De acordo com a revista The Hollywood Reporter, a diretora e roteirista Dianne Houston assinou um contrato para adaptar a autobiografia de Rebecca Walker para as telonas, marcando o próximo trabalho de direção de Madonna.
O filme é centrado em uma estudante americana de 19 anos, criada em um lar cristão e judeu, que viaja à África e se apaixona por um jovem muçulmano em uma ilha na costa do Quênia. Rapidamente, eles planejam se casar. Porém, os planos caem por terra devido a forças culturais e políticas. Walker, que também veio de um lar cristão-judeu, é filha de Alice Walker, autora de A Cor Púrpura.
Bruce Cohen, Jessica Leventhal e Walker serão os produtores. A agência de talentos CAA, que representa Madonna, levará o projeto a financiadores nas próximas semanas.
Adé será o próximo trabalho de Madonna, após o romance de época W.E., lançado pelos estúdios The Weinstein Company em 2011. O livro foi publicado em 2013 pela editora Little A Imprint, da Amazon.
Houston, que possui um projeto com a rapper Missy Elliott em andamento, porém sem título, é representada pela agência Kaplan-Stahler.
O apresentador do talk show mais inteligente do Reino Unido, Graham Norton lança seu segundo livro de memórias neste mês, e está escrevendo uma coluna no jornal Mail Online, na qual destaca o seu mundo particular. Na história de hoje, ele revela como lidou com as maiores divas do show business, incluindo a própria Rainha do Pop.
“Madonna e eu – um caso de amor não-correspondido!”, por Graham Norton.
“Em uma recente visita a Nova York, eu estava em um bar (que surpresa!), quando dois jovens charmosos se aproximaram (isso sim foi uma surpresa). Quando eles pediram para tirar uma foto comigo, pedi a um dos meus amigos que o fizesse e eles pareceram satisfeitos.
‘Obrigado por ter sido gentil’, um deles confidenciou. ‘Na última vez em que estivemos aqui, andávamos pela Quinta Avenida e vimos Madonna. Ficamos emocionados e começamos a dizer o quanto a amávamos. Ela não parou – apenas virou a cabeça enquanto andava, mexeu o cabelo e disse oi e tchau.’
Eles estavam realmente chateados? Não é assim que eles queriam que a deusa se comportasse? Claro que queremos que nossas divas ajam como…bem, divas. Ninguém o faz melhor do que Madonna. Ela pode não ter o dom da atuação, mas, quando se trata de ser Madonna, ela o faz melhor do que qualquer um. Ela é tão certa de que é especial, que somos todos varridos pela Tsunami dela de ambição e necessidade.
Quando o programa So Graham Norton começou no canal 4, em 1998, ela estava no topo da minha lista de possíveis convidados, mas levaria 14 longos anos para que ela finalmente sentasse o bumbum definido no meu sofá vermelho.
Havia muitas condições. Era pra ser especial. Sim, ela queria gravar o programa à tarde. Sim, ela queria aprovar a música. Sim, me pergunto até onde iríamos. Qual exigência poderia ter levado um ‘não’? Nem consigo imaginar.
Poucas semanas antes da gravação, fui convidado a conhecê-la numa recepção no Hotel Claridge, seguida por uma exibição de sua estreia na direção cinematográfica, W.E.. Esperei em um salão ornamentado com uma mistura de jornalistas e celebridades. Finalmente, a porta se abriu. A águia pousara. Tentávamos não encará-la, mas não adiantou.
Madonna andou pelo salão cumprimentando as pessoas e fazendo um breve discurso, como a Rainha visitando uma fábrica de escovas de dentes em Sheffield.
Uma mulher vestindo um terno escuro apareceu atrás de mim. ‘Venha comigo’. Minha boca ficou seca e andamos pelo mar de pessoas até chegarmos à brilhante ilha no centro da multidão. Uma pálida mão se estendeu a mim.
‘Parabéns pelo filme’, eu disse. ‘Oh, você já assistiu’.
‘Não, será nesta noite.’ ‘Bem, guarde seus parabéns pra depois’.
Apenas segundos depois, tudo já dava errado, mas, de alguma forma, consegui pacificá-la antes dela seguir pro próximo perdedor. Alguém deve ter tirado uma foto nossa durante nossa breve conversa, pois a tenho emoldurada em minha casa. Estávamos com o riso forçado, mas sou eu que segurava uma bebida e parecia 10 anos mais velho do que ela.
Voltei aos meus amigos e a única palavra que pensei para descrever meu sentimento era ‘doidão’. Alguns instantes depois, a euforia passou e eu quis encontrá-la novamente. Se é isso o que acontece com todo mundo que espera do lado de fora dos teatros e estúdios, não é de estranhar que eles voltem por um pouco mais.
Finalmente, o dia da gravação chegou e eu berrava: ‘Senhoras e senhores, por favor, recebam Madonna!’ e lá estava ela. Estava realmente acontecendo.
