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Madonna: viver polêmicas para contar histórias

Madonna

Assim como Gabriel García Márquez fez em sua famosa autobiografia “Viver para Contar”, a carreira de Madonna também poderia resumir-se sob essa máxima, que, em inglês, intitula uma de suas mais famosas músicas, “Live To Tell”, origem de uma de suas muitas e famosas polêmicas.

Até a recente denúncia do partido francês Frente Nacional contra uma montagem audiovisual apresentada em seu último show em Paris, que destacava a política Marine Le Pen (líder da legenda ultradireitista) com uma suástica na testa, muitas são as polêmicas que envolvem a chamada “ambição loira”.

Além das questões puramente eróticas, Madonna também ambienta sua música em outros pontos de muita discussão, como a homossexualidade, o catolicismo, os símbolos nacionais e o antiamericanismo. Alguns atribuem seu compromisso com a liberdade, e outros com a máxima: “Que falem mal de mim, mas falem”.

Com o single “Papa, Don’t Preach”, de 1986, Madonna acendeu ao mesmo tempo os ânimos dos setores conservadores e dos progressistas. A canção, que fala de uma adolescente grávida, fugia claramente da rígida moralidade dos anos 80, enquanto as feministas consideravam que a cantora banalizava um tema delicado.

Alguns anos depois, em 1989, Madonna lançou o clipe de “Like a Prayer”, considerado o mais escandaloso da história da rede “MTV”. Neste, a cantora se refugia dentro de uma igreja, onde, com um provocante decote, aparece para dar vida a uma estátua de um Cristo negro.

Embora a artista tenha declarado que não pretendia brincar com a religião, aquela foi a primeira vez que uma de suas músicas foi considerada como uma blasfêmia. Na ocasião, a marca de refrigerantes que patrocinou o lançamento do clipe cancelou uma campanha similar poucos dias depois.

A partir de então, os confrontos da rainha do pop com os setores mais ortodoxos do Cristianismo foram contínuos e chegaram a um ponto extremo durante a turnê “Confessions Tour”, realizada em 2006, quando a cantora interpretou “Live To Tell” descendo dos céus, pregada em uma cruz e com uma coroa de arame farpado, enquanto rostos de crianças sofrendo apareciam por trás.

A artista recebeu ameaças de sequestro da máfia russa, protestos liderados pelo ex-presidente da Polônia Lech Walesa e até uma tentativa de boicote por um sacerdote protestante holandês de 63 anos, que reconheceu ter sido o autor de uma falsa ameaça de bomba durante uma apresentação da loira em Amsterdã.

Além disso, no show desta mesma turnê em Roma, Madonna incluiu imagens de Bento XVI em uma projeção que mostrava personagens como Hitler, George W. Bush, Benito Mussolini, Vladimir Putin, Osama Bin Laden e Saddam Hussein.

Já em 2003 – em plena Guerra do Iraque, liderada pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush -, Madonna lançou a controvertido clipe de “American Life”, que trazia imagens de conteúdo bélico em um desfile de moda.

“Me sinto muito patriota e muito orgulhosa de ser americana, mas me chateia ver que um país com tanto poder e influência esteja obcecado e motivado por valores errôneos”, disse então a cantora, que criticou a “obsessão dos americanos pelas aparências”.

Suas críticas aos políticos conservadores continuaram durante a turnê de “Sticky And Sweet” em 2008. Nesta ocasião, a cantora queimou imagens do então candidato republicano John McCain, assim como a de Adolf Hitler e de Robert Mugabe, o presidente do Zimbawe, ao som de “Get Stupid”.

Isso sem falar nos desafortunados episódios relativos a alguns símbolos nacionais. Os porto-riquenhos não viram com bons olhos o fato de a cantora nova-iorquina ter passado a bandeira deste “Estado Livre Associado” aos EUA entre as pernas durante um show em Bayamon em 1993.

Na Argentina, a cantora encontrou uma inflamada oposição a sua famosa interpretação de Eva Duarte de Perón em “Evita”. Nesta época, o então presidente Carlos Menem disse que sua escolha “não seria tolerada pelo povo argentino”. Posteriormente, Madonna também declarou que se identificava com sua personagem, com exceção desta ser “uma mulher disposta a tudo para assegurar sua ascensão social”.

Não há dúvidas que Madonna possui tantos anos de polêmica como de carreira. O próximo episódio desta lista, por exemplo, poderá ocorrer já no próximo mês de agosto, quando a cantora se apresentará em São Petersburgo. Ícone da comunidade gay, Madonna foi ameaçada pelas autoridades russas com uma multa caso ela venha a infringir a controvertida lei que proíbe “a propaganda homossexual” no país.

