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Por que Bedtime Stories, é o mais importante de Madonna?

MADONNA BEDTIME STORIES CD

Durante toda a carreira musical de Madonna, ela já enfrentou implacáveis críticas por sua sexualidade. Talvez, ela seja o alvo mais consistente na indústria da música por mais de 30 anos, sendo que críticas ao seu trabalho sempre serviram de manual sobre como analisar mulheres em cada estágio da carreira. Não importa se foi pura especulação o fato dela não ser “como uma virgem” ou a punição ao corpo ao vestir uma malha daquelas, houve muitos momentos vergonhosos, apesar de uma verdade absoluta: ela exagera mesmo!

É por isso que o álbum Bedtime Stories, mesmo no 20º aniversário, permanece como o trabalho mais importante. Durante meses após o lançamento, ele foi vendido como um pedido de desculpas pelo comportamento sexual; e os críticos esperaram que fosse o retorno dela à inocência. Ao invés disso, ela ofereceu um conteúdo do tipo #desculpamasnaoestouarrependida e uma resposta ao problema das cantoras serem analisadas por sua sexualidade, ao invés da música. Como resultado das preocupações morais do público, o álbum se tornou o mais importante, abrindo caminho para a forma dos artistas lidarem com a vida sexual.

Em 1992, Madonna lançou Erotica, um álbum techno-conceitual e uma ode à servidão sexual, juntamente com o livro Sex, um catálogo fotográfico pornô com fotos dela e de seus amigos. Os lançamentos coincidentes resultaram em várias críticas negativas e na proibição de vendas em vários países, além da proibição de entrar no Vaticano. Madonna já se estabelecera como ícone, mas as letras honestas sobre masoquismo e as fotos explícitas publicadas incitaram a mais pesada raiva do público de sua carreira. Bedtime Stories nasceu para ser sua última chance de redenção, e a gravadora Warner concordou em produzi-lo sob a proteção de uma imagem menos provocativa.

Tanto a gravadora quanto sua assessora de imprensa Liz Rosenberg fizeram de tudo para reverter o dano causado pelos projetos anteriores de Madonna. Eles a fizeram lançar o single I’ll Remember, da trilha-sonora do filme Com Mérito para criar um sucesso “familiar” e aumentar a especulação de que Bedtime Stories traria seu pedido de desculpas. O vídeo-promocional do álbum prometia que “não haveria referências sexuais” e ainda trazia Madonna afirmando: “Sou eu completamente nova! Serei uma boa menina, eu juro!”.

A humilhação de Madonna foi construída em duas partes. Primeiramente, ela foi desprezada por sua sexualidade, pra depois cair na escuridão. Por ter eleito o sexo como seu produto, o vídeo fez todos se perguntarem sobre o quê ela cantaria, se o tema não fosse sexo. As especulações sobre o álbum se focaram no plano de fuga dela por se tornar irrelevante, na questão dela fazer cirurgias plásticas e o quê ela ofereceria como uma versão “mais velha” de si mesma.

“Quando se é uma celebridade, você tem permissão para ter uma característica de personalidade, o que é ridículo”, contou Madonna ao jornal Detroit News em 1993. Quando Bedtime Stories foi finalmente lançado, no dia 25 de outubro, ela falou sobre ambos os aspectos de sua humilhação pública. Apesar das promessas feitas em vídeo, ela continuou abordando os seus desejos sexuais, embora também tenha experimentado com o som e o tema. Começando com Survival, uma canção co-escrita com Dallas Austin, Madonna não hesitou em falar dos ataques e cantou: “Nunca serei um anjo / Nunca serei santa, claro / Estou muito ocupada sobrevivendo”. As letras continuam expressando uma narrativa tensa sobre o castigo que a mídia lhe impôs e seus sentimentos logo após, e as canções carregam melodias do R&B, em sua maioria produzidas por Austin, Nellee Hooper e Babyface.

O single definitivo do álbum é uma censura explícita às críticas. Em Human Nature, ela confirma que não está arrependida e que não é a “puta” de ninguém, além de perfeitamente combinar a canção com um clipe, no qual aparecem brinquedos que reminiscem a época de Erotica. Logo quando ela vai soltar o microfone, ela sussurra: “Ficaria melhor se eu fosse um homem?”.

Madonna afirmou a sua falta de remorsos por não ter dito ou feito nada incomum; só foi estranho porque foi uma mulher dizendo tudo. Em entrevista ao jornal LA Times, ela defendeu o álbum Bedtime Stories dizendo: “Estou sendo punida por ser uma mulher solteira, por ser poderosa e rica, e por dizer o que penso, por ser uma criatura sexual – na verdade, não sou diferente de ninguém, mas falo sobre tudo isso. Se eu fosse homem, não teria nenhum desses problemas. Ninguém fala da vida sexual do Prince”.

Além de mostrar a palavra final de Madonna a respeito do escândalo de sua sexualidade, o álbum gira em torno da concepção errada de que sua persona sexual limitou a versatilidade da artista. A narrativa do álbum se torna imediatamente introspectiva: “Sei rir / mas não conheço a felicidade”. Enquanto Bedtime Stories pega emprestado muito do R&B e do ritmo New Jack Swing (muito utilizado também por Michael Jackson no álbum Dangerous), ele se torna mais experimental com a faixa composta por Björk, acompanhada do clipe que só poderia ter explorado o inconsciente coletivo de forma melhor se fosse dirigido pelo próprio Carl Jung. O clipe de Bedtime Story é o primeiro exemplo do que a longa história de questionamentos espirituais de Madonna se tornaria. E mais, até hoje, ele está armazenado em uma coleção do Museu de Arte Moderna.

O par Human Nature e Bedtime Story prova que Madonna assumiu sua sexualidade e não seria ocultada por ela. Enquanto o primeiro abraça as decisões feitas nos álbuns anteriores, o segundo desmonta a narrativa “vagabunda” de que sua sexualidade pública tira o crédito de sua profundidade como artista. É claro que as pessoas veriam isto como uma obra-prima feminina, não é?

Mesmo assim, os críticos não entenderam. O jornalista Jon Pareles, do New York Times, caiu na nostalgia, citando a época em que “Madonna prosperou nos anos 80 por ser sensacional e sugestiva, contra uma cena cultural monótona”, e chamou o trabalho mais recente dela de “vulgar, ao invés de chocante”.