O resto do show é uma vaga lembrança. Lembro de estar nervoso e, depois, relaxar. Nós nos familiarizamos e, logo, enquanto eu deliberava com a equipe de produção, fiquei sabendo que me chamaram no andar de cima. Corri e encontrei Madonna e seu pessoal descendo pelo corredor.
‘Muito obrigado!”, falei ansiosamente. Comecei a tentar elogiá-la mais, mas ela me interrompeu.
‘Só queria me despedir’, ela disse, imitando uma pessoa normal da melhor forma possível. Mas, daí, sem dizer nada, alguém veio por trás dela e a vestiu em um casaco de pele, provando que ela não era nem um pouco normal.
Não ficamos amigos depois disso. Ela se manteve como a artista gelada, e eu, o fã espantoso. E nossos mundos nunca se encontraram outra vez.
(Artigo Attidude Magazine) – A mulher que sempre esteve acima das mídias sociais vem tendo um romance tórrido com elas ultimamente. 2014 será sempre conhecido por este fã como o ano em que a Material Girl abraçou o Instagram e nos concedeu tudo: de fotos dos seios a uma homenagem a axilas cabeludas. E eu amei! Pelo iPhone, Madonna nos levou pra trás da cortina prateada – até mesmo para o seu banheiro elegante no lado leste de Manhattan, para testemunhar desde seu suor pós-treino até o filho David Banda na guitarra.
Porém, o mais fascinante foi o jeito brega com que ela nos chamou para entrar no estúdio de gravação. A Rainha do Pop tem provocado o mundo com o progresso do seu 13º álbum ainda sem título (a menos que seja chamado Unapologetic Bitch – Senhor, espero que não!).
A lista de colaboradores potenciais, até então, é impressionante: o produtor Ariel Rechtshaid, o co-compositor de Wrecking Ball MoZella, Diplo (que produziu MIA), o DJ/Produtor Avicii, o ex-colaborador da Lady Gaga Martin Kierszenbaum, a cantora pop Natalia Kills, e o criador de hits Toby Gad.
A foto postada recentemente é emocionante: uma homenagem a Betty Page, veus misteriosos e imagens religiosas? Veja só. Mas há também alguma preocupação. Por quê? Porque Madonna parece estar perto de acertar. E todos sabemos o que acontece quando Madonna erra um pouco. Duas palavras: Hard Candy.
Algumas pessoas podem argumentar que o último álbum de estúdio, MDNA, foi uma decepção. Na verdade, eu adoro vários momentos do álbum, mas havia uma sensação, logo antes do álbum ser lançado, de que algo não estava no lugar.
É difícil destacar o que estava faltando. O mundo estava faminto pela qualidade de Madonna. A realidade é que tivemos apenas uma pitada dela. William Orbit sugeriu em retrospecto que M seguiu muitas direções para realmente fazer do álbum o grande retorno à forma, com canções como Gang Bang e Addicted.
Ela tinha uma linha de roupas, uma turnê mundial, um filme e um perfume para promover. Música – a fonte de todo o poder – havia sido rebaixada a uma mera porção de seu tempo, um trabalho de meio expediente e, infelizmente, algo seria sacrificado. Suponho que foi o laser da pista de dança que perdeu o foco, e todo o projeto sofreu as consequências.
Felizmente, a turnê conjunta não sofreu o mesmo destino. Testemunhamos Madonna em sua melhor forma, destruindo multidões com sua confiança atrevida e celebrando a dança no centro de seu circo. Mesmo assim, quando o confete acabou, havia o sentimento de que o trem de Madonna havia passado sem deixar o menor rastro. A era, como em Hard Candy, não perpetuou da mesma forma que Confessions On A Dancefloor fizera anos antes.
O problema é que Madonna é consistentemente brilhante. Quando ela atinge o seu melhor, a música equivale a orgasmos. Momentos como Holiday, Intro The Groove e Hung Up são exemplos. Um abandono imprudente da pista de dança, mas não bobeiras desperdiçadas. Sim, músicas pop sólidas nas quais você quer se perder, se embebedar ou se entregar a uma noite de prazer. Mas são canções de liberdade, de fuga e poder. Uns podem chamá-las de “trilha sonora da saída do armário”. No âmago destas pérolas da pista de dança, estão verdades universais inseridas na experiência humana: “Apenas quando danço, me sinto livre assim”, “A alma está na música, é lá que me sinto linda e mágica. A vida é um baile, então caia na pista de dança”.
O que é um caso de amor entre homens gays e Madonna? É diferente de nossa admiração por outras cantoras – um encontro específico que se distingue do amor por Cher, Kylie, Mariah etc. Enquanto aprecio as qualidades que todas essas fortes divas têm em comum, há algo diferente sobre Madonna. Se você cresceu gay durante o reinado dela, há algo da rebeldia dela no seu DNA. Quando era adolescente, eu me identificava com a recusa dela em ser categorizada. Nem “machão”, nem “feminina”; nem “bruta”, nem “suave”. Especialmente nos anos 80, ela desafiou a definição de “bela”, e sua resistência e determinação eram infecciosas.