“Não fujo da adversidade. Durante minha atuação, eu vou falar sobre esta ridícula atrocidade”, advertiu a cantora, que provavelmente deverá ter que pagar a quantia de US$ 170 por conta desta advertência. EFE

Assista a entrevista de Madonna em Roma para a RDS – MDNA Tour

Madonna

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Madonna deu uma entrevista para o site RDS em seu hotel em Roma um dia antes de seu show da tour MDNA no Estádio Olímpico. Agora, o site divulgou a entrevista na íntegra, dividida em partes, para a jornalista italiana Anna Pettinelli. Assista !

Kylie Minogue diz que Madonna é infinitamente melhor do que Lady Gaga

madonna mdna tour coimbra

A cantora Kylie Minogue defendeu Madonna das muitas críticas recentes e a considera até infinitamente mais talentosa que Lady Gaga.
Durante uma conversa no programa americano “Watch What Happens Live”, a australiana – que quase sempre perdeu na comparação com Madonna – foi questionada sobre quem seria a artista pop mais talentosa. “Por se aguentar e fazer o que faz, vou ficar com a Madonna“, respondeu.

Num outro programa, o Fashion Police, de Joan Rivers, Minogue havia criticado Madonna pelo seu outfit de cheerleader durante sua performance de “Give Me All Your Luvin'” em que Madonna veste durante o MDNA World Tour. Em desaprovação, Kylie disse “Simplesmente não”, não gostou da roupa (aliás, nem eu).

Ainda no “Watch What Happens Live”, Minogue não soube explicar o porque recusou “Toxic”, aquele que viria a ser um dos singles mais populares de Britney Spears. ‘Estupidez? Aconteceu o mesmo com o “Can´t Get You Out of My Head”, também foi oferecido a outra pessoa,” comentou.

“Britney fez um trabalho fantástico. Talvez não tivesse sido assim comigo”, concluiu.

Madonna: “Sou uma boa mãe, mas não muito convencional”

madonna32Em entrevista a uma revista alemã, Madonna se autointitula uma “mãe muito boa”, um pouco rígida mas muito carinhosa, embora reconheça que seu estilo de vida “não é muito convencional”.

No próximo número da “in-Das Star & Style Magazin”, a cantora assegura que, apesar de sua imagem por vezes polêmica, é como qualquer outra mãe. “Acho que sou uma mãe muito boa. Para mim, a família está sempre em primeiro lugar”, afirma Madonna, que se considera “rígida no que é preciso”, mas sempre dando a seus quatro filhos “a liberdade necessária”.

“Aos meus filhos nunca falta amor. Muito pelo contrário: o amor é o mais importante para nós”, ressalta a estrela de 53 anos.

Madonna reconheceu, no entanto, que para seus filhos – Lourdes, de 15 anos, Rocco, 11, Mercy, 7, e David, 6 – sua popularidade “não é sempre fácil”. “Também sou Madonna, a artista. A atenção pública não é sempre fácil para as crianças”, explicou.

No entanto, a cantora acredita que “a artista Madonna e a mãe Madonna não são tão diferentes”. “Vivo de uma forma não muito convencional, tanto no palco como em minha vida privada.”

Madonna começou no início do mês a turnê “MDNA”, título de seu último disco, em Tel Aviv, Israel. Ela chega ao Brasil em 1º de dezembro, quando se apresenta no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro. Depois, segue para São Paulo (estádio do Morumbi, dias 4 e 5 de dezembro) e Porto Alegre (estádio Olímpico, 9 de dezembro).

Lady Gaga ataca Madonna em show na Nova Zelândia

Lady Gaga ataca Madonna

Na quinta-feira, 7, a cantora Lady Gaga se apresentou em Auckland, na Nova Zelândia, com a tour “Born This Way” e decidiu expressar seu descontentamento com Madonna.

No MDNA World Tour, Madonna faz um medley com “Express Yourself”, hit de 1989 e “She´s Not Me”, de 2008, e “Born This Way”, esta última de Lady Gaga. Quando Lady Gaga lançou a música “Born This Way”, a mesma foi acusada de plágio por muitos críticos devido as semelhanças com a música de Madonna, e desde então, uma grande controvérsia na mídia ocorre sobre o tema.

