A mudança de casa vai proporcionar uma série de eventos comemorativos para a torcida gremista. Na manhã desta quinta-feira, o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, confirmou que o show da Madonna estará entre as comemorações da despedida do Olímpico. Além disso, a ideia é promover um jogo festivo com a participação de jogadores que marcaram história no estádio. Para a inauguração da Arena, a direção tricolor já tem um acerto com o Bayern de Munique para a realização de um amistoso no dia 8 de dezembro. A confirmação oficial depende da fase final da Liga dos Campeões da Europa. Se o time alemão levar o título disputará o mundial nestas datas e não virá a Porto Alegre.
“A obra está dentro do cronograma, esperamos receber ela pronta em novembro e poder arrumar a casa para a inauguração em dezembro. Escolhemos o Bayern de Munique, que é um dos maiores clubes do mundo, tem tradição, está em um grande momento e também tem um grande estádio. O Alianz Arena é um dos mais modernos do mundo e tem toda uma ligação com o Grêmio. Eles estão disputando a Liga dos Campeões e se forem campeões estarão no Japão em dezembro. Por isso estamos esperando um pouco para anunciar a assinatura do contrato. Mas os acertos já estão feitos para eles virem”, declarou Antonini em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O objetivo do Grêmio é trazer a banda AC/DC para a inauguração da Arena. No entanto, ainda existe uma dificuldade na negociação em função de uma turnê na Ásia no mesmo período. Já o show da Madonna está confirmado no Olímpico para o dia 9 de dezembro.
“Madonna vai estar no Brasil nesse período e tinha uma data vaga no dia 9 e conseguimos trazer ela para o Olímpico. Mas não vai ser a despedida, ainda faremos um jogo para homenagear toda a história do estádio, jogadores, dirigentes e torcida”, afirmou.
Finalmente o novo vídeo de Madonna, GIRL GONE WILD, segundo single do álbum MDNA. O clipe foi dirigido por Mert & Marcus e direção de arte de Giovanni Bianco com participação do grupo ucraniano Kazaky.
O clipe foi exibido pelo E! (premiere) e segue no Youtube no dia 21, quinta-feira.
Aqui está a inspiração de Madonna para o vídeo de GIRL GONE WILD. Nada de dita, seu personagem do livro SEX, e sim Super Vixen, personagem da atriz cult Tura Satana do filme de 1965 Faster, Pussycat! Kill! Kill! de Russ Meyer.
Assista a reportagem do E! News sobre o clipe de GIRL GONE WILD
Segundo o site MadonnaTribe, a nova gravadora de Madonna, a Interscope Records, está trabalhando no lançamento do vinyl de GIRL GONE WILD e também no Picture Disc, que para nós fãs, mesmo, queremos é um maxi-single cheio de remixes, o que GIVE ME ALL YOUR LUVIN’ não teve. Vamos as datas:
17 de abril – lançamento do CD single 24 de abril – Picture Disc
É aguardar. MDNA, novo álbum de Madonna, será lançado no próximo dia 26 de março.
Aqui estão algumas capturas (SEM TAGS) do novo vídeo de Madonna, GIRL GONE WILD – segundo single do novo álbum da cantora, MDNA, que será lançado dia 26 de março.
Finalmente o novo vídeo de Madonna, GIRL GONE WILD, segundo single do álbum MDNA. O clipe foi dirigido por Mert & Marcus e direção de arte de Giovanni Bianco com participação do grupo ucraniano Kazaky.
O clipe foi exibido pelo E! (premiere) e segue no Youtube no dia 21, quinta-feira.
W.E – O Romance do Século (W. E)
Elenco – Abbie Cornish, Andrea Riseborough, James D’Arcy, Oscar Isaac e Richard Coyle.
Direção – Madonna.
Duração – 119
Ano de Produção – 2011
Escrever sobre algo que Madonna faça para mim é um pouco complicado pelo simples fato de ser fã da mesma, mas nada me impede uma imparcialidade e um olhar totalmente voltado a admirar o trabalho dela, seja em qual área que for, com alguma criticidade. Talvez seja por isso que eu tenha demorado um pouco a postar sobre este filme. Demorei a escrever sobre porque talvez tenha querido digerir mais um pouco, criar um conceito, analisar sob outros prismas, seja em cenas picadas lançadas pela Internet ou seja analisando o trailler ou lendo outras críticas à respeito depois de ter assistido ao filme.
