DVD Madonna “Re-Invention Tour Parisian Dream”

DVD RIT PARASIAN

Ótimo DVD não oficial “Re-Invention Tour” – excelente filmagem e som – hora telão, hora platéia, filmado em Paris.
Track-listing:

1. The Beast Within
2. Vogue
3. Nobody Knows Me
4. Frozen
5. American Life
6. Express Yourself
7. Burning Up
8. Material Girl
9. Hollywood
10. Hanky Panky
11. Deeper And Deeper
12. Die Another Day
13. Lament
14. Bedtime Story
15. Nothing Fails
16. Don´t Tell Me
17. Like A Prayer
18. Mother And Father
19. Imagine
20. Into The Groove
21. Papa Don´t Preach
22. Crazy For You
23. Music
24. Holiday

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Marie Claire: Para entender Madonna

madonna 03Madonna está chegando, mas parece que nunca saiu de perto da gente. São 25 anos de uma carreira rigorosamente reinventada. Recém-separada, mãe de três crianças e no topo do ranking de mulher mais rica do mercado musical, ela vai continuar esgrimando o tempo. Será esse o segredo para ela ser mito aos 50 anos e de várias gerações? Rita Lee, o diretor de arte Giovanni Bianco e o estilista Dudu Bertholini dão aqui a sua opinião*

Madonna tem a mesma idade de Michael Jackson e Prince. É mais nova que Tina Turner e Cyndi Lauper, e mais velha que Britney Spears e Amy Winehouse. Adivinha qual desses artistas do mundo pop chegou mais longe e consegue se manter no auge apesar da crise do mercado fonográfico, das músicas que são baixadas de graça da internet, dos amores desfeitos ou refeitos, das rugas e dos escândalos públicos? Qual deles, afinal, consegue se reinventar a cada disco? Madonna Louise Ciccone Ritchie.

Americana da provinciana Bay City, no Michigan, a cantora de 50 anos começou a ser comentada quando o videoclipe ainda engatinhava e hoje tem uma fortuna estimada em US$ 600 milhões, boa parte dela vinda de suas históricas turnês.A atual, aliás, passa pelo Brasil neste mês. Chama-se ‘Stick & Sweet’ (algo como Melado & Doce) e tem como base o 11o disco de sua carreira, ‘Hard Candy’ -fora singles, trilhas etc. Só a base, já que ela reinventa clássicos como ‘Into the Groove’ e ‘La Isla Bonita’. Os cinco shows acontecem nos dias 14 e 15, no Maracanã (RJ), e 18, 20 e 21, no estádio do Morumbi (SP). O momento é ótimo para assisti-la ao vivo. Primeiro porque será incrível conferir sua invejável forma física de perto (ou usando binóculos). Depois, ela acabou de se separar do marido de sete anos, pai de dois de seus filhos, o cineasta britânico Guy Richie, dez anos mais jovem. A separação não foi nada elegante. Acusações de homofobia (por parte dele), obsessão pela forma e certa paranóia com o passar dos anos (por parte dela), traição (dela), briga pela guarda dos meninos (ambos) e por dinheiro (a fortuna dela é oito vezes maior que a dele). Nada confirmado, mas a cada semana tem novidade, verdadeira ou falsa. Para completar, Madonna vem soltando piadas ácidas em seus shows. Vai perder?

Mas que mulher é esta que sai loura e musculosa de crises como esta? A folha corrida: já foi taxada de ‘depravada’ e ‘sórdida’; simulou sexo oral com uma garrafa em’Na Cama com Madonna’; questionou sexo ortodoxo em videoclipes e shows; e, para arrematar, foi citada pelo célebre escritor Norman Mailer (1993-2007) como ‘a maior artista viva’. Uma roqueira, um diretor de arte e um estilista tentaram traduzir essa mulher.

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1990 Patrick Demarchelier foi um dos muitos fotógrafos de primeira linha que conseguiram capturar um pouco da alma camaleônica da estrela (aqui); perceba a diferença radical de estilo da cantora
em apenas cinco anos (acima)

 

Ela deve sofrer de solidão criativa’ – Por Rita Lee, cantora e compositora. Ou, como ela se define, Vovó Ritinha

madonna 01‘É pra falar de Madonna? Então vamos botar a mão na massa dela já. Mick Jagger já tem mais de 60 anos e está aí para provar sua força. Mas cada macaco no seu galho. Jagger influencia os véios a se cuidarem para alcançar aquela vitalidade de faraó, enquanto Madonna se mantém ‘jovem’ graças aos tonéis de carvalho das plásticas milagrosas e muita sintonia com os jovens planetários que fazem música também.

