Madonna não autorizou que a cantora revelação do Britain’s Got Talent, Susan Boyle, de cantar seu hit de 1995, You’ll See em seu musical.
Boyle disse ao jornal The Sun que conseguiu a permissão para utilizar a música que dá nome ao musical ‘I Dreamed A Dream’, de ‘Os Miseráveis’, mas o mesmo não aconteceu com a faixa You’ll See, de Madonna. Ainda assim, a cantora diz que o musical continua a ter muito potencial e que a cena que retrata o seu nascimento está bastante poderosa.
“I Dreamed a Dream” é um nome muito romântico. Na verdade é mais “Eu atrevo-me a sonhar” – é isto que o musical significa para mim”, disse Boyle ao tablóide. “Toda a gente sonha em mudar as suas circunstâncias, ainda que não seja da maneira que eu o fiz. Nunca imaginei descolar como descolei”, acrescentou.
Nesta sexta-feira (9) o novo filme de Madonna, W.E. – O Romance do Século, o segundo da estrela pop como diretora. O longa conta a história de dois relacionamentos amorosos: um entre o rei Eduardo VIII e uma norte-americana divorciada e outro entre uma mulher casada e um guarda russo. Com roteiro escrito por Madonna e Alek Keshishian, o filme conta com elenco formado por Abbie Cornish, Andrea Riseborough, James D’Arcy e Oscar Isaac e Richard Coyle.
O empresário de Madonna, Guy Oseary, deu novamente a luz da graça no twitter e para o desapontamento de muitos fãs, nada de pocket show (promo tour) como Madonna fez nos lançamentos dos álbuns MUSIC, AMERICAN LIFE, CONFESSIONS ON A DANCEFLOOR e HARD CANDY, para a divulgação do novo álbum, MDNA. Tradicionalmente, esse tipo de divulgação consiste na realização de um número reduzido de apresentações menores (como pocket shows) em cidades estratégicas.
Em resumo, eis:
– Madonna não vai fazer uma promo tour para divulgar o álbum.
– Não há agendada nenhuma aparição na TV.
– Será lançado em breve um teaser do clipe de Girl Gone Wild.
– O clipe ainda está sendo editado e sem previsão de estreia.
– O foco agora está totalmente voltado para os ensaios da turnê.
Na semana passada, Madonna confirmou que Girl Gone Wild é o segundo single do novo trabalho. Give Me All Your Luvin’ (feat. M.I.A., Nicki Minaj) alcançou a 10ª posição na parada americana US Hot 100 e o 37º lugar no ranking britânico de singles.
MDNA, o 12º disco de estúdio da estrela, será lançado em 26 de março.
Acompanhe com legendas o segundo single de MDNA, Girl Gone Wild:
Depois de se expor sem muito sucesso como atriz, Madonna agora quer ser conhecida como cineasta. Ela se arrisca pela segunda vez atrás das câmeras – a primeira foi com “Filth and Wisdom” (2008), inédito no Brasil –, com um projeto bem mais ambicioso.
1) o passado, com a história de Wallis Simpson (Andrea Riseborough) e o rei Eduardo 8º (James D’Arcy), que abdicou do trono inglês em nome do relacionamento;
2) e o presente, com a personagem fictícia Wally (Abbie Cornish), obcecada pela Duquesa de Windsor e infeliz no amor, até conhecer um segurança russo (Oscar Isaac).
O filme foi recebido com pouco entusiasmo (e até com risos involuntários) no Festival de Veneza 2011.
Trailer legendado do filme W.E.
Você disse que o filme estava em sua cabeça fazia anos. Pode ser mais específica? Madonna: Quando me casei e me mudei para a Inglaterra, eu não conhecia ninguém e me vi num mundo estranho. Decidi que ia me educar e descobrir sobre a história e a cultura desse novo mundo em que estava vivendo. Comecei a estudar a história inglesa e a ler sobre a monarquia, iniciando com Henrique 8º até chegar à família de Windsor. Tinha ouvido a história de Eduardo 8º brevemente, quando estava na escola. Mas, na minha pesquisa, fiquei obcecada pela ideia de um homem abandonar uma posição de tanto poder por amor. Achei que havia algo shakespeariano nisso. Comecei a investigar mais, a ler livros sobre Wallis Simpson e descobri que muitos eram bem negativos, unidimensionais. Vi as semelhanças do modelo que temos na sociedade hoje. Quando as mulheres têm algum poder e não as entendemos, temos de diminuí-las.
Você tem poder. Identifica-se com Wallis? Madonna: Sim, eu tenho poder, mas acho que as pessoas frequentemente compreendem mal meu poder e ficam intimidadas por ele, em vez de tentar me compreender.
iG: Depois da pesquisa que você fez, acha que Wallis se envolveu com o nazismo? Madonna: Não acredito que eles eram nazistas. Fiz a maior pesquisa que pude, queria provas de que eles eram nazistas, estava procurando por elas, e não pude encontrá-las.
Por que usou música de Sex Pistols? Madonna: Achei que Eduardo 8º era muito punk rock.
Como descreveria os personagens masculinos e por que decidiu fazer do segundo personagem um russo? Madonna: Porque amo os russos! Acho que os russos normalmente são injustamente retratados nos filmes como gangsteres ou bilionários hedonistas. E todos os russos que eu conheço são intelectuais ou músicos.
Ficou desapontada quando viu que esta não era uma história de amor perfeita? Madonna: Foi uma jornada. Comecei pensando: “Ah, meu Deus, que incrível, que romântico, como eu queria ter algo parecido!”. Depois foi: “Uau, eles abriram mão de tanta coisa e no fim não foi como pensava”. Aí teve uma outra fase de: “Sabe o quê? Eles realmente se amavam. Não foi perfeito, mas eles encontraram maneiras, apesar de tudo, de se amar”. No fim, acho que foi uma história muito esperançosa. Não um conto de fadas, mas esperançosa.
Acredita num amor em que se abandona tudo por uma pessoa? Madonna: Acho que todo amor significa sacrifício, compromisso e abandono de certas coisas. Mas não acho que você tenha de perder tudo por amor. Não acho que a pessoa que te ama quer que você abandone todo o resto.
“MDNA”, próximo disco da Madonna, será lançado no dia 26 de março e contará com colaborações de M.I.A e Nicki Minaj.
