

LF: Vamos falar de “I Don’t Give A…”
Madonna: (risos) Você está se concentrando nas minhas músicas raivosas…
LF: Elas me tocam de alguma forma.
Madonna: Tenho certeza que você pode se relacionar com elas. Espero que todos possam se imaginar com essas músicas. Esta é a música da superação do coração partido. “I tried to be a good girl, I tried to be a wife, diminished myself, and I swallowed my light.” (Eu tentei ser uma boa garota, eu tentei ser sua esposa, me diminuí e engoli minha luz) Eu vivi isso. Eu estava em um relacionamento com um homem que eu adorei e para que eu me via dizendo: “Eu não estou mais me reconhecendo. Tudo o que eu quero é estar com você”… ou … “tudo o que eu quero ser é o que você quer que eu seja”. Esta é uma letra interessante de escrever.

LF: Nós sempre queremos estar no controle, queremos controlar e muitas vezes não conseguimos. Como você se sente com esta responsabilidade?
Madonna: Acho que tenho grande habilidade de liderança, mas eu acho que eu nunca vou conseguir controlar a forma em como as pessoas acreditam como eu sou ou o quer que eu seja. Afinal, eu sou um ser humano. A natureza de se apaixonar é que você tem que fazer concessões. Falei muito sobre isso quando eu estava promovendo meu filme W.E.. Uma parte de você tem que estar disponível. Uma parte de você tem que morrer. Eu estava lendo um livro chamado “She” (Ela). Eles comparam a idéia de ser casado, e toda a mitologia de ser casado. A idéia de andar pelo corredor como uma noiva em alguns tempos antigos … consideraram como uma marcha fúnebre. De uma maneira primordial, você está se doando por completo.

E então você está levando a sua vida de uma forma mas sua vida conjugal te domina. É uma quantidade incrível de poder se doar a alguém. É um sacrifício que vale a pena. Você apenas tem que se certificar de que você está fazendo isso com a pessoa certa.

LF: Existe muito romantismo no seu espírito quando você faz uma música, não existe?
Madonna: Claro! Como não poderia existir? Como eu poderia ser uma compositora e não ser romântica?

LF: Como te falei, agora eu pensei em outra música que eu amo do novo álbum, “Falling Free”. É a música perfeita para tudo o que ouvimos neste álbum depois de você gritar ” Die, bitch! (Gang Bang)” …
Madonna: …e a culpa é toda sua….por todo este resgate. Você ainda acredita no amor?
LF: Absolutamente?
Madonna: Isso não é puro?
LF: É um sentimento puro … um sentimento onde a emoção é tão palpável. Quando você pensa na imagem de como as pessoas têm de você como uma artista em oposição ao que eles realmente vão saber e se eles realmente ouvir, às vezes é bem diferente, não é?
Madonna: Sim. Absolutamente!

LF: Você acha que você ainda está lutando para ser ouvida corretamente após todos esses anos?
Madonna: Eu acho que ainda tenho muito a dizer sim. Ainda fico puta sobre algumas coisas. E eu ainda acredito no amor.

MDNA já está nas lojas. Madonna estará com o seu MDNA WORLD TOUR NO Hyde Park em Londres no dia 17 de julho, terça-feira.

MDNA, de Madonna, já é platina dupla no Brasil

Madonna - MDNA Vendas

Com vendas mundiais de 1,5 milhão de unidades, o novo álbum de Madonna, MDNA, foi certificado platina dupla no Brasil pela ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) pelas vendas acima de 80 mil unidades.

Já na abertura do disco, Madonna relembra com uma prece as referências religiosas que se tornaram uma de suas marcas registradas no começo dos anos 80. Mas a música segue uma linha electro de batidas dançantes, que, assim como Hung Up (2005), tem atmosfera de pista de dança, quase como um remix. Como em toda música eletrônica, a preocupação maior é com o ritmo, portanto, as letras ficam de lado e Madonna canta versos adolescentes, como “As garotas não se comportam mal, mas eu sou má mesmo assim. Ei, ei, ei, a garota ficou selvagem”.

Desde a divulgação dos primeiros singles, MDNA gerou uma série de controvérsias. A primeira, por causa do título, que pode ser interpretado como a abreviação do nome da cantora, mas também como uma referência à droga MDMA (ecstasy), muito associada à cultura da música eletrônica. Depois, porque alguns críticos acham que as letras das músicas não condizem com os 53 anos de Madonna. Em Give Me All Your Luvin’, por exemplo, ela canta em meio a gritos de líderes de torcida: “Não me venha com jogos estúpidos, porque sou um tipo diferente de garota.”