Como todo mito, tenho a impressão de que Madonna deve sofrer de solidão criativa. Claro que ela sabe se promover e cutucar a mídia, só que é um pouco marqueteira demais para o meu gosto. Na parte musical, ela se cerca dos melhores autores, produtores e arranjadores que existem no planeta. É quase impossível achá-la ruim, pois sempre se nota nos seus discos um trabalho fantástico de timbres, refrões que grudam, melodias inesperadas. Ao vivo, eu só fico implicando com aqueles eternos bailarinos no palco parecendo a Broadway dos pobres.

Eu era bem mais fã de Madonna do que hoje. Mas, depois que ela aprendeu a caçar pombos com o ex-marido [o cineasta britânico Guy Ritchie], falar com sotaque inglês e se dizer grande conhecedora da cabala, a minha admiração ficou meio abalada. Musicalmente, a fase que mais gosto é a do álbum ‘I’m Breathless’, que ela gravou como trilha sonora para o filme ‘Dick Tracy’. E, de todas as suas provocações, adorei o livro ‘Sex’, em que ela aparece nua num monte de fotografias.

Nesse lance de idade e de ainda ser um furacão, penso que Madonna se sente segura apesar de, repito, sofrer de solidão criativa. A crítica pode até torcer o nariz para os discos de Madonna, mas ela já está numa posição de fazer o que bem entender, quando entender, como entender, com quem entender, onde entender…’

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1993 Os famosos sutiãs à mostra (ao lado): uma mulher libertária, que marcou toda uma geração com suas ousadias; firme no desejo de mudar muito, e o tempo inteiro, Madonna nunca deixou
um fio de cabelo no mesmo
lugar impunemente

No convívio, ela é muito profissional, profissional, profissional’ – Por Giovanni Bianco, 42 anos , carioca, morador de Nova York. Diretor de arte que fez, dentre outros trabalhos, os visuais da capa do disco ‘Confessions on a Dance Floor’ e da ‘Re-Invention Tour’

madonna 02‘Madonna é uma vitoriosa (com ‘v’ maiúsculo), dona de um talento interminável. Mas a sua principal característica de mito resume-se ao fato de ela ser uma trabalhadora incansável! Trabalho, trabalho, trabalho é o seu lema. Esse triunfo de ter o talento, de acreditar e fazer tudo no perfeito ‘timing’ é a sua vitória! No Olimpo pop, ela é a Madonna das madonnas. Rainha total. Amo todos os discos da Madonna. Mas tenho um carinho especial por ‘Confessions on a Dance Floor’.

Trabalhar com ela foi como cursar uma universidade, depois defender uma tese e fazer uma pós-graduação me preparando para um doutorado. No convívio, ela é profissional, profissional, profissional e, obviamente, acessível, mas sempre profissional. Artisticamente, eu não a vejo sem o palco ou sem o disco. O que importa é o conjunto da obra, um está atrelado ao outro.’

Madonna faz parcerias com as pessoas certas’ – Por Dudu Bertholini, 29 anos, paulista, estilista da Néon

‘Noooossaaa, adoro a Madonna!!! A contribuição dela é super importante para a moda no show business. E o que ela tem de mais forte é vestir os looks com muita personalidade. Não é que ela tenha um estilo forte. É a maneira como ela combina tudo, desde o estilo punk até o romântico. A atitude é o diferencial. Além do que ela sempre faz parcerias com as pessoas certas. Na minha opinião, a melhor parceria foi com Jean Paul Gaultier, na ‘Blonde Ambition Tour’ [turnê de 1990] . Outra que destaco foi com a dupla Dolce & Gabbana -que eu nem gosto muito, mas no palco da ‘Girlie Show World Tour’ [em 1993] ficou ótima.

Acho Madonna o máximo, desde os tempos de ‘Like a Prayer’, passando pela turnê ‘The Girlie Show’, pelo livro ‘Sex’ -um grupo de imagens de moda entre os mais fortes produzidos no século 20- e, no mesmo ano, o visual dos clipes do disco ‘Erotica’ [1992]. Ela sempre foi uma agente transformadora, uma mulher autêntica e forte, bem antes do sucesso da série ‘Sex and the City’. Visualmente, hoje em dia, ela não muda muito as coisas. Seguiu o curso do mundo. Mesmo porque ela está acima do bem e do mal.

