Em Setembro de 2013, Madonna lançou seu projeto Art For Freedom para nós compartilharmos a nossa própria definição de liberdade, mas também para estimular a expressão criativa que traz a consciência de violações dos direitos humanos. Com milhares de submissões (incluindo fotos, vídeos, música e poesia), o projeto tornou-se uma forte comunidade online lutando pelo direito universal de ser livre.
A iniciativa saiu do coração de Madonna, e, por isso, gostaríamos lhe desejar um feliz aniversario alimentando a sua arte, e com isso, precisamos de seus fãs. Quer fazer parte disso? Para isso, basta visitar http://www.artforfreedom.com até 15 de Agosto às 11h EST e enviar uma imagem que ilustre a sua própria visão do que o nosso mundo deve ser tudo se todos nós tivéssemos os mesmos direitos e liberdade de ser quem somos. A imagem pode ser um retrato, uma paisagem, um selfie, ou o que você acha que deveria ser. Certifique-se de incluir uma descrição e sentir-se livre para adicionar sua mensagem de aniversário para Madonna como parte dela.
Em 16 de agosto, nós convidamos você a postar sua imagem submetida à sua rede social favorita (s), usando o #hashtags #MadonnaDay e #ArtForFreedom para seus amigos, colegas fãs de Madonna para o mundo inteiro ver! Algumas das fotos favoritas de Madonna será destaque em artforfreedom.com.
Felicidade, amor, alegria, paz, etc, .. Vamos fazer a sua imagem algo que vai trazer um sorriso ao rosto de Madonna e fazê-la sentir que somos todos um em seu dia especial!
Fãs de Madonna! No dia 16 de agosto, estaremos celebrando o aniversário da Rainha do Pop e queremos todos vocês para a festa!
Arte Pela Liberdade, a iniciativa digital global co-fundada por Madonna para alimentar o discurso livre e se voltar à intolerância em todo o mundo através da arte, foi acompanhada pelo site BuzzFeed para coletivamente cuidar de uma nova coleção de trabalhos da comunidade de artistas visuais.
Na noite desta segunda-feira, 14, Madonna conduziu uma conversa ao vivo no site, na qual comentou sobre os trabalhos enviados. A seguir, um resumo do que aconteceu.
Madonna:
Apoio a liberdade de uma mulher poder escolher se cobre a cabeça ou não. Entretanto, cobrir o cabelo por oração está apto a interpretações e diferentes crenças. Com ou sem veu, meu voto é pela liberdade de se expressar de qualquer maneira.
Em resposta a aishamedia:
Madonna:
Adoro a ideia familiar, mas me preocupo com a saúde de todos.
Em resposta a Matt Stopera:
Juggalos representa uma das últimas grandes subculturas americanas. Eles vivem sob suas próprias regras, falam seu próprio idioma e têm seus próprios costumes. Eles também não se importam sobre o que pensam deles.
Madonna:
Não entendo. Um fundamentalista é um extremista que não vê a opinião alheia. É isto o que quer dizer? A leitura cria uma mente aberta? Fiquei confusa, preciso de uma explicação.
Em resposta a heymarki:
Madonna:
Excelente direção de arte. Nota 10 pelo esforço. Geralmente, sinto o mesmo, podendo me expressar apenas através da dança. Vai com tudo, garota!
Em resposta a everreynaldoculquitantes:
Madonna:
Concordo com as palavras, mas, para lutar mesmo pela liberdade, é preciso agir, não apenas com palavras. Basicamente, isso o transforma em um lutador. Alguém que não apenas diz o que deve ser dito, mas cumpre o que promete. Não é o que você diz, mas o que faz.
Em resposta a elainem28:
Madonna:
Você tem sorte por viver num lugar em que tem liberdade de se expressar. Valorize isso!
Em resposta a jamesg93:
Madonna:
Em algumas sociedades, é crime ser mulher. Elas ainda são tratadas como cidadãs de segunda classe em muitas partes do mundo. Espero realmente que isso termine um dia. Adorei esta arte, é ótima!
