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Turnê de Madonna consolida posto de “rainha do pop”

939661 6901 it2Não é à toa que Madonna optou por surgir no palco da turnê Sticky and Sweet sentada de forma desleixada em seu trono. Aos 50 anos, e aparentemente longe de uma aposentadoria, a cantora norte-americana consolidou seu posto de “rainha do pop” com uma bem-sucedida série de shows que lotou estádios na Europa, Estados Unidos, México, Argentina e se encerrou neste domingo no Brasil.

A Madonna que o Brasil acompanhou nos últimos dias é uma popstar “à moda antiga”. Em uma geração conduzida por Britney Spears e Amy Winehouse, as notícias sobre escândalos e polêmicas ganham mais espaço do que a produção de música em si ou o delírio do público que invade estádios para ver seu ídolo.

Na contramão das notícias que alimentam os tablóides, Madonna consegue se esquivar de fotos e lidar com o divórcio do diretor Guy Ritchie sem alardes ou declarações polêmicas. Com esquemas de segurança complexos, a cantora apareceu poucas vezes para o público enquanto esteve no Brasil como se mandasse o recado: “assistam ao show”.

Ao invés de baladas e flagras sem calcinha durante festas badaladas, o que se vê de Madonna nos últimos tempos é uma cantora sem medo de se reinventar e correr atrás do que é novo. Sem ficar presa no estilo que a consagrou, uniu forças com nomes como Timbaland, Justin Timberlake, Pharell e Kanye West em parcerias que renderam hits que dominaram as paradas ao redor do mundo.

Para quem acha que produzir sucessos em estúdio é tarefa fácil, o próximo desafio de Madonna foi fazer as malas e colocar o pé na estrada. Aos 50 anos e com três filhos, a turnê Sticky and Sweet já garantiu um capítulo especial na história da música. Com uma produção e equipamentos de ponta que ofuscariam apresentações de U2 e Rolling Stones, a seqüência de shows lotou estádios e elevou o show para o patamar de um espetáculo digno da Broadway.

É verdade que tamanha tecnologia traz à tona algumas imperfeições, como a ajuda playback, recurso usado durante os momentos mais complexos de coreografia. Embora a presença destes elementos deixe a apresentação em alguns momentos artificial, o espetáculo em si não perde a magia exatamente em função de sua magnitude.

O fato é que com playback, chuva ou enfrentando um divórcio, Madonna perdeu a pose e arrancou gritos por onde levou sua turnê “grudenta e doce”. Talvez seu único momento emocional tenha sido ao cravar um ponto final em Sticky and Sweet, em São Paulo, neste domingo. A cantora não conseguiu segurar as lágrimas e se emocionou com o carinho do público. “Nós nos divertimos muito no Brasil, que lugar ótimo para finalizar uma turnê. Nós vamos voltar”, disse.

Crítica O DIA: Madonna em ponto de bala na Argentina

Abrindo sua fantástica fábrica de doces na América do Sul com show para 66 mil pessoas em Buenos Aires, diva mostra que quem é rainha nunca perde a majestade

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Não interessassa se ela é coroa, como apregoam seus críticos mais ácidos. Aos 50 anos, Madonna continua superando os próprios limites em apresentações impecáveis, como a que foi vista na última quinta-feira, em Buenos Aires, Argentina, abrindo a turnê de 11 shows na América do Sul.

Nem o estresse da véspera — o show de quarta-feira teve de ser adiado para quinta por conta do atraso no vôo que levava parte dos equipamentos — tirou o brilho da noite. A estrela estava extremamente simpática com a platéia de 66 mil pagantes.

Uma platéia um tanto fria, é verdade, mas que despertou do estupor quando ela disparou ‘Don’t Cry For Me Argentina’, que cantou pela primeira vez ao encarnar no cinema a ex-primeira-dama do País, Evita Perón.

Às 20h, o DJ Paul Oakenfold começou os trabalhos. Depois, silêncio até as 21h50, quando a diva surge no trono cantando ‘Candy Shop’, seguida de ‘Beat Goes on’, de seu CD ‘Hard Candy’.

Trata-se de um show feito sob medida para uma senhora de 50 anos no auge da boa forma — mas sempre uma senhora. Daí vem um aparato tecnológico de deixar o queixo caído, que exige menos acrobacias da estrela. Os cenários são quase todos virtuais, passados nos telões de altíssima definição, e a qualidade do som, irrepreensível. Fica impossível reproduzir em palavras a grandeza do apuro eletrônico: é preciso ver para crer.