O último single de Madonna para o álbum Something To Remember, One More Chance, completa 16 anos hoje. Lançada em 1996, a canção foi lançada como single apenas em alguns países (Austrália, Japão, Reino Unido e outros países europeus). Nos Estados Unidos da América, a Warner Music, gravadora de Madonna até 2009, optou por lançar em seu lugar o single “Love Don’t Live Here Anymore”.
One More Chance foi escrita e produzida por Madonna e David Foster e é um balada acústica.
A canção foi um sucesso modesto. No Reino Unido atingiu o #11 nos charts e na Austrália o #35 enquanto na Itália foi #2. Madonna não pode filmar um videoclipe para a canção, já que as filmagens de “Evita” tinha ficado com um cronograma muito mais corrido por causa da sua gravidez, cada vez mais evidente.
SOMETHING TO REMEMBER
Something To Remember é uma coletânea de baladas românticas de Madonna lançada em 7 de Novembro de 1995 pela Maverick Records. Ele trás uma coleção de seus maiores hits balada com três músicas inéditas: “I Want You”, “You’ll See” e “One More Chance”. Ele também contém um novo remix de 1984 como uma faixa do álbum Like a Virgin “Love Don’t Live Here Anymore”. A RIAA o certificou Platina Triplo em 3 de Outubro de 2000, reconhecendo três milhões de vendas nos Estados Unidos.
De acordo com o Boy Culture, a 18ª faixa pra quem comprou o MDNA no primeiro final de semana da pré-venda uma versão de Love Spent acústica e o álbum será lançado, no próximo dia 26, em 5 versões diferentes:
– Standard Explicit com 12 faixas
– Standard Clean sem Gang Bang
– Deluxe Explicit com 17 faixas
– Deluxe Edited exclusiva do Walmart, somente físico, com 16 faixas (sem Gang Bang e com o Laidback Luke Remix de Give Me All Your Luvin’, além do remix do LMFAO também presente nas outras Deluxe)
– Deluxe com 18 faixas (somente pra quem comprou no final de semana do Super Bowl, a 18ª sendo Love Spent acústica)
Hoje um dos mais aclamados álbuns de Madonna, RAY OF LIGHT, 7º álbum de estúdio da carreira, lançado no dia 03 de março de 1998, comemora 14 anos de mercado.
Depois do nascimento de sua filha Lourdes, Madonna colaborou com Patrick Leonard e William Orbit no desenvolvimento do álbum. Depois de várias sessões de gravação falhadas com outros produtores, Madonna criou uma nova direção para o trabalho com Orbit. A gravação total de Ray of Light durou quatro meses devido à problemas com o hardware Pro Tools que Orbit usava bem como a ausência de bandas ao vivo. O álbum consiste em gêneros pop, dance, música eletrônica, mas também incluindo o trip hop, techno, música ambiente, rock e música clássica. Liricamente, as canções do álbum focam em vários temas, incluindo espiritualidade, maternidade, fama e riqueza, bem como na nova religião da cantora, a Cabala.
Depois de seu lançamento, RAY OF LIGHT, de Madonna, foi aclamado pelos críticos musicais de música contemporânea, sendo considerado uma obra-prima. Ele foi elogiado pela nova direção musical da cantora, seu caráter maduro e sombrio e os vocais da cantora, sendo intitulado como o álbum “mais aventuroso” de Madonna. Em 1999, RAY OF LIGHT ganhou quatro Grammy Awards, dos seis que concorria, e é listado na lista da revista Rolling Stone, “The 500 Greatest Albums of All Time”. Comercialmente, o álbum foi um sucesso, alcançando o topo de várias paradas musicais de países como Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Na parada norte-americana Billboard 200, estreou na segunda posição, sendo esta seu maior pico na parada.
Suas vendas giram em torno de 18 milhões de cópias.
Cinco singles do álbum RAY OF LIGHT foram lançados. “Frozen” foi um sucesso mundial, estreando na primeira posição no Reino Unido, ficando na segunda posição na Billboard Hot 100. O lançamento seguinte, “Ray of Light”, também obteve sucesso, e seu vídeo musical ganhou vários prêmios. “Drowned World/Substitute for Love” foi lançado apenas na Europa, enquanto “The Power of Good-Bye” teve lançamento mundial, alcançando a posição onze na Billboard Hot 100, e seu vídeo estreando na MTV americana antes da transmissão do MTV Video Music Awards de 1998. O último lançamento “Nothing Really Matters” não teve muita notoriedade em contraste com os singles anteriores, atingindo a posição 93 nos Estados Unidos, tudo por causa do lançamento do smash hit “Beautiful Stranger”, um mês depois. Para a promoção do álbum, a cantora embarcou na Drowned World Tour (2001).
ANTECEDENTES
Depois do lançamento da coletânea de baladas Something to Remember (1995), Madonna começou a ter aulas de canto para sua interpretação como protagonista no filme EVITA (1996), e no mesmo ano, nasceu sua primeira filha, Lourdes. No mesmo período, ela converteu-se a Cabala, e começou a estudar Hinduísmo e Yoga, que ajudaram-na a “dar seus próprios passos e ver o mundo de uma perspectiva direfente.” Outro fator que inspirou a cantora para a concepção do álbum foi as aulas de canto para participar de Evita. Madonna sentiu que havia uma grande extensão de sua voz que ela não havia utilizado. Em maio de 1997, ela começou a escrever canções para seu próximo álbum e a trabalhar com o produtor Babyface. Eles escreveram algumas canções antes de Madonna sentir que o trabalho juntos não era o que queria. De acordo com Babyface, as canções tinham “um estilo parecido com ‘Take a Bow’, o que Madonna não queria, ou que não necessitava que se repetisse”.
Depois de abandonar a produção com Babyface, Madonna começou um trabalho com Rick Nowels, quem já havia co-escrito canções com Stevie Nicks e Celine Dion. A dupla produziu sete canções em nove dias, no entanto, elas não apresentavam a direção eletrônica que o álbum tomaria, sendo que três delas entrariam no álbum: “The Power of GoodBye”, “To Have Not to Told” e “Little Star”. Logo depois, Madonna começou a escrever canções com Patrick Leonard, quem produziu várias canções da cantora no final da década de 80. No entanto, o som das canções não agradou a cantora. Guy Oseary, sócio da Maverick Records, telefonou para o músico inglês William Orbit, e sugeriu que ele enviasse algumas canções para Madonna. Ele enviou uma fita de treze faixas para a cantora.