Em resposta a gerardo greco:
Madonna:
Sim, concordo. Se não aprendermos com a História, a repetiremos. Este é, obviamente, um poema escrito por alguém que acredita em reencarnação. A transmigração da alma. Se te encontrar no estúdio, podemos compor juntos.
Em resposta a victoriala:
“Já aprendeu o que veio aprender
Ou voltará pra cometer os mesmos erros?
Você veio pra amar, não odiar
Devo ter uma alma velha
Pois, quando olho nas suas janelas, ou ouço você culpar
Sei que você voltará
Até acertar…”
Madonna:
Infelizmente, a religião é responsável por muita separação, violência, dor e sofrimento. Se as pessoas realmente estudarem os Livros Sagrados de quaisquer doutrinas em que estejam, elas verão que há um fio que une todo mundo: “Ame ao Próximo como a Ti Mesmo”. A Paz Mundial é possível. Ela não tem nada a ver com religião, mas com conscientização.
Em resposta a Richard Alonso:
Madonna:
Ninguém deve morrer de fome, este é um conceito ridículo nos tempos modernos. Infelizmente, as pessoas ainda são assim. Por favor, explique pra mim como fazer meus filhos conseguirem viver com 7 pratas por mês.
Em resposta a vladapart:
Este é o meu trabalho para o projeto Arte Pela Liberdade, de Madonna. Cada azulejo representa uma vida, e a pintura mostra o número de vidas perdidas a cada hora por causa da fome. Os azulejos vermelhos mostram crianças com menos de 5 anos que morrem a cada hora. Todos perderam a LIBERDADE DE VIVER. Espero muito que possamos mudar isso. Espero que a visualização possa ajudar as pessoas a entenderem como esse número é grande.
Madonna:
Não saia do seu emprego. Entretanto, é um bom argumento. As pessoas não sabem ouvir, é uma forma de arte perdida. Em grande parte, por todos estarem ao telefone.
Em resposta a 1B1H1:
Madonna:
Este é o meu preferido. Gastamos muito tempo tentando nos adaptar ao que a sociedade espera de nós. De fato, o corpo é temporário, e é incrível quanto tempo gastamos em algo que é impermanente.
Madonna confirmou Katy Perry como a primeira artista convidada para o Art for Freedom em 2014 já no mês de janeiro. Katy vai colaborar com Madonna para selecionar apresentações diárias a serem exibidos no site artforfreedom.com. Desde seu lançamento em setembro de 2013, Art for Freedom recebeu mais de 3.000 inscrições globalmente através do site oficial e em suas plataformas de mídias sociais.
“A arte pode mudar o mundo, mas primeiro ele precisa ser visto e ouvido,” disse Madonna. “Katy Perry e eu estamos lhe pedindo para ser a voz e mostrar-nos como você define a liberdade em 2014. Este será um ano de mudanças monumentais para os direitos humanos e nós queremos que você seja uma parte dessa mudança. Vamos ouvi-lo.”
“Estou muito feliz por ter a liberdade de me expressar através da música”, disse Katy Perry. “Agora eu estou chamando todos os meus KatyCats incrivelmente criativos para usar seu talento para mostrar a Madonna e a mim como eles expressam a sua liberdade. Acredito que 2014 pode ser um ano de grande mudança social. Juntos podemos fazer muito pelos Direitos Humanos. Junte-se à conversa e deixe sua arte ser a sua voz.”
Como parte da iniciativa Art For Freedom, Katy Perry irá trabalhar com Madonna para selecionar um artista durante o mês de janeiro cuja expressão criativa demonstra uma vista única sobre a luta pelos direitos humanos. Madonna, então, doará US$ 10.000 para uma organização sem fins lucrativos de escolha do artista vencedor. Todos os projetos devem ser focados nos valores da Arte pela liberdade.
Lançado em setembro de 2013, Art For Freedom é uma iniciativa global digital liderada por Madonna em parceria com a Vice Media, destinado a abastecer a liberdade de expressão – a responder, encaminhar e protestar contra a perseguição e a discriminação em todo o mundo. É um projeto de arte pública em linha incentivando as pessoas a expressar o seu significado pessoal da liberdade e da revolução, em forma de vídeo, música, poesia e fotografia. Apresentações públicas se tornam parte do site Art For Freedom: contribuintes podem aderir ao projeto enviando suas artes com a tag #artforfreedom. O projeto foi lançado com o filme de Madonna “secretprojectrevolution”, co- dirigido por Madonna e Steven Klein.
