Há 36 anos, Madonna lançava nos Estados Unidos seu primeiro álbum de estúdio e viria se tornar um dos maiores ícones do pop não só nos anos 80 mas nas décadas seguintes.
Em 1982 Madonna já era muito conhecido como cantora nos principais bares de Nova York, e por meio de um contato dentro da Sire Records a partir de um DJ que tocava suas demos o então presidente do selo lhe ofereceu um contrato de dois singles após ouvir ‘Everybody’ que viria a ser o primeiro single do álbum homônimo. Com o desenrolar do tempo e do desempenho, um contrato de álbum é oferecido a Madonna que escolhe Reggie Lucas para ser o produtor executivo fazendo uma sonoridade diferente com sintetizadores e outros elementos, mas após falta de harmonia entre as técnicas de Lucas e o gosto de Madonna, a mesma procura ajuda e escolhe seu então namorado John Benitez para remixar as faixas – sendo responsável pelo então hit mundial do álbum.
Na época a obra fora recebida de forma mista pela critica especializada, ora positiva pelo novo estilo do pop além do apelo dance ou negativa quando colocavam em jogo o aparato vocal, porem nas décadas seguintes a obra teve o seu mérito reconhecido por abrir uma nova porta para o pop trazendo o dance para fundir-se.
Comercialmente, o álbum foi um sucesso para época chegando a atingir a 8º posição na Billboard 200 e anos mais tarde quando fora lançado ao redor do mundo atingiu o Top 10 de vários países incluindo Austrália e Reino Unido. Na época, Madonna chegou a vender 7 milhões de copias. Sendo certificado em 5X Platina em solo americano, 3x na Austrália e 1x no Reino Unido, atualmente contam-se mais de 10 milhões de copias vendidas ao redor do mundo.
Como de costume o álbum teve 5 singles:
Everybody, Burning Up, Holiday, Lucky Star e Borderline.
EVERYBODY
A canção foi lançada em Out de 1982 e era tudo o que a entretenimento precisava, um pop dançante que traria vida após o fim da disco music. Mas o que seria Madonna se não houvesse polemica não? A musica fora originalmente escrita apenas por ela em 1981, passando de clube em clube oferecendo a musica, um famoso DJ percebeu o potencial da musica após o publico fever ao toca-la e então contatou um dos seus contatos na Sire querendo que o presidente a ouvisse, ele ouviu e ofereceu um contrato onde Madonna gravaria dois singles e como mimo pediu que o DJ Mark Kamins fizesse a produção do álbum. Curiosamente, “Everybody” seria Side B de “Aint no Big Deal” e esta estava sendo produzida por Mark e outro produtor chamado Stephen Bray, eles produziram cada um sua versão e não chegaram a um acordo de qual lançar. Bray espertinho, pegou a demo e vendeu a um grupo, meses depois o grupo arquivou a canção e Madonna tratou de relança-la como Side B de “Papa Dont Preach” anos depois.
Por conta da capa também, muitas pessoas achavam que Madge era negra já que por próprio incentivo da gravadora a mesma era uma colagem contemporânea de Nova York. Que confusão, não? A canção atingiu a posição #7 da Bubbling Under e foi Top 3 na parada Dance da Billboard, rendendo então uma grande aparição em uma revista nacional.
BURNING UP
Lançada em Março de 1983 a canção de dance-rock era uma aposta para o verão, mas acabou fracassando por sequer ter entrado na Hot 100 mas foi o segundo #3 de muitas aparições na parada Dance da tabela. Trazendo muita instrumentalização com sintetizadores e baixo, a cancão trata-se da vergonha de declarar-se ao seu amante. Trazendo um vídeo clipe considerado bem elaborado e com alguns efeitos especias modernos para a época, é cantada ate hoje nas turnês de Madonna.