Tinha 12 anos quando a Virgin Tour foi lançada em videocassete. Enquanto os garotos da minha escola se escondiam pra ver seios em Porky’s ou cenas de mamilos em Conan, O Bárbaro, eu ficava colado em frente à TV tentando aprender a coreografia de Dress You Up. Eu vi a audácia transparente desta mulher, que provocava…não, exigia que a multidão pedisse mais. “Eu disse: ‘Vocês querem ouvir mais?’”, ela gritava durante uma incrivelmente longa pausa no meio de Holiday. Nossa, como eu queria mais!
Sou um eterno defensor de American Life, uma escolha controversa de álbum favorito entre os fãs de Madonna, mas permitam-me apresentar minha solitária evidência: a canção Nothing Fails. É a versão 2004 de Like A Prayer, um pouco mais maltratada, cansada do amor e possuída exatamente pelo tipo de profundidade que eu sempre esperei dos álbuns de Madonna.
Como projeto, sim, sei que é desprovido de hits – mas, pra mim, é uma aula de composição. Como álbum, é um trabalho de arte coeso, pois, claramente, teve 100% da atenção dela. É esta atenção aos detalhes de que um grande álbum da Madonna precisa. O sucesso simplesmente não acontece sem ela.
Alguns projetos passaram do ponto exatamente pois não tinham um elemento crucial: Madonna. Não ligo pra quantos produtores estelares, compositores ou DJs bacanas estejam com ela – eu sempre aposto nela! Quando Madonna decide aparecer no estúdio, há um brilho inabalável. Like A Prayer e Ray Of Light são exemplos. Eis a mulher que ama sua arte, e a paixão é evidente. A verdade é que Madonna é sempre o elemento mais interessante de uma colaboração com Madonna. As coisas apenas dão errado quando este equilíbrio se descontrola. Sempre achei que a colaboração dela com Pharrell, e até com Babyface, ofuscou o quociente Madonna. O som deles permearam o álbum e o resultado ficou sem criatividade. Eu sei, é chocante, né? Madonna nunca será normal!
O trabalho dela com talentos novos e excitantes é, pra mim, sempre mais recompensador. O trabalho com William Orbit, uma escolha relativamente obscura na época, foi revolucionário. Similarmente, o álbum Music com Mirwais a reinventou completamente para o século 21. Quando Madonna entrou em estúdio com Stuart Price, ela parecia estar em uma maré de vitórias. Três incrivelmente originais e bem-sucedidos álbuns pop, com a excelência provocativa de American Life no meio.
Aconteceu algo estranho no Twitter quando anunciei que escreveria este artigo. Li alguns comentários irritantes: de “diga a ela pra começar a agir como alguém da idade dela” a insinuações de que Madonna não compôs seus maiores sucessos (total ficção, já que ela é uma das compositoras pop mais produtivas e talentosas e, estranhamente, raramente recebe este crédito). Eu me vi defendendo o direito de Madonna tirar a roupa – mesmo que não me afete muito, a recusa dela de “envelhecer graciosamente” está de acordo com seus valores, e eu posso apenas encorajá-la. Com todo o respeito, os fãs de Madonna são furiosamente protetores, e uma coisa em comum que percebi foi uma paixão pelos acertos de Madonna, seja lá o que isso for. Meu argumento sempre foi que o foco tem que estar nas canções, e a disciplina deve aparecer não apenas na academia, mas nas ideias. Na música.
Todo compositor e artista ficam com preguiça – é difícil ser bom. Bono Vox, do U2, tem uma ótima frase sobre lutar pela excelência: “Bom é o inimigo do ótimo”. E é verdade. Madonna é boa facilmente e sem o menor esforço. Ninguém pode negar isso. Mas, quando ela é ótima, não há ninguém que chegue perto na música pop.
Nesta calmaria antes da tempestade, quero mandar alguns cósmicos raios de luz à rainha. Todos os sinais apareceram: a determinação, o foco e a alegria em ser artista. Podemos todos debater qual era, qual visual ou qual persona foi a mais forte, mas há apenas uma pessoa que pode nos servir tudo isso. Ajude-nos, Madonna Louise Veronica Ciccone. És a nossa única esperança.
Entre Hard Candy e MDNA, Madonna parece ter se perdido. Sim, sei que ela ganha muito dinheiro e tal, mas ela perdeu um pouco da qualidade por fazer a linha “Tenho 50 anos, sou sexy e foda-se se você não gosta disso”. Não me entenda mal; Madonna enfrentou mais intolerância a mulheres do que qualquer outra artista na indústria. Odeio ver tal situação, mas, às vezes, ela se faz de alvo. Talvez seja hora de mudar.