As críticas mantiveram o foco no escândalo da atitude dela, ao invés de estar no próprio disco. “A carreira de Madonna nunca foi realmente musical, mas, sim, sobre provocações, sobre imagens, sobre publicidade”, lia-se em uma crítica da revista TIME, sem nenhuma originalidade. Qualquer menção ao som experimental do álbum ou às várias colaborações foram ocultas pela imagem promíscua, que foi, mais uma vez, rebaixada. Bedtime Stories, o álbum, não foi o pedido de desculpas que o público exigiu, e sua profundidade emocional foi amplamente ignorada. Em seu melhor, foi considerado o retorno de Madonna a uma expressão mais segura de sexualidade.

LIONEL RICHIE: NINGUÉM SERÁ ETERNO, A NÃO SER MADONNA E MICHAEL JACKSON

Lionel-Ritchie-Madonna

Lionel Richie se convenceu de que os popstars de hoje não serão eternos, a não ser artistas como Madonna e Michael Jackson. Portanto, ele afirma que ninguém se lembrará das canções de Miley Cyrus e Justin Bieber no futuro.

Richie contou ao tabloide inglês London Evening Standard: “A melhor parte da nossa época: chocávamos as pessoas. E, nisso, vinham sucessos atrás de sucessos. Madonna era escandalosa, mas possuía um catálogo musical incrível e ainda está na ativa no comando depois de 30 anos? Isso é extraordinário. Tudo o que ela faz ou fala ainda se torna um evento. Assisti a dois shows de sua última tour e fique chocado com o que vi dela no palco, toda aquela tecnologia, 70 mil pessoas gritando o seu nome. Nunca vi uma fan base tão diversa e apaixonada por um artista. Todo mundo gritava o tempo inteiro o nome dela com palavras de amor. Já Michael, no fim de todo o circo que ela passou, ele ainda tinha o catálogo mais fabuloso”.

“Agora, ainda temos muito ‘circo’…mas cadê a música que se perpetuará?”, ele questiona. “Daqui a 20 anos, escolha alguém – cadê o material de trabalho? Vou te julgar não pela sua popularidade, mas pela sua longevidade, seus recordes. Penso em Miley, Justin Bieber… Tornamos a música amadora a nossa principal fonte. Há uma diferença entre um estilista e um cantor. Todos podem cantar! Vá a um Karaokê, há pessoas cantando pra caramba lá! Mas a voz deles é única, distinta?”.

Há dois anos, Madonna e Lionel Richie dividiram o topo da parada Billboard 200 com seus álbuns MDNA e Tuskegee. Foi a primeira vez que isso aconteceu em 26 anos. Daí, Madonna postou no Twitter: “Parabéns pelo álbum bem-sucedido. Para o outro Richie da minha vida”.

“E aí, Família?”, respondeu Lionel. “Dá pra acreditar que estamos no topo das paradas juntos outra vez? É a melhor pessoa pra estar no topo comigo. Parabéns!!! Estou muito feliz por você!”.

“Lembra de quando éramos vizinhos?”, Madonna postou no Twitter de Lionel, pro que ele respondeu: “Se eu lembro? O único problema era que, quando eu saía de casa, os fãs me perguntavam onde você morava. Eu era o guia turístico da rua. A vizinhança nunca mais foi a mesma depois que você saiu de lá”.

“Você ainda mora naquele lixo?”, Madonna perguntou. “Deus me livre!!!!”, Richie respondeu. “Me mudei logo depois de você. A rua deixou de ser interessante”.

Rainha do Pop. Parabéns Madonna pelos seus 56 anos!

madonna 56 anos

“She’s fantastic, I knew she’d be a star.”
“She could be, she could be great, she could be a major star.”
“She is a star, George.”
“The biggest star in the universe, right now as we speak…”

“Ela é fantástica, eu sabia que ela seria uma estrela.”
“Ela poderia ser, ela poderia ser grande, ela poderia ser uma grande estrela.”
“Ela é uma estrela, George.”
“A maior estrela do universo, agora enquanto falamos …”

Com essas proféticas palavras começa o vídeo de Material Girl.

Era a primeira vez que a veria na telinha, toda de vermelho, fazendo cosplay de Marilyn Monroe e deixando um garoto de 16 anos completamente apaixonado.

Achei tudo diferente naquela mulher. Primeiro o fato de ser uma mulher sozinha cantando, pois antes só via mulheres em bandas, com pose de roqueiras e guitarras em punho.

Ela não! Ela era realmente diferente de todas as outras: era bonita, era sexy, tinha voz de criança mas uma atitude extremamente adulta.

E com tudo isso ainda havia seu estranho e incomum nome: MADONNA.

Sete letras, um “O” bem no meio que dava ainda mais equilíbrio a todo aquele conjunto. De cara achei que era um nome inventado e me perguntava qual seria o verdadeiro nome e sobrenome daquela pessoa. Ao descobrir que Madonna era mesmo Madonna e filha de uma outra Madonna, fiquei ainda mais fascinado.

Ela era a febre do momento, a nova sensação da América para o mundo todo. A MTV era um bebê recém-nascido e se alimentava de clips de todos os tamanhos, tipos e formatos.

Podíamos ver Michael Jackson se transformando em lobisomem, Tina Turner sendo paga para uma dança particular, os meninos do Duran Duran bancando os garotos selvagens, Cyndi Lauper e suas garotas que só queriam mesmo era se divertir e é lógico aquela garota com o nome de Nossa Senhora!

E ela como sempre fazia as coisas de forma diferente. Numa hora estava numa danceteria convidando todo mundo pra dançar, em outro momento rolava em meio a uma pista deserta, roubava um carro e fugia com ele, depois ela seu irmão e de sua melhor amiga dançavam sensualmente num cenário todo branco onde podíamos ver perfeitamente sua barriga e seu famoso umbigo ou ficava até mesmo posando de modelo pra fazer ciúmes ao seu “chico” latino.

Mas tudo isso era café pequeno perto do que ela aprontaria depois. Vestiu-se de noiva, desceu de cima de um bolo gigante e fez história no Pop. Depois foi para Veneza dizer que se sentia como uma virgem tocada pela primeira vez. Isso hoje em dia pode soar cafona, infantil e até bobo; mas não se esqueça que estamos em 1984 e o mundo não era tão aberto e liberal, muito menos para as mulheres. E todo essa invasão culminou com o dito clip do início de nosso texto. “Todos nós vivemos em um mundo materialista. E Eu sou uma Garota Materialista” ela cantava pra quem quisesse ouvir. E muita gente queria, tanto que “Like a Virgin” vendia feito água em um show da Madonna (quem já enfrentou algum show dela, sabe muito bem do que estou falando).