DESENVOLVIMENTO
Madonna começou a trabalhar com Orbit após ele ter mandado uma fita de trechos musicais na qual estava trabalhando, com versões “escassas” de faixas que iriam ser usadas em Ray of Light. Madonna iria ouvir as amostras até que ela ficasse inspirada a escrever canções. Uma vez que ela teve uma ideia sobre o sentido lírico de uma canção, ela iria mostrá-la a Orbit, e eles iriam expandir as ideias da música original. Como a maioria das faixas já pré-existiam, Madonna trabalhou apenas nas letras.
Depois de alguns erros na sua pronúncia do sânscrito shloka “Yoga Taravali”, Madonna teve aulas com o eminente estudioso Dr B P T Vagish Shastri, e então fez as correções em sua pronúncia. O álbum foi gravado ao longo de quatro meses e meio na Universal City, Califórnia em 1997. Na maioria do processo de gravação, apenas outras três pessoas estavam no estúdio com Madonna: William Orbit, o engenheiro Pat McCarthy, e seu assistente de engenharia, Matt Silva.[5] Orbit gravou a maior parte das instrumentais do álbum durante o período de quatro meses. Sobre o processo de gravação do álbum, William Orbit lembra que seus dedos sangravam enquanto tocava guitarra, durante as longas horas que passou no estúdio.
FAIXAS
1. “Drowned World/Substitute For Love” (Madonna, Collin, Kerr, Willian Orbit)
2. “Swin” (Madonna, Willian Orbit)
3. “Ray of Light” (Madonna, Leach, Willian Orbit)
4. “Candy Perfume Girl” (Madonna, Willian Orbit, Melvoin)
5. “Skin” (Madonna, Patt Leonard)
6. “Nothing Really Matters” (Madonna, Willian Orbit, Patt Leonard)
7. “Sky Fits Heaven” (Madonna, Willian Orbit, Patt Leonard)
8. “Shanti/Ashtangi” (Madonna, Willian Orbit)
9. “Frozen”
10. “The Power of Good-Bye” (Madonna, Nowells)
11. “To Have And Not To Hold” (Madonna, Nowells)
12. “Little Star” (Madonna, Nowells)
13. “Mer Girl” (Madonna, Willian Orbit)
14. “Has to Be” (Madonna, William Orbit) – LANÇADO APENAS NA EDIÇÃO JAPONESA
CHARTS
Austrália – Australian Albums Chart 1
Áustria – Austrian Albums Chart 2
Bélgica – Belgian Albums Chart (Flanders) 1
Bélgica – Belgian Albums Chart (Wallonia) 2
Canadá – Canadian Albums Chart 1
Dinamarca – Danish Albums Chart 2
Países Baixos – Dutch Albums Chart 1
União Europeia – European Top 100 Albums 1
Finlândia – Finnish Albums Chart 1
França – French Albums Chart 2
Alemanha – German Albums Chart 1
Hungria – Hungarian Albums Chart 1
Itália – Italian Albums Chart 1
Japão – Japanese Albums Chart 7
Nova Zelândia – New Zealand Albums Chart 1
Noruega – Norwegian Albums Chart 1
Espanha – Spanish Albums Chart 1
Suécia – Swedish Albums Chart 2
Suíça – Swiss Albums Chart 1
Reino Unido – UK Albums Chart 1
Estados Unidos – Billboard 200 2
Enquanto o single de “Give Me All Your Luvin” despenca no Hot 100 da Billboard, caindo do #39 para o #58 lugar, o single subiu do #24 para o #9 no Dance/Club Play Chart. Com isso, eis a trajetória do single de GIVE ME é 13-10-39-58. Nos Estados Unidos, foram vendidos na última semana 43.726 singles de GIVE ME, totalizando até o momento 410,000 mil downloads no iTunes. Sendo assim, o single físico de Give Me All Your Luvin’ foi descartada pela Interscope/Universal e haverá somente uma versão europeia com lançamento previsto para terça-feira, dia 06 de março.
Girl Gone Wild, segundo rumores, seria lançada hoje no iTunes, mas até o presente momento, nada. Se for boato, outro circula pela web. A rádio BBC, do Reino Unido, anunciou o lançamento de “Masterpiece” como single no dia 02 de abril. Será?
E voltando a “Give Me All Your Luvin'”, no Reino Unido, a trajetória do single é 37-51-93, com vendas totais de 15.647 mil cópias – um retumbante fracasso, enquanto que na Coréia do Sul o single vendeu até agora 248.524 mil unidades, na Alemanha 29.000 e mundialmente, 655.000 mil unidades em três semanas contadas.
Ao contrário de alguns números decepcionantes, o single emplacou no Japão (atualmente #9 por lá), na Ásia e em vários países da Europa e America Latina.
Visto que Madonna é a artista feminina que mais vendeu discos, ingressos e fotografias em seus 30 anos de carreira, e pensando no nome dela como o único ícone vivo a ultrapassar três gerações de uma cultura pop planetária (Beatles, Elvis Presley e Michael Jackson são considerados, por muitos críticos de música, os outros três), listo aqui 50 marcas que ela deixou nas pessoas, na indústria ou na cultura. Muitas dessas marcas já se apagaram, mas, no entanto, o conjunto delas, por ser tão vasto, faz de Madonna uma marca forte da cultura de massa.CLIQUE AQUI PARA LER.
MARKETING, MARCAS E BRAND EQUITY
A história mostra que a primeira marca que chega ao cérebro obtém na média, a longo prazo, uma participação de mercado duas vezes maior que a da marca número dois e quatro vezes maior que a da marca número três. E essas relações não mudam com facilidade, diz Al Ries e Jack Trout no livro “No livro “Posicionamento, A Batalha por sua Mente”. Madonna foi a primeira artista a aproveitar o surgimento do maior meio de divulgação artista, o videoclipe, em 1982, e foi a primeira cantora a aproveitar de todas as novidades que o mundo da música trazia até então. Foi a primeira a estrelar uma campanha em escala global (o comercial da Pepsi, em 1989), a primeira a entrar no ramo literário (Livro Sex, de 1992), a primeira a se apresentar numa entrega de prêmios não apenas cantando, mas representando, ao mesmo tempo, trabalhando também a imagem, ao invés da música seca em si; foi a primeira a romper regras impostas pela religião e falar de temas conservadores de forma escancarada (sexo, aborto e religião são alguns exemplos disso), a primeira em criar para si uma referência de mutação artística, e, talvez, está aí o seu grande diferencial. “O ingrediente essencial para assegurar a posição de liderança é entrar na mente das pessoas em primeiro lugar.”
