Madonna irá embarcar em uma turnê internacional para promover o novo álbum Rebel Heart, numa jornada em arenas que levará a cantora em lugares não-visitados em décadas, se é que alguma vez ela não foi lá. Ainda espera-se um anúncio oficial da produtora Live Nation.
A Turnê Rebel Heart começa no dia 29 de agosto, na arena American Airlines, em Miami. Será o início de uma viagem pelas arenas norte-americanas, que correrá de 25 a 30 shows até outubro, com datas a serem adicionadas de acordo com a venda de ingressos. Daí, Madonna vai pro Reino Unido e resto da Europa para mais 20 shows, começando em novembro até a terceira semana de dezembro.
No início de 2016, Madonna levará Rebel Heart à Ásia e Austrália, com as datas sendo anunciadas no fim de março. Toda a turnê será produzida pela Live Nation, conduzida pelo presidente Arthur Fogel. Rebel Heart será a quinta turnê de Fogel com Madonna, em uma relação que já rendeu mais de US$ 1 bilhão em venda de ingressos, com 7,8 milhões deles vendidos em 289 shows. É uma média incrível de US$ 3,8 milhões e 27.227 pessoas por show, o suficiente para fazer de Madonna a cantora com a maior venda de shows no mundo.
Fogel, que também conduzirá a turnê Innocence + Experience, do U2 (que começa em 14 de maio, em Vancouver), e a turnê Cheek To Cheek, de Lady Gaga e Tony Bennett (que vai até julho), está otimista quanto aos planos de Madonna, principalmente com a recepção da nova música dela. “Tudo que tem acontecido é incrivelmente positivo”, disse Fogel. “Ela não apenas é a maior estrela, a reação às novas músicas tem sido incrível”.
Algo parecido à última turnê de Madonna, a MDNA (com vendas somando US$ 305 milhões, 2,2 milhões de pagantes e 88 shows), o novo disco virá com ingressos, que começa a ser vendido em 9 de março. Isto irá expor o álbum a mais fãs, uma vez que a venda de ingressos de Madonna – e da maioria dos astros – excede a venda de álbuns no mercado de hoje. “Sério, o segredo é fazer a nova música alcançar o maior número de pessoas possível. E unir os dois (álbum + ingresso) é um jeito óbvio de fazer isso”, segundo Fogel.
O vazamento bastante conturbado das demos não-finalizadas das músicas de Madonna no mês de dezembro forçou um trabalho imediato por parte da equipe de Madonna (Guy Oseary pela Maverick) e da gravadora (Interscope/Maverick), que rapidamente finalizaram seis faixas para oferecer gratuitamente à pré-venda do álbum no iTunes. Entretanto, o vazamento – e todas as prévias – focaram nas novas músicas de Madonna, o que só pode ser visto com bons olhos no que tange à organização de uma turnê mundial. “É meio estranho como tudo isso começou, mas deu tudo certo em relação a comprometer as pessoas à nova música. Tudo que nos ajuda é bom, mesmo que aconteça de maneira estranha”, afirmou Fogel.
As apresentações maravilhosas no Grammy e no Brit Awards deram mais um gostinho à nova fase, apesar do tombo de Madonna ter quase feito a equipe da rainha do pop e do Brit Awards enfartar, já que a produção do efeito amarrou a capa ao invés de só fazer um laço, como mesmo disse Madonna. Fogel ficou muito animado com a etapa asiática da turnê. “Ela nunca tocou no sudeste da Ásia, e faz mais ou menos 25 anos que ela não vai à Austrália ou Nova Zelândia”, pontuou ele. “É meio bizarro de se pensar que uma estrela desse porte nunca foi a um lugar tão comum em turnês por 25 anos”.
Quando Fogel começou a trabalhar com Madonna em 2001, apesar dela já ser uma estrela internacional, ela não era conhecida pelas grandes turnês. “Provavelmente, ela não estava na lista das maiores turnês. Desde então, temos viajado por todo o mundo, mas a Ásia e a Austrália realmente são os últimos grandes territórios a serem percorridos ao longo de 15 anos de turnês”, relatou.
Nenhum patrocinador foi selecionado para a turnê, apesar do grupo Citi oferecer uma pré-venda em muitos países. A escala de ingressos é a mesma das últimas turnês de Madonna, com o preço maior indo de US$300 a 350, chegando a US$ 35. Um show de abertura ainda não foi confirmado, apesar de algum DJ provavelmente abrir os shows.
A última turnê de Madonna, em 2012, foi um enorme sucesso, arrecadando US$305 milhões e vendendo 2,2 milhões de ingressos em 88 shows. As turnês anteriores com Fogel incluem a Sticky & Sweet Tour em 2008 e 2009 (com arrecadação de US$408 milhões e 3,5 milhões de ingressos vendidos, a maior turnê de uma cantora); a Confessions Tour em 2006 (com arrecadação de US$194 milhões e 1,2 milhão de ingressos vendidos em 60 shows); e a Re-Invention Tour em 2004 (com US$125 milhões arrecadados e público de 900.784 pessoas).
Esta também será a terceira – e, presumidamente, última – turnê de Madonna sob um contrato de 10 anos assinado com a Live Nation em 2007, no valor de US$120 milhões. O futuro desta parceria é uma surpresa, uma vez que a empresa Maverick Management de Guy Oseary (que também inclui o U2 e um contrato similar com a Live Nation) agora é parte da Artist Nation, a divisão de gerenciamento de artistas da LN. Inicialmente, o contrato Live Nation/Madonna incluía material de gravação (além de turnês, produtos, fã-clube/site, DVDs, patrocínios e outros projetos musicais), mas esses direitos foram vendidos à gravadora Interscope em 2011 por US$40 milhões, em um contrato de três álbuns, dos quais Rebel Heart é o segundo. (Billboard)