Madonna muito velha para isso? Se sobra ingenuidade nas letras, no entanto, Madonna se mostra experiente em outros aspectos do disco. A começar pela escolha do gênero que domina o álbum, uma opção longe de ser casual. É claro que Madonna ficou conhecida por misturar música pop e disco, mas aqui ela aposta em subgêneros extremamente atuais e que estão por toda a parte nas listas da Billboard, a revista que compila as músicas mais tocadas nos Estados Unidos. Além do electro, que aparece em faixas como Girl Gone Wild, há o techno minimalista e o dubstep, gênero derivado do dub que está em alta nos EUA após o sucesso de artistas como Skrillex.

Os últimos compõem, por exemplo, a música Gang Bang, que não por acaso é uma das melhores do CD. Não é só por meio de seus toy boys (namoradinhos como o modelo brasileiro Jesus Luz) que Madonna se mantém conectada com a juventude. Ela também conta com um time de profissionais especializados em fazerem a rainha do pop soar extremamente atual. Se Hard Candy tinha produção de estrelas do hip hop como The Neptunes, Timbaland e Justin Timberlake, quando aquele gênero estava em alta nos EUA, MDNA traz experts nas batidas eletrônicas, como Benny Benassi (do hit Satisfaction) e Martin Solveig.

Todos estes fatores fazem com que um novo álbum de Madonna gere grande expectativa, ainda hoje. Guardado a sete chaves desde o ano passado, MDNA foi alvo de tanta curiosidade que, neste ano, a apresentação de Madonna durante o Superbowl – a final do campeonato de futebol americano – bateu recorde de audiência na televisão, quando foi vista por 114 milhões. Adele pode dominar as paradas, Lana Del Rey pode ter o vídeo mais visto do YouTube, e Lady Gaga pode ser a celebridade mais influente do mundo segundo a revista Forbes.

Assista ao último vídeo de Madonna, Girl Gone Wild.

Mas, no placar do pop, Madonna ainda dá de dez a zero em qualquer uma delas. (Veja)

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MADONNA MDNA: EP especial de remixes do álbum MDNA é lançado no Reino Unido

Madonna - MDNA CD - downloadMais lançamentos de Madonna. Desta vez, a Polydor lançou hoje uma especial edição do álbum MDNA disponível apenas como digital download no Reino Unido pela Amazon.co.uk.

O EP de sete faixas contém o novo material da Nightlife Exchange edition of MDNA oferecido pela Smirnoff nos EUA, e agora está à venda no Reino Unido por £6.23 ou por faixa £0.89.

Eis as faixas:

1. Madonna – Give Me All Your Luvin’ (Oliver Twizt Remix) 4:48
2. Madonna – Give Me All Your Luvin’ (Sultan + Ned Shepard Remix) 5:59
3. Madonna – Give Me All Your Luvin’ (Demolition Crew Remix) 7:01
4. Madonna – Masterpiece (Kid Capri’s Remix)) 3:57
5. Madonna – Turn Up The Radio (Leo Zero Remix)) 7:22
6. Madonna – Turn Up The Radio (Richard Vission Speakers Blow Remix) 6:15
7. Madonna – Turn Up The Radio (Marco V Remix) 5:48

Download

“Madonna ainda dá de dez a zero em qualquer uma delas”, diz VEJA sobre MADONNA e MDNA

MadonnaPode soar estranho, mas as gerações mais novas entenderão melhor o disco de Madonna do que fãs que a viram surgir nos anos 1980. Quatro anos podem não parecer tanto tempo, mas, no mundo da música pop, onde tudo é etéreo, é tempo demais entre um álbum e outro. E foi há exatos quatro anos que Madonna lançou seu último álbum, Hard Candy. Naquela época, Lady Gaga ainda engatinhava em direção à fama. Depois que estourou, porém, passou anos desfrutando com tranquilidade de uma posição central no cenário pop, que a ausência de Madonna lhe permitia assumir. Não uma ausência total: sempre que pode, Madonna faz questão de criticar Gaga, mas a melhor resposta da rainha do pop vem agora, no álbum MDNA.

Ouvintes abaixo dos 20 anos de idade poderiam até confundir os primeiros 30 segundos do disco com um CD de Lady Gaga. Antes de cantar os primeiros versos de Girl Gone Wild, Madonna faz uma prece, seguindo o estilo de referências religiosas que a consagrou nos anos 80 e que foi copiado exaustivamente por Gaga. Mas, se Madonna se sente ameaçada por quem quer que seja (Adele? Lana Del Rey?), ela faz questão de se autoafirmar de formas diferentes neste novo trabalho. Seja inserindo referências ao próprio nome em Give me All Your Luvin’ e ao disco em I’m Addicted, seja fazendo a rapper Nicki Minaj, uma das colaboradoras do disco, proclamar, em I Don’t Give A, que “só existe uma rainha, e essa rainha é Madonna.”