“Marketing é a arte de descobrir oportunidades, desenvolvê-las e lucrar com elas” (KOTLER, 2006), “mas sempre objetivando a criação de uma marca na mente do cliente” (RIES; TROUT, 1998). São estes os conceitos adotados quando pensamos em captar e fidelizar clientes, objetivando sempre as vendas e o lucro no final.
Antigamente, via-se uma maior necessidade de focar seu potencial nos produtos ou serviços oferecido. Aos poucos, esse foco foi jogado para o cliente. Hoje em dia, surgiu a idéia de foco principalmente do cliente, ou seja, preocupar-se mais na forma que o mesmo enxerga a empresa e os produtos / serviços oferecidos pela mesma. “O marketing evoluiu e as velhas regras de identificação e satisfação das exigências do cliente já não se aplicam. É o momento oportuno para novas alternativas e oportunidades que somente o marketing de relacionamento pode proporcionar”. (GORDON, 2000).
Basicamente, o marketing é o processo de identificar as necessidades do cliente, conceituar essas necessidades em termos da capacidade de uma organização para produzir, comunicar essa conceituação aos diferentes níveis de poder na organização, conceituar o produto ou serviço adequado às necessidades do cliente previamente identificado e comunicar todos os conceitos ao cliente (RIES; TROUT, 1998).
Em seus 30 anos de carreira, Madonna, a cada trabalho realizado, oferece ao seu público-alvo, ou seja, a massa consumidora do entretenimento, novas posturas, novas identidades, estilos musicais diversificados. “Eu não gosto de me repetir. Não gosto de apostar no que deu certo”, disse em entrevista para a revista americana Time, na edição de 12 novembro de 2001. Ela ofereceu e ainda oferece ao seu público o que eles esperam que ela ofereça: novidades. Cantoras pop no mercado é que não faltam, e por isso elas duram apenas até a próxima primavera até começarem a cair no esquecimento. Os produtos são os mesmos, mudando apenas a embalagem das mesmas.
Madonna conseguiu entender a mente (do público), analisar suas percepções e, por fim, determinar estratégias que permitiram atender da melhor forma suas necessidades. Nesse sentido, o marketing é utilizado para criar uma relação forte entre ela e o consumidor pop, onde sua marca tem o papel de transmitir suas qualidades intangíveis, as que realmente conquistam a lealdade do seu público.
Um ponto importante que deve ser levado em conta é que quando alguém compra um produto ou serviço, ele cria uma expectativa quanto ao que lhe será apresentado. Quando o recebe (produto ou serviço), é hora da percepção, que vai confirmar, anular ou superar suas expectativas. Fazendo essa comparação, obtém-se a satisfação (BATESON; HOFFMAN, 2003).
As marcas de Madonna
1. Esculhambação: Cabelos desgrenhados, com reflexos louros malfeitos e a raiz escura acintosamente à mostra, deixaram de ser vulgar quando Madonna surgiu assim no mundo pop. O que era extremamente vulgar passou a ser moda adolescente.
2. Barriga: Entre 1982 e 1985, sua barriga esteve sempre de fora, era o ponto de fuga do seu visual, o que atraía o olhar. Mesmo no inverno, as meninas norte-americanas imitavam. Hoje, qualquer cantora pop sabe o quanto isso desperta interesse.
3. Crucifixo: No mesmo período, era ostensiva a forma como Madonna usava crucifixos como meros acessórios de moda, destituídos de qualquer significado religioso. O símbolo máximo do cristianismo foi esvaziado em brincos, colares, pulseiras e cintos. Mais do que isso: tornara-se arma de sedução. Madonna costumava dizer que usava crucifixos porque os achava sexy, por exibirem um homem pelado.
4. Videoclipe: Madonna aprimorou o formato, levando-o a diversas direções. Explorou-o de tantas maneiras e tão profundamente, que não se pode estudar o videoclipe sem estudar Madonna.
5. Performance: Em 1984, quando Madonna ainda não era tão famosa, ela surpreendeu ao cantar Like a Virgin no primeiro MTV Vídeo Music Awards, desgrenhada, vestida numa fantasia erótica de noiva, arrastando-se pelo chão e simulando masturbação e orgasmo na frente de milhões de telespectadores, ao vivo. O mundo aprendeu a não tirar o olho de cima dela e a parar para assistir a tudo que ela fizesse. E os outros artistas que quisessem destaque teriam que seguir a nova cartilha: não basta chegar lá e cantar; tem que surpreender.
6. Autopromoção: Esta palavra não significava tanto antes de Madonna. Ela se envolve em escândalos que domina totalmente, antes que a envolvam em algum que ela não possa controlar. Ela fez um livro de fotos eróticas, para que somente ela mesma pudesse faturar com sua nudez. Ela fez dois documentários sobre sua intimidade, para que fosse paparazzo de si mesma e lucrasse alto com isso. Temos a impressão de que sabemos tudo sobre Madonna, mas a verdade é que só sabemos aquilo que ela quis mostrar ou que inventou sobre si mesma.
7. Carreira: Na música pop, Madonna foi o primeiro exemplo verdadeiramente bem-sucedido de mulher com controle total sobre sua carreira. Ela é ainda o exemplo máximo disso. Ela mesma gerencia seus contratos, compõe suas canções e escolhe a forma de promoção que cada álbum seu receberá. Aliás, Madonna, antes de sair da gravadora Warner, teve seu próprio selo musical, a Maverick Records.
8. Sensualidade: A influência de Madonna no mundo musical não é tanto na música em si, mas no comportamento das cantoras que vieram depois e na maneira como elas se vendem. De 1985 para cá, não faltam cantoras que tentam seduzir o público com o olhar, com o corpo, com apelo sexual, mas raramente dá certo por muito tempo, porque a fórmula de Madonna é mais complexa do que isso.
