Como especulado, Madonna enfrentou o calor do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 7, durante visita à favela de Vigário Geral, na Zona Norte carioca.
Acompanhada do namorado, o dançarino Brahim Zaibat, e do filho, Rocco, a rainha do pop foi à sede do AfroReggae, onde assistiu a apresentações de música ao vivo, performances de malabarismo e acrobacia, além de percussão tocada pelos meninos da ONG.
Madonna “pirou” com a apresentação dos ritmistas ao som do samba afro com batidas de Olodum. Bateu palmas e fez valer sua condição de turista.
Quem mais se empolgou, no entanto, foi Rocco, que saiu da arquibancada e dançou com os meninos do AfroReggae.
A chegada de Madonna à favela foi cercada de polêmica. As laterais da Praça Tropicalismo, onde fica o palco do AfroReggae, foram fechadas, o que revoltou os moradores.
O motorista Luiz Antonio, que vive na comunidade, ficou inconformado: “Somos mais de 67 mil moradores, o espaço é para a nossa cultura e a gente está proibido de se aproximar. É revoltante demais”, disse ele.
Uma das crianças do AfroReggae contou que Madonna exigiu a interdição. “Ela pediu para fecharmos tudo, não queria fotos e disse que se estivesse aberto ela iria embora.”
Para acalmar os ânimos, Schneider Pinheiro, diretor do AfroReggae conversou com a população. “Sentimos muito pela comunidade, mas foi um pedido da segurança pessoal dela manter esse isolamento. A gente lamenta mesmo.”
Os moradores, no entanto, continuaram revoltados e rasgaram parte da lona com um canivete. Laisa, de 12 anos, alega ter sido agredida por um segurança de Madonna. “Minha filha só queria ver de longe a Madonna e acabou agredida. Ela tem anemia e nesse calor insistiu para vê-la”, disse Andressa, mãe de Laisa.
O diretor do AfroReggae assumiu ter perdido o controle da situação. “Quando soube da agressão, procurei um policial e vim até aqui fora para ver. É uma situação que fugiu ao nosso controle, pois se trata da segurança internacional dela”, afirmou Schneider.