Sentada em sua motinha e tocando piano, a redutiva cantora disse aos fãs:

Todo mundo tenta, todo mundo ainda está tentando, mas ninguém pode invalidar o poder de “Born This Way”. Tem a ver com respeito. Tem a ver com o que você é. Eu viajei o mundo todo e vi jovens, adultos, pessoas mais velhas cantando [essa música]. Tem todas essas pessoas que são mais importantes que a música. Vocês me fazem muito orgulhosa de ser a popstar de vocês. Eu não quero ser a rainha de vocês. Eu quero ser amiga de vocês. Eu nunca quis ser a rainha de ninguém. Eu ainda não quero. Eu nunca entrei nesse negócio [da música] para ser parte do negócio. Qualquer coisa que é vazia, sem substância, vaidosa ou guiada pelo ego não significa nada pra mim. Eu não entrei aqui para fazer música pop. Eu estou aqui para estragá-la, para estourar a bolha, virar do avesso, explodir e vomitá-la para o mundo todo. Isso às vezes faz as pessoas se sentirem melhores em relação a elas mesmas e se sentirem no direito de colocar as pessoas pra baixo ou mesmo fazer piada com o trabalho delas.

Se eu fizesse isso, eu me sentiria como um ser humano ruim. Eu acho que se você é um ser humano do bem, você se esforça e acha alguma coisa boa em cada pessoa. Eu não sou este tipo de pessoa, e nunca vou ser. E eu sequer vou revidar. Porque é mais importante pra mim escrever minhas músicas. Eu não tenho fãs que querem que eu provoque de volta, revide ou seja babaca. Do jeito que costumávamos ser. Estamos em um novo lugar na sociedade agora, não estamos? As coisas estão muito diferentes do que eram há 25 anos, por isso “Born This Way” é diferente pra mim. Eu quero que vocês saibam que está tudo bem: você não tem que odiar e despedaçar a outra pessoa mais. (papelpop)

Madonna falará de Bullying em sua nova tour em vídeo interlude de Nobody Knows Me

Madonna - BullyingMadonna, sempre apoiando uma causa em seus shows, desta vez o tema será bullying.

Em sua nova tour, o Madonna MDNA World Tour, serão exibidas fotos de jovens que foram vítimas de bullying e um deles será o jovem americano Brandon Bitner, que em novembro de 2010, aos 14 anos, cometeu suicídio por ser frequentemente humilhado em sua escola por ser homossexual e pela maneira como se vestia. Ele deixou uma carta pedindo que a família lutasse em seu nome para que o mundo prestasse mais atenção ao bullying e suas consequências psicológicas.

A tia de Brandon, Katie, confirmou em sua página no Facebook que assinou contrato autorizando o uso da imagem do jovem para ilustrar o vídeo e que a música utilizada será Nobody Knows Me. Madonna também fará uma doação a fundação criada em nome de Brandon Bitner.

O vídeo no show de Madonna mostrará uma foto de Brandon Bitner – que se matou os 14 anos no dia 05 de novembro de 2010, devido ao constante assédio moral que sofria por ser gay no Midd-West High School, em Middleburg – e no vídeo, um anúncio de Madonna sobre uma doação US $ 5.000 para uma bolsa de estudos da Universidade Susquehanna em nome de Brandon.

Katie Goodling, primo Brandon, confirmou neste sábado, 20, que um acordo com Adamsky Produção de Cinema de Estocolmo feito para o uso de uma foto de Brandon, um dos sete que aparecerão no vídeo.

Em cada vídeo, aparecerá escrito a palavra RIP (descanse em paz) ao mostrar o nome da vítima durante três segundos.

Katie também administra BrandonBitner.com, um site dedicado a prevenção do bullying e da memória de Brandon. Clique aqui para verificá-la e aprender mais sobre ele e sua história.

O Madonna MDNA Tour estreia dia 31 de Maio em Tel Aviv.

Madonna - Brandon Bitner - MDNA World Tour 2012
Foto de Brandon Bitner cedida ao MDNA World Tour 2012

No Dia 09 de novembro de 2010, Madonna participou do programa de Ellen DeGeneres, abertamente homossexual, e comentou que também enfrentou  problemas na época do ensino médio. “Não me sentia incluída em nenhum grupo, me sentia como uma estranha”, disse, atribuindo a seu professor homossexual de balé o apoio que a fez se sentir mais segura e confortável quando adolescente. “Todos deveria ter alguém em suas vidas para servir de inspiração e encorajamento.”.

“Estou muito perturbada e entristecida pelo número esmagador de suicídios de adolescentes que têm sido relatados recentemente por causa do bullying. Suicídio em geral é preocupante. Adolescentes cometendo suicídio é extremamente perturbador, mas ao ouvir que os adolescentes estão tendo suas vidas tiradas, porque estão sendo vítimas de bullying na escola e dormitórios, o que você tem, é uma maneira insondável. Eu sei que algumas pessoas têm falado sobre isso, mas eu sinto que preciso dizer alguma coisa. A comunidade gay tem sido extremamente favorável a mim. Eu não teria uma carreira se não fosse para a comunidade gay … Tenho uma filha adolescente e tenho discussões com ela sobre esse assunto, então eu sinto que eu preciso dizer algumas palavras…”. Leia a entrevista completa clicando aqui.