Foi uma longa espera e, pra muitos, o primeiro show de Madonna em Singapura no Estádio Nacional, no dia 28 de fevereiro, será como um raio em uma garrafa. Sabe, o tipo de show que não se verá duas vezes; o que não quer dizer que seja a última turnê da Rainha do Pop.
Mesmo assim, muitos se perguntam: vale a pena ver o show? A resposta, lógico, é sim. É fato que a Rebel Heart Tour já provou ser bem-sucedida: no fim de 2015, chegou ao #11 na lista das 100 maiores turnês mundiais da Pollstar, depois de arrecadar US$88,4 milhões em 49 shows, com público total de 693.061 pagantes. Parafraseando Elvis, 693.061 fãs não erram.
Mas é compreensível querer mais motivos, então eis alguns para explicar por que o show é uma obrigação!
ELA ESTÁ EM SINGAPURA PELA PRIMEIRA VEZ
Madonna é a artista mais bem-sucedida de todos os tempos, com mais de 300 milhões de discos vendidos no mundo todo, e com 57 sucessos na Billboard, incluindo 38 Top 10. Além disso, ela está no topo da lista de shows, com 10 turnês mundiais e uma arrecadação de mais de US$1 bilhão até hoje.
Mesmo assim, em uma carreira estelar de mais de 34 anos, o show do dia 28 de fevereiro marca a primeira performance de Madonna no país. Não porque a The Girlie Show foi proibida em 1993, mas a Rebel Heart Tour talvez seja o show menos provocante até hoje.
É UM ESPETÁCULO VISUAL
Dizer que todo show de Madonna é um espetáculo é generalizar o que, na verdade, é um show pop pulsante e cheio de teatralidade, como a icônica Blond Ambition Tour dos anos 90, com os cenários à la Metrópolis, espartilhos desenhados por Jean Paul Gaultier e o uso dos microfones headset. De cenários evolutivos a vídeos instigantes, de coreografias sedutoras a figurinos deslumbrantes, um show de Madonna é quase puro entretenimento e sempre cheio de surpresas. A Rebel Heart Tour, com os temas Samurai/Rockabilly/Cigana/Cabaré, segue o mesmo caminho.
REBEL HEART É O MELHOR DISCO DELA ATÉ HOJE
Grande parte do conteúdo do show vem do 13º álbum de estúdio Rebel Heart, o melhor desde Confessions On A Dancefloor, de 2005. Faixas como Living For Love, Iconic, Bitch, I’m Madonna e Body Shop são apresentadas em coreografias alegres, enquanto as mais excitantes e emocionais, como Ghosttown e a faixa-título Rebel Heart, foram transformadas pra todo mundo cantar junto nas arenas, com ou sem o violão (e há muitos momentos assim com Madonna).
ELA AINDA CANTA OS CLÁSSICOS
Ela tem material suficiente no catálogo para várias turnês de “melhores sucessos”, mas, como sempre, esta vencedora da Billboard e do Grammy só escolhe canções que estejam “temática e sonicamente” em sincronia com o conceito da turnê. Mesmo assim, pode esperar que ela cante versões remixadas/com novos arranjos das eternas favoritas Like A Virgin, Into The Groove, La Isla Bonita, Material Girl e Holiday.
ELA SABE DANÇAR
A dança é parte do DNA de Madonna, e a precisão nas coreografias sempre foi um elemento-chave em cada um dos shows dela. Sozinha ou com uma trupe ágil de dançarinos, cada performance é criada para vidrar os olhos de todos na ação que ocorre no palco. Sempre aumentando as apostas, a Rebel Heart Tour aparece às vezes como um show do Cirque du Soleil, com a dama principal executando movimentos acrobáticos que desafiam a idade, e os dançarinos quase roubando o show com os truques em gigantes mastros durante a performance de Illuminati. Em suma: o show nunca fica chato.
HÁ VARIOS FIGURINOS DE ALTA-COSTURA NO SHOW
Como a própria Madonna reconheceu, esta turnê tem a honra de ser aquela na qual ela “tem o maior número de figurinos”. A designer indicado ao Oscar Arianne Phillips, que criou o figurino das cinco últimas turnês de Madonna, lidera um time que inclui Alexander Wang, Fausto Puglisi e Alessandro Michele para Gucci, que deu sugestões ao show. Alguns destaques são o quimono vermelho de Phillips para Iconic, o figurino de Matador para Living For Love, por Nicholas Jebran, e a deslumbrante e prateada performance cheia de milhares de cristais Swarovski para um segmento inspirado nos clubes de Paris de 1920, por Jeremy Scott para Moschino.
HÁ MUITA TECNOLOGIA NO PALCO
Não espere que esta mãe de família fique parada em um só lugar. A montagem do palco da Rebel Heart Tour engloba um palco principal com uma passarela estendida e um palco circular no centro, além de outro palco em forma de coração no fim. Madonna e dançarinos andam pra cima e pra baixo, pra que o público os veja de perto.
O palco principal foi criado pra permitir que estruturas especiais mudem de forma ao longo do show, de uma alta plataforma a uma parede angular, a uma tela de vídeo gigante. Só vendo pra acreditar em tudo isso!
E ELA AINDA MANDA MUITO BEM
Madonna é aquela que todas as princesas do Pop hoje – de Taylor Swift e Katy Perry a Beyoncé – e de ontem – Britney Spears, Christina Aguilera, Pink – admiravam na esperança de ser tão bem-sucedida e atemporal como ela.
Francamente, muitos fãs ardorosos não achavam que ela duraria tanto. Aos 57 anos, ela ainda está em excelente forma e dança melhor do que muitos com metade da idade dela. Enquanto críticos dizem pra ela arrumar as malas e se aposentar, Madonna não cansa de provar que ainda é capaz de entreter as massas com ótima música e performances que só ela sabe criar.