Historicamente, Madonna é vista pelos críticos como uma incrível artista, cuja voz não faz jus às habilidades de dança. Ela já produziu inúmeros sucessos e clipes maravilhosos, mas na Rebel Heart Tour, Madonna mostra que também é capaz de emocionar o público com a voz.
Os críticos negaram o poder vocal dela por décadas, mesmo após ela ter ganhado um Globo de Ouro pela performance em Evita, de 1996. Naquela época, Madonna chocou a todos com o poder crescente da voz. Mesmo sem a voz potente que Patty Lupone levou à Broadway, ela se superou e muitos acharam a voz dela virtualmente irreconhecível (no bom sentido).
O reconhecimento foi logo esquecido, uma vez que a teoria de que “Madonna não canta bem” reapareceu no início dos anos 2000 e segue até hoje. No entanto, após a estreia da Rebel Heart Tour em Montreal, os críticos talvez deveriam ouvir a performance de La Vie En Rose. O jornal The Montreal Gazette afirmou que esta foi um dos destaques do show.
Este foi outro grande pequeno momento, precedido de um discurso sobre a crença no amor apesar da pessoa estar “arrasada, em pedaços”. O jornal disse que a performance foi mais forte por ser vulnerável, e recebeu aplausos de pé da plateia. A apresentação de True Blue também foi um destaque vocal da noite.
O jornal The New York Daily News também publicou uma ótima opinião sobre a turnê. O crítico musical Jim Farber disse que o show mostra a felicidade de Madonna, finalmente. Desta vez, ela parecia se divertir com a plateia canadense, totalmente espontânea e emocionada.
A Rebel Heart Tour é o primeiro show de Madonna desde a MDNA Tour, de 2012, e, como toda produção dela, o show é uma grande explosão de música, dança e depravação, com vagos comentários sociais, provando pela enésima vez que Madonna é, foi e sempre será a Rainha.
É provável que Madonna diminua a velocidade com o passar dos anos. Mas, ao contrário de muitas colegas, Madonna tem talento vocal para se manter e continuar emocionando plateia mesmo se apenas sentar no show todo.