9. Materialismo: Nos anos 1960, Marilyn Monroe já cantava que os diamantes eram os melhores amigos das mulheres, mas isso foi antes da revolução sexual. Quando Madonna cantou Material Girl, ela expressava a versão feminina da sede capitalista da Era Reagen. Aquela garota queria o dinheiro dos homens, sim, mas sem abrir mão de sua independência. Era a mulher no comando. O público entendeu; as feministas, não.
10. Reinvenção: Madonna levou muito mais longe a lição aprendida com o camaleão David Bowie. A cada lançamento, ela se transforma: loura, morena, ruiva, japonesa, vulgar, elegante, moderna, tradicional, glitter, dark, moleca, nobre, gay, heterossexual, escrava, dominatrix. É impossível não se identificar ou não se sentir atraído por pelo menos uma de suas versões. Não por acaso, fotos suas as mais diversas são freqüentemente levadas aos salões de cabeleireiro como referência para o corte desejado pelas clientes. Seus variados looks também são fontes de inspiração para shows de transformistas, fantasias eróticas, roupas para festa etc.
11. Loura: Quantas pessoas você conhece que ficaram louras por influência de Madonna? Ou que não ficaram louras porque não queriam que as associassem a Madonna? Quantas vezes você ouviu falar em “louro Madonna”?
12. Fotografia: Revistas de moda e comportamento disputam à tapa qualquer ensaio fotográfico inédito de Madonna, uma vez que elas ditam tendências, têm uma visibilidade incrível e são imitados por anos a fio. Quase todos os grandes fotógrafos pop das últimas três décadas têm em seu portfólio uma imagem icônica de Madonna: Jean-Baptiste Mondino, Steven Meisel, Patrick Demarchelier, David Lachapelle, Steven Klein, Mario Testino, Herb Ritts. Este último só se tornou diretor de videoclipes por insistência de Madonna, dobradinha que levou a uma nova estética televisiva, a dos “clipes de fotógrafo”.
13. Cadeira: É clássica a cena do filme Cabaré em que Liza Minellidança com uma cadeira, número que movimenta inferninhos do ocidente há pelo menos oito décadas. Mas, quando uma mulher de hoje cria uma coreografia sensual com uma cadeira, é Madonna sua referência por conta do que ela fez com o objeto nos seus shows e no videoclipe de Open Your Heart.
14. Coreografia: desde o clipe de Lucky Star (1984), paredes e espelhos do mundo inteiro têm testemunhado os shows que meninas e meninos fazem em seus quartos quando estão sozinhos, imitando os passos que Madonna faz em clipes e shows. Suas coreografias são reproduzidas também nas boates, nem que seja de brincadeira.
15. Aborto: quando Madonna lançou Papa Don’t Preach (1986), a música causou uma discussão interminável, por conta dos versos que diziam algo como “Eu me decidi: vou ter meu bebê”. Entidades contra o aborto protestaram, porque tais versos dão a entender que “ter o bebê” é apenas uma de duas opções. Quem era a favor do aborto também reclamou, porque entendia que Madonna enfraquecia a causa. Os governos também se irritaram, porque se vivia um boom de gravidez na adolescência, inclusive nos EUA. A discussão ferveu e cada um usou a canção como quis. Clipe: http://www.youtube.com/watch?v=RkxqxWgEEz4&ob=av2e
16. Latinidade: Freqüentemente, Madonna escolhe homens latinos como pares românticos em seus clipes e na vida real, além de usar elementos de música hispânica em alguns de seus sucessos, como La Isla bonita (1986) e Deeper And Deeper (1992). Tais opções não apenas lhe renderam um público maior, como também proporcionaram uma exposição mais positiva dos latinos aos olhos preconceituosos dos anglo-saxãos.
17. Shows: Madonna tenta se superar a cada turnê, criando espetáculos que envolvem alta tecnologia, teatralidade, dança e recursos visuais. O público se habituou a isso e passou a esperar o mesmo dos outros astros pop. Quem tem dinheiro e disposição, como U2, Rolling Stones, Britney Spears e Kylie Minogue, segue a cartilha. A semente fora plantada por Bowie e Pink Floyd, e Madonna levou isso a um nível muito, muito alto. Os preços dos ingressos inflacionaram, claro.
18. Cristianismo: Embora seja católica por formação, Madonna passou a vida questionando os símbolos da religião. Ela freqüentemente endossa as atitudes cristãs, como o amor ao próximo, mas coloca em dúvida as representações físicas do catolicismo. Por isso sexualizou os crucifixos, cantou crucificada em uma cruz de espelhos em estilo disco, gravou um clipe em que a imagem de um santo negro ganhava vida e a possuía dentro de uma igreja, rasgou hábitos e batinas no palco. O Vaticano protestou algumas vezes. A Pepsi chegou a cancelar uma campanha publicitária milionária estrelada por Madonna já que entidades católicas ameaçaram liderar um boicote ao refrigerante. Enquanto o circo pega fogo, Madonna vê seu público se dar conta de que tanto barulho é por meros simbolismos e puritanismo, não pela mensagem nem pelas atitudes cristãs, muitas vezes deixadas de lado por seus defensores.
19. Lingerie: Madonna ajudou a popularizar a lingerie feita para ser mostrada, seja velada sob uma blusa transparente, seja como peça principal do vestuário, usada sem nada que a encubra. Fez diversos ensaios fotográficos e apresentações ao vivo vestida dessa forma, com lingerie aparente, até banalizar as peças que um dia foram íntimas.
20. Terninhos: Os terninhos femininos eram obscuros nos tempos de Marlene Dietrich, se tornaram alta costura nas mãos de Yves Saint-Laurent e se popularizaram com Madonna, adepta também de smokings e fraques em seus shows.
21. Mulher: O clipe de Express Yourself (1989) suscita debates até hoje. Enquanto a música convoca as mulheres a assumir o comando de seus relacionamentos, as imagens mostram Madonna acorrentada a uma cama, aparentemente submissa a um homem. A mensagem é dura de compreender e aceitar para as feministas tradicionais: a submissão na cama é uma opção, quando a mulher decidir que esse é o tipo de prazer que ela quer. A mulher pode brincar de escrava e ser, na verdade, a dominadora. Não era uma idéia fácil de engolir em 1989, mas agora é.