De todos os figurinos de palco, gosto de repetir, os que eu mais gostei foram os do Gaultier. É demais quando ela entra cantando ‘Express Yourself’ vestindo um terno preto, com cortes na altura do busto, deixando à mostra um sutiã em forma de cone. Depois ela tira a parte de cima do terno e, ao cantar ‘Like a Virgin’, se desfaz da parte de baixo e a gente vê que o que ela está usando é um espartilho prata. Essa é a imagem de uma mulher desejada.

Mas não é tudo que eu gosto. Acho horrível a roupa preta, cheia de zíperes, e as luvas com um monte de penduricalhos que ela usa no clipe da música ‘Jump’. Também não gosto do visual do clipe ‘Give It to Me’ [de ‘Hard Candy’], apesar de ela estar linda. Aos 50 anos ela ainda pode usar maiô, mas aquele look com bota é um pouco menina demais. Ela deveria saber que é importante saber envelhecer. Se eu fosse convidado para fazer um figurino para a Madonna, faria uma roupa de mulher forte, com elementos retrôs e essa característica de provocar a libido de todos os sexos. Fora do palco que acho que ela não tem um estilo pessoal forte. Mas a atitude que ela põe na roupa faz a diferença. Afinal, ser elegante é entender o seu conceito e a sua história.’
*Depoimentos a Apoenan Rodrigues

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Chegar aos 50 anos desta forma não é para qualquer uma; o look é clássico com um toque sadoma-soquista

Como é o show – Por Thiago Lucas, jornalista

madonna 08Uma explosão de energia. Essa é a marca do espetáculo que a rainha pop preparou. Eu já vi, em Berlim. Prepare-se: a performance é tão impecável que chega a ser congelante, de tão calculista. Mas também corajosa e impactante em sua perfeição.

O tempo é o grande personagem do show. Madonna surge sentada num trono, com um cetro que até pode lembrar uma bengala. Mas a imagem de senhora some, dando lugar a uma mulher com um belíssimo par de pernas e glúteos. ‘Candy Shop’ é a primeira canção.

Atenção: há uso de playback e há momentos em que ela se ausenta.Em seu lugar, filmes relembrando sua carreira. A produção não poupou esforços e trouxe até um enorme Cadillac que invade o palco durante ‘Beat Goes On’. Incrível também o visual da produção para ‘Devil Wouldn’t Recognize You’, quando a estrela surge dentro de uma jaula, cercada por projeções e ao som de trovões e efeitos de luzes.

Seu vigor físico é evidente quando ela, por exemplo, pula corda na maior agilidade. Tudo ao som da nova edição de ‘Into the Groove’. Daí ela deixa as cordas para se exibir numa ‘pole dancing’. Segue ‘She’s Not Me’ e, na seqüência, ela desmascara suas bailarinas que, no palco, estão vestidas como suas sósias, cada uma representando uma ‘Madonna’ diferente.

Para alguns, o show é um tanto frio. Exemplo: os fãs que jogaram presentes no palco receberam os mesmos de volta na mesma hora. Nada poderia pôr em risco a coreografia impecável. Depois de duas horas, ela termina ao som de ‘Give It 2 Me’ no mesmo pique de todos os bailarinos, duas décadas mais jovens. Até mesmo o tempo, grande personagem do seu show, se dilui diante dela. Esquecemos até das horas, como crianças numa grande loja de doces.

Matéria da VEJA desta semana: No palco com Madonna

A turnê Sticky & Sweet – que chega ao Brasil em breve – mostra por que a cantora, com forma física impecável aos 50 anos, é insuperável nos shows

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Na quinta-feira passada, em Buenos Aires, Madonna lançou mão de uma única frase em espanhol ao falar com os 60 000 fãs argentinos que assistiram à sua apresentação no estádio de futebol do River Plate. “Estoy linda?”, gritou ela à multidão. Nem todos concordarão com a escolha da palavra. O que não se pode negar é que, com seu corpo diminuto esvaziado de qualquer gordura e mais musculoso que nunca, Madonna conquistou uma extraordinária presença física. Algo que os brasileiros também poderão comprovar entre os dias 14 e 20, quando a cantora americana sobe ao palco no Rio de Janeiro e em São Paulo, quinze anos depois de sua única passagem anterior pelo país. Mais do que sobre transgressão, sexo ou espiritualidade, temas constantes em sua carreira, o show Sticky & Sweet (Grudento & Doce) é uma celebração do corpo – e do corpo de Madonna especialmente, seu vigor e tenacidade aos 50 anos. Ela se contorce em coreo-grafias variadas, caminha incessantemente por uma plataforma de 17 metros e até mesmo pula corda, numa demonstração cabal de condicionamento aeróbico, durante quatro minutos da canção Into the Groove. Embora o show dure exata uma hora e meia, ninguém duvida quando Madonna afirma, num dos versos da canção Heartbeat, que “é capaz de se manter acesa a noite inteira”.