Os bailarinos e as ‘backing vocals’ têm menos personalidade do que nas outras turnês. Em ‘Sweety’, Madonna é absoluta. Ainda na primeira parte, surge Britney na tela fazendo duo em ‘Human Nature’, e ‘Vogue’.

Em seguida, um intervalo para um clipe de ‘Die Another Day’, abrindo a seção boxeadora. Zica: o ringue montado para servir de cenário aos bailarinos-lutadores se desmonta, mas Madonna dá um nocaute no problema aparecendo de shortinho vermelho para um dos grandes momentos, ‘Into the Groove’ remixada a ‘Jump’. Seguem inúmeros solos com guitarra em ‘Ray of Light’ e nas versões roqueiras de ‘Borderline’, ‘Miles Away’ e ‘Hung Up’.

A cantora dedica ‘She’s Not Me’ “às melhores amigas que roubam seu namorado” e trava uma luta sensual com seus clones — uma bailarina recebe um beijo na boca da diva, repetindo a cena que ela viveu com Britney no MTV Awards.

O figurino da terceira parte do show é o mais acertado — um vestido Givenchy com colares de muitas voltas. Ela inicia com ‘Devil Wouldn’t Recognize You’ e ‘Spanish Lesson’ e termina com ‘La Isla Bonita’ e um grupo de música cigana entoando ‘Doli Doli’. Depois, ‘You Must Love Me’ e ‘Don’t Cry For Me Argentina’. Um vídeo com o rosto de Barack Obama ao som de ‘Get Stupid’ anuncia a parte final. Justin Timberlake aparece em telas que dançam com Madonna em ‘4 Minutes’ e mensagens cabalísticas ilustram ‘Like a Prayer’.

Quando ela pede a um rapaz da platéia que escolha uma de suas músicas antigas para cantar à capela, ele grita ‘Like a Virgin!’. Uma dica: o sortudo que escolhe a música fica sempre do lado direito do palco, na chamada ‘platéia vip’, que por aqui custa R$ 600 e está com lotação esgotada, ao contrário dos demais ingressos, ainda disponíveis. ‘Give it 2 Me’ encerra a apresentação.

Mulheres de 50 anos viram causa da diva pop

A mulher que inventou os shows-videoclipes é um caso único de artista pop que permanece no trono há mais de 25 anos e prepara-se para faturar R$ 600 milhões na turnê mais rentável da História. Quinze anos depois de deixar os brasileiros fascinados com ‘The Girlie Show’, Madonna volta ao País no próximo domingo, dia 14, diferente: religiosa, mãe de três filhos e recém-divorciada pela segunda vez.

Talvez isso se reflita na platéia, em que, pelo menos na Argentina, viam-se menos gays-seguidores e mais famílias com crianças e mulheres maduras. A mocinha que quebrou tabus e virou de cabeça para baixo os costumes ao longo dos anos 80 e 90 levanta nesta turnê a bandeira de um novo tipo de revolução: a das mulheres de 50 anos, para quem a vida está apenas começando e deve ser saboreada como um doce sem medo de ser feliz. Não pense duas vezes: é hora de esquecer a dieta e correr para o Maracanã.

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CRÍTICA ESTADÃO: A força da deusa confusa e contraditória

Madonna é o maior espetáculo do pop; e o que ele tem de mais superficial

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É o maior espetáculo do pop. E é também o espetáculo mais superficial do pop, com concepções flácidas do que seja religião, política, sexo, misticismo, folclore, arte, emancipação. Madonna é uma deusa confusa, contraditória, e essa que é sua fraqueza ela converte em força, o que emociona às vezes. Também é certo que Madonna é a artista que mantém a mais alta ambição do show biz em pleno funcionamento, um rolo compressor entre orgânico e eletrônico respirando e engolindo tudo em volta como um buraco negro espacial.