Madonna anunciou na última sexta que o ilusionista David Blaine estaria com ela como curador-convidado para a edição de Dezembro do projeto +, a competição online que ela iniciou em Setembro com a empresa de multimídia Vice. O objetivo do programa é encorajar artistas, fotógrafos, videógrafos e poetas a criar trabalhos que destaquem a justiça social.
Na competição, novos trabalhos podem ser enviados ao site do Art For Freedom (http://artforfreedom.com), de onde Madonna e o Sr. Blaine escolherão projetos a serem postados diariamente. O vencedor, escolhido no fim do mês, ganha um prêmio de $10 mil, a ser doado a uma organização sem fins lucrativos escolhida pelo campeão.
O vencedor de Novembro, anunciado na última sexta, é Amber Fares, de Speed Sisters, um filme que ela está fazendo sobre um time de corrida totalmente feminino da Palestina, no qual uma das corredoras, Noor Daoud, iguala a corrida com liberdade. O prêmio em dinheiro será entregue ao término do filme. Os prêmios será dados mensalmente até o próximo mês de Setembro.
Madonna divulgou, nesta sexta-feira, 8, um vídeo do seu projeto ‘Secret project revolution‘, que foi exibido no dia 20 de outubro, no Complexo do Alemão, maior comunidade do mundo. Em parceria com o fotográfo Steven Klein, a cantora criou o filme com o objetivo de combater a opressão.
No vídeo divulgado por Madonna, aparecem momentos da exibição do curta e depoimentos de quem prestigiou a sessão. “É difícil acreditar, é emocionante. Eu vi, na televisão, a Madonna chamando as pessoas a virem ao Complexo do Alemão para assistir ao filme. A escolha do local foi dela e isso nos deixa orgulhosos. Mostra que estamos no caminho certo”, diz um dos depoimentos do vídeo.
O vídeo ‘Secret project revolution‘ é inteiro em preto e branco e repleto de performances de dança. Madonna intercala entre o papel de uma prisioneira sofrendo em uma cela, e o de uma carcereira/assassina atirando em seus “companheiros”. Antes do curta foram exibidas duas mensagens: do Luciano Huck, que contou sobre o contato entre ele e a cantora, e como surgiu a ideia para a exibição do filme naquele local e da própria Madonna, que mandou um recado especial para os fãs brasileiros e falou sobre o curta que fala sobre intolerância e liberdade de expressão e artística.
Em comunicado oficial, Madonna agradeceu a todos os envolvidos no projeto e sua exibição no Brasil. “Obrigado a todos que foram ao Secret Project Revolution no Complexo do Alemão. Exibir esse filme no Brasil foi muito importante para Madonna e para vocês, lutadores da liberdade, tornando-o ainda maior. Os brasileiros detonam!”
Apesar de não contar nem com a presença de Madonna e nem com a do fotógrafo Stephen Klein, o evento exibirá, na íntegra, o resultado do projeto de vídeo e fotografia que o duo desenvolveu, desde o fim do ano passado.
Em seu Instagram, Madonna fez o convite formal: “O #secretprojectrevolution está indo para o Rio. Convido a todos que lutam pela liberdade para a Revolução do Amor”. Encontro marcado.
Devido a isso, Madonna gravou um vídeo exclusivo aos fãs convocando todos a estarem presentes amanhã no Complexo do Alemão. O vídeo foi transmitido hoje no jornal local RJTV. Confira:
Madonna falou com Anderson Cooper, da CNN, na quinta-feira, 03, sobre o novo projeto, Art For Freedom. Nele, ela convida os fãs a enviarem vídeos, músicas, poesias e fotografias originais para lutar contra a opressão, a intolerância e a complacência através da arte.
Através do Art For Freedom, ela explica: “Criamos esta plataforma para dar às pessoas ao redor do mundo uma oportunidade de responder à pergunta: ‘O que é liberdade para você?’”.
