Uma declaração da Madonna sobre o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi (aquele que vive envolvido em escândalos políticos e sexuais) gerou um tornado de críticas contra a popstar na Itália.
Perguntada ontem durante a coletiva de imprensa de seu filme W.E., em Toronto, o que ela achava de Berlusconi, respondeu: “Eu não iria falar sobre isso agora. Mas o The Economist já disse tudo, não? “.
Ela se referia a matéria de capa do jornal britânico em que ele foi tema sob o título “Por que é incapaz de comandar a Itália”. E a polêmica começou.
O primeiro a se levantar contra foi Carlo Giovanardi, subsecretário para a Família. E pegou pesado: “Suas opiniões políticas não significam nada. O que você espera de quem é a favor das famílias homossexuais? Entre outras coisas, a Sra. Ciccone é abertamente a favor das famílias homossexuais, e isso é claramente contra a nossa cultura e Constituição que não incluem famílias gays. Ela pode ter a Inglaterra como exemplo de boa cultura mas todo mundo sabe que ali há um esgotamento das estruturas familiares, uma desintegração total da sociedade.”
Já Daniela Santanche e Gabriella Carlucci, deputadas, acusam Madonna de negar suas origens italianas. Nervosa, Santanche pede o boicote no novo filme e diz que Madonna aproveitou a situação para promovê-lo: “O que dói mais é que essas celebridades são particularmente atentas para lançar seus produtos e, sem escrúpulos, fazer o seu marketing na pele dos italianos. Estou realmente surpresa por essas declarações contra Berlusconi e os italianos. Isso vai contra a escolha democrática de milhões de italianos que queriam e votaram com convicção neste governo. Ela tem sangue italiano e deixou milhares ofendidos.”
“Lamento muito que Madonna endossou os argumentos do The Economist sobre um país como a Itália que ela ama e tem origens”, diz Gabriella Carlucci.