Coletiva de Madonna em Veneza
Filme de Madonna divide receptividade
Madonna pode ser a “rainha do pop”, mas sua coroa como diretora de cinema escorregou nesta semana depois que as primeiras críticas sobre seu segundo filme “W.E.” avaliaram sua produção entre mediana e ruim.
O filme, que teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza na quinta-feira, é vagamente baseado no relacionamento da norte-americana divorciada Wallis Simpson, cujo caso com o rei britânico Edward 8 levou à sua abdicação.
Madonna disse que era fascinada pela história há algum tempo, pensando em por que um homem faria um sacrifício tão grande por amor.
Andrea Riseborough interpreta Simpson e Abbie Cornish faz uma mulher moderna que se torna obcecada com a pessoa que provocou uma crise constitucional em 1936.
O jornal britânico The Guardian não poupou os sentimentos de Madonna, dando apenas uma de cinco estrelas em uma crítica.
“Será que Madonna está sendo sincera aqui?”, disse Xan Brooks.
“Se for, seu filme é mais risível do que tínhamos qualquer direito de esperar; uma tolice enfeitada, um peru que sonhou que era um pavão.”
Outros foram menos condenatórios, apesar de o tom geral das críticas ser negativo, e um site satirizou dizendo que pode estar na hora de a cantora de 53 anos se abdicar de sua carreira como cineasta.
Todd McCarthy do Hollywood Reporter opinou: “A segunda investida de Madonna na direção (de cinema) é agradável para os olhos e os ouvidos, mas falta qualquer coisa para alma.”
E Mark Adams, crítico-chefe do Screen Daily, escreveu: “Madonna tem grandes ambições ao encarar amor, celebridade, fama, abuso e decepção, muitas vezes atingindo seus objetivos — e às vezes não — mas sempre oferecendo imagens que são lindamente filmadas e montadas.”
Ele destacou a interpretação de Riseborough, que descreveu como sendo “bem brilhante”.
O Daily Telegraph deu a “W.E” três de cinco estrelas, enquanto Baz Bamigboye do Daily Mail fez alguns elogios.
“Muitas pessoas vão odiar, simplesmente porque foi feito por Madonna”, escreveu. “Mas se eles fossem assistir sem saber quem dirigiu o filme, teriam uma surpresa agradável. Eles podem até achar divertido, apesar de em algum momento terem de se perguntar se Madge cometeu uma traição.”
Madonna surge belíssima e de óculos escuro no tapete vermelho do Festival de Veneza
Madonna e seus looks no Festival de Cinema de Veneza têm sido os grandes protagonistas do evento. Depois de esbanjar beleza à tarde, durante a conferência de imprensa, com um conjunto monocromático (vestido e par de saltos) Yves Saint Laurent, a rainha do pop surgiu em um belíssimo vestido de cauda longa de grife ainda não identificada.
Madonna, diretora, rouba a cena no Festival de Veneza
O furacão Madonna roubou a cena do 68º Festival de Veneza, na manhã desta quinta-feira, onde veio exibirW.E., seu segundo trabalho como diretora, fora da competição. Cercada por um forte esquema de segurança, a popstar americana participou da concorrida coletiva imprensa de seu novo filme, que se debruça sobre o polêmico romance entre Edward VIII, herdeiro do trono inglês, e a divrociada americana Wallis Simpson, nos anos 30.
“O roteiro de W.E. é resultado de anos de pesquisa”, informou a cantora de 53 anos, para a gigantesca plateia de jornalista que se apinhou no salão de coletivas do Casinò, bunker erguido na década de 30. “O romance entre Wallis e Edward, que viriam a se tornar duque e duquesa de Windsor, fala de um mundo de luxo, beleza e de uma certa decadência também. Tentei refletir esse universo em filme, e deixar claro que luxo e glamour nem sempre são garantia de felicidade”, disse;
Sujos e sábios (2007), a primeira incursão de Madonna no cinema, que mereceu première no Festival de Berlim, teve recepção medíocre em quase todo o planeta. A cantora afirmou, no entanto, que é um amante do cinema desde criança, e que sabia que um dia viriar a dirigir filmes. “Fui casada com Sean Penn e Guy Ritchie, que são grandes diretores, e eles sempre me encorajaram a dirigir filmes”, revelou a estrela.