W.E (que deve ser lido com as letras separadamente e não como uma palavra só, já que se refere a Wallis e Edward) conta a tão conhecida história do rei Eduardo VIII (James Darcy), único monarca inglês a abdicar do trono e Wallis Simpson ( Andrea Riseborough), americana, divorciada uma vez e casada, que foi o motivo de tal abdicação ao trono, causando um escândalo no império britânico, o primeiro neste século, que veio a ser repetido um pouco depois com o casamento circense de Charles e Diana.
Como segunda narrativa do filme temos a história contemporânea de Wally Winthrop (Abbie Cornish), uma mulher com um casamento totalmente fragilizado com um psiquiatra famoso que a ignora e mal trata e que é apaixonada pela história de amor entre Wallis e Edward. O filme comeca entao com uma tomada da casa de Wally, passando pelos corredores da casa com uma narrativa sobre o casal central, até chegarmos a vê-la sentada em uma mesa posta para o jantar, sozinha. Essa primeira cena já mostra o estado frágil dessa mulher, que busca na fantasia do casal central, uma saída para sua própria existência, se identificando com a Wallis e tentando, até mesmo, incorporá-la. Ela vai para uma exposição na famosa Sotherby´s, casa de leilão nova iorquina, e o filme começa a se desenrolar em flashbacks.
O roteiro, escrito por Madonna e pelo seu colaborador de outros trabalhos Alak Keshishian, com quem a estrela já havia trabalhado em seu documentário Na Cama com Madonna, começa então a costurar a história dessas duas mulheres frágeis, reprimidas e que procuravam somente um ideal na vida: ser feliz.
Acho que essa segunda história é um pouco dispensável e torna o filme um pouco monótono, apesar de algumas das cenas mais impagáveis do filme serem protagonizadas por Oscar Isaac, um ator guatemalteco que faz o seguranca russo da casa de leilão que acaba se apaixonando por Wallis. Se o filme focasse somente na história central, talvez seria um pouco mais dinâmico e Madonna teria mais coisas para explorar como o fato por exemplo do casal ser considerado nazista e ter tido vários encontros com Hitler. Mas seu objetivo não era fazer um filme político ( algum diretor poderia ter essa ideia e poderia se dar muito bem se não cair nos clicês excessivos dos filmes políticos sobre nazismo ) e sim contar uma história de amor verdadeiro, que ultrapassa qualquer barreira e abre mão de várias coisas. Apesar de tentar mostrar do ponto de vista feminino, o faz muito tarde na narrativa ( o lance das cartas de Wallys poderia ser revelado um pouco mais cedo ). O Rei abdicou do trono, mas e Wallis? Essa é a pergunta que Madonna faz durante o filme, e é a resposta que espera do seu público.
Não irei falar aqui do magnifico figurino de Arianne Philips, indicado ao Oscar na categoria deste ano, e nem da trilha sonora majestosa de Abel Korzeniowski que é quase uma personagem a parte do filme. Isso já foi muito discutido em outras resenhas sobre o mesmo. O que é interessante focar é que, quem conhece tanto a carreira quanto a vida de Madonna vai poder perceber que muita coisa está ali, na imagem dessas duas personagens. A gana de mudar seu próprio destino. Os abusos e violências sofridos. A não submissão ao homem ( a cena de briga do casal nova iorquino me remeteu a ela e Sean Penn se estapeando em algum cômodo da casa onde moravam ) e a mensagem está lá, como na musica Express Yourself: Don´t go for second best baby. Não comentarei muito sobre o destino das personagens para não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu ao filme.
O interessante é assistir ao filme sem o preconceito dele ser dirigido por Madonna, que não é uma cineasta. É tentar entrelaçar a história e se deixar tocar por ela. Tivesse tido um retoquezinho aqui, outro ali, talvez tenha ficado, como diz a musica tema, uma Masterpiece. Vale o ingresso com certeza. Não decepciona, mas também não surpreende.
Curiosidades
– Em 2008, o então marido de Madonna Guy Ritchie, a auxiliou no esboço do que seria o roteiro de W.E e sugeriu reuniões com os atores Mark Strong e Toby Kebbel, com quem ele já havia trabalhado no filme RocknRolla.
– Madonna começou a pensar na história e no projeto de W.E antes de dirigir seu primeiro filme, Sujos e Sábios, e resolveu usá-lo como resposta às críticas negativas que recebeu pelo primeiro trabalho.