A impressionante forma física que permite que Madonna, aos 50 anos, continue a estrelar o tipo de megaespetáculo que burilou em mais de duas décadas de carreira, é um trunfo particularmente importante no atual momento da indústria musical. Em anos recentes, a internet demoliu o modelo tradicional de negócio das grandes gravadoras. A venda de discos caiu e os shows ganharam relevância inaudita como fonte de receita para os artistas. Em outubro do ano passado, Madonna deixou sua gravadora de longa data, a Warner, e ligou-se à Live Nation, uma das principais promotoras de shows dos Estados Unidos. “Se o paradigma mudou, eu, como artista e mulher de negócios, também tenho de mudar”, declarou a cantora ao assinar o contrato que lhe rendeu 120 milhões de dólares (25 dos quais em ações da companhia). A turnê Sticky & Sweet foi o primeiro fruto da parceria. Estima-se que vá render a soma recorde de 280 milhões de dólares (a marca anterior também era de Madonna: 193 milhões de dólares com Confessions Tour, de 2006). O contrato com a Live Nation estende-se por dez anos. Será mesmo que Madonna espera manter esse pique aos 60? Alguém dirá que Mick Jagger faz exatamente isso – mas ninguém sabe se a mesma boa vontade reservada pelo público a um “dinossauro do rock” vai se estender a uma diva do pop. Dada sua proverbial capacidade de se reinventar, não é improvável que a cantora desenvolva no futuro uma nova fórmula de apresentação. Por enquanto, continua fazendo o que se pede dela, com a excelência que astros mais jovens de seu segmento não conseguem alcançar.

Vários desses astros, aliás, pagam tributo a Madonna em Sticky & Sweet. O palco, que leva cinco dias para ser montado, conta com diversos telões de alta definição, nos quais Justin Timberlake, Kayne West, Pharrell Williams e Britney Spears aparecem para dialogar com a cantora (no meio de tanta dança e agitação, esses são, aliás, os únicos momentos em que ela pára para respirar). Embora quase tudo no show seja coreografado e cronometrado, deixando pouco espaço para improvisações, pequenas mudanças vêm sendo feitas no decorrer da turnê. Em suas primeiras apresentações, por exemplo, Madonna dedicava a canção Miles Away aos “emocionalmente retardados” – uma referência ao cineasta inglês Guy Ritchie, com quem discutia os termos de um divórcio. Recentemente, o casal chegou a um acordo. Ritchie desistiu de embolsar uma parcela da fortuna da cantora, estimada em cerca de 400 milhões de dólares. Divergências sobre a maneira de educar os filhos também parecem ter sido superadas. A farpa dirigida ao ex-marido desapareceu do show. (E, como o tema é vida amorosa, sites e colunas de fofoca dão por certo que o jogador de beisebol Alex Rodriguez, com quem Madonna estaria tendo um caso, virá se juntar a ela nesta semana, no Brasil.)

Outro elemento deixado de fora é um trecho do vídeo que acompanha a interpretação de Get Stupid. Nesse vídeo estapafúrdio, há imagens de líderes e celebridades “malvadas” e “benignas”. Durante a campanha presidencial americana, o candidato republicano John McCain foi incluído no primeiro time, ao lado de carniceiros como Hitler e Pol Pot, enquanto o candidato democrata Barack Obama aparecia na companhia do Dalai-Lama e de Madre Teresa de Calcutá. Definida a vitória de Obama, Madonna, a magnânima, condescendeu em retirar McCain do rol dos monstros. Em sua passagem pela América do Sul, contudo, a cantora não abriu mão de uma agenda política. Na Argentina, encontrou-se com a presidente Christina Kirchner e com Ingrid Bentancourt, a política colombiana que passou seis anos como prisioneira das Farc. No Brasil, deve encontrar-se com o presidente Lula. E daí? E daí nada. Como disse o jornal britânico The Guardian, o verdadeiro gênio de Madonna está em seu corpo. Todo o resto é mera distração.