Desse tempo pra cá muita coisa mudou no mundo, até mesmo ela mudou e muito e muitas vezes. Já foi loira, morena, ruiva, platinada, gordinha, musculosa, voz fina, voz grossa, vestiu todos os grandes estilistas, já despiu alguns deles também, já posou para as lentes dos maiores nomes da fotografia, já cantou, encenou, produziu, compôs, dirigiu, escreveu, agenciou, casou, separou, engravidou, abortou, engravidou e teve filhos, dançou, correu, adotou, celebrou… e tudo isso na frente do mundo todo, que mesmo quando a odiava, nunca conseguiu perder o interesse nela.

Hoje Madonna Louise Verônica Ciccone faz 56 anos. E mesmo com o avanço da idade ela não demonstra sinais de cansaço ou até mesmo de envelhecimento. Muitas pessoas dizem “Mas com o dinheiro dela eu também seria linda e jovem.” ou “Ela é rica, por isso continua tão bem.” Eu discordo de todos que falam isso. Conheço pessoas tão ou mais ricas que ela e que mesmo com um pouco da metade de sua idade já apresentam total sinal de decadência física, mental e artística.

Ela continua viva, na ativa e causando o mesmo interesse no mundo acerca de cada passo que dá, cada coisa que faça, cada palavra que diga. Tudo continua como lá nos anos 80, com todo o mundo querendo ainda ouvir, ver e até mesmo tentar entender quem é pessoa tão singular e controversa.

Achei inclusive que com a chegada das “wannabes”, a própria Madonna se cansaria desse seu reinado no pop e passaria seu cetro e sua coroa. E sou testemunha de que ela tentou fazer isso algumas vezes, mas suas seguidoras nunca tiveram o pique de se segurar nesse trono. Bastava uma ventania para que fossem derrubadas e ela voltasse a esse posto que, na verdade nunca deixou. É como ela mesmo disse uma vez em uma entrevista: “Por favor, pegue essa coroa que deixaram no chão de coloque de volta na minha cabeça”.

Dia 16 de agosto tinha apenas um significado no mundo do entretenimento, mas depois de 1985 ele passou ter dois. Alguns vão lembrar da morte do Rei do Rock. Mas certamente o mundo inteiro celebrará o nascimento da Rainha do Pop com todos os tipos de declaração de amor que ela, como uma boa leonina adora, apesar de nunca responder a nenhuma delas e ainda fazer cara blasé como se nada estivesse acontecendo.

Essa é a boa e velha Madonna que amamos: Diva, Rainha do Pop, Deusa, Loura ambiciosa, Material Girl, Madge, Miss Ritchie, Tia (sic), Velha (sic²)…não importa como ela é chamada, pois o mais importante nesse dia é celebrar seus 56 bem vividos anos.

Que venham mais 50 e mais 100. More, more more…

Feliz Aniversário Madonna!!!! Nós estamos juntos para comemorar seu aniversário como se fosse o nosso próprio e vamos nos divertir hoje tanto quanto você.

Longa vida a Rainha!!!!!
Longa vida a MADONNA!!!!!!

JORGE LUIZ
Professor de Sociologia e fã da Madonna desde que tinha 16 anos em 1985!

Em defesa da vida amorosa de Madonna

US-FASHION-MET-COSTUME-GALA

No mês passado, enquanto ia assistir a uma peça da Broadway em Nova York, Madonna exibiu sua última aquisição. Não, não era um novo dançarino musculoso, nem uma peça da Dior ou um precioso órfão do Malawi. Era o boy toy de 26 anos, Timor Steffens.

A cantora de 55 anos supostamente está namorando o jovem coreógrafo holandês – que trabalhou com artistas de Beyoncé a Michael Jackson – desde a véspera de Ano Novo, quando se encontraram na casa do designer suíço Valentino.

Madonna comTimur Steffens em junho
Madonna comTimur Steffens em junho

A revelação desta relação de maio a dezembro foi tão chocante quanto saber que quinta-feira vem após a quarta. Desde a separação de seu marido e diretor inglês, Guy Ritchie, em 2008, Sua Majestade aproveitou da companhia carnal de caras morenos e de lábios suaves, com abdômens esculpidos.

Primeiramente, havia relatos dela estar saindo com A-Rod, que já era um adulto de 32 anos – mas bons 17 mais jovens que Madonna. Mas em 2009, ela realmente se jogou: o incrível modelo brasileiro Jesus Luz era um bebê de 22 anos quando a cinquentona o capturou.

Daí então veio o dançarino francês Brahim Zaibat, nascido em 1988, o ano em que Like A Prayer alcançou o primeiro lugar. Aos tenros 25 anos, ele foi substituído por Steffens.

Deus abençoe esta menina – ela precisa se sustentar. Por que ela não poderia se alimentar com ingredientes frescos?

Depois de tudo, Leonardo DiCaprio e o recém-casado Adam Levine visitam regularmente a concessionária da Victoria’s Secret e escolhem as melhores modelos, seguindo com a próxima versão limitada.

Antes de se casar, George Clooney praticamente fez carreira transformando garçonetes de bares, atrizes de nível C e lutadoras profissionais em Cinderelas por alguns anos antes de se firmar.

Esses cães no cio terminaram seus dias elogiados como solteirões desejáveis, mas a Material Girl recebe comentários irritantes – e não apenas de homens.

Sharon Osbourne chamou Madonna de “enfermeira molhada” e disse que ela havia passado sua fase de “periguete”. Os comentários sobre qualquer boato da vida amorosa de Madonna é como um livro de fofocas no colégio.

Talvez não seja apenas pelo status de “leoa”, mas por ela ser a única celebridade a colher o que plantou. A incomum Lady Gaga está num relacionamento sério. Katy Perry é uma monógama séria, que fica com caras iguais a ela, em termos de carreira e fama. E as tragédias de Taylor Swift sempre superam as diversões. Madonna, como a leoa que veio antes dela, Cher, só quer se divertir.

