Sem contar

Este mundo é muito egocêntrico. Um dia bem recente, um “amigo” se acaba no MSN dizendo que tinha ganho um carro do marido dele. Sim, marido, ele mudou-se para Londres, se apaixonou por um médico e casou no último dia 14, com direito a comunhão de bens – só faltou o véu e a grinalda.

Sem falar no egocentrismo dos vigiados pela casa mais famosa do Brasil, que sabem que no momento são o centro das atenções. Sem falar de mim que ando cortando relacionamentos, de amorosos a sexuais, e por aí passa todos os tipos, por me super valorizar. Sem falar nas pessoas que acham que sua opinião é sempre a correta. Sem falar em minha mãe que se acha isenta de qualquer gasto da casa. Sem falar de meus tios que, depois do falecimento de meu pai, se excluiram. Sem falar de meus antigos companheiros de trabalho, que depois da política, deixaram de lado toda aquela falácia (aprendi esta palavra na política) que eu acreditava e passaram a observar o próprio umbigo. Sem contar o autoritarismo que tira vidas nas favelas das regiões metropolinas – eles se acham o próprio rei – os dententores da droga. Sem contar os próprios produtores da droga. Sem falar das rádios, que se acham demais para poder variar a programação musical. Sem contar o próprio artista né ? Sem contar o pintor que odeia quando um novo quadro é criticado. Sem contar todos que odeiam as críticas. Sem contar a madame chique que, de óculos escuros, se acha poderosa demais em seu carro zero – geralmente ganho do marido.

Sem contar….sem contar….sem contar….ah, e tem isso também, esqueci de contar…Enfim, todo mundo que acha que está por cima porque o outro está por baixo.

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