Shows de Madonna no Brasil também serão gravados

Uma equipe de gravação deverá acompanhar os shows de Madonna no Brasil, na cidade de São Paulo. O empresário Guy Oseary, que acompanha a cantora pela turnê Sticky & Sweet, afirmou aos produtores brasileiros do espetáculo que as apresentações daqui também poderão fazer parte do DVD, que será lançado nas lojas em 2009.

Esta semana, os representantes de Madonna anunciaram que o DVD seria gravado em Buenos Aires, pela proximidade que ela tinha com a cidade depois de rodar o filme Evita por lá. Como garantia de possíveis problemas técnicos, o público brasileiro terá sua chance de aparecer em um material oficial da popstar.

Este ano, Madonna também produz outro documentário sobre sua vida e os bastidores da carreira – o terceiro em 25 anos. Até o momento, já foram lançados Na Cama Com Madonna, da década de 90, e I´m Going to Tell You a Secret, em 2006.

925792 0457 it2Problemas técnicos são corriqueiros nos shows da popstar. O DVD da turnê Re-Invention, de 2004, nunca saiu no mercado porque a apresentação gravada em Portugal estaria com parte do áudio danificado. Há também o registro da turnê The Blond Ambition – o clássico espetáculo em que ela usa o sutiã dos seios pontudos, feito pelo estilista Jean Paul Gaultier -, que, apesar de ter sido exibido na TV americana e européia, nunca teve material lançado em vídeo (salvo uma rara versão em Laser Disc).

Na carreira de artistas internacionais e nacionais também é comum gravar vários registros de apresentações em datas diferentes e uni-los como se fosse uma só, já que o figurino e o palco são sempre os mesmos, na maioria dos casos.

O último DVD ao vivo de Madonna foi o Confessions Tour, gravado em Londres em agosto de 2006. O material chegou às lojas, junto com um CD, em janeiro de 2007.

Madonna se apresenta no Brasil nos dias 14 e 15 de dezembro, no Rio de Janeiro, e 18, 20 e 21 do mesmo mês, em São Paulo. (Terra)

Crítica JB Online: Fãs de Madonna vão ficar de bico seco no Brasil

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Prepare-se: a Lei Seca e a Lei Anti-Fumo vão imperar nos shows que Madonna fará no Brasil nos dias 14 e 15 no Maracanã(RJ) e 18, 20 e 21, no Morumbi (SP). Nesta quinta-feira à noite, no Estádio Monumental de Nuñez (o campo do River Plate), não houve fumaça nem cerveja à vista. Por recomendação do escritório da cantora, é proibido fumar próximo ao palco e vender qualquer tipo de bebida alcoólica. A medida só poderá ser revertida se a Time4Fun, que produz as apresentações no Brasil, convencer os produtores de Madonna. Das 20h, quando começou o set do DJ londrino Paul Oakenfold, até o último pulo e acorde da noite, lá pela meia-noite e meia, não houve nenhum atendimento por excesso de bebida.

A empresa que registra em vídeo os shows em Buenos Aires terá problemas com as imagens. Mesmo quase lotado (quase 66 mil pessoas), o estádio foi encharcado de frieza. Diferentemente do que ocorre tradicionalmente no Brasil, a platéia portenha pouco se mexeu, apesar da aeróbica frenética de Madonna e de seus bailarinos em pouco mais de 2 horas de show e 23 canções e intervalos com vídeos.

O público só acordou quando, apoiada num quarteto acústico (dois violões, violino acústico e acordeon), Madonna interpretou Don´t cry for me Argentina, com a bandeira do país no telão, para regogizo de nossos vizinhos. Como a canção não estava programada no roteiro, é possível que Madonna faça homenagem idêntica no Brasil. Ao fim do show, mais uma tentativa de aproximação, quando ela escolheu um sujeito da platéia para sugerir uma canção antiga. Amparada apenas na base rítmica, Madonna teve que pôr para fora Like a virgin. A Rainha do Pop apontou o microfone ao rapaz e disse: “Você, que música você quer ouvir no show?”. Emocionado, Tomaz, que ela citou como “Tomis”, logo depois passeava como estrela nos arredores do palco.