Durante duas horas, iniciando-se a partir das 21h47 e chegando perto da meia-noite, o primeiro show da diva em terras sul-americanas após 15 anos trouxe altas doses de diversão maciça para um público de cerca de 60 mil pessoas no estádio do River Plate, em Buenos Aires, na noite de quinta-feira. O trânsito ficou um inferno nas imediações do estádio, que estava completamente tomado. O público a recebeu em êxtase, sedento de todas as personas que a cantora criou ao longo de 24 anos de carreira. Havia muitas meninas de 10, 12 anos na platéia (órfãs de Britney, esnobadas por Avril, só parecem confiar agora na velha cortesã do pop), assim como bibas de todos os quadrantes, senhoras de botinha e chapéu de caubói, famílias, namorados, ricaços em busca de diversão, travecos e curiosos.

Madonna entra em cena dentro de um cubo metálico, que se abre enquanto ela canta a primeira canção, Hard Candy, e as paredes desse cubo vão se tornando telas gigantes portáteis que a acompanham em formas e locais diferentes durante todo o show, erguidas por cabos. Dentro da caixa, engrenagens que se mexem, como se acionadas, e bolas de sinuca e giletes e relógios vão se sucedendo na engenhoca até o grand finale, quando a cantora surge sentada em um trono, de cartola e maiô.

Depois, Madonna vai montada num Rolls Royce branco até o meio da platéia, que é alcançada por meio de uma passarela com esteiras rolantes. Ao longo de um set de 23 canções, Madonna revisita todas suas fases e é até mesmo crítica em relação à construção da sua personalidade, “destruindo” todas suas personas (representadas por suas bailarinas com roupas e perucas de material girls).

Madonna arranhou algum espanhol (“Están listos?”, dizia), apresentou uma de suas bailarinas como argentina e fez o diabo. Deve ter dançado sobre a passarela de 17 metros, indo e voltando, ao menos umas 50 vezes durante o show, o que a torna uma atleta invejável, uma maratonista. Embora não tenha visto a Alinne Moraes na novela das 8, Madonna está de franjinha e cabelo loiro comprido. A cantora simulou sexo com sua guitarra (fumando um cigarrinho depois), encenou sexo no chão, de quatro, com um dos seus bailarinos, e simulou de leve uma masturbação – mas tudo de forma fugaz e indiferente. A herança de Mapplethorpe, que ela empunhou em Sex, hoje virou apenas décor, cenário, pasmaceira.

Há muita simulação de outra ordem também no show. O DJ que finge fazer um scratch, os bailarinos de dreadlocks que fingem conhecer algo do teatro kabuki, Madonna tentando cantar rock and roll de verdade em Bordeliner (momento constrangedor, a voz dela não se presta a isso), Madonna querendo tocar uma guitarra Les Paul negra, mas sem os dedos nas cordas.

Madonna também faz seu comentário político, alternando em seu telão imagens de Lennon, Bob Geldof, Martin Luther King, Bono e Obama, enquanto tece críticas ao consumismo, à guerra e ao aquecimento global. Eficazes como um picolé de limão, seus comentários esquizofrênicos não se prestam a muita coisa além de aliviar a própria consciência. É a mesma coisa quando a religião é o tema. Há uma sucessão de frases atribuídas a Jesus, Shiva, Maomé e Alá (talvez até Paulo Coelho) desfilando à frente dos olhos, mas todas clichês de auto-ajuda, algumas desfiguradas de seu sentido. Madonna, messiânica de butique, vai encaçapando seu público, agora hipnotizado.

Em dado momento, ela pára toda a parafernália e diz que vai pedir a alguém da platéia que escolha uma música. Aponta para alguém. O sortudo é um garoto argentino de 25 anos, Tomás Corbalán, que escolhe Like a Virgin, o que provoca protestos de um grupo de brasileiros. “Eu sabia que ela não ia cantar essa música essa noite e resolvi pedir. Gostei de Don?t Cry for me Argentina, mas não penso apenas como argentino, eu acompanhei os muitos sentimentos de todas as partes do show com emoção”, afirmou Tomás, que é músico e diz que vai lançar seu próprio disco em três meses.

A partir da canção La Isla Bonita, Madonna canta acompanhada de ciganos romenos (dois violões, acordeão e violino), e promove uma “festa no acampamento”, com uma Carmen de cartão-postal dançando em volta da “fogueira”. O show chega ao fim como uma grande rave, com um set que termina com Give It 2 Me. Madonna conclama todos para a festa, e diz: “Argentina, é bom estar de volta”, e dança, pula corda, luta boxe e faz virar animação a arte pop-rupestre de Keith Haring.