Madonna sempre conseguiu se salvar com músicas em trilhas de filmes. Em 1994, quando todos os jornais do mundo diziam que ela nunca mais teria um hit, ela lançou uma das canções mais bem-sucedidas da carreira: I’ll Remember, do filme Com Mérito. Em 1986, após se tornar piada nacional pelas fotos das revistas Playboy e Penthouse (nos anos 80, era um escândalo ameaçador de carreiras), ela chocou a todos com a incrível balada Live To Tell. E quem consegue esquecer de You Must Love Me, ganhadora do Oscar por Evita?
Tenho afirmado, nos últimos meses, que Madonna gravou uma canção de trilha sonora. Não tinha – e ainda não tenho – total certeza para qual filme é. Entretanto, sei que a gravadora Interscope, que está produzindo a trilha de The Giver, pediu uma música a Madonna. Isso lá pelo fim de abril, mesmo estando a trilha já finalizada. Quando Madonna anunciou uma canção chamada Messiah recentemente, que cairia perfeitamente com o tema de The Giver, tive 100% de certeza de que era para este filme. Compareci a uma exibição do filme e tinha certeza de que ouviria a canção de Madonna. Até dei uma dica no Twitter, mas tive que deletar todas as postagens sobre o filme porque o pessoal dos estúdios The Weinstein Company (com toda razão) ficaram furiosos.
Antes de perceber, os créditos apareceram. Entretanto, não havia música. Nunca vi isso em um filme antes. Havia outra canção no fim dos créditos, mas não saquei quem era o cantor, e ouvi dizer que esta última música nem entraria na edição final. Pensei que, talvez, a canção de Madonna não estivesse pronta ainda e, por isso, não havia música. Perguntei a um representante dos estúdios, mas não recebi uma resposta – o que quer dizer “sim”, certo?
Ter uma canção em The Giver seria uma enorme vantagem na carreira para Madonna. Mesmo que não se torne um grande sucesso, a canção certamente entraria na lista de grandes canções em filmes. Há também a possibilidade de Madge obter uma indicação ao Golden Globe e ao Oscar. The Giver é um filme que Madonna adoraria, e seu envolvimento apenas melhoraria a qualidade da obra. A personagem principal, Jonas, é, basicamente, uma versão masculina da Madonna rebelde. Vamos esperar respostas em breve. (Fonte: Pop Music Gadfly)
Após dois polêmicos álbuns, o próximo disco de Madonna será decisivo para muitos seguidores exasperados. Nós sobrevivemos às suplicas dela pra vermos o rebolado por Hard Candy e ignoramos o apressado e incoerente MDNA. Agora, a conta de Madonna no Instagram confirma que ela voltou ao estúdio com uma dúzia de compositores e produtores escandinavos, incluindo Avicii e a cantora/compositora britânica Natalia Kills.
Mas se Madonna quiser – ou se importar – ser relevante outra vez como musicista, ela precisa aprender com os erros que cometeu com MDNA:
Não reduza a qualidade de suas letras:
Madonna tem 55 anos, dois ex-maridos, quatro filhos; prefere namorar homens mais novos e é a mulher mais famosa do mundo. É material suficiente para se trabalhar. Por favor, chega de rimas do tipo “esperando, ansiando”, chega de nos avisar que o tempo está passando e de dizer o quanto gosta de dançar. Já sabemos de tudo isso. Não sabemos quem Madonna é atualmente. Ela pode juntar quantos produtores quiser, mas, quando compõe melodias fracas e letras genéricas, Madonna não mais revoluciona o Pop, ela apenas o segue.
Não desvie:
A pós-produção do filme W.E. levou mais do que o esperado, seguida de promoção mundial. Entretanto, sobrou pouco tempo para promover o álbum MDNA. Até mesmo seu produtor diplomático William Orbit admitiu: “Fomos pressionados devido a…vários compromissos de mídia, que acabaram com o tempo limitado da artista, como campanhas de perfume e concursos de moda adolescente, além de outros. Todos estávamos completamente fixos a nos dedicar ao máximo para fazer de MDNA o melhor álbum do ano, mas, infelizmente, não houve tempo”.
Não arruíne o lançamento do primeiro single:
No Reino Unido, lar de uma das fã-bases mais fieis, o primeiro single Give Me All Your Luvin’ recebeu mínima atenção das rádios. Daí, uma breve promoção permitiu aos fãs baixar a música de graça se eles comprassem o álbum MDNA na pré-venda, o que significou que Give Me All Your Luvin’ não era eleita às paradas. Quando disponível para compra como uma faixa singular, o momento já havia passado e o single chegou apenas no desastroso 37º lugar.
Não continue com singles ainda mais fracos:
O segundo e terceiro singles Girl Gone Wild e Turn Up The Radio eram faixas genéricas que podiam ter sido gravadas por qualquer cantora, de Katy Perry a Carly Rae Jepsen. O responsável por escolher os lançamentos de MDNA deveria se envergonhar.