– O filme teve pouca distribuição nos EUA, tendo estreado somente em 54 salas pelo país.
– O discurso de abdicação do Rei Eduardo VIII é um dos textos mais conhecidos da história inglesa e foi a primeira vez que um monarca falou sobre si mesmo em cadeia de rádio nacional. As palavras “(…) sem a ajuda e o apoio da mulher que eu amo.” ecoaram por toda a Europa e o romance é conhecido como O Romance do Século.
Como parte da divulgação do novo álbum de Madonna, MDNA, a rainha do pop participará neste sábado, 24, de uma sessão especial de perguntas (um chat) e respostas de Madonna no Facebook, moderada pelo ator e apresentador Jimmy Fallon do conhecido programa de TV americano Late Night.
Madonna falará sobre seu novo álbum, MDNA, e responderá ao vivo perguntas dos internautas. Uma página no Facebook sobre o evento foi aberta e pode ser acessada em https://www.facebook.com/events/182295891887070/.
Lá, o fã poderá deixar perguntas para Madonna e ter chance das mesmas serem respondidas por ela no programa deste sábado. O evento irá acontecer neste sábado, às 18h30.
Deixe suas perguntas, talvez você tenha a sorte de Madonna respondê-las.
Certamente a melhor definição sobre o legado de Madonna que já li, foi há muitos anos num jornal francês. A autora do texto abria com a declaração: “Foi Madonna, e não o catolicismo, que me fez pensar em usar um crucifixo”. É compreensível.
Dos primeiros anos aos derradeiros dias, precisamos de uma voz que nos guie, ainda que por caminhos incertos, ainda que pela encruzilhada sempre fatídica ou pelo aberto que nos expõe ao nada. Os primeiros e os últimos guias (os pais, professores, algum enfermeiro, algum acompanhante…) muitas vezes não temos como escolher. São imposições, consequências da biologia e do destino.
Todos os outros, no entanto, temos algum poder de decisão, ainda que seja mínimo: amigos, mestres, amantes (lembro aqui a entrega sem concessões presente nas páginas iniciais de A história de O, um dos maiores romances do século passado) e mesmo estrelas pop.
Penso em John Lennon que, para os fãs dos Beatles, era mais importante que Jesus Cristo; penso nos garotos em choque, mas fascinados, com os olhos cercados por rímel de David Bowie; e, claro, em Madonna, uma mulher que há 30 anos não se perde de vista, que se reinventa para ser o mesmo produto de sempre: a católica perturbada entre o prazer e a proibição; entre a confissão pública e o silêncio. Contradições que falam tão alto a nós todos que convivemos com crucifixos nas paredes de casa.
Madonna ergueu seu status mitológico sobre as cinzas de uma tradição musical vitimizada: a disco music dos anos 1970, que já ressuscitou como house music, techno, electro, pop dançante, já recebeu alcunhas terríveis como “música de tusc-tusc” e a incompreensível “e-music”. Pensamos em disco music (ou seja: nas variantes que essa palavra carrega) como um objeto de distração, raramente como o prato principal. É trilha sonora da academia de ginástica, som alto de carros em alta velocidade riscando as ruas de metrópoles ou vilarejos e isca para encontrar um alguém ou O alguém numa pista de dança lotada, como se a noite não fosse um fim em si mesma.
Ainda que munida de rimas banais (step to the beat, celebration, hesitation…), a pista de dança de Madonna é política, contraditória, objeto de salvação, de comunhão e repulsa, tal e qual um dia foi para os pioneiros da disco music lá do começo dos anos 1970. A brancura macho man de John Travolta à parte, disco music é um produto das culturas gay, negra e latina. Os três guetos que a crítica de rock, branca e heterossexual, sempre desprezou, mas que Madonna soube usar como seu instrumento de legitimação, ainda que nadando contra uma tradição tão adversa (gênios como Nile Rodgers e Giorgio Moroder jamais arranharam o reconhecimento de um Eric Clapton ou de um Brian Wilson).
Ao pensarmos num álbum novo da cantora não pensamos apenas nos atropelos da sua vida particular e de como isso ganhará forma nas canções. Remetemos também ao alcance que ele terá sob luzes de neon e em pessoas que dançam sozinhas em busca de uma dose violenta de qualquer coisa. Madonna, ou ao menos sua persona pública, precisa ser uma eterna habitante da noite. Com MDNA não é diferente.
