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David Fincher fala sobre Madonna

david fincher fala do seu trabalho com MadonnaEm entrevista à Playboy, o diretor David Fincher fala sobre os talentos visuais de Madonna.

Você dirigiu alguns dos clipes mais estilosos de Madonna, como Oh Father, Vogue e Bad Girl, sendo que este último representa uma femme fatale que é estrangulada com uma meia-calça. Por que você acha que Madonna nunca se deu bem nas telonas?

Madonna é muito talentosa, esperta. Os diretores que fizeram os melhores clipes com ela – incríveis coisas românticas, como as que Jean Baptiste-Mondino (Justify My Love) fez – foram aqueles que receberam a permissão dela para arriscarem e realmente envolverem-na. Eu fiz comerciais para ganhar dinheiro, mas fiz videoclipes numa espécie de escola de cinema. Aprendi que a melhor forma de lidar com Madonna era seguir o ímpeto dela, pois o artista em um clipe não é apenas a estrela, mas também o estúdio. Eu poderia dizer a ela: “Preciso que faça de novo. Preciso que pare de piscar os olhos. Preciso que abaixe a droga do queixo. E preciso que você melhore”. Fosse Madonna, Brad Pitt ou Ben Affleck, sei muito bem que o trabalho foi financiado por causa deles. Mas eles precisavam saber que eu os tiraria de suas marcações, os colocaria num local mais confortável, porque havia muita tensão.

Foto de Madonna nua é leiloada por R$ 47 mil reais

Madonna - nua

Foto de Madonna nua é leiloda. A foto, em preto e branco, em que Madonna aparece posando nua com um cigarro na boca foi vendida por cerca de £ 15 mil (aproximadamente R$ 47 mil). A foto de Madonna arrecadou três vezes mais do que o esperado pela imagem, segundo a publicação britânica Daily Mail.

A imagem, que mede 21,5 cm por 19 cm, foi comprada por um colecionador anônimo, em Nova York. Judith Eurich, da casa de leilão, disse ao tabloide que a imagem é “absolutamente deslumbrante” porque possui um belo tom de cinza.

A fotografia foi tirada em 1990 por Steven Meisel, que trabalhou também com a norte-americana no livro “Sex”. Madonna participou neste trabalho erótico em 1992, no mesmo ano que lançou “Erotica“, o seu quinto álbum.

Judith Eurich, responsável pelo leilão, disse, em declarações ao jornal britânico “Dailymail”, que “esta é uma imagem absolutamente estonteante”. “Não é só uma foto preto e branco”, mas uma combinação de prateados com “bonitos tons de cinza”.

Segundo o responsável, a foto foi tirada numa altura em que Madonna posava para muitos fotógrafos, durante a década de 90. “Estava numa fase em que o cabelo loiro e a maquilhagem pesada, em tons escuros, lhe davam um olhar dramático”.

Foto de Madonna nua vai a leilão e vale até 7 mil dólares

Madonna nua

Para adquirirem a imagem de Madonna nua, os fãs vão ter que pagar, no mínimo, cinco mil dólares. A fotografia, tirada há mais de 20 anos, mostra Madonna sem roupa a fumar um cigarro, com um lençol a tapar-lhe parte das pernas. Uma das fotos do ensaio desta foto foi usada na capa do single de “Bad Girl”, do álbum “Erotica”, em 1993.

A foto de Madonna será a estrela de um leilão a 8 de maio, na Bonhams, em Nova Iorque, Estados Unidos. A fotografia, a preto e branco, mostra a Madonna sem qualquer peça de roupa vestida e tem um valor estimado entre cinco mil e sete mil dólares (3800 a 5300 euros).

Na imagem, a diva, que tem agora 53 anos, está deitada na cama a fumar um cigarro, com os seios à mostra e apenas tapada por um lençol. A fotografia foi tirada em 1990 por Seven Meisel, que trabalhou também com a norte-americana no livro “Sex”. Madonna participou neste trabalho erótico em 1992, no mesmo ano que lançou “Erotica”, o seu quinto álbum.

Judith Eurich, responsável pelo leilão, disse, em declarações ao jornal britânico “Dailymail”, que “esta é uma imagem absolutamente estonteante”. “Não é só uma foto preto e branco”, mas uma combinação de prateados com “bonitos tons de cinza”.

Segundo o responsável, a foto foi tirada numa altura em que Madonna posava para muitos fotógrafos, durante a década de 90. “Estava numa fase em que o cabelo loiro e a maquilhagem pesada, em tons escuros, lhe davam um olhar dramático”.

“Há muitos fãs e devotos” de Madonna “por esse mundo fora” que “adorariam ter a fotografia”, finalizou Eurich.

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Álbum “Erotica”, de Madonna, completa 18 anos

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Na mitologia é frequente a descrição de passagens em que deuses e deusas em um determinado momento de sua existência se deparam com a necessidade de confrontar o seu oposto. Tais episódios, geralmente ambientados nas profundezas do mundo inferior, narram a travessia pela qual a entidade em questão deve se despir de qualquer proteção ou ligação com o seu mundo para então confrontar seus medos e sentimentos mais íntimos e sombrios e renascer mais sábio e mais forte.

“Justify My Love”, lançada em 1990, seria o primeiro passo de Madonna para uma era em que a sexualidade seria seu tema de trabalho e quase obsessão refletida no álbum “Erotica”, no livro “SEX”, no filme “Corpo em Evidência” e finalmente em sua turnê mundial “The Girlie Show” que se estenderia pelo ano de 1993.