E, daí, não case “insultos” com “acidente” e grave clipes ruins:
Apesar do clipe de Girl Gone Wild ter sido banido de acesso público no Youtube por ser “muito provocante”, com homens seminus (o que já fora visto nos clipes Justify My Love e Erotica duas décadas antes), o burburinho foi pouco com este segundo single. Ele não chegou ao Top 100 da Billboard e, no Reino Unido, permaneceu em 73º. Turn Up The Radio ganhou um clipe barato que podia ter sido gravado com um iPhone e foi, discutivelmente, a pior coisa que ela já filmou desde Destino Insólito. Esta era a mesma pessoa que revolucionou com Like A Virgin, Express Yourself, Like A Prayer e Bedtime Story?
Não subestime o poder da promoção…
MDNA se tornou um exemplo raro de críticos amando o trabalho de Madonna mais do que seu público. Porém, sem um single bem-sucedido ou qualquer tipo de publicidade da parte de Madonna (apesar de uma entrevista de 10 minutos pré-gravada para o programa Daybreak), muitos britânicos sequer perceberam que ela lançara um novo álbum. Seus leais fãs a levaram, sozinhos, ao topo das paradas. Porém, na terceira semana, o álbum já havia saído do Top 10. Promovendo o filme W.E. enquanto ensaiava pro Superbowl e planejava uma turnê, Madonna não conseguiu dar conta de tudo. O resultado foi a baixa venda de MDNA.
…mas não o promova em estádios!
Turnê, ingressos e produtos exclusivos sempre venderão mais do que um álbum. Mas achar o lugar certo para um show de Madonna é fundamental para o público experimentar e entender seus esforços criativos. Estádios impessoais são, geralmente, inúteis, a menos que você desembolse um bom dinheiro para o “círculo dourado” ou na fila da frente. Muitos detalhes da MDNA Tour se perderam para aqueles que mal viam o palco ou onde a qualidade do som era tão baixa, que se tornava inaudível. Fóruns na Internet se enchiam de reclamações das pessoas que saíam do show antes do fim. Enquanto é mais lucrativo se apresentar em um estádio com capacidade para 70 mil pagantes ao invés de fazer 10 shows em uma arena para 10 mil, o dano apenas será calculado com os recibos da turnê seguinte.
Não esqueça do seu legado.
Tenho comprado os discos de Madonna, Picture discs, singles, álbuns e downloads de 1983 até agora. Eu a defendi durante a infame era de Erotica e Corpo em Evidência; com os crucifixos flamejantes de Like A Prayer e o falso lesbianismo de Justify My Love. Fui a todas as turnês de Who’s That Girl a MDNA. Ainda estou aqui, apesar dos maus momentos, e me diverti com os bons.
É pelos detalhes e pela ingenuidade que sempre admirei Madonna. Ela se inspirou em outros artistas como Blondie, Bowie e Jackson, e, mesmo assim, conseguiu ser original nas ideias que remixou e revisitou. E é isso que está faltando – sinto que Madonna perdeu sua identidade. Ela é apenas Madonna, uma marca sendo corroída por lançamentos de perfume, academias, cremes pra pele, sapatos e roupas. Tudo isso agrega valor à sua produção, mas custando sua credibilidade.
Finalmente, não me dê atenção.
Afinal, o que eu sei? Eu jamais conseguirei influenciar, alcançar ou mudar percepções como Madonna fez, e é fácil pra mim sentar no computador e reclamar. Sei que sou egoísta – quero que Madonna permaneça como a maior artista pop do mundo. E, claro, continuarei nesta jornada iniciada 30 anos atrás, sem me importar com o próximo lançamento. Porém, como fã de longa data, espero – e anseio – por algo mais.
Apesar das críticas e do fracasso comercial de seu último filme, “W.E.“, Madonna irá voltar à direção de cinema com Adé: A Love Story, uma adaptação do romance homônimo de Rebecca Walker.
Walker, filha da autora de A Cor Púrpura, Alice Walker, publicou o romance no ano passado. A história é sobre um casal de estudantes americanos em viagem no Quênia, sendo que um deles se apaixona por um nativo, Adé – ela adota um nome árabe e tenta se adaptar à nova vida em um ambiente desconhecido, antes de enfrentar diferenças culturais com a visita do casal aos EUA. Psicólogos de plantão talvez tracem um paralelo com a vida de Madonna: a cantora se mudou para o Reino Unido para morar com o marido cineasta Guy Ritchie, antes de se divorciarem. Ela também viveu um romance tropical no filme “Destino Insólito”.
O filme será produzido por Bruce Cohen, um dos produtores do bem-sucedido filme “O Lado Bom Da Vida”, de David O’ Russell. Um roteirista está sendo procurado para adaptar o romance, que será o terceiro filme de Madonna, depois de “Sujos e Sábios” em 2008, e “W.E”. em 2011, que explorou a vida de Wallis Simpson, juntamente com a de uma pesquisadora contemporânea que mergulhou na verdade do romance de Simpson com o rei Eduardo VIII.
O filme foi duramente criticado. Peter Bradshaw, do jornal The Guardian, o chamou de “um desmaio longo, sem humor e necrofílico frente ao suposto glamour tragi-romântico dos Windsors”. O filme rendeu menos de 1 milhão de dólares em todo o mundo.