“Estou encorajando outras pessoas, sejam elas profissionais ou não, a usar a criatividade para se expressarem, para conversar, realmente começar a festa”, Madonna contou a Cooper.
Em setembro, ela revelou o que era apenas conhecido como #secretprojectrevolution em Los Angeles e Nova York. Os que compareceram assistiram a um “chamado à ação”, um filme que a cantora criou com o fotógrafo Steven Klein.
Cooper se encontrou com uma Madonna bem relaxada, que brincou que sofria de estresse pós-traumático depois de um treino pesado. Mas a artista estava claramente apaixonada pelo assunto e até pediu que o filho Rocco a esperasse enquanto a entrevista acontecia.
Cooper e Madonna tiveram uma extensa conversa, abordando desde a citação favorita do autor James Baldwin (“Não separo o espírito humano do artístico”) até o que aconteceu com o uniforme de escoteiro que ela vestiu para os prêmios GLAAD deste ano. (Cada um de seus filhos pediu uma parte da roupa, mas “eu fiquei com as botas de combate”, Madonna disse. “Vou precisar delas para a minha revolução.”).
Eis alguns destaques da entrevista:
Anderson Cooper: Ouvi dizer que você chama este projeto de “a coisa mais importante que já fez, além de criar seus filhos”.
Madonna:Sim. Obviamente, sinto muita responsabilidade em ser uma boa mãe e criar meus filhos. Sou muito séria quanto a isso. Quem eles são, o que se tornaram e o que contribuem ao mundo é muito importante pra mim. Tudo perfeito neste ponto, graças a Deus, mas o mesmo acontece com este filme. Dediquei não sei quantas horas, e gastei meu próprio dinheiro nisso. Steven Klein fez o mesmo.
Fizemos sem objetivos financeiros, e também não para promover nenhum produto em particular. A única razão de fazermos é porque queremos destacar assuntos que precisam ser destacados. Realmente vejo que o mundo em que vivemos está em colapso, e a civilização está se afundando.
Acredito que estamos em um nível muito baixo de consciência, e não sabemos como tratar uns aos outros como seres humanos. Estamos presos em nossas próprias vidas, nossas necessidades, na gratificação do nosso ego. Sinto muita responsabilidade em entregar esta mensagem.
Cooper: Parece haver otimismo no que você está fazendo.
Madonna: Claro! Faço porque acredito no bem da humanidade, mas, muitas vezes, um empurrão é necessário. Acho que você já percebeu, ao longo dos anos. Quando as pessoas realmente querem salvar os outros? Quando há uma catástrofe. Quando acontece o 11 de setembro, ou quando as enchentes acontecem em Nova Orleans, ou quando as bombas acontecem em Boston. O que acontece? As pessoas se unem. De repente, todos dizem, “o que posso fazer para ajudar? Como posso ser útil?”.
O que estou tentando dizer é, por que precisamos estar nos piores momentos para darmos o nosso melhor e sermos o melhor que podemos ser?
Cooper: Eu fui à estreia do Secret Project Revolution em Nova York e você incorporou algumas palavras de James Baldwin. Não estou citando diretamente, mas ele disse que apenas o artista pode verdadeiramente ver e descrever a condição humana.
Não acho que é algo que muitas pessoas realmente acham, mas é claramente algo em que você acredita muito – que a arte pode, de verdade, mudar a vida das pessoas.
Madonna: Acredito nisso. E acho que era uma mudança maior na vida das pessoas quando não havia censura. Quando o capitalismo não mandava. Agora, para as pessoas conseguirem as coisas, eles têm que se associar a alguma marca e, uma vez que isso acontece, infelizmente, a marca começa a te censurar. Daí, de repente, não é mais a sua pura visão.
Imagine se alguém como John Lennon ou Bob Marley, Sid Vicious, Picasso, quem quer que seja, estivesse trabalhando e alguma empresa, algum diretor, alguma marca lhe dissesse, “Bem, você pode fazer isso, mas precisa tirar esse aspecto do seu trabalho”. Não haveria mais a pureza. Não teríamos mais o dom. Não aprenderíamos com o que eles tiveram pra compartilhar conosco. Apoio a não-censura e a liberdade de expressão.