E ela sempre se defendeu, explicando: “Tipo, não escrevi num papel: ‘Terei um relacionamento com um homem mais novo’. Simplesmente aconteceu. Simplesmente conheci alguém de que gostei e calhou dele ser mais novo”.

Por que ela deveria ir a sites de namoro pra encontrar caras mais velhos? Portanto, vá em frente, Madge (e Cher!)! Continuem buscando sangue jovem. Talvez, algum dia, vocês sejam vistas como mulheres, ao invés de leoas desesperadas. (NY Post)

Partido da Frente Nacional na França chama Madonna de “Vovó Gaga”

madonna marine le pen nobody knows me frança

Alguns dias atrás, Madonna criticou o partido da Frente Nacional no Instagram, pedindo a seus seguidores que lutassem contra o fascismo. Ela escreveu:

“Russia, Ucrânia, Venezuela…e agora a França?!!!! #combatamofascismo #combatamadiscriminação #combatamoodio #revoluçãodeamor

Com a seguinte imagem:

Algumas semanas atrás, a Frente Nacional (FN) Francesa triunfou nas eleições parlamentares europeias. O extremo partido nacionalista, que é hostil ou cético em relação à União Europeia, venceu as eleições com 25% dos votos, enquanto os socialistas do presidente François Hollande caíram com 14%.

Na última quarta-feira, 04, o vice-presidente da Frente Nacional Florian Philippot foi ao Twitter insinuar que, como a carreira dela, Madonna não sabe nada de Política: “Também na Política, Vovó Gaga não sabe de nada…”.

Florian Philippot madonna frança marine le pen

Não é a primeira vez que Madonna é criticada pela FN. Durante a MDNA Tour, ela exibiu uma imagem da líder da FN Marine Le Pen com uma suástica na testa, durante Nobody Knows Me.

Há uma grande diferença entre Madonna e Beyoncé

madonna e beyoncé juntas together

Há uma grande diferença entre Madonna e Beyoncé. Madonna é a artista que toda cantora quer ser. Sua sexualidade sempre revolucionária é sua marca – uma forma de auto-expressão. Nos anos 90, ela usou o infame sutiã de cone de Jean Paul Gaultier com os espirais hipnóticos que enfatizavam a sexualidade, em justaposição com sua criação católica (tudo isso enquanto seduzia uma cadeira), durante a Blond Ambition Tour. Ela supostamente arrecadou quase US$ 63 milhões, o que tornou esta a turnê mais bem-sucedida à época. Uma década depois, sua The Confessions Tour, durante a qual ela cantou Live To Tell pendurada em uma cruz, rendeu a ela US$ 194,7 milhões, segundo a Billboard.

Agora, parece que Beyoncé tem estudado a cartilha. Ela vestiu uma tanga La Perla no Grammy deste ano para exibir seu corpo, enquanto apresentava Drunk In Love – também em uma cadeira – enquanto seduzia (e era seduzida) seu marido Jay-Z.

Talvez sua performance no Grammy e este lado mais atrevido sejam uma homenagem a Madge (em seu quinto e homônimo álbum, a canção e o clipe de Haunted têm sido comparados a Erotica, de Madonna). Ou talvez ela entenda que começar uma revolução pseudo-sexual em troca de lucro seja como se manter relevante.

Afinal de contas, sexo ainda vende. E outros negócios estão surgindo. A revista Forbes, por exemplo, questionou se a performance de Drunk In Love serviu para aumentar as vendas do álbum. A resposta é, “claro que sim”.

“Abri minha própria empresa”, Beyoncé contou à Billboard, sobre a Parkwood Entertainment, fundada em 2008. “Quando decidi que seria minha própria empresária, foi importante não ir a uma grande empresa de gerenciamento. Senti que queria seguir os passos de Madonna e ser uma potência, com meu próprio império, e mostrar a outras mulheres que, ao se chegar neste ponto na carreira, você não precisa assinar um contato com outra pessoa e dividir seu dinheiro e seu sucesso – você o faz sozinha”.

Mas se Beyoncé está tentando ser como Madonna, a pergunta é: “será que ela consegue?”. Não será fácil.

Após décadas na indústria, Madonna é a artista feminina que mais vendeu singles de todos os tempos. Aos 55 anos, ela vendeu mais de 300 milhões de discos em todo o mundo, arrecadou centenas de milhões em turnês sozinha e ganhou 14 Grammy em 26 indicações. A Billboard a classificou em segundo lugar, atrás apenas dos Beatles em sua última lista dos “100 mais”, tornando-a a artista solo mais bem-sucedida na história da parada de singles americana. Só no ano passado, Madonna ficou no topo da lista da Forbes de celebridades que ganharam mais de US$ 125 milhões, e, apesar do álbum MDNA não ter vendido tanto, sua turnê rendeu US$ 305 milhões.

Beyoncé, 32, tem sido uma artista solo desde o fim das Destiny’s Child em 2005, e, assim, já vendeu mais de 80 milhões de discos e ganhou 14 Grammy de 25 indicações, em apenas nove anos. Em 2009, a Billboard a nomeou a “Melhor Artista dos anos 2000” e ela também foi a “Artista do Milênio” em 2011. A Forbes registrou os ganhos de Beyoncé no ano passado em US$ 53 milhões. Sua última turnê, The Mrs. Carter World Tour, teve 132 apresentações e ela arrecadou US$ 183 milhões até o dia 12 de março.

“Beyoncé tem um controle incrível sobre sua pessoa e o que ela coloca no mundo. Você nunca sabe se existem pessoas nos bastidores que a ajudam”, disse Kevin Allred, professor na Universidade Rutgers, que estabeleceu uma aula sobre raça, gênero e políticas sexuais, chamada Politizando Beyoncé.

madonna reinvention beyoncé

“Ela colocou o controle em ação no ano passado, quando a Target escolheu não vender seu álbum homônimo após ela ter dado ao iTunes uma semana de vendas exclusivas. Bey assumiu o controle. Ela foi a uma loja Wal-Mart em Tewksbury, Massachusetts, e ofereceu a cada cliente na loja “50 dólares pra gastar com ela” durante a temporada de compras de Natal, efetivamente dando o dedo do meio à Target e, engenhosamente, dizendo “aqui está um dinheiro extra pra comprar meu álbum”.