22. Voguing: Essa dança obscura do submundo gay nova-iorquino, em que travestis simulavam poses para capas de revista, provavelmente jamais teria se tornado tão conhecida e popular se Madonna não tivesse se apoderado dela e feito uma música e um clipe que a difundiu mundo afora: Vogue (1990). Madonna aproveitou o que acontecia entre um pequeno nicho de pessoas de Nova York e construiu para si uma dança nova.
23. House: A house music, vertente eletrônica surgida em Chicago, era o som de muitas boates alternativas em 1990. Madonna foi a primeira figura do mainstream a aderir à batida, com Vogue. Antes disso, artistas famosos ousavam, no máximo, ter um remix em estilo house no lado B de seus compactos. Depois do sucesso retumbante de Vogue, o house se diluiu na música pop.
24. DJs: Os singles de Madonna costumam trazer várias versões remix da músicaem questão. Sero autor de um remix oficial de Madonna significa, desde1988, aconsagração no ofício de DJ, com seu trabalho sendo executado no mundo inteiro. O cachê e o status aumentam. Quantas vezes você já leu nos jornais que “o DJ da Madonna vem ao Brasil” ou que “o DJ preferido da Madonna toca hoje na cidade”? Com muita sorte e talento, esses DJs podem ser convidados a produzir todo um novo álbum da artista, ou parte dele. Foi o que aconteceu a Shep Pettibone, William Orbit, Mirwais Ahmadzäi e Stuart Price, que graças à aposta dela se tornaram grandes nomes da indústria fonográfica.
25. Homossexualidade: Madonna ajudou a banalizar a imagem do homossexual, de modo a aumentar a aceitação dos gays. Muitas letras de suas canções falam do assunto de forma velada. Mais do que isso: ela própria protagonizou beijos gays e outras situações de forte teor lésbico em shows, clipes e ensaios fotográficos. Madonna alimentou boatos de que vivia romances com outras mulheres, sem jamais se assumir bi, hetero ou homossexual. Em 1990, ao beijar uma modelo no clipe de Justify My Love, inspirado na estética da nouvelle vague, Madonna deu força à onda lesbian chic que atravessou a década. E todo mundo conhece pelo menos um homem gay ou uma mulher heterossexual que afirme sentir tesão por Madonna, apesar de não ter atração pelo sexo feminino.
26. Diretores: Dirigir um clipe da “rainha dos videoclipes” é uma grande responsabilidade e uma grande vitrine. Herb Ritts fez vários clipes memoráveis, sendo que o primeiro foi para Madonna, Cherish (1989). David Fincher fez quatro clipes para ela antes de ter prestígio suficiente para dirigir filmes como Seven e Clube da luta. Jonas Akerlund, Mark Romanek, Luc Besson, Jean-Baptiste Mondino, Chris Cunningham, Alan Parker, Stéphane Sednaoui, Mary Lambert, James Foley e muitos outros têm clipes de Madonna no currículo. Seus vídeos movimentam o mercado.
27. Corpo: O corpo de Madonna é sempre tomado como modelo. Em 1990, quando ela apareceu musculosa, sem traços da silhueta roliça de seus primeiros tempos, todos ficaram chocados. Mas o público logo se acostumou à nova imagem da cantora e passou a associá-la à idéia de poder feminino, estimulando a imitação. Aos 40 anos, ela era apontada como exemplo de mulher enxuta nessa idade. O mesmo acontece agora aos 50.
28. Masturbação: A masturbação feminina, assunto tradicionalmente varrido para baixo do tapete, foi escancarado por Madonna já em 1984, quando ela cantou Like a Virgin em público pela primeira vez, simulando um orgasmo solitário no palco do primeiro MTV Vídeo Music Awards. Em 1990, ao cantar a mesma música nos shows da Blond Ambition Tour, a performance se tornou ainda mais explícita, causando reações do Vaticano e de alguns governos. Se a maior estrela da música fazia aquilo em público, por que as garotas não poderiam fazer na privacidade de seus quartos?
29. Microfone: Também na Blond Ambition Tour, Madonna apresentou ao mundo um modelo portátil e discreto de microfone, que se usa acoplado à cabeça, dando a ela mais liberdade de movimentos em suas coreografias. O nome daquilo é headset, mas é mais conhecido como “microfone Madonna”.
30. Poder: Outro legado daquela turnê foram os sutiãs cônicos, criados por Jean-Paul Gaultier anos antes, mas transformados por Madonna em ícones do poder feminino a partir daquele momento. Se nos anos 1960 o sutiã simbolizava a submissão da mulher, nos anos 90 Madonna fez deles um símbolo feminino ao mesmo tempo sensual e intimidador, ostentado como peça central do vestuário.
31: Moda: São incontáveis as peças de roupa, os acessórios e os estilos que viraram moda graças às ações de marketing planejadas por Madonna. Jean-Paul Gaultier e Dolce & Gabbana são estilistas que só despertaram a atenção da grande mídia depois de terem assinado os figurinos das turnês de Madonna, e só então eles entraram no mais seleto grupo de criadores da moda. A cantora também está por trás da mudança de rumo encampada pela marca Versace em meados dos anos 1990. Em 2007, as vendas da H&M cresceram mais de 30% por causa de uma linha de roupas desenhadas pela artista.
32. Sado-masoquismo: Pelas mãos de Madonna, máscaras de couro, roupas de vinil, chicotinhos e outros itens do universo sado-masoquista foram levados do submundo ao horário nobre às grandes salas de cinema, às vitrines das livrarias e às capas das publicações mais respeitadas. Se o visual S&M e a idéia de pingar vela derretida no corpo de alguém parecem banais hoje, é porque Madonna massificou tudo isso com a turnê The Girlie Show, o filme Corpo em evidência, o livro Sex e alguns clipes.
33. Sexualidade: Ela fez o que pôde para não deixar que o fantasma da AIDS castrasse as pessoas. Quanto mais a doença avançava, mais Madonna incentivava o sexo sem culpa. Em paralelo, ela associou seu nome a incontáveis campanhas pelo sexo seguro e pela conscientização das pessoas em relação à epidemia mundial. Sua mensagem foi assimilada por milhões.