Já na abertura do disco, Madonna relembra com uma prece as referências religiosas que se tornaram uma de suas marcas registradas no começo dos anos 80. Mas a música segue uma linha electro de batidas dançantes, que, assim como Hung Up (2005), tem atmosfera de pista de dança, quase como um remix. Como em toda música eletrônica, a preocupação maior é com o ritmo, portanto, as letras ficam de lado e Madonna canta versos adolescentes, como “As garotas não se comportam mal, mas eu sou má mesmo assim. Ei, ei, ei, a garota ficou selvagem”.

Desde a divulgação dos primeiros singles, MDNA gerou uma série de controvérsias. A primeira, por causa do título, que pode ser interpretado como a abreviação do nome da cantora, mas também como uma referência à droga MDMA (ecstasy), muito associada à cultura da música eletrônica. Depois, porque alguns críticos acham que as letras das músicas não condizem com os 53 anos de Madonna. Em Give Me All Your Luvin’, por exemplo, ela canta em meio a gritos de líderes de torcida: “Não me venha com jogos estúpidos, porque sou um tipo diferente de garota.” Muito velha para isso?

Se sobra ingenuidade nas letras, no entanto, a cantora se mostra experiente em outros aspectos do disco. A começar pela escolha do gênero que domina o álbum, uma opção longe de ser casual. É claro que Madonna ficou conhecida por misturar música pop e disco, mas aqui ela aposta em subgêneros extremamente atuais e que estão por toda a parte nas listas da Billboard, a revista que compila as músicas mais tocadas nos Estados Unidos. Além do electro, que aparece em faixas como Girl Gone Wild, há o techno minimalista e o dubstep, gênero derivado do dub que está em alta nos EUA após o sucesso de artistas como Skrillex. Os últimos compõem, por exemplo, a música Gang Bang, que não por acaso é uma das melhores do CD.

Não é só por meio de seus toy boys (namoradinhos como o modelo brasileiro Jesus Luz) que Madonna se mantém conectada com a juventude. Ela também conta com um time de profissionais especializados em fazerem a rainha do pop soar extremamente atual. Se Hard Candy tinha produção de estrelas do hip hop como The Neptunes, Timbaland e Justin Timberlake, quando aquele gênero estava em alta nos EUA, MDNA traz experts nas batidas eletrônicas, como Benny Benassi (do hit Satisfaction) e Martin Solveig.

Todos estes fatores fazem com que um novo álbum de Madonna gere grande expectativa, ainda hoje. Guardado a sete chaves desde o ano passado, MDNA foi alvo de tanta curiosidade que, neste ano, a apresentação de Madonna durante o Superbowl – a final do campeonato de futebol americano – bateu recorde de audiência na televisão, quando foi vista por 114 milhões.

Adele pode dominar as paradas, Lana Del Rey pode ter o vídeo mais visto do YouTube, e Lady Gaga pode ser a celebridade mais influente do mundo segundo a revista Forbes. Mas, no placar do pop, Madonna ainda dá de dez a zero em qualquer uma delas. (Veja)

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Veja fotos e o vídeo de Madonna com Jimmy Fallon no chat do facebook

en 11571Veja fotos de Madonna com o apresentador Jimmy Fallon antes do chat que ela deu promover o álbum MDNA na noite deste sábado e assista ao vídeo do bate-papo. No chat, Madonna disse que sua música preferida do MDNA, seu novo álbum, é Gang Bang, e que ela virá sim ao Brasil em sua próxima tour. Seu novo show terá duas horas e um dos blocos se chama “Transgression”.

Assista a entrevista:

Fotos

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Madonna during her Facebook chat with Jimmy FallonMadonna during her Facebook chat with Jimmy Fallon

 

Madonna 2012: Entrevista ao THE SUN: “gosto de pessoas que saibam conversar tanto sobre filosofia quanto sobre física quântica”

Madonna - MDNALigar para Madonna interrompendo a aula de francês do seu filho pode ser a receita ideal para uma meia hora ao telefone pouco confortável. O tempo de uma mãe de quatro filhos é preciso, em especial quando ela tem um álbum para terminar e lançar e uma tour extasiante para ensaiar.

Mas a Rainha do Pop Madonna não poderia estar mais entusiasmada e aberta a falar sobre seu 12º álbum de estúdio, MDNA, o que deve ter um pouco a ver com as grandes críticas que ele já tem recebido. Em outubro desse ano Madonna celebrará os 30 anos de lançamento do seu primeiro single, Everybody. Desde então ela fez tour ao redor do mundo por nove vezes, ganhou incontáveis prêmios e cravou 10 albuns solo no #1 das paradas. Mas a cantora, 53, ainda acha que apresentar um trabalho novo uma experiência de mexer com os nervos.