Aos 55 anos, Madonna continua a super estrela cultural que sempre foi. Juntamente com seus projetos cinematográficos, ela também lançou um curta-metragem através do BitTorrent no ano passado chamado secretprojectrevolution, além de seu mais recente álbum MDNA em 2012, e sua turnê subsequente, que a ajudaram a ser a artista que mais rendeu em 2013, segundo a Forbes.
Em fevereiro, ela anunciou, na inauguração de uma nova academia Hard Candy Fitness, que começara a produzir um novo álbum. Ela apresentou uma versão emocionante de “Open Your Heart” nos prêmios Grammy deste ano, com 33 casais celebrando a união no palco durante a performance de Macklemore e Ryan Lewis, e também cantou no Acústico MTV Miley Cyrus.
Na semana passada, ela lançou sua grife de cosméticos “MDNA Skin” no Japão, com um vídeo promocional, que lembra a obscenidade monocromática da era Sex, nos anos 90: “Ter uma boa pele é importante pra mim. Assim como outras coisas, como a criação”.
Só esperamos que este projeto não atrapalhe na produção e depois divulgação do novo álbum!
Madonna está cotada para dirigir um episódio de uma série sobre “Os Dez Mandamentos”. Quem disse isso foi o produtor de cinema Harvey Weinstein ao jornal americano “The New York Times”. A série terá dez episódios, um para cada mandamento.
Dentre os outros diretores convidados, estarão, além de Madonna, Lee Daniels, Ryan Coogler e Wes Craven. Weinstein, que produziu o último trabalho da popstar como diretora, o filme “W.E.”, além de outros grandes sucessos do cinema como “Chicago”, “Kill Bill” e “O Senhor dos Aneis”, pretende criar uma divisão em sua empresa especializada em produções para a TV. “A maneira que encontramos de acrescentar estabilidade à companhia hoje em dia e investir em produções televisivas”, disse Weinstein, que pretende criar em sua empresa uma divisão de TV “tão poderosa quanto a cinematográfica”.
Além de “Os Dez Mandamentos”, Weinstein planeja uma série de detetives, também com dez episódios e ambientada no Egito antigo chamada “Book of the Dead” (O Livro dos Mortos, em tradução livre). Há planos para filmar também “Marco Polo”, uma série de artes marciais para o Netflix; “Guerra e Paz”, uma série de 14 episódios baseada no livro de Leon Tolstoi sobre as guerras napoleônicas que será produzida em parceira com a BBC e, ainda, “Stan e Ollie”, sobre os últimos dias da dupla de atores Stan Laurel e Oliver Hardy, mais conhecidos como O Gordo e o Magro, também para a BBC.
Como 2012 chega ao fim, eu me encontrei olhando para trás sobre o meu ano e refletindo sobre as decisões tomadas, caminhos percorridos e amizades formadas.
Eu poderia aborrecer todos vocês com um play-by-play do meu ano e as coisas que eu aprendi, mas eu prefiro falar com vocês sobre uma relação muito especial que realmente tomou conta da minha vida nos últimos 12 meses.
Talvez você não tenha ouvido falar, mas eu estou em um relacionamento. Não, não é com um exemplar do sexo masculino. Não seja bobo. Em vez disso, eu mantive por mais um ano um relacionamento perfeito e belo com Madonna. Tudo foi simplesmente perfeito. Sua apresentação apoteótica no SuperBowl 2012 (ASSISTA NOVAMENTE), o qual bateu recorde de audiência (mais do que o próprio jogo si), seu maravilhoso álbum #1 MDNA e que não paro de ouvi, apenas de que alguns fãs torceram o nariz para ele, pelo belíssimo filme W.E. (o qual ela ganhou um Globo de Ouro e fez Elton John chorar de raiva) e pela espetacular e mais bem-sucedida tour de 2012, o MDNA Tour, o qual tive o prazer de assistir três vezes.
Acompanhei três ótimos vídeos, com destaque para “Girl Gone Wild” e o vídeo interlude da tournê “Justify My Love” (uma pena não ter sido lançado como um novo “Justify my Love” single/clipe 2.0 em todas as emissoras de TV do mundo. Vi Madonna dá os seus ataques de fúria pelos vídeos no Youtube durante sua tour, reclamar da chuva e até ignorar e depois gravar um vídeo ironizado todo o bafafá que o vídeo gerou – essa é Madonna. E pude também compartilhar cada movimento da estrela no facebook do Madonna Madworld. Cada post que escrevo sobre Madonna eles curtem, e bem provável que essa seja a minha primeira relação produtiva e saudável e eu não poderia apreciá-la mais. Eu quase igualei Madonna a Jesus, de uma forma muito ruim. Desde que o cristianismo fez uma lavagem cerebral nos seres humanos com a indução da Bíblia, parece que não se pode fazer mais nada de errado. O mesmo pode ser dito sobre Madonna desde que ela lançou seu SEX Book “.