Estar no controle é o que faz de Beyoncé a mulher de negócios que ela é – uma característica que ela aprendeu a aperfeiçoar. “Nunca estou satisfeita”, contou Beyoncé à Forbes em 2009. “Tenho certeza de que, às vezes, não é fácil trabalhar pra mim. Nunca conheci alguém que trabalhe mais pesado do que eu na minha indústria”.

E enquanto “Madonna poderia ser vista assim, com muito controle [sobre sua imagem]”, Allred contou a Quartz, “parece que existe um nível extra [com Beyoncé]. Se alguma foto desfavorável é publicada, ela é retirada da Internet”.

Beyoncé reservou cinco meses pra se preparar para o Superbowl de 2013, que é o show mais assistido do ano (Madonna levou quatro meses). Ela tomou todas as rédeas e prometeu perfeição. Gawker descreveu sua apresentação: “Beyoncé existe pra nos surpreender com perfeição e uma ética de trabalho extraordinária, e ela conseguiu fazer um espetáculo único na vida”.

Mas, de algumas formas, a perfeição de Beyoncé é um “calcanhar de Aquiles”. Para revolucionar a indústria da música, de forma tão rápida, ser melhor do que todos não é o bastante, porque tudo muda num piscar de olhos. Os artistas devem se reinventar pra permanecer no topo ou serão deixados pra trás.

Isso é algo que Madonna conhece bem. Recentemente, ela compartilhou uma foto de sua axila cabeluda no Instagram. Ela escreveu: “Cabelo grande…nem ligo!!! #artforfreedom #rebelheart #revolutionoflove”. Mas, como um escritor observou, Beyoncé não se permitirá este tipo de liberdade – ela está sempre e completamente no controle, impecável.

“Beyoncé possivelmente nunca viu uma foto desfavorável dela em qualquer mídia”, escreveu Esther Zucherman sobre o documentário de Beyoncé. “Ela está deslumbrante ao gravar closes de si mesma com pouca luz. Ela está deslumbrante quando vai trabalhar. Assistir às suas performances perfeitas é uma emoção. Assistir aos seus momentos difíceis sem perder um fio de cabelo faz você se sentir mal consigo mesmo”.

Beyoncé é o chefe, batalhadora, ambiciosa. Mas os chefes não são bons com revoluções: se Bey quer começar uma – e uma feminista – trave uma guerra ou coloque cabelo falso debaixo do braço e poste no Instagram. Ela se livra fácil disso. Mas até entender isso, ela não será como Madonna, muito menos tomará seu lugar – ela continuará agindo rapidamente. (Fonte: Quartaz)

Crítica: álbum ‘Like A Prayer’, de Madonna, 25 anos

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Pra comemorar o 25º aniversário, eis uma lembrança de cada faixa do clássico álbum Like A Prayer, de 1989. No início daquele ano, o mundo conhecia Madonna como uma provocadora pop com um estilo sexy e excêntrico. Ela era a maior celebridade feminina do planeta e, mesmo com toda a fama, poucos sabiam quanta dor e dúvida aquela católica de 30 anos que encarava um divórcio vivia. Com Like A Prayer, tudo mudaria.

Gravado durante o término de seu casamento com o ator Sean Penn, Like A Prayer fora o álbum mais introspectivo e eclético de Madonna até então. Diferente dos três antecessores, este misturou um rock clássico e psicodélico com os mais modernos sons de sintetizadores. E agora, um quarto de século depois do lançamento no dia 21 de março de 1989, o álbum não parece nem um pouco antigo. Liricamente, ele fala de crescimento, a superação de um romance ruim, e fazer as pazes com Deus e com a família. Pelo menos duas músicas estão centradas na morte da mãe de Madonna, um trauma de infância que teve grande influência no processo de criação de sua personalidade.

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Antes de Like A Prayer ser lançado, Madonna esclareceu que este não seria apenas mais um álbum. Três semanas antes do lançamento, ela estreou o clipe da faixa-título, o primeiro dos cinco singles top 20. Com imagens de assassinato, amor inter-racial e cruzes em chamas, o clipe contrapôs ideias religiosas e êxtase sexual, deixando algumas pessoas confusas e fazendo todos comentarem. Os Católicos a denunciaram, a Pepsi cancelou os comerciais com ela (e terminou com os planos de patrocinar a turnê). Os fãs, claro, engoliram tudo.

Deixando a controvérsia de lado, Like A Prayer está entre os melhores momentos de Madonna e, ao longo das próximas 10 faixas, o álbum não decepciona. Ele é rítmico, comovente e até um pouco esquisito. Enquanto Madonna é uma artista pura, este álbum é uma de suas melhores coleções. Leia a crítica de faixa a faixa:

Like A Prayer

Que forma ótima de começar um álbum. Primeiramente, guitarras distorcidas e um forte baque. Daí, um canto gospel enigmático e revigorante. É a junção de Thriller com o misticismo católico, e Like A Prayer é ótima mesmo sem o vívido clipe. Não é de se estranhar que chegou ao primeiro lugar logo um mês após o lançamento.

Express Yourself

A festa continua da igreja à elevação de Madonna, na qual ela observa suas joias e os lençóis de seda, e decide que prefere ter um homem que se conecta aos seus sentimentos. É sua versão bem alta e vibrante de Can’t Buy Me Love, e subiu ao segundo lugar.

Love Song

Esta colaboração entre Madonna e Prince é o equivalente dos anos 80 à parceria da Mulher Maravilha com o Batman. Com o seu poder de estrela, a faixa é leve, e, com o típico som da guitarra de Prince em meio aos sintetizadores de Madonna, as divergentes sensibilidades musicais seguem o tom da letra – eles não se conectam tão bem.

Till Death Do Us Part

Com o fim do casamento tumultuado com o ator Sean Penn, Madonna reflete sobre as brigas tornadas públicas – “Ele começa a gritar, os vasos voam” – e a distância emocional que condenou o casal. A guitarra e o teclado criam o sentimento de cansaço que contrasta bem com os vocais cheios de atitude de Madonna.

Promise To Try

Claramente uma canção direta sobre a morte da mãe de Madonna, esta balada no piano é realmente complexa. Ela canta para si mesma aos 5 anos de idade, e, além de dar conselhos – “Não esqueça do rosto dela” – ela pede perdão. Ela sabe que errou e teme ter decepcionado a mãe e a si mesma.

Cherish

Uma bem-vinda sobrevida após Promise To Try, o terceiro single do álbum é uma canção alegre sobre o amor verdadeiro. A única razão concebível para esta não ter chegado ao primeiro lugar: A América gosta da Madonna mais provocativa.

