The Jonathan Ross Show e Madonna: fascinante Rebel Heart

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Aos 56 anos, a Rainha do Pop ainda tem presença e carisma – e possui muito mais beleza natural do que as desfavoráveis fotos dos paparazzi sugerem (The Sun). Madonna cantou o single “Living For Love” e “Ghosttown” no programa.

Poucas pessoas são consideradas importantes o bastante pra ocuparem sozinhas o sofá de veludo laranja do apresentador Jonathan Ross; até mesmo grandes astros de Hollywood brigam por um espaço com membros de boybands e comediantes.

Madonna é a exceção – o novo álbum pode até não ter chamado tanta atenção quando trabalhos anteriores (o single Living For Love foi até rejeitado pela Radio 1, da Inglaterra, aparentemente por Madonna ser “velha demais”. Ai!), mas ela ainda é considerada fascinante o bastante para ocupar uma hora do programa de Ross.

O especial provou que a dupla formou uma boa combinação: ambos têm praticamente a mesma idade, o que indica que ele a entrevistou regularmente ao longo da carreira. Havia claramente mais confiança e interação do que nunca e Ross pôde fazer perguntas mais capciosas, além de gentilmente zombar dela – algo que ela nunca tolerou.

Ele começou perguntando sobre o tombo nos Brit Awards, que já virou notícia velha, mas que teria sido um furo de reportagem quando a entrevista foi gravada, dias depois do evento. Muito mais interessante foi ela admitir que às vezes, apesar de parecer ser intocável, ela se importa com o que as pessoas pensam. “Há momentos em que a opinião das pessoas me afeta”, ela revelou. “Todos acham que uso uma armadura, mas, às vezes, fico magoada com o que eles dizem”.

Um assunto potencialmente embaraçoso foi o relacionamento dela com o irmão Christopher, que escreveu um livro de revelações anos atrás. A dupla se reconciliou, embora o olhar frio dela tenha sugerido que os Ciccones ainda não fizeram as pazes de verdade.

Ela também mencionou o casamento fracassado com Guy Ritchie, cuja culpa ela pôs naquele velho clichê de Hollywood: “agendas cheias e sem nenhum tempo livre”. Atualmente, ela está solteira e na pista. “O homem certo não se intimidaria comigo. Sou meio antiquada e gosto quando alguém toma a iniciativa”, disse ela. Um dos momentos mais engraçados foi quando ela perguntou a Ross se ele estava solteiro também. “Eu não, mas acho que conseguiria um passe livre pra você”, admitiu ele.

Muitas respostas dela foram roteirizadas, mas ela pareceu encurralada quando ele a perguntou sobre a onda atual de popstars sem roupa, como Miley Cyrus, influenciadas pelo sucesso dela: “É parte da evolução das mulheres na indústria do entretenimento” foi a resposta convicta dela. “As mulheres são sempre consideradas objetos dos homens, então eu prefiro ser um objeto pra mim mesma”.

Mesmo ao dizer frases de efeito, é fascinante assistir a Madonna: aos 56 anos, ela ainda possui muito mais beleza natural do que as desfavoráveis fotos dos paparazzi sugerem. Enquanto as duas performances ao vivo dela não foram tão memoráveis, ela ainda tem presença e carisma. A ideia de fazer “comédia sentada” no futuro, na qual ela contaria estórias engraçadas enquanto bebe com um público ao vivo, parece mais atrativa do que outro álbum.

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