O show de Madonna é espetaculoso, grandioso como habitual, de roteiro fechadinho, grooves pesados – até uma onda de guitarra thrash metal se empresta em canções como Hung up. Luzes, telões, imagens de todas as formas, referências pop. Um show de Madonna tradicional. Aquele que não se pode perder. Mas… não arrisque. Não leve cigarros e beba antes. E não se preocupe com ingresso: Há 12 mil convites ainda à espera de comprador na bilheteria para o segundo dia (15) de Madonna no Rio.

Crítica O DIA: Madonna em ponto de bala na Argentina

Abrindo sua fantástica fábrica de doces na América do Sul com show para 66 mil pessoas em Buenos Aires, diva mostra que quem é rainha nunca perde a majestade

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Não interessassa se ela é coroa, como apregoam seus críticos mais ácidos. Aos 50 anos, Madonna continua superando os próprios limites em apresentações impecáveis, como a que foi vista na última quinta-feira, em Buenos Aires, Argentina, abrindo a turnê de 11 shows na América do Sul.

Nem o estresse da véspera — o show de quarta-feira teve de ser adiado para quinta por conta do atraso no vôo que levava parte dos equipamentos — tirou o brilho da noite. A estrela estava extremamente simpática com a platéia de 66 mil pagantes.

Uma platéia um tanto fria, é verdade, mas que despertou do estupor quando ela disparou ‘Don’t Cry For Me Argentina’, que cantou pela primeira vez ao encarnar no cinema a ex-primeira-dama do País, Evita Perón.

Às 20h, o DJ Paul Oakenfold começou os trabalhos. Depois, silêncio até as 21h50, quando a diva surge no trono cantando ‘Candy Shop’, seguida de ‘Beat Goes on’, de seu CD ‘Hard Candy’.

Trata-se de um show feito sob medida para uma senhora de 50 anos no auge da boa forma — mas sempre uma senhora. Daí vem um aparato tecnológico de deixar o queixo caído, que exige menos acrobacias da estrela. Os cenários são quase todos virtuais, passados nos telões de altíssima definição, e a qualidade do som, irrepreensível. Fica impossível reproduzir em palavras a grandeza do apuro eletrônico: é preciso ver para crer.

Os bailarinos e as ‘backing vocals’ têm menos personalidade do que nas outras turnês. Em ‘Sweety’, Madonna é absoluta. Ainda na primeira parte, surge Britney na tela fazendo duo em ‘Human Nature’, e ‘Vogue’.

Em seguida, um intervalo para um clipe de ‘Die Another Day’, abrindo a seção boxeadora. Zica: o ringue montado para servir de cenário aos bailarinos-lutadores se desmonta, mas Madonna dá um nocaute no problema aparecendo de shortinho vermelho para um dos grandes momentos, ‘Into the Groove’ remixada a ‘Jump’. Seguem inúmeros solos com guitarra em ‘Ray of Light’ e nas versões roqueiras de ‘Borderline’, ‘Miles Away’ e ‘Hung Up’.

A cantora dedica ‘She’s Not Me’ “às melhores amigas que roubam seu namorado” e trava uma luta sensual com seus clones — uma bailarina recebe um beijo na boca da diva, repetindo a cena que ela viveu com Britney no MTV Awards.

O figurino da terceira parte do show é o mais acertado — um vestido Givenchy com colares de muitas voltas. Ela inicia com ‘Devil Wouldn’t Recognize You’ e ‘Spanish Lesson’ e termina com ‘La Isla Bonita’ e um grupo de música cigana entoando ‘Doli Doli’. Depois, ‘You Must Love Me’ e ‘Don’t Cry For Me Argentina’. Um vídeo com o rosto de Barack Obama ao som de ‘Get Stupid’ anuncia a parte final. Justin Timberlake aparece em telas que dançam com Madonna em ‘4 Minutes’ e mensagens cabalísticas ilustram ‘Like a Prayer’.

Quando ela pede a um rapaz da platéia que escolha uma de suas músicas antigas para cantar à capela, ele grita ‘Like a Virgin!’. Uma dica: o sortudo que escolhe a música fica sempre do lado direito do palco, na chamada ‘platéia vip’, que por aqui custa R$ 600 e está com lotação esgotada, ao contrário dos demais ingressos, ainda disponíveis. ‘Give it 2 Me’ encerra a apresentação.

Mulheres de 50 anos viram causa da diva pop

A mulher que inventou os shows-videoclipes é um caso único de artista pop que permanece no trono há mais de 25 anos e prepara-se para faturar R$ 600 milhões na turnê mais rentável da História. Quinze anos depois de deixar os brasileiros fascinados com ‘The Girlie Show’, Madonna volta ao País no próximo domingo, dia 14, diferente: religiosa, mãe de três filhos e recém-divorciada pela segunda vez.