Nas laterais do palco, uma letra M gigantesca, bordada com diamantes estilizados, parece mimetizar o símbolo do McDonald?s, mas o sanduíche aqui é só para quem pode, é caro e requer iniciação. É esse circo de força, poder, magia eletrônica e idolatria que desembarca no Maracanã nos próximos dias, encabeçado por uma mulher pequena e musculosa de 50 anos que luta como um leão contra a crueldade do tempo.

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Candidato a vereador, já escolheu o seu?

A dificuldade dos eleitores em se focar e escolher um candidato a vereador dentre milhares deles está enfática nos codinomes de puro mau-gosto de muitos candidatos a uma vaga na câmara. Tenho feito anotações de nomes engraçados que vejo pela cidade de Belo Horizonte, e eis alguns deles:

– Tomaz Rola Bosta (certamente tem algo a ver com uma desentupidora famosa da região);
– Magal Saque Rápido;
– Wanderley Deley Bicicleta
– Jonnhy – Pet Shop
– Fubá da Máfia Azul
– Vovô do Rock
– Nego Osvaldo Bilisquete
– Tatu
– Zé Pereba

Estrategicamente, esses nomes grudam na cabeça do eleitor como goma de mascar, até mesmo para compensar o tempo de aparição escasso, seja na televisão ou no rádio. Mas muitos destes nomes têm outra finalidade: os apelidos são capazes de especificar com qual o público eleitor o candidato deseja estabelecer diálogo e angariar votos “de confiança” – adota-se, por exemplo, uma alcunha que se direcione à classe dos professores: “Vânia do Sindicato dos Professores”.

No caso da Vânia, parte do eleitorado, cuja profissão é o magistério, pode se identificar com as propostas do pretendente a vereador e se tornar um eleitor potencial, obtendo o candidato, no final, votos suficientes para se eleger.

Ensaio sobre a cegueira

blindness(4)Pesado, denso, conflitante, impressionante. Acho que são esses os adjetivos que daria ao filme “Ensaio sobre a cegueira”- filme com Julianne Moore baseado no romance de José Saramago e adaptado para a telona pelo diretor Fernando Meirelles.

Fui ao cinema ontem na dúvida entre este filme e o musical Mamma Mia, com Meryl Streep. Quero muito conferir os dotes vocais de Streep. Mas enfim, num voto vencido, venceu “Cegueira”. Aquele filme me remeteu a música “Human Nature”, de Madonna. A natureza humana do filme, a verdadeira natureza humana, despida de pudores e valores morais e éticos me fez pensar que realmente somos aquilo ali. Na ausência de comida, de água e de conforto, não pense que não seriamos capazes de vender a alma para sobreviver, ainda mais cegos. Se a humanidade segue sua rotina enxergando e mesmo assim com a proeza de cometer as maiores barbáries ao troco de uns trocados, sem poder enxergar então, a vasta ausência de direção.

A humanidade, sempre atormentada pela estética, pela aparência, por aparentar aquilo que não é, se mostra realmente sem qualquer tipo de traje sem enxergar. Vivendo no escuro, qualquer beijo é capaz de afagar a solidão, qualquer relação amorosa é uma boa transa, e qualquer pedaço de pão sacia a fome com facilidade. Vemos a busca desesperada por qualquer meio que lhe guie para um algum lugar. Uma vez que você não enxerga, é capaz de passar por cima de qualquer pessoa como se fosse um rato no anseio por comida, por um pouco de afeto, de afago para o sofrimento. Imaginamos como somos dependentes da luz, incapazes de controlar o caos da mente, o caos aéreo, o caos da convivência. Por outro lado, na ausência da luz, somos então capazes de mostrar-nos afetuosos e solidários com o nosso semelhante, uma vez que não podemos ver a cor de suas roupas, seu estilo, o corte do cabelo, seus trejeitos e manias, seus bons modos, seu dinheiro ou qualquer coisa que nos remeta a beleza exterior ou a posse. Neste momento, até a necessidade do cãozinho de estar próximo de alguém que possa lhe proporcionar um pouco de segurança é válido.

Enfim, veja o treiler do filme “Ensaio sobre a cegueira”.