Dear Jessie

Esta divertida fantasia pop poderia ter vindo do álbum Around The World In A Day, do Prince, embora ele não tenha nada a ver com a canção. Madonna a compôs e produziu com Patrick Leonard, cuja filha foi a inspiração. Ouvindo novamente, é óbvio que Madonna estava destinada à maternidade.

Oh Father

Uma companhia a Promise To Try, esta canção sobre a tensa relação de Madonna com o pai não abre muito espaço para imaginação. Quando criança, ela se sentiu traída pela decisão dele de se casar novamente e, em uma entrevista em 1989, ela levou seu espírito rebelde e independente de volta ao sentimento de solidão que sentira ao ter seu pai “roubado” pela madrasta. Apesar de dificilmente ser uma faixa bacana, ela ressoou aos ouvintes e chegou ao número 20.

Keep It Together

Conforme as oito faixas anteriores atestam, Madonna teve alguns problemas familiares. Mas, nesta faixa vibrante, ela oferece paz ao pai e aos irmãos, insistindo que o sangue é “mais forte do que qualquer circunstância”. Na oitava posição nas paradas em março de 1990, Keep It Together tem uma melodia tensa.

Spanish Eyes

Esta balada com sabor latino fala tanto sobre AIDS quanto sobre violência de gangues, e a ambiguidade – um tema de debate entre os fãs até hoje – mostra o quão longe Madonna chegara desde Everybody e Borderline.

Act Of Contrition

Tendo usado as últimas 10 faixas para cavar emoções profundas, Madonna relaxa um pouco. Com guitarras de lamento e loops ao avesso, ela esvazia os pensamentos, sem a certeza de estar confessando seus pecado e reservando um lugar no Céu ou um quarto em um hotel da moda. “Como assim, não está no computador?”, ela pergunta, terminando a faixa à verdadeira moda de Madonna, com a boa e velha piscadinha.

Fonte: (Billboard)

Alguns reviews da imprensa sobre a performance de Madonna na noite do Grammy

Alguns reviews da imprensa sobre performance de Madonna na noite do Grammy no último domingo 26.

MACKLEMORE & RYAN LEWIS, MADONNA, QUEEN LATIFAH

madonna - grammy 2014 - same love open your heart2O Grammy é o evento no qual artistas lutam para agradar a todos. Porém, apesar de saber muito bem que o tema “Casamento Gay” ainda provoca debates quentes pelo país, Macklemore & Ryan Lewis apresentaram Same Love com orgulho e compromisso, perante 33 casais gays e héteros. Não foi apenas uma performance, foi uma afirmação. Gay ou hétero, quem não gostaria de ter Madonna cantando Open Your Heart no casamento?
New York Post

Macklemore & Ryan Lewis — A dupla fez história com a performance do sucesso Same Love. Enquanto a autora do refrão, assumidamente gay, Mary Lambert, cantou a parte principal, 33 casais de verdade – alguns héteros, outros gays – trocaram alianças em um casamento diferente. Durante a cerimônia, a estrela Madonna trabalhou seu antigo sucesso Open Your Heart. Como antiga apoiadora dos direitos gays, ela foi muito apropriada.
New York Daily News

A multidão de casais trocou alianças ao mesmo tempo que a cantora os declarou casados, com Madonna trazendo seu clássico Open Your Heart. A ‘Material Girl’ vestiu um terno Ralph Lauren para a grande performance, depois de usar um dramático smoking preto no tapete.
Hollywood Reporter

Madonna pode até ser controversa às vezes, mas provou estar no lugar certo, ao usar um chapéu de caubói no Grammy deste ano, para cantar o sucesso Open Your Heart, no estilo gospel, como trilha sonora de 33 casamentos, ao vivo na arena.
Huffington Post UK

Mesmo não tendo ganhado nenhum Grammy, Lamar ganhou a noite – sua colaboração com Imagine Dragons foi eletrizante. A performance mais emocionante e mais chocante do que Queen Latifah e Madonna, com um visual curiosamente geriátrico, no meio de uma multidão de 33 casais gays e héteros. Foi um sentimento de alucinação em massa, mas os casamentos – uma conclusão à performance de Macklemore do hino gay Same Love – foram aparentemente legítimos.
Guardian

A performance, que aconteceu quase no fim do show, foi um dos momentos mais sentimentais da noite. “Esta canção fala de amor, não para alguns de nós, mas para todos nós”, disse Latifah antes de apresentar Macklemore e Lewis. Daí, o rapper revelou a faixa no estilo gospel, com uma atmosfera de igreja.
MTV

Macklemore & Ryan Lewis levaram seu sucesso emocionante Same Love a um novo patamar no último domingo, quando se uniram no palco para uma performance, juntamente com Mary Lambert, Queen Latifah e Madonna. Se esse time não fosse suficiente, 33 casais gays, lésbicos e héteros se casaram simultaneamente, sob o comando de Latifah. Katy Perry pegou um buquê, enquanto os recém-casados recebiam aplausos, e Keith Urban secava as lágrimas.
NBC

Uma colaboração lendária aconteceu no Grammy de 2014, ao ar do Staples Center em Los Angeles, no último domingo. O ícone pop Madonna subiu ao palco com os rappers Macklemore & Ryan Lewis, e a cantora Mary Lambert para cantar o hino de igualdade Same Love.
US Magazine

Madonna surpreendeu a multidão do Staples Center ao se unir a Macklemore & Ryan Lewis para uma apresentação emocionante de Same Love, que apresentou Queen Latifah casando 33 casais gays, héteros, jovens e velhos durante a música.
Forbes

E se não fosse suficiente para fazer nossos corações chorarem, lá veio ninguém menos do que Madonna para abençoar a cerimônia. A Poderosa M vestiu um terno todo branco e um chapéu de cauboi, parecendo o anjo mais andrógino do Paraíso, para cantar uma versão do clássico Open Your Heart, com o arranjo da marcha nupcial, enquanto um coral gospel fazia os vocais de fundo, antes de se unir a Lambert para um trecho de Same Love.
Queerty

O momento que parou a 56ª edição do Grammy foi o casamento ao vivo de 33 casais, gays e héteros, que se uniram durante uma performance de Same Love, o hino do casamento gay de Macklemore & Ryan Lewis. Queen Latifah oficializou a cerimônia, enquanto Madonna se uniu à multidão no palco para Same Love e um trecho de Open Your Heart. O momento marcou uma afirmação política para todos os presentes, além de ser uma causa com amplo apoio em toda a indústria do entretenimento.
Variety

Eles não vivem (só) de aplausos - O Globo

Madonna no Grammy 2014 cantando Open Your Heart e Same Love

A expectativa em torno da apresentação de Madonna na noite do Grammy era a mesma que sempre a envolve toda vez que decide sair de casa. Para os fãs, uma nova chance de vê-la em ação. Para os detratores, mais uma oportunidade para atacar os pontos fracos que ela dribla há 30 anos. Para a indústria, registradoras a tilintar, indiretamente.