Talvez isso se reflita na platéia, em que, pelo menos na Argentina, viam-se menos gays-seguidores e mais famílias com crianças e mulheres maduras. A mocinha que quebrou tabus e virou de cabeça para baixo os costumes ao longo dos anos 80 e 90 levanta nesta turnê a bandeira de um novo tipo de revolução: a das mulheres de 50 anos, para quem a vida está apenas começando e deve ser saboreada como um doce sem medo de ser feliz. Não pense duas vezes: é hora de esquecer a dieta e correr para o Maracanã.

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CRÍTICA ESTADÃO: A força da deusa confusa e contraditória

Madonna é o maior espetáculo do pop; e o que ele tem de mais superficial

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É o maior espetáculo do pop. E é também o espetáculo mais superficial do pop, com concepções flácidas do que seja religião, política, sexo, misticismo, folclore, arte, emancipação. Madonna é uma deusa confusa, contraditória, e essa que é sua fraqueza ela converte em força, o que emociona às vezes. Também é certo que Madonna é a artista que mantém a mais alta ambição do show biz em pleno funcionamento, um rolo compressor entre orgânico e eletrônico respirando e engolindo tudo em volta como um buraco negro espacial.

Durante duas horas, iniciando-se a partir das 21h47 e chegando perto da meia-noite, o primeiro show da diva em terras sul-americanas após 15 anos trouxe altas doses de diversão maciça para um público de cerca de 60 mil pessoas no estádio do River Plate, em Buenos Aires, na noite de quinta-feira. O trânsito ficou um inferno nas imediações do estádio, que estava completamente tomado. O público a recebeu em êxtase, sedento de todas as personas que a cantora criou ao longo de 24 anos de carreira. Havia muitas meninas de 10, 12 anos na platéia (órfãs de Britney, esnobadas por Avril, só parecem confiar agora na velha cortesã do pop), assim como bibas de todos os quadrantes, senhoras de botinha e chapéu de caubói, famílias, namorados, ricaços em busca de diversão, travecos e curiosos.

Madonna entra em cena dentro de um cubo metálico, que se abre enquanto ela canta a primeira canção, Hard Candy, e as paredes desse cubo vão se tornando telas gigantes portáteis que a acompanham em formas e locais diferentes durante todo o show, erguidas por cabos. Dentro da caixa, engrenagens que se mexem, como se acionadas, e bolas de sinuca e giletes e relógios vão se sucedendo na engenhoca até o grand finale, quando a cantora surge sentada em um trono, de cartola e maiô.

Depois, Madonna vai montada num Rolls Royce branco até o meio da platéia, que é alcançada por meio de uma passarela com esteiras rolantes. Ao longo de um set de 23 canções, Madonna revisita todas suas fases e é até mesmo crítica em relação à construção da sua personalidade, “destruindo” todas suas personas (representadas por suas bailarinas com roupas e perucas de material girls).

Madonna arranhou algum espanhol (“Están listos?”, dizia), apresentou uma de suas bailarinas como argentina e fez o diabo. Deve ter dançado sobre a passarela de 17 metros, indo e voltando, ao menos umas 50 vezes durante o show, o que a torna uma atleta invejável, uma maratonista. Embora não tenha visto a Alinne Moraes na novela das 8, Madonna está de franjinha e cabelo loiro comprido. A cantora simulou sexo com sua guitarra (fumando um cigarrinho depois), encenou sexo no chão, de quatro, com um dos seus bailarinos, e simulou de leve uma masturbação – mas tudo de forma fugaz e indiferente. A herança de Mapplethorpe, que ela empunhou em Sex, hoje virou apenas décor, cenário, pasmaceira.

Há muita simulação de outra ordem também no show. O DJ que finge fazer um scratch, os bailarinos de dreadlocks que fingem conhecer algo do teatro kabuki, Madonna tentando cantar rock and roll de verdade em Bordeliner (momento constrangedor, a voz dela não se presta a isso), Madonna querendo tocar uma guitarra Les Paul negra, mas sem os dedos nas cordas.

