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Madonna e Pussy Riot falam sobre direitos humanos no Amnesty International

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Ao invés de cantar, Madonna e Pussy Riot falaram sobre direitos humanos com emoção, em um show para Amnesty International na noite desta quarta-feira, 05.

Madonna contou à multidão que recebeu ameaças de morte do governo de Vladimir Putin por defender o grupo Pussy Riot durante o MDNA Tour, em 2012, uma banda punk de protestos, russa, quando duas integrantes foram presas por organizar um protesto em uma igreja russa em 2012.

“O direito de ser livre, de expressarmos nossas opiniões, de amarmos quem quisermos, de sermos quem somos – precisamos lutar por eles?”, o ícone pop disse, respondendo sua própria questão de forma enfática. “Sempre me considerei uma lutadora pela liberdade desde o início dos anos 80, quando percebi que tinha voz e podia cantar mais do que músicas sobre ser uma garota materialista ou se sentir como uma virgem. E definitivamente paguei e venho pagando por expressar minhas opiniões e por me intrometer neste tipo de discriminação. Mas tudo bem.”

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No Barclays Center, no Brooklyn, Madonna apresentou Maria Alekhina e Nadezhda Tolokonnikova, postas em liberdade em dezembro, que fizeram sua primeira aparição pública nos EUA na última terça-feira. Um tradutor as ajudou no show Bringing Human Rights Home (“Trazendo os direitos humanos pra casa”), contando ao público que elas eram gratas por estarem livres, mas que continuariam lutando pra salvar outros presos.

Alekhina e Tolokonnikova, que vestiam camisas com desenhos de cruzes, agradeceram aos apoiadores por mandar cartas enquanto estiveram presas, e à Amnesty International por proteger os direitos humanos. “Obrigada a todos aqueles que foram corajosos e se preocuparam o bastante pra se expressar contra a injustiça e falar a verdade”, Alekhina disse.

O grupo de Moscou, que traz mais de 10 integrantes, tem criticado o presidente russo Vladimir Putin e as condições políticas de sua terra-natal. “A Rússia será livre!”, elas gritaram com a multidão antes de sair do palco.

Já que Madonna e Pussy Riot não cantaram, The Flaming Lips e Yoko Ono fecharam o evento de mais de quatro horas, enquanto a banda Imagine Dragons era a favorita da multidão com o sucesso vencedor do Grammy, Radioactive.

Lauryn Hill e Blondie foram ovacionadas ao subir ao palco. Hill começou o show – cada artista cantou três músicas – com Ready Or Not, da época do Fugees, enquanto Debbie Harry estava pegando fogo quando cantou One Way Or Another e Call Me.

O show também incluiu performances de Cake, The Fray, Bob Geldof, Tegan and Sara, Colbie Caillat e Cold War Kids. Foi o primeiro show da Amnesty International desde a série de shows Human Rights Concerts¸de 1986 a 1998, que trouxera U2, Bruce Springsteen, Sting e Peter Gabriel.