HOLIDAY
Lançada mundialmente em 07 de Setembro de 1983, Holiday viria a se tornar o primeiro hit mundial de Madonna. Escrita pelo grupo Pure Energy, a canção foi um presente do então namorado de Madge já que ela procurava uma musica de sucesso, juntos então mudaram algumas partes da composição e da estrutura melódica. Sendo bastante aclamada por conta da sua lírica alegre sobre a necessidade de um feriado para esquecer dos problemas e comemorar e também pelo instrumental de guitarras e palmas eletrônicas, por outro lado sofreu bastante comparação com “Girl Just Wanna Have Fun” de Cyndi Lauper que tratava-se basicamente sobre o mesmo neste quesito. O seu videoclipe ficou tão ruim que so chegou a ser exibido duas vezes pela MTV, posteriormente Madonna usou os mesmos elementos (visual extravagante, dançarinos) no clipe de “Lucky Star”.
A canção foi seu primeiro hit mundial, foi #16 na Hot 100, #1 na Dance e curiosamente atingiu o Top 5 em três ocasiões diferentes no Reino Unido: foi #4 no seu lançamento original, #2 em 1985 quando o álbum fora relançado (a canção foi barrada por “Into The Groove” também de Madonna) e #5 em 1992 com o lançamento do The Immaculate Collection – na terra da rainha é certificada de ouro por mais de 840 mil cópias e no US conta-se cerca de 260 mil copias digitais. Atingiu também o Top 10 em 40 Charts Oficiais tais como os da Austrália, Alemanha e Irlanda. É a canção favorita da americana e nunca faltou em suas turnês, geralmente ficando entre os atos finais.
LUCKY STAR
Sendo lançada em 8 de Setembro de 1983 apenas nos Estados Unidos, foi o primeiro Top 5 de Madonna na Hot 100 (dos 16 consecutivos que viriam a seguir) e o segundo #1 na Parada Dance. Foi a primeira música escrita após a assinatura do seu contrato para um álbum, e como já fora contado, foi uma das canções que trouxe conflito com o então produtor Reggie Lucas.
Sendo bem recebida pela critica pelo seu apelo dance, foi a definitiva introdução de Madonna na cultura pop, o seu videoclipe que trazia o visual e maneirismo extravagantes dos anos 80 e dançarinos (incluindo seu irmão) fez com que os jovens prestasse atenção e então a considerar como um ícone fashion. Inicialmente, a artista foi contra o seu lançamento como single mas seu empresário foi relutante vendo o potencial da canção. Mais tarde fora lançado como single no UK com o relançamento do álbum e atingiu o peak de #14.
BORDERLINE
Ah, a injustiçada “Borderline”. Sendo composta e produzida inicialmente por Reggie Lucas, foi posteriormente remixada por Benitez e então lançada junto do álbum. Sendo considerado pela critica especializada da década como a musica mais harmonicamente complexa do álbum, fala sobre um amor insatisfeito em meio aos elementos do dance pop.
Foi lançado como single no US em Março de 1984, atingiu o #10 na Hot 100 e é ate hoje o maior chart-run da cantora (junto de Take a Bow) contando 30 semanas, sendo single anos depois no UK onde atingiu a vice-liderança do Chart Oficial e foi Top 10 e 20 em vários países europeus. Em vendas, fala-se em mais de 500 mil copias e 310 mil copias, respectivamente.
BILLBOARD CHART-RUN DO ÁLBUM
190-188-181-178-156-154-145-141-139-123-112-111-104-98-95-87-83-83-78-68-59-53-47-44-40-44-47-51-51-63-71-71-89-87-74-72-67-62-50-38-35-24-22-20-18-18-26-26-25-24-27-26-21-19-16-16-12-10-10-8-8-8-16-22-27-31-37-39-35-35-39-41-47-51-53-60-63-67-67-66-73-82-89-87-82-76-74-74-72-78-84-71-69-73-79-74-73-82-88-103-99-112-122-120-127-127-113-110-115-126-127-141-141-136-154-153-162-156-162-158-171-165-177-179-179-177-170-165-160-167-188-196-190-180-161-153-153-161-159-146-155-173-169-186-179-184-200-199-188-185