[youtube]http://br.youtube.com/watch?v=12zOOaLBlnE[/youtube]

Madonna no Brasil – histeria, medo, revolta, comoção, emoção

13Desde que começou a especulação de que a nova tourné mundial de Madonna passaria pelo Brasil, eu diria que poderia escrever um livro em capítulos. Nos jornais do dia, todos os dias, sempre uma reportagem ou pelo menos uma nota. Essa mulher comanda um império, coloca o mundo inteiro debaixo das unhas de seus pés. Tudo bem que muitas coisas, ás vezes, acontecem por si só, como é o caso das vendas dos ingressos de seus shows no país.

Aquele “vem ou não vem” foi confirmado no site oficial da cantora, o Madonna.com, exatamente 10 dias antes das vendas começarem, o que ocorreu no dia 01 deste mês, para um show no estádio do Maracanã. Foi uma comoção nacional. Primeiro apenas clientes que possuem cartões Bradesco e Amex poderiam efetuar a compra de seus ingressos pela internet. Ou seja, se eu morasse em Conceição do Mato Dentro, naquele lugar em que banda larga é história de filme de ficção, bem, eu ficaria sem meu ingresso, uma vez que a probabilidade de eu possuir um cartão Bradesco talvez fosse remota, e comprar o ingresso apenas em dois pontos de vendas, como Rio de Janeiro e São Paulo, é totalmente non-sense.

Continuando a novela, milhares de reclamações de fãs por causa das restrições de cartões, PROCON, Ministério Público na jogada ameaçando processar a Time 4 Fun, responsável por trazer a tour de Madonna ao país, fizeram com que liberassem todos os cartões para as compras online. Opinião pessoal, ótimo para os fãs, claroooooooooo, mas tipo, eu perdi o sono, embranqueci os cabelos, enlouqueci todos os meus próximos, por causa deste bendito cartão. No final, tudo em vão. Tá dona Ana, ok, fãs unidos dá isso aí.

Chegou o dia 1 de setembro, e eu, assim como todo mundo, me prendi ao site da empresa organizadora para tentar comprar um ingresso. Pelejei por quatro horas durante a madrugada. O site caiu, não carregava, não avançava, caos, caos, caos. Área vip, como eu queria, não consegui comprar. Me contentei com a cadeira lateral mesmo. Em comunidades dedicadas à cantora no Orkut, muitos internautas relataram que passaram a madrugada tentando comprar os ingressos e, quando finalmente concluíram o processo, não receberam o e-mail da organização com a confirmação da compra. Graças a Deus eu recebi o meu.

Às 9h começaram as vendas por telefone (11-4005-1525) e os problemas não foram menores. O atendimento eletrônico apresentava dificuldades logo nos primeiros passos e a ligação chegava a ficar muda por vários minutos. Restaram as filas para a compra de ingressos diretamente nas bilheterias do Maracanã e na rampa externa do Via Parque, onde muitos fãs já se aglomeravam desde a manhã de domingo. Antes mesmo da abertura dos guichês, centenas de pessoas já ocupavam seus lugares nas filas. No final do mesmo dia todos os ingressos para o Rio de Janeiro esgotados. As 75 mil entradas acabaram por volta das 17h desta terça-feira.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ezqL4CMKr2I&feature=related[/youtube]

Confusão até entre os próprios funcionários da estrela. A equipe que acompanha Madonna em sua atual turnê está ameaçando ir embora em função das más acomodações. Dizem que estão sendo instalados em hotéis baratos de aeroportos enquanto a cantora se hospeda em hotéis-castelos luxuosos que cobram diária de USD 20 mil. Segundo o inglês Mirror, muitos dos 250 integrantes do staff da turnê viajaram para Nice, no sul da França, em vôo da econômica easyJet e ficaram em um hotel de USD 90 a diária. No castelo onde Madonna se hospedou estavam, alem do marido e dos filhos, 12 pessoas que são seus assessores mais próximos, incluindo massagista e um chef.

