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Madonna e seu amor por Paris na Rebel Heart Tour

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Madonna tem vários momentos impressionantes na carreira. Quem poderia se esquecer de Like A Virgin no primeiro Video Music Awards, em 1984? Depois, veio a performance avassaladora da premiada Sooner Or Later, no Oscar de 1991. 14 anos depois, Madonna fez 200 mil pessoas gritarem com o show dela no Live 8.

Todos esses shows ainda são assistidos milhões de vezes após a estreia. O discurso de Madonna sobre os ataques em Paris e a performance de Like A Prayer no show de Estocolmo, na Suécia, será mais uma na lista das melhores.

“Obviamente, todo este show é uma celebração à vida e à luta pelos seus direitos, pelo que você acredita. Tem sido bem difícil pra mim continuar com o show e não esquecer do que aconteceu ontem à noite, então eu queria parar um pouco pra reconhecer a tragédia, os assassinatos e o fim estúpido de vidas preciosas que ocorreram ontem em Paris.”

Madonna admitiu que, de muitas formas, ela se sentiu dividida sobre manter o show, especialmente na noite seguinte a um dos piores ataques terroristas de toda a história. Daí, ela disse que decidiu subir ao palco pois não queria se render aos terroristas, que não querem ver as pessoas felizes e se divertindo. Ela falou sobre o poder da união e fez todos os 40 mil fãs se silenciarem por um minuto. Após secar as lágrimas, ela começou Like A Prayer e, como se vê no vídeo, foi mágico para Madonna, o público e a todos os espectadores.

Segundo um site sueco, o show de Madonna na Tele 2 Arena foi recorde de público. No entanto, na noite de sábado, a atenção não estava nos números, mas na emoção. Se alguém quiser falar sobre número de pagantes, Madonna está mandando bem. A Billboard contou tudo recentemente:

“Madonna chega ao topo da parada semanal de shows da Billboard, baseada nos US$25,4 milhões em vendas com a Rebel Heart World Tour. Este número inclui as últimas 12 apresentações da primeira etapa da turnê, que passou por 20 cidades na América do Norte durante setembro e outubro.”

Além do recorde de pagantes, a turnê de Madonna também recebeu as melhores críticas de todas as turnês, nos 32 anos de carreira. O jornal Los Angeles Times afirmou que Madonna provou que ainda é relevante após todos estes anos.

“Portanto, além de celebrar a própria importância, Madonna parecia buscar formas de demonstrar que ainda é importante. O incrível é que ela conseguiu ao se aproveitar da experiência, e não ao fugir dela.”

Em uma crítica do jornal The Guardian, o crítico musical Alex Needham disse que não há nenhum artista como ela. “O show dela no Madison Square Garden parece ser o ultimo ato de uma apresentação sobre estrelato e uma afirmação de que não há outro artista como ela. Hoje, Madonna destruiu tudo!”.

Ela segue com a Rebel Heart Tour até o fim do ano, pra depois começar uma segunda etapa na América do Norte, em janeiro.

DISCURSO COMPLETO

Obviamente, todo este show é uma celebração à vida e à luta pelos seus direitos, pelo que você acredita. Tem sido bem difícil pra mim continuar com o show e não esquecer do que aconteceu ontem à noite, então eu queria parar um pouco pra reconhecer a tragédia, os assassinatos e o fim estúpido de vidas preciosas que ocorreram ontem em Paris.

Passei o dia todo transtornada. Tem sido difícil continuar o show, pois, de várias maneiras, me sinto arrasada. Por que estou dançando, me divertindo, quando as pessoas choram pelos entes queridos que se foram? No entanto, é exatamente isso o que estas pessoas querem fazer – eles querem nos calar, nos silenciar, mas não o permitiremos jamais, pois temos poder e unidade.

Acredito mesmo que haja muito caos, dor, violência e um terrorismo estúpido em todo o mundo, não apenas em Paris. Porém, assim como há muita maldade, há muita bondade no mundo também. Estamos aqui pra provar isso.

Eu ia cancelar o show de hoje, mas não quis dar esse gostinho a eles. Por que eu deixaria que eles ME parassem? E nos impedissem de ser livres? Todos os lugares de mortes eram lugares de diversão, onde as pessoas se sentiam bem: comendo nos restaurantes, dançando, cantando, assistindo a um jogo de futebol. São liberdades que não valorizamos, mas que merecemos. Trabalhamos duro, merecemos nos divertir. E não há ninguém no mundo com o direito de nos impedir de fazer o que amamos.

Outro ponto importante é que há pessoas que respeitam a vida humana, e outras que cometem atrocidades e coisas imperdoáveis a outros seres humanos, mas jamais mudaremos o mundo se não mudarmos a nós mesmos, se não mudarmos a forma com que tratamos uns aos outros diariamente. Não mudaremos o mundo elegendo outro presidente, não matando centenas de pessoas. Só mudaremos o mundo tratando melhor as pessoas nos momentos mais simples, tá? Devemos começar a tratar cada ser humano com dignidade e respeito. E é só isso que muda o mundo, só isso. Só o amor mudará o mundo, mas é muito difícil amar incondicionalmente. E é muito difícil amar o que não compreendemos, o que é diferente, mas precisamos, ou esta situação permanecerá assim pra sempre.

Agora, antes de prosseguirmos, gostaria de um minuto de silêncio pra todos ficarmos de cabeça baixa em respeito e rezar pelas vítimas que morreram ontem à noite em Paris, e pelas famílias das vítimas. Por favor, um momento de silêncio…

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