Falando com exclusividade para o Something for the Weekend (caderno do tablóide inglês THE SUN – nota do tradutor ) Madonna disse: “Eu não acho que apresentar qualquer um dos meus trabalhos seja menos estressante do que foi o outro porque eu sempre coloco meu coração e minha alma nos meus projetos. Seja um filme ou em um disco, é algo que deve ser trabalhado na sua privacidade e criado dentro de um certo tipo de bolha para então, depois, colocar para o mundo.”

“Você nunca sabe como as pessoas irão receber ou se seu trabalho vai inspirá-las ou tocá-las. O mundo está tão cheio de entretenimento hoje em dia não está? Por causa disso existe esse nervosismo todo.”

“É fantastico estar de volta à música. Eu gosto da intimidade do estúdio de gravação e da composição. Estou usando uma parte diferente do meu cérebro quando eu trabalho com música em contraste de quando estou dirigindo um filme. Existem bilhões de pessoas no mundo do cinema e eu não tenho essa disposição visceral de ser capaz de cantar, gritar e saltitar por aí. É tudo muito diferente. Adoro fazer as duas coisas mas foi bom ter a simplicidade do processo de compor uma canção que veio depois de três anos escrevendo o roteiro e dirigindo e editando e falando sobre meu filme. Sentar, tocar meu violão e cantar uma canção, eu quase chorei.”

O último álbum de estúdio de Madonna, Hard Candy, lançado em maio de 2008, experimentou com a influência hip-hop. Ela teve colaborações de Justin Timberlake, Pharrel Willians e Timbaland. O álbum alcançou o numero 1 no mundo inteiro, mas teve uma recepção um pouco morna por alguns fãs e críticos.

MDNA, um empreendimento triplo como ela mesma coloca, é o retorno de Madonna ao que ela faz de melhor: canções pop clássicas com um toque de sua marca registrada: controvérsia. E é o retorno de sua fórmula de sucesso: trabalhar com os produtores europeus tops de linha.

Stuart Price produziu alguns de seus melhores materiais originais no Confessions On a Dance Floor em 2005. Ela também lançou excelente material com o guru da eletrônica francesa Mirwais. Mas seu retorno ao estúdio com o produtor Willian Orbit, que trabalhou com ela em Ray of Light em 1998, foi um golpe de mestre.

As faixas que fizeram juntos nesse novo álbum, incluindo Gang Bang e Some Girls, se encaixaram na sua discografia de maneira perfeita. Ela também empregou as habilidades de Martin Solveig, do italiano Benny Benassi e do seu primo Allessandro.

Madonna - MDNAMadonna acredita que seu retorno a Europa para produzir com seus parceiros europeus não é coincidência. Ela explica: “Eu acho que talvez eu simplesmente tenha essa chamada sensibilidade europeia. As pessoas falam isso sobre a minha música também. Gosto de trabalhar com pessoas que sejam instruídas intelectualmente e sabem o que se passa no mundo. Diálogo é essencial. Com William, por exemplo, a gente sempre está envolvido em alguma discussão seja sobre filosofia ou seja sobre física quântica. Com Martin Solveig estamos sempre envolvidos em discussões sobre cinema estrangeiro. Quando estou trabalhando com as pessoas não consigo simplesmente fazer música, eu tenho que ser capaz de poder falar sobre a vida e sobre o mundo, sobre arte. Com Benny foi algo meio interessante porque ele não fala inglês muito bem. Eu acabei tendo que usar o primo dele, Allessandro, como intérprete. Isso foi um pouco frustrante, mas acabamos encontrando um modo de nos comunicarmos. Você acaba dando um jeito. Com música é tudo muito ligado à vibração, à energia e você sabe quando as coisas estão funcionando e quando não estão.”

“Quando você está trabalhando com alguém pela primeira vez existe uma certa timidez, algo que todo mundo tem, então com Benny foi algo mais desafiador por causa disso mas acabamos dando nosso jeito e ao final do processo me sinto como se o conhecesse muito bem.”

“Martin é muito divertido. Eu o adoro. Você tem que ficar à vontade para dizer: “Não, eu não gosto disso sem ferir os sentimentos do outro e vice versa. E ele tem o equilíbrio correto entre seriedade e senso de humor. Ele é muito organizado e metódico no seu modo de pensar então eu gosto do seu modo de trabalhar.”

A produção do album é eficaz e com grandes sacadas. Em Gang Bang, o barulho de uma cápsula usada caindo ao chão após o disparo ilustra perfeitamente sua fantasia Kill Bill para essa faixa.

Mas o contraste é grande entre uma faixa pop como Superstar, que conta com a participação de sua filha Lourdes como backing vocal, seguida de uma canção chamada Falling Free, uma de suas canções mais intimistas em anos, onde ela realmente parece se despir emocionalmente. Ela explica: “Eu tenho que estar completamente envolvida na produção. Gosto desse contraste.”