A MDNA tour terminou na semana passada. Última turnê de Madonna, e seu nono megashow que visitou cidades na Europa, Oriente Médio, Estados Unidos, America Central e América do Sul e gostando do show ou não, você não pode negar o fato de que foi uma grande produção que se esforçou para mostrar que é o M-DNA ou melhor, o DNA de Madonna. E é claro que ela conseguiu.
Todos os elementos da carreira de Madonna estavam lá, remixados e revisitados para 2012: Controvérsia ligado ao sexo e religião e promulgação da violência, mas também a luta pelos direitos das minorias e o convite a tomar consciência sobre o que acontece no mundo em torno de nós. Madonna também foi muito política sobre esta turnê, ela apoiou abertamente Obama e não teve medo de falar sobre liberdade de expressão (Pussy Riot), quando ela visitou países que não estão muito dispostos a deixar seu povo se expressar. E, finalmente, os seus temas eternos de “acreditar em si mesmo” e que “se você trabalhar duro, seus sonhos viram realidade” estavam lá também! Todos misturados em um caleidoscópio de música e dança que compreende o melhor de suas novas canções e alguns de seus hinos imortais.
Esta é também a turnê em que Madonna esteve realmente mais perto de seus fãs e com as coisas que eles diziam para ela, Madonna pareceu realmente satisfeita por passar esse tempo com eles. Ela conversou, esbravejou, xingou, deu piti e brincou com eles durante passagens de som, ficou surpresa e lisonjeada. Madonna mostrou que ela é humana e não um sono coletivo, como muitos pensam. Ela prometeu um grande espetáculo, e lá estava lá num show com os maiores efeitos visuais, a maior tecnologia em telões, sons, palco, nunca jamais feito por nenhum outro artista. Mais uma vez Madonna foi a pioneira, e mesmo os preços dos ingressos salgados terem revoltados alguns, quem esteve em algum show sabe que tudo aquilo que acontece (e não basta assistir a um único show para se dar conta de tudo o que acorre no palco, é muita informação, informação essa que só veremos no lançamento do DVD/Blu-ray do MDNA Tour.)
Este foi realmente um grande show e ainda que no início parecia um pouco apressado, mas com o tempo as coisas foram otimizadas e, eventualmente passaram a fazer mais sentido. Mas, acima de tudo o profissionalismo de Madonna era evidente, ela dançou complicadas coreografias em chuvas torrenciais, tocou Turn Up The Radio em um pesado figurino em países ou locais onde era tão quente que você podia vê-la literalmente coberta de suor! Ela foi esperta e engenhosa quando os inevitáveis problemas técnicos vieram (o “Motel” de Gang Bang em Birmingham, UK, devido a problemas técnicos, os problemas técnicos que fizeram Madonna deixar de fora Like A Virgin e Love Spent em São Paulo e Porto Alegre, no Brasil, a forte chuva no Chile que fez Madonna cortar metade do show e até um blackout no último show da tour, em Córdoba, Argentina – programação musical não funcionou corretamente em poucas situações).
É claro que houve também momentos frenéticos, sendo o maior de todos ocorrido no L’Olympia (DVD aqui). Provavelmente, se a Live Nation France tivesse tido um pouco mais de cuidado para explicar que ia ser um pocket show (de fato era claro desde o início para nós, os fãs de carteirinha) Madonna poderia ter talvez evitado a má publicidade, mas ainda assim os fãs afortunados que assistiram o show (e os que assistiram ao vivo no Youtube), não só viram performances únicas de Beautiful Killer e Je T’aime Moi Non Plus, mas puderam orgulhosamente, ou sorridentemente dizer que, de alguma forma, fizeram parte da história de Madonna bem como toda a imprensa mundial que reprisou a notícia sobre aquele mini show.
Para encurtar a história, a MDNA Tour provou mais uma vez que só há uma Rainha e é Madonna (é, eu sei que isso magoará muita gente!)
O Madonna Madworld quer felicitar e parabenizar Madonna, seus empresários, os dançarinos, os incríveis Nicki Richards e Monte Pittman e toda a produção que montou um espetáculo de tirar o fôlego e que nós curtimos muito! Queremos também agradecer a todos os fãs e amigos encantadores que conhecemos nessa turnê, foi ótimo compartilhar esta experiência com todos vocês! Vamos esperar para ver um grande espetáculo novo em 2014!
Então, vocês. Olhem para trás em seu ano e me digam se não tiveram uma relação mais apaixonada, amorosa ou completa este ano como a que eu tive com Madonna. Agora esperar o tão aguardado lançamento do MDNA Tour em vídeo (há vários DVD da tour aqui no site à venda) e um novo álbum, afinal, Madonna em 2007, Madonna encerrou o contrato com a Warner, gravadora pela qual lançou seus discos desde o começo da carreira, em 1982. A mudança de casa engordou a conta bancária da cantora em pelo menos U$ 150 milhões por um contrato de 10 anos.