Utilizando estrategicamente todas as mídias e formas de marketing disponíveis na época, o álbum “Erotica” foi o primeiro disco da cantora a ser lançado pelo seu próprio selo: a Maverick Records. Dessa forma, Madonna conquistou e gozou seu período de maior exposição, causando controvérsia e levantando questionamentos sobre sua relevância no mundo da música.

Curiosamente foi a qualidade da música de Madonna que forneceu o suporte essencial para a continuidade e aceitação dos seus projetos paralelos. Na época, críticas positivas para o álbum “Erotica” foram publicadas por diversas revistas especializadas. Segundo a Billboard “Erotica” é um álbum ambicioso que contem algumas das melhores músicas de Madonna. Opinião compartilhada pela Rolling Stone pela qual o álbum foi considerado brilhante. Já para a Blender, o álbum conceitual recebeu quatro estrelas sendo classificado como chocante e inspirador.

Através de uma mistura inteligente do pop e house produzidos por Shep Pettibone com os elementos de jazz e hip-hop incorporados por André Betts, as letras das músicas falam sobre relacionamentos e perdas, e algumas transmitem um teor político muito expressivo. “Erotica” foi definido pela própria Madonna como um disco “áspero” e “cru” já que a idéia foi não produzir as músicas demais e deixá-las o mais próximo possível de suas “demos” originais gravadas nas primeiras sessões, sem os caprichos de muito polimento e pós-produção, o que mais tarde seria brilhantemente explorado nas performances ao vivo da turnê de divulgação do álbum.

Com seis singles lançados: “Erotica”, “Deeper and Deeper”, “Bad Girl”, “Fever”, “Rain” e “Bye Bye Baby”, seus vídeos promocionais tiveram que competir pela atenção do público com a polêmica criada em torno do livro “SEX” com fotografias de Steven Meisel que retratam todas as formas de relacionamentos e as fantasias sexuais que permeiam este universo.

Apesar de esclarecer em quase todas as entrevistas que o livro era apenas uma ilustração das fantasias que todo ser humano tem em relação ao sexo, foi complicado convencer o público mais conservador a recebê-lo como arte, o que gerou um verdadeiro movimento de repressão e boicote à cantora.

“ The most important thing is that I say the things I want to say. In my music or whatever expression that may be. Wether that’s writing a book or writing songs or acting or whatever… the important thing is that I feel fulfilled as an artist and ultimately what the world gets out of it and what they chose to see.” Madonna – MTV Europe, Nov. 1992.

Porém, não são muitos os artistas que conseguem incluir em sua obra um retrato tão fiel do contexto histórico no qual se encontra e ao mesmo tempo gerar um impacto tão relevante na cultura e sociedade. No inicio da década de 90 o mundo se encontrava em um confronto ideológico com a sexualidade e a epidemia da AIDS e, como a personificação de um adolescente, presenciava uma época de transição na sociedade em que o diálogo sobre a sexualidade se movia da total repressão para a liberdade de expressão e novas formas de explorar esse universo.

Para entender o impacto de Madonna com “Erotica” basta recorrer a outras mídias da mesma época, uma recomendação seria a sequência inicial de “Cães de Aluguel”, primeiro filme de Quentin Tarantino, em que um grupo de ladrões discute o significado e as mensagens implícitas nos grandes hits de Madonna da década de 80. No ano seguinte ao lançamento de “Erotica”, foi lançado o filme “Corpo em Evidência” estrelado por Madonna e Willem Dafoe. O filme foi extremamente criticado e certamente não recuperou nas bilheterias o investimento para a sua realização.

Neste mesmo ano, inspirada por um quadro de Edward Hopper, Madonna levou para a América, Europa, Ásia, e Oceania a turnê mundial “The Girlie Show”. Com referências ao Catolicismo, Fellini, Bob Fosse, Gene Kelly, Marlene Dietrich e a Berlim de Weimar, Cabaret, Carmen Miranda, Metropolis, Cirque De Soleil, entre outros, o show foi concebido e vendido como um “Circo do Sexo” em que os gêneros se confundiam e performances jamais antes vistas eram realizadas ao vivo no palco. Funcionou.
Com uma produção elegante e muito bem elaborada a turnê se tornou o espetáculo mais bem sucedido daquele ano, recebendo críticas positivas por onde passava.

Ainda que não tenha se recuperado totalmente do período de repressão e censura, Madonna foi capaz de demonstrar que suas habilidades como artista extrapolam o mundo da música, através de uma bricolagem única de referências ao teatro, à dança, ao circo e ao cinema. Dessa forma, Madonna voltou ao centro das atenções com a sua capacidade intrigante de se reinventar, reafirmando a sua postura e relevância como uma das maiores artistas da história.

Assim como na mitologia, Madonna se despiu de qualquer preconceito e pré-julgamento e confrontou uma de suas (ou nossas) maiores obsessões: o sexo. E como deveria ser ela convidou o mundo para acompanhá-la nesse processo. Á frente de seu tempo foi difícil para o mundo seguir seus passos, já que nem todos estavam preparados. Porém, certamente todos estavam curiosos e como numa prática coletiva do voyeurismo o mundo se encontrou a espiar mesmo que à distância esse momento de descobertas e extravagância sexual proposto por Madonna.