Madonna anunciou um programa de benefícios, em coordenação com Art For Freedom, a iniciativa digital global para alimentar a liberdade de expressão, para direcionar, responder e protestar contra as perseguições ao redor do mundo.
Madonna iniciou o Art For Freedom no dia 24 de setembro de 2013, ao postar o #Secretprojectrevolution, um vídeo de 17 minutos criado com Steven Klein. O filme – “um chamado à ação” (logo abaixo, legendado) – estreou originalmente no site Vice e continua pronto para download no Bit Torrent. Artistas são encorajados a disponibilizar seus trabalhos no site artforfreedom.com, em forma de vídeo, música, poesia ou fotografia, para expressar seus significados pessoais de liberdade e revolução.
Como parte da iniciativa Art For Freedom, Madonna lançou um programa de benefícios para apoiar indivíduos e organizações que trabalham para avançar na justiça social. Ao longo do próximo ano, ela irá escolher um artista a cada mês, cuja expressão criativa ajude a lutar contra opressão, intolerância e complacência. Madonna irá premiar em US$ 10 mil alguma organização não-lucrativa ou projeto de escolha do artista vencedor. Todos os projetos deverão focar em algum assunto de justiça social e exemplificar os valores do Art For Freedom.
Madonna irá escolher o vencedor a cada mês, com ajuda de um curador convidado, começando com Anthony Kiedis, do Red Hot Chili Peppers. Ela comentou:
“Quero ajudar a dar uma voz criativa àqueles que foram silenciados e tiveram seus direitos humanos negados. Art For Freedom é uma plataforma que dá aos artistas uma chance de definir ‘liberdade’ através de sua arte. Já recebemos muitos trabalhos incríveis. Estou convidando todo mundo para expressar suas ideias sobre liberdade, seja descrevendo alguma perseguição específica que tenham vivido, compartilhando o modo com que seus direitos foram violados e/ou compartilhando ideias criativas a respeito da luta contra a injustiça.”
Art For Freedom, lançado em parceria com o site Vice, recebeu mais de mil inscrições nas primeiras 48 horas. Estas e as próximas se tornarão parte da plataforma Art For Freedom, e serão elegíveis para o programa de benefícios Arts For Freedom. Contribuintes podem se unir ao projeto com artes originais no site www.artforfreedom.com ou marcando publicações originais com a tag #artforfreedom.
Assista ao curta #secretproject legendado e uma entrevista chocante sobre as pressões que sofreu em alguns países durante a passagem da tour MDNA, em 2012, inclusive com ameaça de morte vindo da Rússia caso ela defendesse a causa homossexual.
E finalmente foi lançando esta semana o tão esperado Secret Project de Madonna e Steven Klein.
Desde o ano passado, quando rodou o mundo e fez 88 apresentações de sua MDNA Tour, considerada a segunda turnê feminina mais lucrativa da história, perdendo apenas para a Sticky and Sweet Tour da própria Madonna, realizada entre 2008 e 2009, os fãs de Madonna se perguntavam incessantemente: o que será que ela teria feito quando se trancou em um galpão em Buenos Aires, em dezembro, com Steven Klein e toda sua equipe de dançarinos? Seria um novo video clip? Seria uma sessão de fotos? Participariam outros artistas? Não se sabia de nada. E por isso o projeto ficou conhecido como Secret Project.
Marketeira de mão cheia, Madonna se aproveitou disso e começou a divulgar nas redes sociais e na Internet algumas pistas para provocar maior alvoroço. Uma foto onde o nome de Rihanna aparece causou rebuliço. Lady Gaga e ela trabalhando juntas? Pequenos trailers teasers lançados e o rebuliço continuava. Programado inicialmente para maio, na data lançada milhares ficaram prostrados esperando na rede e… nada! Chegaram a brincar que de tão secreto este projeto deveria nem existir! Provocações dela mesma vieram quando recebeu o Billboard Award este ano, quando disse que estava prestes a começar uma revolução: a revolução do amor.
