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Madonna sobre Lady Gaga, Guy Ritchie e idade para a Rolling Stone

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Madonna volta à capa da Rolling Stone que chega às bancas hoje (27), com a entrevista mais reveladora, introspectiva e ardente. Na conversa com o escritor Brian Hiatt, Madonna falou sobre o que realmente sente sobre Lady Gaga, o casamento com Guy Ritchie, o relacionamento com o Judaísmo, o que pensa de Kanye West, as lesões e muito mais.

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Vanilla Ice: “Madonna se disfarçou de ‘Pensionista Idosa’ em nossos encontros”

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Madonna se disfarçava de “pensionista idosa” durante encontros com Vanilla Ice, revelou o rapper ao tabloide Sunday People. Ice, de 45 anos, lembrou de suas bizarras aventuras com a cantora em 1991.

Enquanto promovia um novo Reality Show, ele disse: “Ela foi uma querida, nos divertimos muito. Tire a fama e tudo mais e você tinha duas pessoas que, basicamente, se relacionavam normalmente. Eu gostaria de poder contar mais e jogar lenha na fogueira, mas foi bem legal. Sabe, nós íamos ao cinema, nos disfarçávamos. Eu usava bigode e um chapéu, deixando o cabelo cair, e ela se vestia de idosa. E nós andávamos com os seguranças a uns 5 metros atrás de nós, sabe, fingindo que não éramos ninguém. Entrávamos, víamos o filme, tudo normal…íamos jantar e ninguém nos reconhecia. Era ótimo!”.

Confira o vídeo:

Fonte: Mirror

Álbum “Erotica”, de Madonna, completa 18 anos

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Na mitologia é frequente a descrição de passagens em que deuses e deusas em um determinado momento de sua existência se deparam com a necessidade de confrontar o seu oposto. Tais episódios, geralmente ambientados nas profundezas do mundo inferior, narram a travessia pela qual a entidade em questão deve se despir de qualquer proteção ou ligação com o seu mundo para então confrontar seus medos e sentimentos mais íntimos e sombrios e renascer mais sábio e mais forte.

“Justify My Love”, lançada em 1990, seria o primeiro passo de Madonna para uma era em que a sexualidade seria seu tema de trabalho e quase obsessão refletida no álbum “Erotica”, no livro “SEX”, no filme “Corpo em Evidência” e finalmente em sua turnê mundial “The Girlie Show” que se estenderia pelo ano de 1993.

Utilizando estrategicamente todas as mídias e formas de marketing disponíveis na época, o álbum “Erotica” foi o primeiro disco da cantora a ser lançado pelo seu próprio selo: a Maverick Records. Dessa forma, Madonna conquistou e gozou seu período de maior exposição, causando controvérsia e levantando questionamentos sobre sua relevância no mundo da música.

Curiosamente foi a qualidade da música de Madonna que forneceu o suporte essencial para a continuidade e aceitação dos seus projetos paralelos. Na época, críticas positivas para o álbum “Erotica” foram publicadas por diversas revistas especializadas. Segundo a Billboard “Erotica” é um álbum ambicioso que contem algumas das melhores músicas de Madonna. Opinião compartilhada pela Rolling Stone pela qual o álbum foi considerado brilhante. Já para a Blender, o álbum conceitual recebeu quatro estrelas sendo classificado como chocante e inspirador.

Através de uma mistura inteligente do pop e house produzidos por Shep Pettibone com os elementos de jazz e hip-hop incorporados por André Betts, as letras das músicas falam sobre relacionamentos e perdas, e algumas transmitem um teor político muito expressivo. “Erotica” foi definido pela própria Madonna como um disco “áspero” e “cru” já que a idéia foi não produzir as músicas demais e deixá-las o mais próximo possível de suas “demos” originais gravadas nas primeiras sessões, sem os caprichos de muito polimento e pós-produção, o que mais tarde seria brilhantemente explorado nas performances ao vivo da turnê de divulgação do álbum.

Com seis singles lançados: “Erotica”, “Deeper and Deeper”, “Bad Girl”, “Fever”, “Rain” e “Bye Bye Baby”, seus vídeos promocionais tiveram que competir pela atenção do público com a polêmica criada em torno do livro “SEX” com fotografias de Steven Meisel que retratam todas as formas de relacionamentos e as fantasias sexuais que permeiam este universo.