A maior rede social do mundo, o Facebook, acabou de divulgar quais as figuras públicas mais comentadas, que criaram mais buzz na rede de Mark Zuckerberg. Madonna é a única mulher entre as 10 mais discutidas, batendo artistas teens como Lady Gaga, Rihanna e cia.
Ame-a ou não, um fator admirável sobre Madonna é que ela nunca deixou de ser a Material Girl. Ela faz isso aos 54 anos e, provavelmente, vai continuar aos 84. Desta forma, ela pode sentir uma colega Material Girl a milhares de quilômetros de distância e até mesmo em outro século. Você pode quase sentir as duas trocando grandes sorrisos e um bom abraço, em algum lugar do mundo Material. “W.E.” é a culminância desse abraço: o segundo filme de Madonna (seguindo o desastroso Filth And Wisdom, de 2008), está centrado em Wallis Simpson, que foi Duquesa de Windsor, na Inglaterra pós-guerra.
“Sra. Simpson” para o mundo e “Wally” para os amigos próximos, a divorciada americana flertou com Edward VIII, Rei da Inglaterra – e lançou um feitiço. O rei estava tão gamado que abdicou o trono para se casar com ela, e mexeu com o mundo num discurso público, no qual falou: “Descobri ser impossível carregar o pesado fardo da responsabilidade e exercer meus deveres de Rei sem o amor e apoio da mulher que amo”.
Algum dia ele se arrependeu? Algum dia eles discutiram e começaram a se odiar? “W.E.” não se interessa em buscar mais informações ou destacar qualquer esforço. E por que se importar? Há apenas uma ambição adequada a uma Material Girl, que é se manter suspensa numa eterna bolha de adoração. Madonna mirou em Simpson como uma que conseguiu este feito, e sua homenagem é sincera.
“W.E.” está melhorado principalmente pelo visual e atitude aristocratas de Andrea Riseborough, como Simpson, e a química dela com James D’Arcy, como o Rei. Há um momento quando o (ainda secreto) casal está num jantar formal. Ele acidentalmente rasga a bainha do vestido dela debaixo da cadeira e ela o repreende com um lento e arrastado “David!”. Este era o apelido secreto do Rei Edward, usado apenas em sua família. Com a declaração do nome, a verdade do relacionamento deles voou como uma pomba da cartola de um mágico. Cabeças viraram, olhos arregalaram-se. A respiração cortante de alguém fora do ângulo da câmera tem um efeito brilhante e prolongado.
Entretanto, a obsessão do Rei com Simpson é um conto comum e Madonna não agrega um novo valor ao monumento sagrado. Muitas cenas em “W.E.” parecem um clipe antigo da MTV – veja a cena da praia, na qual Simpson e Edward brincam em trajes de banho extremamente elegantes, com seus corpos rolando na areia e cobertos pela maré. Riseborough poderia ser substituído por Madonna e nem seria notada.
Mas não, Madonna fica atrás da câmera, como se não conseguisse interpretar uma mulher que ela talvez considere um alter-ego. A Rainha Material Girl pode ter conquistado o mundo, mas mesmo Madonna nunca conseguiu fazer um Rei largar seu trono (embora possamos sempre esperar que o ex-marido Guy Ritchie deixe de ser um diretor).
“W.E.” dá certo quando é apenas Simpson e Edward olham um pro outro, mas afunda pela trama secundária de uma semi-heroína fictícia chamada Wally Winthrop (Abbie Cornish). Com o mesmo nome da glamurosa Simpson, Wally é uma triste dona de casa de Manhattan em 1998, constantemente violentada por um marido arrogante e que sonha em ter um romance. Ela assombra Sotheby em tardes chuvosas, suspirando pela Coleção Windsor de cristais, vidros e joias, e reside no enorme abismo entre ela e sua xará.
Lá, Wally chama a atenção de um segurança russo, Evgeni (Oscar Isaac), e eles se dão bem de imediato. A relação deles (altamente sexual) segue paralelamente com a estória de amor mais elegante de Simpson e Edward, mas eu digo, é um grande intervalo. E, num ato errôneo, Madonna se estende no tempo, na distância e na circunstância, tudo para fazer as duas mulheres – Wallis e Wally – se encontrarem e conversarem sobre coisas de garotas. De acordo com a história, isso seria muito improvável. A verdadeira Simpson era esnobe, uma cruel ascendente social, que pensava tão democraticamente quando Maria Antonieta. “Deixe-os comer bolo e ficarem obesos”, era o que ela pensava das massas. Ela mesma vivia de champanhe e mantinha um compromisso eterno de permanecer magra (Edward e ela também simpatizavam com os Nazistas, mas o filme ignora isso).
Após a paixão, o escândalo e o sentimento de excitação fugitiva “nós contra eles”, o que manteve o casal unido num casamento de 35 anos? O filme sugere que foi o senso de personalidade de Simpson, pois, por mais que ela estivesse aos olhos do público, ela nunca o perdeu. Sem dúvida, Madonna consegue se associar a isso.