Até que quando da divulgação do DVD da referida tour, também lançado agora em setembro, as coisas começaram a tomar forma e nesta última terça-feira foi jogado na rede o filmete de 17 minutos chamado Secret Project Revolution.
Não era um ensaio fotográfico e nem um video clipe. O filme, em preto e branco, mostra cenas de opressão, de tortura, de massacre. Não é realmente muito agradável ver Madonna com uma arma na mão atirando em seus companheiros e, depois fazendo o papel de uma encarcerada, presa em uma cela e sendo torturada. Mas tudo isso é uma metáfora. Madonna está pregando a liberdade. A liberdade de expressão, a liberdade do ser, a liberdade em geral. No decorrer do filme, falas de seus discursos politizados, feitos durante a MDNA Tour são ouvidos, e uma narração em off explica o porque daquele projeto e o objetivo do mesmo.
” Essa revolução superará todo o medo, todo o sofrimento, e toda separação. E incluirá todas as pessoas: negros, brancos, cristãos, chineses, muçulmanos, judeus, gays, heteros, bissexuais, gordos, incapacitados, ricos, pobres, artistas e autistas. (…) Estamos juntos neste navio, navegando como um arpão incandescente no mar.” – diz Madonna em um dos trechos.
Ou ainda:
” Eu sinto que as pessoas estão ficando cada vez mais amedrontadas por aqueles que são diferentes. As pessoas estão ficando cada vez mais intolerantes. Nós queremos lutar pelo direito de sermos livres. Este é um momento muito sério onde nós podemos fazer a diferença, nós podemos mudar isso. Nós temos o poder. E nós não precisamos fazer isso com violência. Apenas temos que fazer isso com amor.”
As cenas de tortura, em especial, me remeteram a cenas de filmes sobre o período da ditadura militar na América do Sul, em especial a um filme chamado Garage Olimpo, que me causou a mesma sensação de sufocamento quando o assisti, ou nosso Olga. Impossível não ser remetido à cenas de filmes sobre o nazismo, como o célebre A Lista de Schindler, onde a personagem de Ralph Fiennes atira aleatoriamente em judeus no campo de concentração. Quando não aprendemos com a história ela acaba se repetindo, diz Madonna em um trecho, e é isto que está acontecendo.
Lembrando que ano passado, enquanto ela fazia sua turnê, ela se envolveu ativamente no caso da banda russa Pussy Riot que foi presa por se expressar contra o governo de Putin. Aconteceu também o caso de Malala Yousafzai, estudante, ativista e blogueira paquistanesa que foi alvejada dentro de um ônibus escolar por defender os direitos das garotas paquistanesas de estudarem.
Madonna provoca mais uma vez, instiga as pessoas a pensarem, usa sua arte como voz ativa dos oprimidos e prega a liberdade em todos os aspectos. Muitos, como sempre, vão torcer o nariz e falar que isso não passa de demagogia da parte dela. Outros, não só fãs e afins, vão se engajar no projeto e dar mais voz ainda ao mesmo. O importante aqui é a capacidade do curta de chacoalhar, de fazer pensar em quão robotizada, mecânica e manipulável a sociedade está se tornando com seus gadjets, iPhones, iPods e tantas outras coisas que de certa forma também oprimem, pois faz com que as pessoas parem de pensar e acabem se sucumbindo ao que lhes é entregue de maneira pacífica. Enquanto houver pessoas que pregam o ódio contra as diferenças, como os políticos brasileiros cujos nomes não irei citar, e incitam a violência contra quem eles consideram escória, teremos muitas sementes de ditadores como Hitlers e Mussolinis espalhados pelo mundo e a história corre sim o risco de se repetir.
Trazendo o tema para a realidade brasileira, a bandalheira e baderneira que ocorre em nosso país atualmente, junto com a falta de punição, é também uma forma de opressão. É também uma forma de pegar a arma metafórica de Madonna no vídeo e sair atirando aleatoriamente. É uma forma de encarceramento. O que houve com todos os protestos e manifestações realizados este ano? Cessaram?
