“Você está brincando comigo?”, disse Madonna em seu Instagram sobre a agressão sofrida pelas integrantes do grupo Pussy Riot na noite desta quarta-feira, 19, na Rússia. “Policiais da Russia chicoteando o Pussy Riot por fazer música nas ruas? Isto é a idade das trevas? Deus as abençõe P.R. Elas não tem medo. #artforfreedom” – Madonna.”
Membros da milícia cossaca agrediram nesta quarta-feira com chicotadas, socos e empurrões seis integrantes da banda punk de protesto Pussy Riot. As manifestantes foram abordadas quando iniciavam uma performance no centro da cidade Sochi, na Rússia, a cerca de 30 quilômetros da área onde são disputados os Jogos Olímpicos de Inverno. A ação, que durou menos de cinco minutos, foi registrada em vídeo, que ganhou repercussão mundial. (vídeo aqui)
Acompanhados desde o início por curiosos e jornalistas, cinco mulheres e um homem que integram a Pussy Riot se reuniram ao lado de uma grade vestindo roupas coloridas e máscaras, indumentária característica da banda, e começaram a dançar. Um deles empunhava uma guitarra. Imediatamente após o início do protesto, membros da milícia cossaca – que está ajudando a polícia no patrulhamento dos Jogos – chegaram ao local agredindo a banda.
Nadejda Tolokonnikova, uma das líderes da Pussy Riot, chegou a ser jogada no chão pelos agentes. Eles também puxaram o cabelo de outra integrante e socaram um fotógrafo. Outro integrante da banda ficou com o rosto sangrando após também ser lançado ao chão pelos cossacos.
A polícia chegou minutos depois em busca de testemunhas, mas ninguém foi preso.
Duas integrantes da Pussy Riot, Maria Alyokhina e Nadejda Tolokonnikova, já haviam sido presas e liberadas por autoridades na terça-feira em Sochi. No Twitter, Nadejda afirmou que elas foram detidas por suspeita de roubo e levadas para as instalações do Serviço de Segurança Federal na província da Abkházia, junto à fronteira com a Geórgia.
As duas estavam na cidade para apresentar uma nova música intitulada “Putin irá ensiná-los a amar a Pátria”. Elas foram liberadas mais tarde, sem que acusações fossem apresentadas. No total, cerca de 15 pessoas foram detidas, dentre elas o fotógrafo Yevgeny Feldman e ativistas de uma organização ambiental.