A passagem de Madonna ofuscou os filmes da competição do dia, Carnage, de Roman Polanski, e Warriors of the rainbow: Seediq Bale, de Wei Te-Sheng. Polanski, que não vieo à Veneza, foi representado por Kate Winslet, Jodie Foster, Christoph Watz e John C. Reilly, atores do filme, e a escritora e dramaturga Yasmina Reza, autora da peça que inspirou a produção.
| Fonte: VEJA|
Madonna agradeceu aos seus ex-maridos o impulso que estes deram à sua carreira no cinema
Madonna, que está no Festival de Cinema de Veneza a apresentar o seu novo filme, “W.E”, foi casada com o actor e realizador Sean Penn e o realizador Guy Ritchie e é a eles que atribui parte da responsabilidade por ter decidido dedicar-se também às áreas da representação e realização, no grande ecrã. “Eu costumo sentir-me atraída por pessoas muito criativas e foi por isso que me casei com o Sean Penn e com o Guy Richie, dois realizadores muito talentosos. Os dois encorajaram-me enquanto realizadora e pessoa criativa a fazer o que fiz e deram-me muito apoio”, revelou Madonna aos jornalistas, na sessão de apresentação de “W.E”.
O filme que a artista dirige é um drama que conta a história de Wallis Simpson, uma americana divorciada com quem o rei inglês Eduardo VIII teve um caso e que o levou a abdicar do trono. A película agradou a alguns críticos que consideraram refrescante a abordagem ficcionada de um episódio da história da família real britânica.
Madonna apresenta o longa W.E. em Veneza
Se você assistiu a “O Discurso do Rei”, sabe que o monarca gago assumiu o trono quando seu irmão, Edward VIII, renunciou para se casar com a divorciada norte-americana Wallis Simpson. Esse caso, chamado pelas revistas de celebridades da época de “o caso de amor do século”, foi o tema escolhido por Madonna para “W.E.”, que passa fora de concurso em Veneza. “Falou-se muito de tudo a que Edward renunciou para ficar com Wallis; mas, de certa forma, a mulher foi esquecida. Ela também deve ter renunciado a muita coisa e esse é o lado que mais me intrigava nessa história”, disse a pop star e cineasta.
O filme usa um recurso para contar essa história. Trabalha em dois tempos, um no presente, com uma mulher mal-amada, Wally (Abbie Cornish), em outro, nos anos 1930, com o love affair entre Wallis (Andréa Risenborough) e Edward (James D?Arcy). Wally é casada com um psiquiatra alcoólatra e violento. O casal não tem filhos. A mulher consola-se num processo de identificação com Wally e tudo o que ela representa em termos do mito da renúncia amorosa.
Madonna justifica esse expediente das histórias paralelas em nome da subjetividade: “Me interessei por esse romance épico e queria entendê-lo, mas a verdade é algo subjetivo. O importante é que o espectador saiba que esse é o meu ponto de vista. Por isso criei a história contemporânea, porque é a vida da duquesa Wallis contada através dos olhos de Wally.” O romance se duplica em duas épocas e em duas formas distintas. Na história original, o rei se apaixona pela plebeia; no presente, a mulher infeliz cai de amores por um guarda de segurança russo (Oscar Isaac), a serviço da Sotheby´s.
Fica bem claro que se a Wallys do presente é um alter ego da diretora Madonna, mas a conexão maior da pop star é com Wallis Simpson. “Ela tem mesmo algo em comum comigo, que é a vida de celebridade. Quando se é famoso, colam estereótipos em você e não há o que fazer para retirá-los.” Madonna sabe do que fala. Uma das lendas urbanas de Veneza (nem por isso menos verdadeira) diz que ela reservou e manteve bloqueados quartos em vários hotéis de luxo da cidade apenas para despistar os paparazzi. Por onde passa, provoca loucura. Fãs se atiram sobre ela e têm de ser contidos pelos seguranças. Deve ser uma condição bem solitária, a de pop star.
Propensa, portanto, a certa reflexão, ainda mais quando a celebridade em questão chega a certa idade (Madonna nasceu em 1958, faça as contas). Por que escolheu uma personagem daquela época para retratar? Madonna responde: “Era um mundo de luxo e beleza, mas também de decadência. Queria espelhar esse mundo porque o nosso é igual. De beleza, decadência e glamour. Respiramos um ar um tanto rarefeito. Isso não pode garantir a felicidade de ninguém”.
Pena que essas preocupações não encontrem tradução na tela. A ida e vinda no tempo não contribui para explicar o que quer que seja da condição de Wallis Simpson. E a Wally do presente é apenas personagem de um melodrama um tanto banal. Fica-se com uma impressão de pura artificialidade. Na sessão da manhã, “W.E.” foi recebido com aplausos mornos e algumas vaias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O encontro com Madonna
“W.E.”, o filme de estreia de Madonna, não foi recebido com grande entusiasmo pela imprensa internacional e esse acolhimento pode arrefecer as pretensões da Miramax de apostar no filme para as nomeações dos Óscares deste ano.