Madonna também faz seu comentário político, alternando em seu telão imagens de Lennon, Bob Geldof, Martin Luther King, Bono e Obama, enquanto tece críticas ao consumismo, à guerra e ao aquecimento global. Eficazes como um picolé de limão, seus comentários esquizofrênicos não se prestam a muita coisa além de aliviar a própria consciência. É a mesma coisa quando a religião é o tema. Há uma sucessão de frases atribuídas a Jesus, Shiva, Maomé e Alá (talvez até Paulo Coelho) desfilando à frente dos olhos, mas todas clichês de auto-ajuda, algumas desfiguradas de seu sentido. Madonna, messiânica de butique, vai encaçapando seu público, agora hipnotizado.

Em dado momento, ela pára toda a parafernália e diz que vai pedir a alguém da platéia que escolha uma música. Aponta para alguém. O sortudo é um garoto argentino de 25 anos, Tomás Corbalán, que escolhe Like a Virgin, o que provoca protestos de um grupo de brasileiros. “Eu sabia que ela não ia cantar essa música essa noite e resolvi pedir. Gostei de Don?t Cry for me Argentina, mas não penso apenas como argentino, eu acompanhei os muitos sentimentos de todas as partes do show com emoção”, afirmou Tomás, que é músico e diz que vai lançar seu próprio disco em três meses.

A partir da canção La Isla Bonita, Madonna canta acompanhada de ciganos romenos (dois violões, acordeão e violino), e promove uma “festa no acampamento”, com uma Carmen de cartão-postal dançando em volta da “fogueira”. O show chega ao fim como uma grande rave, com um set que termina com Give It 2 Me. Madonna conclama todos para a festa, e diz: “Argentina, é bom estar de volta”, e dança, pula corda, luta boxe e faz virar animação a arte pop-rupestre de Keith Haring.

Nas laterais do palco, uma letra M gigantesca, bordada com diamantes estilizados, parece mimetizar o símbolo do McDonald?s, mas o sanduíche aqui é só para quem pode, é caro e requer iniciação. É esse circo de força, poder, magia eletrônica e idolatria que desembarca no Maracanã nos próximos dias, encabeçado por uma mulher pequena e musculosa de 50 anos que luta como um leão contra a crueldade do tempo.

Link da matéria.

Madonna indicada a 2 grammys

Madonna levou 2 indicações ao 51st Annual Grammy Awards, prêmio que só será revelado o ganhador em fevereiro de 2009. Ela concorre com “4 Minutes” na categoria Best Pop Collaboration e com “Give It 2 Me” na categoria Dance Recording. O remix para “4” Junkie XL Remix foi indicado na categoria Best Remixed Recording. Confira os concorrentes:

Category 8: Best Pop Collaboration With Vocals

Lesson Learned, by Alicia Keys & John Mayer
4 Minutes, by Madonna, Justin Timberlake & Timbaland
Rich Woman, by Robert Plant & Alison Krauss
If I Never See Your Face Again, by Rihanna & Maroon 5
No Air, by Jordin Sparks & Chris Brown

Category 12: Best Dance Recording

“Harder Better Faster Stronger”, by Daft Punk
“Ready For The Floor”, by Hot Chip
“Give It 2 Me”, by Madonna
“Disturbia”, by Rihanna
“Black & Gold”, by Sam Sparro

Bem, na primeira categoria eu votaria em 4 Minutes mesmo, mas em melhor canção dance, ficaria entre Give It 2 Me e Black & Gold.

Os shows mais lucrativos EUA 2008

O site Pollstar divulgou um top com os 20 shows mais lucrativos de janeiro a novembro de 2008 na América do Norte.

Madonna lídera a lista com um lucro de 6 milhões de dólares em média por show. Outros nomes pop na lista são: New Kids On The Block, Janet Jackson e Celine Dion. Veja:

1. Madonna; US$6,029,779
2. Celine Dion; US$2,413,812
3. Elton John; US$2,288,159
4. Neil Diamond; US$1,082,091
5. Rascal Flatts; US$910,096
6. New Kids On The Block; US$792,401
7. Janet Jackson; US$757,653
8. Journey; US$746,837
9. Luis Miguel; US$704,033
10. Santana; US$428,775
11. Counting Crows/Maroon 5; US$372,888
12. Robin Williams; US$356,307
13. So You Think You Can Dance; US$321,681
14. Carrie Underwood; US$298,717
15. David Copperfield; US $284,024
16. Jeff Dunham; US$248,851
17. Weezer; US$238,021
18. Maxwell; US$184,314
19. Sigur Ros; US$166,451
20. Music Builds Third Day/Switchfoot; US$140,195

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