34. Piercing: Foi no clipe de Secret, em 1994, que Madonna começou a aparecer usando piercings no nariz e no umbigo. O que até então era associado a degradação ou a minorias obscuras ganhou uma aura chique. Depois, de tão difundido, virou lugar comum. http://www.youtube.com/watch?v=EPHUZenprKc&feature=fvsr
35. Negros: Eles sempre tiveram papel de destaque no palco e na cama de Madonna. No clipe de Like a Prayer (1989), ela incita o público a questionar o preconceito racial. No de Secret (1994), ela é a única branca em cena e simula romance com um negão. O negro é sempre uma presença muito natural ao lado da cantora, comportamento que teve sua relevância na América racista.
36. Artes plásticas: Muita gente não sabe quem foi a artista plástica polonesa Tamara de Lempicka, mas tem familiaridade com suas pinturas art deco dos anos 1920, por estarem presentes nos clipes Open Your Heart (1986) e Vogue (1990). No clipe de Bedtime Story (1995), Madonna recriou obras de pintoras surrealistas, como Leonora Carrington e Remedios Varo, ajudando a difundir sua arte. Resultado: o próprio clipe foi exposto pelo MoMA de Nova York como uma obra de arte surrealista. Colecionadora de arte, Madonna ajudou a valorizar a obra de Frida Kahlo, sua artista preferida, cujo trabalho divulga em entrevistas, música e clipe desde os anos 1980. Em sua coleção, a cantora ostenta uma preciosidade pouco divulgada: uma obra feita em parceria por Andy Warhol e Keith Harring em sua homenagem, dada a ela como presente de casamento em 1985.
37. Evita: Eva Perón, ex-primeira dama argentina, ganhou fama mundial nos anos 1940 e virou musical de sucesso nos anos 1970. Mas a referência que a maioria dos não-argentinos têm dela hoje é a imagem de Madonna no papel-título do filme Evita (1996), de Alan Parker. Não apenas por causa da repercussão do longa-metragem, que lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical, mas também porque, na época, Madonna adotou Eva Perón como uma de suas personas.
38. Tatuagens de henna: Elas se tornaram populares no mundo todo com o empurrão de Madonna, que as adotou em 1998, com o lançamento do álbum Ray Of Light. No clipe de Frozen, em ensaios fotográficos e aparições públicas, Madonna exibia ostensivamente desenhos e símbolos cabalísticos nas mãos e no rosto, de forma nada convencional. Essa estética, inspirada em tradições orientais, causou estranhamento, mas a idéia logo foi adaptada pelas pessoas. Hoje é até diversão para as crianças.
39. Pista de dança: Quando Madonna surgiu na indústria fonográfica, em 1982, a disco music estava praticamente acabada. Fazer música apostando nas pistas de dança parecia um tiro n’água. Mas ela foi por essa linha assim mesmo, sem jamais abandoná-la, compondo músicas que incitam as pessoas a adotar as pistas como a melhor forma de escapismo. Hoje Madonna é a rainha das pistas, de uma forma como Donna Summer não chegou a ser nem de longe. É difícil ir a uma festa ou boate onde não se toque Madonna. Seu nome é naturalmente associado a esse tipo de diversão. Prova disso é o fato de que ela é a única artista a ter emplacado 42 singles no primeiro lugar da parada Hot Dance Club Play da revista Billboard, que contabiliza as músicas mais tocadas nas boates dos EUA.
40. Trance: Este subgênero da música eletrônica, caracterizado pelo ritmo hipnótico e pela sonoridade viajante, tem raízes nas religiões orientais, se desenvolveu na Alemanha recém-libertada do Muro de Berlim e se massificou com a música Ray of Light (1998) e outras canções do álbum homônimo. O grande público não sabe que o nome desse estilo é trance, mas conhece sua sonoridade, antes restrita à cultura clubber.
41. Cabala: Madonna é apontada como principal responsável pelo recente boom da vertente mística do judaísmo. Desde 1998, ela vem falando dessa filosofia e lançando diversas músicas influenciadas por ela, com letras que transmitem o pensamento cabalista sem que o público perceba.
42. Gueixa: Em 1999, Madonna inspirou mulheres abastadas do mundo todo a adotarem o estilo gueixa chic. Fez isso ao apostar em quimonos ultra-modernos desenhados por estilistas renomados. Exibiu sua aposta na capa da Harper’s Bazaar, no clipe de Nothing Really Matters (1999), na Drowned World Tour (2001) e muitas ocasiões. O quimono ganha uma aura futurista que ofusca totalmente sua carga de tradição.
43. Neo-Electro: No fim dos anos 1990, novos talentos da música eletrônica começaram a revisitar o electro, som original da virada dos anos 1970 para os 1980, dando-lhe roupagem mais atual. A novidade agradou a um segmento muito específico e pequeno do mercado, mas ganhou visibilidade maciça quando Madonna seguiu essa tendência no single Music (2000). O som que causava estranhamento no grande público passou a ocupar o topo das paradas.
44. Caubói: A moda country feminina voltou em escala mundial em 2000, quando Madonna apareceu com roupa de vaqueira na capa do álbum Music (e de seus singles), em revistas conceituadas como a Rolling Stone e nos novos clipes.
45. Malauí: Quantas pessoas sabiam da existência desse país antes de Madonna adotar o bebê David Banda, nascido lá? Das que sabiam, quantas tinham conhecimento de que se tratava do segundo país mais pobre do mundo? Além da adoção, Madonna criou a fundação Raising Malawi, abordou o assunto em um dos números da Confessions Tour (2006) e escreveu e produziu o documentário I Am Because We Are (2008), sobre a situação desesperadora do país.
46. Krumping: Essa variação um tanto exótica da dança de rua, por mais de dez anos relegada a um gueto de Los Angeles, já não causa estranhamento. Em parte, porque Madonna divulgou seus movimentos não-convencionais no clipe de Hung Up (2005) e em todas as apresentações que fez dessa música até hoje.
47. Livros: Quem diria que Madonna movimentaria até mesmo o mercado editorial? Seu livro Sex (1992), de fotografias eróticas, é hoje um dos dez livros esgotados mais valorizados do mercado. Em 2003, quando ela se lançou como autora de livros infantis, o livro As Rosas Inglesas se tornou recordista por ter sido publicado simultaneamente em cerca de 40 traduções e 100 países e por ter vendido mais de 1,5 milhão de unidades nos primeiros sete dias de lançado. Os seis livros para crianças que lançou desde então deram enorme visibilidade aos ilustradores das obras, escolhidos a dedo.