Apesar de esclarecer em quase todas as entrevistas que o livro era apenas uma ilustração das fantasias que todo ser humano tem em relação ao sexo, foi complicado convencer o público mais conservador a recebê-lo como arte, o que gerou um verdadeiro movimento de repressão e boicote à cantora.

“ The most important thing is that I say the things I want to say. In my music or whatever expression that may be. Wether that’s writing a book or writing songs or acting or whatever… the important thing is that I feel fulfilled as an artist and ultimately what the world gets out of it and what they chose to see.” Madonna – MTV Europe, Nov. 1992.

Porém, não são muitos os artistas que conseguem incluir em sua obra um retrato tão fiel do contexto histórico no qual se encontra e ao mesmo tempo gerar um impacto tão relevante na cultura e sociedade. No inicio da década de 90 o mundo se encontrava em um confronto ideológico com a sexualidade e a epidemia da AIDS e, como a personificação de um adolescente, presenciava uma época de transição na sociedade em que o diálogo sobre a sexualidade se movia da total repressão para a liberdade de expressão e novas formas de explorar esse universo.

Para entender o impacto de Madonna com “Erotica” basta recorrer a outras mídias da mesma época, uma recomendação seria a sequência inicial de “Cães de Aluguel”, primeiro filme de Quentin Tarantino, em que um grupo de ladrões discute o significado e as mensagens implícitas nos grandes hits de Madonna da década de 80. No ano seguinte ao lançamento de “Erotica”, foi lançado o filme “Corpo em Evidência” estrelado por Madonna e Willem Dafoe. O filme foi extremamente criticado e certamente não recuperou nas bilheterias o investimento para a sua realização.

Neste mesmo ano, inspirada por um quadro de Edward Hopper, Madonna levou para a América, Europa, Ásia, e Oceania a turnê mundial “The Girlie Show”. Com referências ao Catolicismo, Fellini, Bob Fosse, Gene Kelly, Marlene Dietrich e a Berlim de Weimar, Cabaret, Carmen Miranda, Metropolis, Cirque De Soleil, entre outros, o show foi concebido e vendido como um “Circo do Sexo” em que os gêneros se confundiam e performances jamais antes vistas eram realizadas ao vivo no palco. Funcionou.
Com uma produção elegante e muito bem elaborada a turnê se tornou o espetáculo mais bem sucedido daquele ano, recebendo críticas positivas por onde passava.

Ainda que não tenha se recuperado totalmente do período de repressão e censura, Madonna foi capaz de demonstrar que suas habilidades como artista extrapolam o mundo da música, através de uma bricolagem única de referências ao teatro, à dança, ao circo e ao cinema. Dessa forma, Madonna voltou ao centro das atenções com a sua capacidade intrigante de se reinventar, reafirmando a sua postura e relevância como uma das maiores artistas da história.

Assim como na mitologia, Madonna se despiu de qualquer preconceito e pré-julgamento e confrontou uma de suas (ou nossas) maiores obsessões: o sexo. E como deveria ser ela convidou o mundo para acompanhá-la nesse processo. Á frente de seu tempo foi difícil para o mundo seguir seus passos, já que nem todos estavam preparados. Porém, certamente todos estavam curiosos e como numa prática coletiva do voyeurismo o mundo se encontrou a espiar mesmo que à distância esse momento de descobertas e extravagância sexual proposto por Madonna.

Sticky & Sweet Tour: G Magazine homenageia Madonna pela sua passagem ao Brasil

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Com a passagem de Madonna ao Brasil com a tour Sticky & Sweet, a G Magazine de dezembro (edição 135) faz uma releitura do universo fascinante de sensualidade, erotismo, vouyerismo e do amplo leque de fetiches ovacionados por Madonna em seu Sex Book (1992).

Fazem parte do ensaio especial em homenagem a Madonna, que aporta neste mês no Brasil com sua turnê Sticky and Sweet Tour, quatro irresistíveis modelos: Vinícius de Oliveira – vencedor do Mister Rio Grande do Sul 2008 – Márcio Blade, Kayo Felipe e Ricardo Studenroth.

Com muita ousadia, esses homens de beleza exacerbada despem os desejos mais profundos em fotos poderosas e, em algumas poses, contracenam com a modelo, bailarina e atriz Lídia Dicke, a nossa Madonna.

*A G Magazine de dezembro estará nas bancas a partir do dia 09 de dezembro em São Paulo e no Rio de Janeiro. (Em todo o país a partir de 15/12).