Especulou-se muito como seria a apresentação, a aproximação com Beyoncé nas últimas semanas levantou possibilidades mirabolantes mas no final das contas ela fez uma participação no casamento coletivo que há muito já estava nos planos do rapper Macklemore em liderar. Por conta da faixa “Same love”, em que rapper levanta a bola do respeito às diferenças, ter se tornado um hino LGBT nos EUA, o rapaz de Seattle que se apresenta ao lado do produtor Ryan Lewis decidiu reunir os 30 casais para a tal cerimônia. Os casais que responderam ao chamado de Macklemore só souberam na última semana que tudo rolaria no Grammy e que teriam como cantora de casamento ninguém menos do que a diva herself.

A cena foi emocionante. Os primeiros versos de “Same love” já derretem os corações mais duros. LEIA A TRADUÇÃO DA LETRA AQUI. A apresentação de Queen Latifah deu o tom de que viria ali um verdadeiro manifesto político, em rede global, para incomodar de Putin aos presidentes africanos, religiosos tacanhos e conservadores defensores do ódio ao outro. “Música une as pessoas… vamos ouvir a música que diz “seja lá qual for o seu Deus, saiba que todos viemos do mesmo… livre-se do medo, porque debaixo dele tem o amor”, disse a cantora e atriz.

Ao fim da música de Macklemore, Queen Latifah voltou à cena e pediu que os casais trocassem alianças, os declarou casados. Foi quando Madonna entrou no palco, de roupa de cowboy branco, uma bengalinha afinada ao look mas certamente ainda funcionando como apoio por conta do problema no tornozelo nas férias (até semana passada ela estava com muletas) de fim de ano. A diva cantou trechos de “Open your heart” e encerrou com versos de “Same love”.

Corta para a audiência. Keith Urban tem lágrimas escorrendo, bem como Katy Perry, que sorria largamente de tão emocionada. Beyoncé tentando ver alguma coisa que Jay Z apontava, e muita, muita gente comovida. Entre os casais, a própria irmã do Macklemore, que se casou com o namorado.

E qual a importância disso hoje em dia? Dá uma geral no noticiário que você vai entender. O mundo está andando para trás e isso não é uma coisa boa. Como já dito antes, é crime ser gay em alguns paises, como na Rússia e em alguns países africanos. Até na França já se sente um movimento forte de homofobia. No Brasil, as estatísticas são assustadoras. O mundo está intolerante e a intolerância está, assustadoramente se tornando normal em alguns segmentos. Os artistas sensíveis estão percebendo isso e tentando fazer alguma coisa a respeito. Alguns deles, felizmente, não vivem apenas para o aplauso.

Editor da CNN chama Madonna de “parasita previsível”

O uso da palavra com “N” por Madonna é mais do mesmo

madonna american life cnnNa sexta, 17, Madonna postou uma foto de seu filho adolescente, Rocco, no Instagram, dando socos num ringue de boxe com a legenda: “Ninguém se mete com Dirty Soap! Mamãe disse pra te nocautear!”, ela escreveu abaixo da imagem, adicionando a hashtag “#negao”.

Sim, claro.

Quando o inevitável protesto do público começou, a foto foi deletada e repostada, com a legenda substituída por, na moda de Madonna, “#medeixaempazcar###o!”.

Nada neste furor foi acidental.

O ícone pop já está familiarizada com controvérsias, mas, agora, talvez seja a hora de examinar as consequências de sua última viagem cultural em nome da reinvenção.

Em cada uma de suas várias encarnações visuais e flertes culturais, Madonna foi uma parasita previsível. Sem o menor pudor, ela se muda para o próximo personagem, depois de usurpar todas as partes legais e controversas do anterior.
 Agora, eis o uso da palavra com "N".

A falta de preocupação pelo impacto de suas palavras é problemática, especialmente por sua aliança com crianças, adotadas e biológicas.

Mas é de Madonna que estamos falando.

Com rumores de uma possível performance com Beyoncé no Grammy, faz sentido voltar ao noticiário. Esta é a mulher que abraçou o título de Rainha do Obsceno décadas atrás. Esta é a mulher que se despiu para o livro Sex, lançado junto com o álbum Erotica, em 1992.

Ela já se apresentou pendurada em uma cruz, criticou a Guerra do Iraque e se masturbou no palco e no cinema.

Lady Gaga pode viver pelo aplauso, mas Madonna, sem dúvida, vive pelo alvoroço. Ela é adepta de manchetes e de álbuns recordistas. E é mais provável que ela responda com o dedo do meio do que com uma desculpa sentimental. Ela se mantém firme em suas decisões e, historicamente, não retira seus comentários.

Previamente, eu já apreciei esta qualidade dela.

Madonna: “A hashtag com ‘N’ foi um ‘termo carinhoso’ com meu filho”.

Como dançarino e ex-aspirante a coreógrafo, aprecio o espetáculo corajoso nos shows de Madonna. A bem-sucedida Confessions Tour, por exemplo, demonstrou uma queda por destruir barreiras criativas, que me manteve alerta mesmo quando os críticos a abandonaram.

Mas até os fãs têm suas críticas.

Espera-se que as influências sejam diferentes conforme as tendências musicais e os interesses mudem. Mas e Madonna? Ela já trabalhou demais para ganhar seu status de “chef cultural”, exigente ao escolher os aspectos mais singulares de mercado para benefícios comerciais com pouca referência a integridade de seu comportamento.

Quando ela ofendeu os Hindus ao vestir uma “bindi”, símbolo de castidade e pureza, enquanto vestiu um top transparente em uma performance no VMA, uma porta-voz contou a MTV que Madonna não “entendeu porque (eles) estavam chateados”.