Penso que artistas não são demagogos quando levantam essas questões. É mais do que obrigação de quem faz e promove arte se engajar ativamente e cutucar a ferida, como Madonna faz e sempre fez. Não precisam ser fã dela ou concordar com tudo que ela faz. Somente tomem um tempo, 17 minutos, para ouvir o que ela tem a dizer.
Vale a pena. O vídeo do Secret Project está disponível abaixo.
Algumas horas atrás, tive a sorte de comparecer à festa de lançamento do “Secret Project Revolution” da Madonna, um curta-metragem de 17 minutos em conjunção com Steven Klein, abordando discriminação e injustiça no mundo. (VEJA O VÍDEO AQUI)
Cheguei no evento por volta das 9 horas, daí tive que perambular até as 10 antes das portas se abrirem. O e-mail com o convite era claro sobre a pontualidade, alertando que não entraríamos se chegássemos depois das 10:45h. Mas muito cedo também não era bom. Como todos entrariam na Gagosian Gallery entre 10 e 10:45h? No fim, a lista de convidados era pequena mesmo, com talvez 250 pessoas.
Lá dentro, a sala estava reservada. Uma foto de Madonna, tirada por Klein, do tamanho da parede, e sua trupe MDNA era um ponto focal, assim como uma foto gigante do olho de Madonna no filme. Mas o que realmente me chamou a atenção (sem contar o fato de que o ex de Madonna Sean Penn estava passeando por lá) foi uma área protegida em frente a uma parede em branco, onde imaginei que Madonna projetaria o filme e talvez se apresentaria de alguma forma, ou, pelo menos, falaria. Então, meu amigo Curtis e eu ficamos na frente enquanto a maioria das pessoas se misturaram e aceitaram bebidas de garçons com máscaras de gás.
O tecido se revelou uma bandeira, que dizia:
Enquanto esperávamos, o artista Scooter LaForge nos contou que ele ouvira que Madonna cantaria uma música nova. Estávamos tão envolvidos com essa fofoca que quase perdemos: Madonna, de repente, estava aos nossos pés – literalmente. Maravilhosa em um casaco preto apertado e com uma touca “morango-loura”, Madonna estava de joelhos, muito próxima de nós, desenrolando um tecido branco. Ela nos falou sobre o exato lugar do tecido: “Vocês são a primeira fila. Não deixem ninguém estragar isso”. Os avisos de “Proibido fotografar” já haviam sido globalmente ignorados, então tirei uma foto rápida da diretriz trabalhando, mas mantivemos o tecido no lugar. Foi surreal vê-la comparecendo desta forma e, daí, caminhando entre seus convidados.
Pouco tempo depois, Madonna entrou na área e começou um discurso de 12 minutos, explicando suas motivações pra criar o “Secret Project Revolution”, um trabalho que ela chamou de “a coisa mais importante que já fez depois de ter os filhos”. Dizendo que não queria soar narcisista, Madonna, entretanto, afirmou: “Agora, só quero ouvir a mim mesma”. Todo o local ficou em silêncio enquanto ela defendia sua causa e explicava a intenção do filme, de iniciar um projeto de mídia social no qual as pessoas enviassem suas ideias de liberdade.
“Quando digo que quero começar uma revolução, é exatamente isso o que quero dizer. Quero dizer que quero começar um movimento de pessoas, de artistas, que não se preocupam com concursos de popularidade, que não se preocupam com aprovações, que não se preocupam com a beleza da bunda – embora seja importante ter uma bunda bonita…”
Foi legal o discurso dela ter um pouco de humor, algo que a revista Slant disse estar faltando neste projeto. Mas Madonna não estava rindo quando explicou que seu uso de armas foi metafórico – é bem óbvio quando você assiste ao filme, algo que os críticos ardorosos nem se importarão em fazer.
Logo antes do filme começar, ouvimos um longo trecho de uma entrevista de James Baldwin. Lembre-se de que Madonna nos mandou sentar, então a minha visão foi de pessoas como Zac Posen e Zachary Quinto e Donna Karan, sentados no chão frio da galeria.
(Senti cada minuto da minha idade com o passar do tempo…tão lentamente…até me endireitar novamente no fim.)