“Gosto de ter algo que simplesmente bate como barulho, batida, som, baixo, a bateria, carregada de sensorialimos e depois criar algo como Falling Free, que é algo mais calmo, mais intimista onde você pode ouvir claramente minha voz e a letra da música. Às vezes eu me sento, pego meu violão e começo a dedilhar as cordas e as coisas saem.”

“Às vezes as pessoas me trazem uma canção que tem um título por exemplo, ou uma idéia de letra e eu pego essa canção e remodelo, troco a letra e faço dela algo meu. Tudo bem de maneiras muito diferentes e sempre foi assim.”

O álbum trás também participações grandes com artistas femininas fortes – M.I.A e a rapper Nicki Minaj. Give Me AllYourLuvin’ foi a canção do Super Bowl que acabou criando uma controvérsia quando M.I.A decidiu mostrar seu dedo médio. Mas essa atitude punk foi exatamente o que a trouxe a bordo do projeto.

“Eu estava procurando trabalhar com mulheres que eu achasse que tivessem uma forte impressão delas mesmas. As duas foram muito divertidas no estúdio, com certeza. Eu acho que estávamos todas muito tímidas no começo. É a natureza humana, mas nós superamos isso de maneira rápida. Elas são pessoas muito centradas em si mesmas, especialmente M.I.A. Eu não acredito que ela se impressione muito com estrelas e com celebridades, então somente nos colocamos ao trabalho. Eu a amei.”

O segredo para se manter original musicalmente? Não ouça a parada de sucessos enquanto está no seu processo criativo de composição.

“Eu não estava ouvindo nada para te dizer a verdade quando escrevi essas faixas. Eu estava trabalhando na trilha sonora do W.E., então era somente música clássica. Eu não gosto de escutar música pop enquanto estou fazendo música pop, isso nunca funcionou. Você não quer ouvir o trabalho de outras pessoas, você somente precisa limpar a mente e trabalhar.” (Fonte: The Sun)

Tradução: Gustavo Espeschit

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Madonna GR8 – O novo disco, MDNA!

Lady Madonna. Plebeia Madonna. Madonna Material Girl. Madonna Cowgirl. Madonna Erotica. Madonna Neurótica. Madonna Fashionista. Madonna Fetichista.

Madonna - MDNANós já nos encontramos com todas elas no decorrer desses 30 anos – juntamente com os muito alter-egos que nem podem ser listados. Então não deveria ser nenhuma surpresa que a rainha do pop das 1000 faces tenha adicionado mais alguns auto-retratos a sua galeria com seu 12º álbum MDNA.

Uma que você não vai encontrar: a Madonna acabada. Co-produzido pelo co-conspirador do do mais aclamado álbum de MadonnaRay of Light, Willian Orbit, pelo DJ francês Martin Solveig, o parceiro italiano Benny Benassi e por outros, MDNA é um dos álbums mais intrigantes de Madge em muito tempo, que oferece uma mistura inteligente de pop e dance music, com doses de hip-hop, eletrônica, dubsteps, baladas e até alguns momentos sérios. Mas o que mais você poderia esperar de um disco cujo título está somente a uma letra de distância de ser o anacronismo do Ecstasy?

Junto com a Madonna totalmente revigorada, aqui estão algumas outras características que você vai encontrar em MDNA.

A Madonna líder de torcida

Você nunca estará velho demais para entrar no esquadrão da energia, como Madonna em seus 53 anos provou no Super Bowl. O ponto alto da sua apresentação do show do intervalo foi o primeiro single de MDNA Give Me All Your Luvin’ (que não deve ser confundido com o sucesso do ZZ Top´s Gimme All Your Luvin´ ) “L-U-V Madonna. Y-O-U you wanna?”

Cheira como espírito adolescente. Nesse momento Avril Lavigne e Toni Basil devem provavelmente estar lendo suas anotações de sala de aula.

A Madonna Bandida

“Se guie, vadia! E enquanto o faz, morra sua vaida” Assim proclama Madonna na sua canção de título um pouco impróprio mas magnificamente colocado Gang Bang, uma fantasiosa vingança obscura onde ela supostamente assassina seu amante com um tiro na cabeça. Vamos torcer para que Guy Ritchie tenha um pouco de senso de humor.

Madonna - MDNA Photoshot

A Madonna Ex-Esposa

Você acha que seu divórcio foi difícil? Pelo menos seu ex não escreveu um rap chamado “ I Don´t Give A ( algo como “Eu não to nem aí” em uma tradução literal e um pouco sutil. Nota do tradutor ) que diz : “Você se zangou comigo? Quem obtém a custódia? Engoleessa. Não tivemos um acordo pré-nupcial.” Ainda bem que Madonna suavizou um pouco com a baladinha Falling Free, onde ela oferece: “Estamos ambos livres agora, livres para seguirmos.” Esperamos que ela não tenha dito que eles estariam livres para atirarem um na cabeça do outro.

