Madonna “Truth Or Dare”. O Perfumista e criador da nova marca de Madonna, o perfume “Truth Or Dare”, Stephen Nilsen tem uma lista de clientes que são estrelas, mas nenhum tão famoso e tão exigente como Madonna. Em entrevista ao jornal The Guardian, ele contou detalhes de como foi trabalhar com Madonna.
“Madonna não tem paciência com pessoas idiotas. Você precisar estar atento o tempo todo com ela.”
“Ela me disse que queria florais brancos, e ela amou a mistura que eu criei”, – um mix de baunilha, caramelo e âmbar. Mas era difícil de programar o tempo para mostrar para Madonna, já que ela estava extremamente ocupada, o que é essencial neste processo. Em vez disso, eu corria para seu laboratório de Manhattan após mostrar a Madonna que fica no Upper East Side, em Nova York, cada vez que ele voltava ao processo do perfume para trabalhar nas revisões de Madonna. Eu jogava cada nova amostra em seu escritório e por sorte um segurança magicamente apareceu atrás de mim quando eu ia tocar a campainha, já que sabiam que eu estava por vir.
“Ela precisava de as últimas versões entregues até as duas horas da tarde de sexta-feira para que ela pudesse avaliá-los no fim de semana em sua fazenda em Hamptons”.
Outra coisa curiosa foi o fato de Madonna estar o tempo todo com a Nilsen com óculos escuros, o que era intimidador, segundo ela. Além disso, a insistência de Madonna em não ter musk na fragrância, o que deixou Nilsen nervoso já que é um composto essencial para o perfume; e o resultado final, que além de ter deixado a rainha do pop “apreciando realmente o luxo de seu perfume”, causou certo desconforto a princípio, pois a IFRA (Internacional Fragrance Association) poderia vetar algumas proporções dos componentes da fórmula final, mas Madonna não se importou com isso e deu um “foda-se” para este detalhe.
Apesar de não ter formação no mundo da perfumaria, Madonna fazia questão que ela não queria musk em na fórmula de seu perfume “Truth Or Dare”. “Eu tentei explicar a ela que precisava de almíscar para tornar a fragrância mais harmoniosa, como areia e selante para finalizar uma parede”, lembrou Nilsen. No final, ele arriscou e foi em frente com uma versão que incluía o tão necessário almíscar. Quando ele, apreensivo, apresentou o resultado final para Madonna, ela cheirou com um certo cepticismo, porém, acabou concordando contra sua vontade – “Ok, você estava certo, deixe com almíscar”.
Ao finalizar a entrevista, Nilsen é questionada se Madonna foi para ela uma espécie de Eliza Doolittle (não confundir com a cantora britânica de “Mr. Medicine”; é a personagem de Audrey Hepburn em “My Fair Lady”, uma mendiga a quem o professor de fonética Henry Higgins dá aulas de etiqueta). Interessantemente, ela responde:
“Eu penso que eu fui a Eliza Doolittle. Madonna me ensinou a ser uma ótima perfumista.“
Realmente, Madonna não aprende; ela ensina. E após testar 200 fragrâncias para chegar à ideal para “Truth or Dare”, obviamente que Nilsen aprendeu uma grande lição.
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