Ela defendeu o uso de imagens Nazistas durante a MDNA Tour para destacar “a intolerância que os humanos têm um pelo outro”.

Madonna repetidamente já demonstrou que vê a iconografia cultural, de estilos de dança a símbolos religiosos, como afirmações artísticas e os separa quando não é mais conveniente. No passado, ela imitou Marilyn Monroe. Depois, veio sua fixação espanhola no fim dos anos 80 com La Isla Bonita. Em 1990, ela apresentou o Vogue ao mundo, um estilo de dança popularizado por gays negros e criadores latinos.

Daí, vieram os “bindis”, “saris”, as vibrantes tatuagens de henna e a magia ambígua de cantos de oração no álbum Ray Of Light. Ela foi uma versão feminina e poderosa de Che Guevara na arte de American Life. Cada imagem estilizada de forma imaculada, cada renovação aguentando o ciclo da vida de sua mais recente fascinação.

Usar a palavra com “N” no Instagram é apenas Madonna sendo Madonna. E o seu estilo “Desculpe se você se ofendeu” de não se desculpar não indica que ela aprendeu algo no passado.

Ela seria insolente para usar a frase “termo carinhoso” se fosse direcionado aos seus filhos negros adotados do Malawi, David Banda e Mercy James?

Ela se tornou acomodada demais, tendo amigos, colegas e filhos negros? Este incidente é menos sobre Madonna ser racista e mais sobre sua contínua falta de tato.

Isto seria uma grande lição a seus filhos sobre erros e consequências, em sua última reinvenção como humanitária e mãe. Mas deveria, em primeiro lugar, ser uma lição para a própria Madonna.

Alexander Hardy é escritor, professor e crítico cultural. Ele escreve sobre raças, sexualidade, e observações de Panama no blog The Colored Boy. Twitter: @chrisalexander_. Link original aqui.

Boy George: “Madonna e Kylie Minogue deveriam fazer uma pausa de alguns anos”

Boy George detona Madonna novamente

Boy George nega ter dito aquelas comentários negativos sobre Madonna e Kylie Minogue em entrevista dada a Romain Burrel  para a revista Têtu.

Ele twittou …

boy george fala de Madonna novamente

– Os comentários atribuídos a mim na @TETUmag acerca de Madonna e Kylie são mentiras, bem como é a maior parte da entrevista! Estou muito decepcionado!
– Distorceram o que eu disse ! A idéia de mim como uma  “super bitch” prevaleceu! Infelizmente!
– Sim, é escandaloso e colocaram palavras totalmente falsas em minha boca.
– É (uma matéria) totalmente caluniosa e eu não disse essas coisas ! Estou muito chateado!
– É completamente chocante e cheio de mentiras! Meus advogados vão lidar com isso agora!
– Vamos ver se eu realmente disse isso? Meu advogado está tomando as providências!

@RomainBurrel Se você tiver uma gravação minha dizendo “Madonna & Kylie” na frase exata que você imprimiu, coloque online! Por favor !

Boy George está tendo uma outra crise de identidade?
No passado, ele atacou Madonna, em seguida, pediu desculpas e até a elogiou, mas agora ele tem dito coisas ruins sobre ela … de novo!

Ele conversou com a revista gay francesa Têtu sobre a próxima reunião do Culture Club.
Aqui está uma tradução da parte em que ele menciona Madonna …

Eu nunca estive disposto a me sacrificar para estar nas últimas tendências. Esse nunca foi meu objetivo.
[Madonna e Kylie Minogue] tentam agarrar-se a suas coroas pop a todo o custo indo até as últimas consequências e muitas vezes esquecendo do que elas realmente são.
O melhor seria fazer uma pausa por alguns anos do que esquecer quem você realmente é, só por fama!

Uma visão geral das declarações passadas de Boy George sobre Madonna …

29 de outubro de 2013 – Huffington Post entrevista

Quanto a Madonna, eu sempre costumava rir das coisas que ela fazia.
E agora eu corro! Eu entendo porque ela sempre foi desesperada.
Eu gostaria de ter feito o mesmo enquanto ela fazia.

Junho de 2011 – entrevista ARTE

Bem, minha mãe estava particularmente impressionada [Like a Prayer vídeo] .
Funcionou. Então eu acho que foi realmente o ponto.
E aí ela ganhou as primeiras páginas dos jornais.

9 de junho, 2011 – entrevista Daily Mail

Eu gostaria de ter feito tudo isso há 20 anos.
Eu gostaria de ter ido correr com Madonna quando ela me pediu há 20 anos.
Eu costumava dizer, ‘Eu só correr quando as pessoas me perseguir. Mas eu entendo agora.

01 de março de 2013 – entrevista AfterElton

Boy George : Eu gosto de onde estou agora, mas eu não tenho a tenacidade de Madonna quando se trata de minha carreira – ter lutado com unhas e dentes para ser profissional uber. Essa é a diferença, eu nunca fui super profissional.

Depois de Elton : É muito bom ouvi-lo elogiar Madonna, porque houve um período de tempo quando você a criticava muito (junto com Elton John ) na imprensa, dizendo que ela é desprezível e um traidora de seus fãs gays por ter aderido a um religião homofóbica (referindo-se a cabala).

Boy George: Eu tremo quando leio algumas das coisas que eu disse, como “O que você estava pensando?’ Então agora eu não falo a menos que eu tenha algo interessante para dizer. Mas eu acho que foi mais um reflexo de como eu me sentia sobre mim mesmo e por isso sairia como uma projeção. Eu não tinha o direito de fazê-lo. Foi muito abaixo de mim. Eu realmente não olho para trás com orgulho. Quando digo coisas engraçadas, eu gosto, mas eu nunca diria algo assim de novo.

Outubro de 2006 – Channel 4 entrevista

Madonna … Madonna … Eu só acho que ela é vil, um ser  humano horrível e sem nenhuma qualidade. Não há nada de bom sobre ela. Eu nunca ouvi ninguém dizer nada de bom sobre ela. E nenhuma pessoa que conheci foi vil com ela. Péssima, cheia de si – e nem um pouco espiritualizada. Como é que esta mulher permanece por aí (fazendo sucesso) por tanto tempo?

Nos anos 80 …

Comparando Madonna com Marilyn Monroe é como comparar Raquel Welch com a parte traseira de um ônibus.