A Madonna Poderosa e Destruidora

Quando não está caindo fora das coisas, ela está entrando nas mesmas. Junto com Give Me All Your Luvin’, a viagem de I´m Addicted, a dançante Superstar (que tras Lourdes Maria, sua filha, nos backingvocals), a excêntrica Love Spent, a glamorosa Some Girls (não, não é AQUELA Some Girls ) e a baladinha vencedora do Globo de Ouro Masterpiece, todas nos fazem lembrar que Madonna é uma mulher que ama e que gosta de ser amada. Até o dia que ela o deixa de ser, se é que me entendem.

A Madonna com Conflitos Religiosos

Sim, nós já nos encontramos com ela várias vezes. Mas a verdade é que ela sempre volta. Girl Gone Wild abre MDNA, começa com uma desrespeitosa, mas sutil e engraçada ao mesmo tempo, oração de perdão (“Eu quero muito ser uma garota boa” ) ela diz. I´m a Sinner cita a Virgem Maria e uma leva de santos com uma levada country e com uma mistura dos 10 Mandamentos. Algo bem provocativo.

Comentário Faixa a Faixa

Girl Gone Wild | 3:43 – Mais confissões na pista de dança. Começando com um teclado religioso e palavras ditas de uma oração, ela muda gradativamente para um hino de festa cheio de batidas dançantes. Pena que o coro tenha ficado um pouco desastrado demais.

Gang Bang | 5:26 – A faixa mais estranha, e melhor do álbum, é severa, sinistra, onde Madonna leva seu amante para um último passeio antes de acabar com ele.
Vocais sussurrados e sintetizadores tipo Código Morse completam o clima de tensão, enquanto tiros e sirenes de policia aumentam o drama. A parada dubstep pode parecer um pouco trendy demais, mas é para o próprio bem da musica.

I’m Addicted | 4:33 – È sobre estar presa a um homem. Mas no meio dessa melodia ping-pong-bleeping-blooping, as ondas de reverb e de ecos, os vocais seccionados e as linhas sobre como o amor flui do meu corpo, ligando meu cérebro, como MDMA… bom, nos faz pensar que esta é a Madonna drogada (MDMA é o anagrama para a droga conhecida como Ecstasy – nota do tradutor).

Turn Up the Radio | 3:46 – Sem grandes metáforas – somente uma simples e gentil batida pop sobre dirigir seu carro e escutar música alta ao mesmo tempo. Sem grande peso, mas bastante agradável.

Give Me All You rLuvin’ | 3:22 – De certa forma, Madonna e Martin Solveig mistura rosnados, cantos de líderes de torcida e uma batida dos anos 60 – e funciona. NickiMinaj quase que se sobrepõe à sua anfitriã com um verso tipicamente rap, enquanto que M.I.A não faz diferença.

Some Girls | 3:53 – Infelizmente não é cover da música dos Stones, mas essa estrutura glamorosa e ao mesmo tempo e batida pesada da letra parece nos soar um pouco familiar (“Algumas garotas descendo ladeira, algumas garotas aproveitando o final de semana.”)

Superstar | 3:55 – “Você pode ter as chaves do meu carro. Tocarei para você uma canção no meu violão.” Promete Madonna nessafaixacurta e chata. Ainda bem que a batida de “Ohh-la-la” faz compensar a letra insípida.

I Don’tGive A | 4:19 – Outro destaque. Madonna entrega um grande rap sobre quão impressionante sua vida é – e distribui algumas farpas para Guy Ritchie. Minaj retorna nessa faixa para pagar um tributo antes do corte para a parte orchestral.

I’m a Sinner | 4:52 – E ela gosta de ser! ( em referência ao pecadora do título – nota do tradutor ) Com sua batida funky, metalizadas estilos anos 60, uma canção intermediária meio country-gospel-disco, você vai gostar desse numero estilo Beautiful Stranger.

Love Spent | 3:45 – Uma producao de baixo impacto de William Orbit que começa com um banjo e depois tem adicionadas violões, sons de vídeo game e vocais limpos com Auto-Tune. Mas ainda assim ainda parece que ficou faltando alguma coisa.

Masterpiece | 3:58 – Um violão estilo folk, cordas e estilos latinos. Madonna compara o seu amante com uma obra de arte nessa balada vencedora do Globo de Ouro de seu filme W.E. Boa, mas me parece um pouco deslocada.

Falling Free | 5:13 – Realmente uma balada de encerramento – e a melhor – tem cordas e um piano decorados com pontos de sintetizadores, finalizados com uma letra sobre perdão após o término de um relacionamento.