48. Parkour: Para o grande público, a maior referência visual dessa atividade física nascida na França são as imagens de homens fazendo manobras perigosas e dificílimas com o próprio corpo nos clipes de Hung Up (2005) e de Jump (2006) e na Confessions Tour (2006).
49. Intelectualidade: Embora seja um expoente da cultura de massa, Madonna é também um fenômeno amplamente estudado por pensadores de várias áreas: comunicação, marketing, moda, sociologia, feminismo, sexologia, economia.
50. Nome: Madonna, palavra de origem italiana, é há pelo menos 500 anos uma designação para Maria, mãe de Jesus. No entanto, em muitos países, isso foi quase que totalmente esquecido, devido à imensa notoriedade da cantora. Seu nome é tão difundido e tão associado a ela, e apenas ela, a ponto de ser raro alguém dar esse mesmo nome a uma filha. Por outro lado, tornou-se muito comum cadelas, gatas e outros animais de estimação receberem o nome de Madonna, especialmente quando têm pêlo amarelado como os cabelos da artista.
A rainha do pop prepara-se para uma tour mundial para promoção de seu novo álbum MDNA, a começar a 29 de maio em Israel, devendo se prolongar por sete meses, durante os quais a cantora irá visitar 26 cidades europeias e que também passará pela América do Sul e da Austrália, Ásia e Oceania. Ingressos esgotaram em minutos quebrando recorde de vendas em vários países. Nesta quinta-feira, começaram as vendas em Moscou e São Petersburgo.
Esta será a sua terceira viagem ao nosso país, tendo as anteriores visitas provocado muita controvérsia, boatos, protestos, escândalos e agitação. Em 2006, os organizadores do concerto em Moscou (na época Madonna girava o mundo com o “Confessions Tour”) demoraram muito com a escolha de um palco e, quando acabaram por optar pelo gigantesco estádio a céu aberto Lujniki, passaram a circular boatos de que a poderosa voz da cantora podia causar a queda da cúpula! A duas semanas do show de Moscou, veio à tona uma notícia espantosa divulgada pela Internet – Madonna teria desistido da visita devido a uma “vidente” que a proibira de viajar devido a um “grande perigo iminente”. Naquela altura, os concertos de Madonna tinham a oposição dos radicais ortodoxos, aborrecidos com uma parte chocante do concerto em que a cantora aparecia crucificada no meio do palco durante a canção #1 das paradas de 1985, “Live To Tell”.
No entanto, quase todos os bilhetes foram vendidos e o estádio Lujniki, com capacidade para 70 mil espectadores, acolheu todos as 70 mil pessoas.
Em 2009, a tournê “Sticky & Sweet” em São Petersburgo também suscitou polémica e até confrontos. Como acontecera no caso de Moscou, as primeiras discussões travaram-se em torno do local da apresentação. Os organizadores tinham proposto um palco a céu aberto na Praça Dvortsovaia, em frente ao Palácio de Inverno, onde se situa um dos maiores museus do mundo – o Hermitage. O diretor do museu, Mikhail Piotrovski, se opôs junto com a algumas manifestações de massa argumentando, com toda a razão, que tais ações poderiam danificar tanto o edifício, como as peças históricas de grande valor artístico que nele estão guardadas. No entanto, ele se deu por vencido, aceitou a proposta do concerto de Madonna que, segundo lhe afirmaram, jamais seria repetido nesse local. Ao mesmo tempo, a situação criada despertou grande interesse dos comunistas que, aproveitando-se da ocasião, avançaram na iniciativa de decorar o palco com símbolos revolucionários – estrelas de cinco pontas e bandeiras vermelhas. Mas Madonna manteve o silêncio.
Seja como for, não restam dúvidas de que Madonna é a mais famosa e bem-sucedida cantora do mundo. Ela é a artista que mais vendeu discos na história da música pop e que mais quebrou recordes, já faturou 7 Grammys e tem um fortuna pessoal estimada em mais de U$ 1 bilhão de dólares. Sua última tournê, inclusive, é a tour feminina que mais faturou em todos os tempos – algo em torno de U$ 410 milhões de dólares.
Na opinião do crítico musical Iuri Sparykin, Madonna é um elemento genial de marketing – enquanto que os demais colegas competem pelos topos das paradas musicais, ela inventa novos métodos de se vender e de oferecer ao público. Até conseguiu montar um excelente reality show baseado na sua biografia.
“Acho que Madonna, mesmo não sendo a melhor cantora do mundo, acabou por inventar um jeito de canalizar a sua enorme energia emocional para os efeitos pretendidos”, – afirma o crítico.
Ela soube fazer das fraquezas forças e até os fracassos lhe aumentaram a popularidade. Os cineastas atribuíram-lhe, por diversas vezes, o prêmio Framboesa de Ouro, uma paródia ao Oscar que destaca os piores filmes produzidos ao longo do ano, mas Madonna continua a atuar e até a filmar. Diga-se de passagem que o início da venda de bilhetes coincidiu com a distribuição na Rússia do seu filme W.E., uma história sobre o namoro do rei britânico Eduardo VIII, que abdicou ao trono para se casar com a americana Wallis Simpson. O lançamento do álbum MDNA está agendado para o final de março.
E no dia 05 de fevereiro, Madonna deu mais um show, tanto de entretenimento como marketing para todos os empreendedores do mundo, durante sua apresentação no Super Bowl 2012, considerado o evento televisivo mais importante nos Estados Unidos, com uma audiência equivalente a 111 milhões de telespectadores.
A popstar se apresentou para o mundo inteiro no intervalo do maior evento esportivo americano, o Super Bowl, e quanto Madonna recebeu para se apresentar no intervalo do jogo? Nada além de alguma ajuda de custo para a produção da apresentação. E só! Mas não precisa ser especialista para imaginar o quanto a cantora recebeu indiretamente depois dessa apresentação, principalmente como repercussão do seu novo trabalho, MDNA, que será lançado no dia 26 de março e chegou ao topo em 51 países em sua PRÉ-VENDA online – um recorde. Especialistas, contanto, afirmam que o cachê de Madonna para o equivalente a 12 minutos de apresentação seria em torno de U$S 84 milhões, baseado no valor de U$S3,5 milhões por 30 segundos no espaço comercial.