Nas últimas semanas, a mídia foi invadida por inúmeras críticas sobre o seu novo trabalho. Muitas delas escritas com o olhar anabolizado de blogueiros que pareciam estar sentados numa área VIP olhando de cima a multidão desprovida, e não comentando uma coleção de músicas. Ou mesmo de críticas realçando os “alarmantes” limites da sua idade.
É incrível como subestimamos tanto a maturidade quanto a juventude, como se a consistência da carne de um artista fosse qualidade ou defeito da sua arte. Descreditamos Justin Bieber por sua adolescência de gel e Madonna por, aos 53 anos, cantar sobre o desejo de se perder numa pista de dança embriagada por Tangueray – como ela nos prescreve no single Girl gone wild, canção exageradamente pop, que poderia ser ignorada, se cantada por qualquer outro artista. Mas aqui o importante é (para voltarmos ao assunto) a voz que nos guia. A voz que ainda podemos escolher para nos guiar. Lembro uma passagem de O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez, em que os protagonistas, no crepúsculo da vida, repensam as razões que os deixaram afastados por tantas e tantas décadas: um dia foram jovens demais; ao final do romance, estariam velhos em excesso para o amor. Um f*** acaba sendo a resposta dos dois para as convenções em relação à idade. Ponto. E final feliz.
Ontem à noite, a maior parte das canções de MDNA se espalhou com velocidade implacável pelas redes sociais, causando surpresa e discórdia entre os fãs da cantora. Se a bobagem artificialmente prepotente de Give me all your luvin’ deixou uma ponta de receio em relação à qualidade do restante do material, o álbum (e se trata de um álbum, no conceito clássico do termo, com história, meio e fim) é tudo o que podemos esperar de um trabalho de Madonna: perfeição pop de um lado e os deslizes dos inseguros que não podem deixar que o mundo perceba o tamanho das suas dúvidas. MDNA, mais que seus antecessores (Confessions on a dancefloor e Hard candy), expõe as contradições entre desejo e exaustão, amor e ódio, que atravessaram seus discos clássicos dos anos 1980 e 1990.
É bom encontrarmos num mesmo trabalho sentimentos tão disparates como os presentes nas canções Gang bang e I’m fucked up. A primeira, uma batida industrial exorciza um ex-amante com o arrependimento de quem sempre acaba fazendo as escolhas erradas, esquecendo que ainda guarda a liberdade de fazê-las; a segunda é um mea culpa diante de uma relação fracassada. Madonna canta com desamparo os erros cometidos (“devia ter mantido minha boca grande fechada algumasvezes”, diz a letra), mas a confissão de fracasso parece ser mais um jogo de sedução do que a desistência derradeira. É como se o algodão doce do hit oitentista True blue voltasse à vida deixando um sabor amargo na ponta da língua.
Com uma batida à David Guetta, Turn up the radio vai além das promessas noturnas: não é uma canção sobre se sentir à vontade na pista de dança e, sim, à vontade na vida. I dont give a, com participação da rapper Nicki Minaj, segue o caminho oposto: é um tratado sobre o desconforto de precisar continuar dançando sobre o solo de uma relação fracassada, deixando claro que o tom de “não estou nem aí” do título é mera falácia. Mas o ritmo pulsante minimiza os longos espaços vazios, tal e qual Madonna já havia alertado no seu clássico Into the groove.
Love spent exala fofura ao metaforizar que o dinheiro e o amor são, ambos, elementos subjetivos por essência: cabe ao amante ou ao investidor escolher aforma correta (ou errada) de usá-los. Bobagens como B-day song e Superstar talvez ganhem algum significado com o passar das audições. São erros. Mas Madonna comete erros, enormes erros, talvez por isso permaneça tão atraente – nada mais insuportávele mais artificial que a perfeição, convenhamos…
MDNA talvez não seja seu disco do divórcio, como pregam alguns. Ou seu álbum de recomeço pós-Lady GaGa, como conspiram outros. Talvez seja seu álbum sobre reavaliar sua identidade, seu DNA, após algum tempo distante (distâncias e silêncios criam miragens, falsos cartões-postais), após certa descrença até do seu séquito mais fiel ou mesmo dela própria em relação ao seu potencial (a tal história da consistência da carne como matiz da arte). Mas tudo isso é apenas conjectura (necessária) de um crítico. A voz que nos guia está ali, ainda que por vezes robotizada em excesso, talvez em busca de alguma coisa que nem ela própria mais deseja ou compreenda. Mas não importa. Que seja bem-vinda de volta.