Exclusivo para o Madworld, tradução de Gustavo Espeschit do artigo publicado no renomado jornal canadense Toronto Sun. Essa resenha foi elogiada pelo empresário de Madonna, Guy Oseary, em sua conta no Twitter. Vale a pena ler.

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Madonna em MDNA: Só pode haver uma rainha

Com novo disco, “MDNA”, a cantora mostra que tem cacife para ocupar o trono do pop por muito tempo

Madonna MDNAAntes de “MDNA”, o décimo segundo álbum de estúdio de Madonna, que será lançado mundialmente no dia 26, mas que caiu na internet na última segunda-feira, o que mais se ouvia sobre ela era que seu reinado estaria chegando ao fim. O disco anterior, “Hard Candy” (2008), estava muito aquém do que se esperava de Madonna. Além disso, nos últimos quatro anos, várias candidatas a rainha do pop, como Kylie Minogue, Britney Spears, Rihanna e Beyoncé, lançaram discos novos e avançaram algumas casas no tabuleiro da música.

No mesmo período, o mundo viu surgir Lady Gaga, que rapidamente parece ter assumido a dianteira nesta disputa. Todas elas, ora alfinetando, ora derretendo-se em elogios e admitindo que, sim, se inspiram em Madonna.

Depois de rodar o mundo com a “Sticky & Sweet Tour”, ela deu um tempo na música, como que deixasse suas candidatas a sucessora mostrarem o que podiam fazer. Madonna lançou uma coletânea, gravou um clipe (“Celebration”, ao lado do então namorado brasileiro Jesus Luz) e dirigiu seu segundo filme (“W.E. – O Romance do Século”, em cartaz no País).

Madonna 2012Retorno

Com “MDNA“, ela volta à cena para mostrar quem é que manda. Ou, pelo menos, que ainda tem gás para se reinventar e fazer um pop de qualidade. O disco abre com “Girl Gone Wild“, produzida por Benny Benassi. Na introdução, ela afirma que se arrepende dos pecados que cometeu e que quer ser boa. Mais adiante, porém, ela admite que não consegue se controlar.

“Na pista até amanhecer/Garotas só querem se divertir/Eu sei, eu sei, eu sei/Não deveria agir assim/Eu sei, eu sei, eu sei/Boas garotas não se comportam mal/Se comportam mal/Mas, de qualquer forma, eu sou uma garota má/Perdão”, canta em um dos versos da letra.

A faixa, que havia sido divulgada há alguns dias e ganha clipe na semana que vem, cumpre bem seu papel, dando uma ideia do que está por vir: Madonna cansou de tentar bancar a boazinha e quer mesmo é botar para lascar.

Na sequência, “Gang Bang” não deixa sobrar tempo nem para recuperar o fôlego. Numa das melhores músicas da carreira, Madonna solta o verbo e esculhamba geral. Batida pulsante, voz nasalada, versos fortes e palavrões em profusão. Genial. “E eu vou direto para o inferno/E eu tenho vários amigos lá”, diz. Merece ser lançada como single (e ganhar clipe a altura, se possível, dirigido por Jonas Akerlund) e entrar na próxima turnê, cuja passagem pelo Brasil já é dada como certa no começo do próximo mês de dezembro.

Em “I´m Addicted”, ela compara o amor a uma droga. No caso, o MDMA, um dos nomes pelos quais é conhecido o êxtase. Foi daí, aliás, que ela tirou a ideia do título do disco, trocando apenas uma letra e criando um anagrama com o seu próprio nome.

“Turn up the Radio” também tem potencial para virar hit. O ritmo do disco só é quebrado quando entra “Give me All your Luvin´”, com participação de Nicki Minaj e M.I.A.. A temática cheer leader casou bem com a performance no intervalo do Superbowl, mas destoa do resto do disco. Não é ruim, mas, tendo em vista o conjunto de “MDNA”, dá para notar que foi mais uma adequação ao contexto da apresentação do que qualquer outra coisa. O mesmo se aplica a balada “Masterpiece”, parte da trilha sonora de “W.E.” – que só toca nos créditos.

Outro ponto alto é “I don´t Give a”, na qual Nicki Minaj afirma que “só pode haver uma rainha e ela é Madonna”. A letra é uma das mais confessionais do disco. Fala sobre não ligar para o que as pessoas pensam dela: “Tentei ser uma boa garota/Tentei ser sua esposa/Me diminuí/Engoli minha luz/Tentei ser tudo o que você esperava de mim/E se eu falhei/Não dou a mínima”. O que será que o ex-marido, o cineasta Guy Ritchie, achou da música?

A filha Lourdes Maria participa como backing vocal (alguém notou?) em “Superstar”. Inevitável a comparação com “Hello”, sucesso do produtor da faixa, Martin Solveig. A menina já havia inspirado a mãe a compor “Little Star”, de “Ray of Light”.