O filme por si próprio foi muito mais interessante por ser projetado com o som e o visual perfeitos dentro da galeria. Ainda acredito estar muito longe de ser “a coisa mais importante” que ela já fez, mas é um trabalho de muita paixão, exatamente o contrário das tentativas comerciais dentro de fora da música. É incrível que ela arranje tempo para algo assim depois de 30 anos de carreira. Se algo, a noite inteira – menos os grills dourados e outros exemplares de riqueza – remeteu aos dias da década de 80. Me perguntei o que Haring, Basquiat, Warhol e tantos outros daquela era, do passado dela, achariam deste evento, caso não tivessem sido datados por Madonna e seu desejo de sacudir as coisas.
Após o filme, uma série de danças começou, estrelando os artistas da MDNA. As coreografias foram lindas (especialmente por Chaz Buzan e Marvin Gofin). Foi realmente espetacular ver de tão perto (por falar nisso, Chuck Close estava bem à esquerda).
Finalmente, Madonna, que estivera sentada no chão, bem na plateia, foi arrastada de volta ao palco por dois “policiais”. Daí, ela apresentou um cover lindo de “Between The Bars”, de Elliott Smith, em uma voz perfeita (a música é da trilha sonora de “Gênio Indomável” e, me lembro bem, Madonna disse que esse filme era seu favorito quando foi lançado). Madonna está se arriscando como cineasta e sinceramente acredita que pode iniciar uma Revolução de Amor que mudará o mundo, mas, pra mim, tudo voltará à música, e ouvi-la apresentar essa balada melancólica a poucos metros de mim realmente me emocionou.
No fim, alguém vestido de preto dançando ao redor de Madonna revelou ser o filho Rocco. Daí, eles e toda a equipe agradeceram enquanto a sala se transformou numa pista de dança. Exceto pelo fato de que Madonna estava entre nós, então a maioria dos festeiros se aproximou dela, que ia passando, cumprimentando os VIPs de todo o mundo e outros famosos.
A interação afetuosa de Madonna com Sean Penn me espantou; foi uma cena que nunca pude imaginar quando lia rumores sobre ela ser “torturada como um peru” pelo homem que se tornou o primeiro ex-marido.
Lindsay Lohan, colega de Klein, estava lá, relutantemente tirando fotos para os intrépidos perguntarem. Eu me re-apresentei a ela (trabalhei com ela durante sua adolescência!), dizendo: “Fui o editor da revista ‘Popstar’!”. Ela ficou chocada e gemeu: “…oh, Deus!”.
Vestindo algo bem curto, Perez Hilton estava de prontidão para receber alegres boas-vindas de Lohan e Ciccone. Anderson Cooper e seu amor Benjamin Maisani se jogaram na aura de Madonna, trazendo Marc Consuelos para dizer um “oi”.
Anderson parecia estupefato; adoro quando ele age como fã (Ben educadamente recusou fotos em nome de Anderson, dizendo que “não era uma boa noite para isso”, mas foi definitivamente uma boa noite para a foto dele com Madonna).
Por um bom tempo, os dançarinos se exibiram em um círculo, atraindo a atenção de Madonna e permitindo que ela se inserisse na multidão, de alguma forma longe dos constantes flashes.
Enquanto ela ia pra lá e pra cá pela sala, consegui dizer a ela que achei a noite incrível (e foi!) enquanto peguei-a pelo braço e a parabenizei – “Obrigada”, ela disse, olhando à frente. Acho que a maioria dos fãs de Madonna presentes conseguiram tocar ou se aproximar do ídolo. A disponibilidade dela foi sem precedentes.
“É como estar na festa ‘Sex’ dela”, um amigo disse. Bem, havia correntes na entrada.
Conforme a noite terminava, Madonna se esconder em uma pequena sala perto da porta. Um caminho foi liberado, um segurança, atrasado, proibiu quaisquer fotos e bloqueou câmeras com sua mão gigante, e ela foi escoltada até o carro.
Tentarei postar mais detalhes conforme eles chegarem, o que deve acontecer depois que eu dormir. A Revolução pode ser cansativa.