Tori Amos abre o jogo sobre o preconceito da idade
em entrevista ao jornal americano The Guardian.
THE GUARDIAN: AS MULHERES MAIS VELHAS ESTÃO SENDO MUITO CRITICADAS. MADONNA SOFREU MUITO QUANDO CAIU NO BRIT AWARDS.
Tori Amos: Me diz uma coisa. Houve muita maldade contra ela?
THE GUARDIAN: HOUVE MUITOS COMENTÁRIOS MALDOSOS NO TWITTER.
Tori Amos: Madonna é uma artista. Há pouquíssimas pessoas que levantariam daquele chão. O tombo não foi culpa dela, mas foi por ela que a performance continuou. Algumas críticas vêm tanto de mulheres, quanto de homens. Ela toma decisões e é capaz de coisas que muitos de 20 e poucos anos não são; ela se levantou e se recusou a se envergonhar. Acho que as pessoas querem que ela se envergonhe e se encaixe num papel aceitável à idade dela. Fico triste por não aceitarmos Madonna e dizermos: “Uau, esta artista se expressa desta forma”.
THE GUARDIAN: QUAL FOI SEU MAIOR MICO NO PALCO?
Tori Amos: Eu caí do banco do meu piano muitas vezes, mas há algo que te faz levantar. Micos acontecem, microfones caem – acabei tocando de joelhos, pois o microfone não aguentou a queda, então toquei sem pedal. Só de você continuar e não sair do palco pra se recompor, só de conseguir fazer isso, já é muita coisa. Você não precisa concordar com as escolhas de figurino de Madonna, ou com a forma dela ver a própria sexualidade, mas podemos admirá-la por ainda fazer o que faz.