Madonna está frustradíssima. O projeto de seu segundo filme, “W.E.”, sobre a abdicação do Rei Edward VIII, foi comprometido pela desistência de suas duas estrelas principais. Além disso, a produção perdeu seu produtor e sua diretora de casting, que saíram de cena alegando diferenças criativas.
Ewan McGregor, que Madonna queria ver como o rei britânico, nem precisou se explicar muito, já que nunca tinha confirmado oficialmente que faria filme. Por sua vez, Vera Farmiga, indicada ao Oscar por “Amor Sem Escalas”, atribuiu sua desistência a “razões familiares”.
Um dos integrantes da equipe revelou que Madonna é incapaz de delegar e trabalhar num projeto colaborativo, o que é fatal no meio cinematográfico, já que filmes são resultados de esforços coletivos. A fonte, citada pelo jornal britânico Daily Mail, foi além, alfinetando: “Todos os diretores são exigentes – não há nada novo nisso -, mas é uma arte fazer isso com graça e boas maneiras”.
Previamente, Madonna só tinha dirigido “Sujos e Sábios” (2008), destruído pela crítica e que acabou saindo direto em DVD nos EUA,
Abbie Cornish (“Um Bom Ano”) ainda permanece comprometida com a produção. Ela deve interpretar Wally Winthrop, uma jovem fascinada pela história do rei que abdicou do trono da Grã-Bretanha para se casar com uma americana divorciada, Wallis Simpson.
A história que abalou o Reino Unido em 1936 seria contada em flashbacks. Em uma das cenas do roteiro, descrita como absurda por um dos desistentes, a jovem teria visões da Wallis Simpson ao som de “Anarchy in UK” e “God Save the Queen”, dos Sex Pistols.
Além de dirigir, Madonna também divide o roteiro de “W.E.” com Alek Keshishian, diretor do famoso documentário “Na Cama Com Madonna” (1991) e da dramédia “Amor e Outros Desastres” (2006) com Brittany Murphy.
As filmagens de E.W. deveriam começar no meio do ano em Londres, Nova York e na Riviera Francesa, mas agora não se sabe se o filme vai realmente acontecer.