Numa prova de que busca referências na própria carreira – se as outras podem, por que não ela mesma? -, Madonna apresenta “I´m Sinner”. Soa como uma mistura de “Ray of Light” com “Beatiful Stranger”. Combinação bombástica. A cantora sabe o que funciona. Se dizendo uma pecadora, em meio a um atmosfera oriental, ela evoca Maria, Jesus, São Cristóvão, São Sebastião e Santo Antônio.

“Love Spent” começa com um banjo futurista. O clima oitentista evoca Erasure e La Roux. Muito vagamente, remete a “Hung Up”, um dos maiores hits de Madonna. A versão simples do disco encerra com “Falling Free”, uma balada sombria como as que só William Orbit sabe produzir. Na versão dupla, haverá mais cinco músicas bônus, incluindo um remix de “Give me All your Luvin´” feito pela dupla LMFAO.

Equilíbrio

“MDNA” certamente entra para o hall dos melhores discos de Madonna, ao lado de “Like a Prayer” (1989), “Ray of Light” (1998) e “Confessions on a Dancefloor” (2005). A produção dividida entre William Orbit (parceiro em “Ray of Light”), Benny Benassi e Martin Solveig deram ao trabalho o equilíbrio certo de intros-pecção e alegria.

Em poucas ocasiões Madonna se abriu tanto nas letras. É verdade que todas as suas composições são pessoais e carregam muito do que ela vivia naqueles momentos, mas desta vez ela foi mais direta. “Acordei ex-esposa/Essa é a sua vida/(…)/Você ficou bravo comigo/Quem tem a custódia/Os advogados que se danem/Não tinha um acordo pré-nupcial/(…)/Fazer um filme/Escrever uma música/Tenho que pegar meu dinheiro de volta”, brada em “I don´t give a”.

O disco está cheio de recados para a concorrência e para ex-maridos e namorados. Mas também tem bobagem, refrões pegajosos e batidas capazes de animar qualquer festa. Exatamente como deve ser a boa música pop.

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Ouça as faixas do novo álbum de Madonna, MDNA, na íntegra

Madonna, MDNACaiu na net o novo álbum de Madonna, MDNA. MDNA é o décimo segundo álbum de estúdio da cantora, que vem com uma turnê inédita que estreia em Israel no final de maio. Este é o primeiro disco da popstar lançado em parceria com a Live Nation – feito em um acordo de exclusividade que custou mais de US$ 150 milhões. A pré-venda da produção pelo iTunes alcançou o primeiro lugar em 50 países, incluindo o Brasil.

Neste domingo, o single de GIRL GONE WILD foi liberado para venda no iTunes fora do eixo EUA. Para as letras, clique aqui.

BEAUTIFUL KILLER  
GANG BANG 
TURN UP THE RADIO 
I’M ADDICTED 
I DON’T GIVE A 
LOVE SPENT 
SOME GIRLS 
I’M A SINNER 
B-DAY SONG 
FALLING FREE 
SUPERSTAR 
I FUCKED UP 
MASTERPIECE 
GIRL GONE WILD 
GIVE ME ALL YOUR LUVIN’ 

 

Lançamento mundial do clipe de GIRL GONE WILD, de Madonna, será no canal E!

madonna girlgonewildclip mdnaSegundo informações do site www.madonnatribe.com, Madonna juntou forças com o canal E! para o lançamento, com exclusividade no mundo inteiro, do clipe de seu novo single Girl Gone Wild, faixa do seu 12º álbum de estúdio MDNA, a ser lançado dia 26 de março pela Interscope Records (segundo álbum de Madonna que não sei pela Warner, sua gravadora de 25 anos)

O vídeo, filmado todo em preto e branco, foi gravado em Los Angeles e tem a direção de Mart & Marcus. Ele trás uma performance impressionante de Madonna e de seu grupo de dançarinos e efeitos visuais de tirar o fôlego. Pelo que foi exibido como prévia já dá para ser ter uma ideia do quão polêmico e forte o clipe será.

E! trás a plataforma perfeita para o lançamento de tão comentado vídeo quando ele estrear com exclusividade nos EUA no E! News na próxima terça-feira, 20 de março, às 7:00 e 11:30 da noite. Aqui no Brasil o E! News é sempre transmitido um dia depois da transmissão americana pelo canal 33 (SKY), então podemos esperar Ryan Seacrest e Giullinna Rancic apresentando este espetáculo no dia 21 às 18:00 horas em telinhas brasileiras.

O novo vídeo de Madonna, Girl Gone Wild, será lançado no Youtube no dia 21, quarta-feira.

Assista um preview do video postado no canal de Madonna no Youtube