Mas Madonna mobilizou os jornalistas para uma mega conferência de imprensa – centenas de repórteres, fotógrafos e operadores de câmara ocuparam posição na gigantesca sala de conferências do Palácio do festival de Veneza, obrigando a organização a fechar a entrada meia-hora antes do início do encontro.
Madonna surgiu com um vestido sóbrio preto, uma peça que parecia pertencer ao guarda-roupa de Wallis Simpson, a mulher que levou Eduardo VIII a abdicar do trono.
Na entrada da sala recebeu uma ovação que se prolongou num intenso aplauso quando o seu nome foi anunciado pela moderadora da conferência.
O seu estatuto de rainha da pop é intocável e não sai beliscado por um filme menos empolgante. No entanto, a qualidade do filme acabou por condicionar uma conferência de imprensa onde a realiadora não se esforçou por elaborar respostas interessantes a perguntas perfeitamente normais.
O que é que a motivou a filmar “W.E.”? “Fiquei profunda e completamente arrebatada pelo motivo que levou Edward VIII a desistir do trono, e a renunciar à sua excelente posição de poder por amor.”
Oportuno, alguém pergunta se Madonna abdicaria do seu trono de rainha da pop por amor a um homem ou mulher. “Para quê desistir se posso ter os dois… ou mesmo os três…”. (Risos e aplausos).
Durante quanto tempo trabalhou neste filme? Madonna concretizou que “o filme foi preparado durante sete sete anos e que escreveu o argumento, em parceria com Alek Keshishian, ao longo de três anos”.
Há sempre alguma coisa pessoal nos filmes. Madonna assumiu isso, sem quantificar, acrescentando que a história de “W.E.” contém uma lição para os mais ricos e afamados como ela, demonstrando que quem vive num ambiente “charmoso e bonito não tem nenhuma garantia de felicidade”.
No final, dezenas de jornalistas acotovelaram-se em frente à mesa onde Madonna estava, tirando um fotografia que serve para provar que estiveram ali, na mesma sala, com um ícone mundial.
Madonna afirma que não renunciaria ao trono de rainha do pop por ninguém
Madonna afirmou nesta quinta-feira no 68º Festival Internacional de Cinema de Veneza estar convencida de que não renunciaria ao seu trono de “rainha do pop” nem por um homem, nem por uma mulher.
“Renunciar ao meu trono por um homem ou uma mulher? Acho que poderia ter as duas coisas ou, inclusive, as três”, disse Madonna, que apresentou nesta quinta-feira “W.E”, seu segundo trabalho como diretora, que não concorre a nenhum prêmio no festival.
A cantora, que chegou à entrevista coletiva em Veneza usando um vestido preto e branco, traz ao cinema a história da americana Wallis Simpson, cujo amor pelo rei Edward 8º o fez abdicar ao trono e a quem coloca como um exemplo de libertação feminina.
Depois de sua estreia como diretora em “Sujos e Sábios” (2008), Madonna foi questionada sobre a influência que seus ex-maridos Sean Penn e Guy Ritchie, ambos diretores de cinema, tiveram em seus filmes.
“Sempre gostei de cinema, desde menina. Sempre quis fazer um filme”, disse Madonna, cuja presença em Veneza era uma das mais esperadas depois da do ator George Clooney, que compareceu na quarta-feira.
“Me vejo como alguém que conta histórias. Não vejo diferença entre escrever músicas e fazer filmes”, disse.
A cantora, que também atuou em filmes como protagonista, confessou que em algumas ocasiões se sentiu deslocada na Inglaterra, país para o qual se mudou há alguns anos para viver com Guy Ritchie até sua separação.
“Assim que cheguei à Inglaterra me senti como uma forasteira. Agora não me sinto mais assim. Me sinto muito melhor na Inglaterra e acho que (o país) me deu um grande apoio na realização deste filme”, disse.
A artista, de 53 anos, comentou ainda sobre o desejo que a maioria das mulheres tem de ser mãe, o qual, segundo ela, Wallis Simpson também tinha e que é um dos temas retratados em “W.E”.
“Enquanto mulher, ter filhos é uma parte muito importante de nós. O desejo de ser mãe faz parte de nosso DNA, do que somos. E crescemos achando que temos que agir assim”, avaliou Madonna.
Madonna assiste apresentação do namorado em boate
Olha só a alegria da Madonna ao ver o namoradinho Brahim Zaibat mostrando suas habilidades de dança no Gotha Club em Cannes…