São Paulo

11Assim como no Rio de Janeiro, as vendas online dos ingressos para os shows de Madonna, em São Paulo, apresentaram lentidão por toda a madrugada. Mesmo com 25 servidores disponíveis , o site saiu do ar diversas vezes, devido ao congestionamento de usuários, na manhã desta quarta-feira. As queixas partem principalmente dos fãs na Internet, em comunidades no Orkut e fóruns dos fãs-clubes oficiais. Outra facilidade disponibilizada pela Time 4 Fun, as vendas pelo Call Center também apresentam problemas. O número divulgado pela empresa registra linhas ocupadas. Mas quem acreditou que se tratava apenas de uma falha passageira, enganou-se. Às 11h56, ao tentar comprar ingresso pelo telefone –4005-1525 (São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba) e 0/xx/11/4005-1525 (outras cidades) –, a o cliente é surpreendido com um informe da Telefônica: “Esse telefone não existe. Favor consultar o catálogo telefônico ou chamar o serviço de informações. Pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi…”. Às 12h59 o problema ainda persistia ou o telefone só dava sinal de ocupado.

“É um absurdo a falta de respeito com os fãs. Estou há mais de oito horas tentando comprar ingressos pela Internet e agora ligando para o Call Center. A ligação cai quando finalmente conseguimos ouvir a gravação. O site só dá erro, sai do ar o tempo inteiro”, reclama a estudante de publicidade Bruna Mata, 22 anos. “Não aguento mais tentar a noite inteira. Estou entregando os pontos”, escreveu o internauta Junior Gurgel em uma das comunidades de fãs de Madonna na Internet por volta das 8h.

Se não bastasse tudo isso, reclamações e queda do servidor a todo instante, ingressos debitados, email de confirmação que não chega, ingressos cancelados, os compradores também alegam que o site não aceitou as senhas de cadastro dos usuários, muitas vezes retornando às páginas iniciais e acusando erro no ato da compra. Alguns fãs também disseram que o valor do ingresso foi debitado no cartão de crédito, mas a compra não foi realizada por completo.

Quando tudo estiver ruim, pode piorar ainda mais

10Eis o que mais aconteceu na compra virtual nesta madrugada. Alguns fãs, ao tentar comprar e escolher então a opção “Outros cartões”, acabaram sendo REDIRECIONADOS à página do show no Rio de Janeiro – os ingressos da apresentação carioca se esgotaram na tarde de ontem. GOMASSIM…Você tenta comprar um ingresso do show de São Paulo, clica na forma de pagamento e abre a página para o show do dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro, já esgotado?

Também pela opção cartões “Bradesco e American Express”, a tentativa também levou à página do show no Rio.

Ok, ok, agora às ruas de São Paulo. O Credicard Hall abriu sua bilheteria às 10h desta quarta-feira para a venda dos ingressos dos dois shows de Madonna em São Paulo, duas horas antes do previsto. Segundo a assessoria de imprensa do local, houve tumulto na entrada e alguns fãs foram pisoteados. Pessoas que dormiam na fila foram atropeladas por quem chegou na hora da abertura dos portões.

No meio do tumulto, barras de contenção do local foram retiradas e fãs se amontoaram próximos às cabines de venda. A organização do evento decidiu abrir a venda para apenas cinco pessoas por vez.

Ainda não há informações sobre a quantidade total de ingressos vendidos. De acordo com informações não-oficiais, bilhetes para a pista VIP já estão esgotados para os dois shows.

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Deu dó

Fãs que chegaram há três dias na porta do Credicard Hall saíram de lá sem ingresso para a pista VIP no bolso. Foi o caso do produtor de eventos Márcio Ribeiro, 29 anos, que estava acampado nos arredores da Marginal Pinheiros desde a segunda-feira a tarde.”Houve uma confusão muito grande que a organização não conseguiu conter, embora tivesse tentado. Entraram cerca de 600 pessoas na minha frente. Fiquei três dias inteiros aqui para nada. Eu queria comprar a pista VIP e agora terei que me contentar com pista normal”, reclamou.

MADONNAMANIA….

Let´s talk about Cyndi Lauper

Sabe que o novo álbum da Cyndi Lauper veio com o adesivo com o nome da cantora escrito errado né? Uma falta de cuidado e desrrespeito com uma cantora tão cool como Cyndi Lauper.

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A sensação da música pop de uma geração atrás, Cyndi Lauper, com cabelo de ovo de Páscoa e vestida de forma ultrajante em rede de pesca, adereços e padrão de bolinhas, conquistou um prêmio Grammy em 1985 como melhor novo artista. E quem podia argumentar? Seu álbum de estréia, “She’s So Unusual” (1984), se tornou o primeiro a lançar cinco singles top 10, incluindo “Girls Just Want to Have Fun”, “Time After Time” e “She Bop”, canções que se tornaram hinos virtuais da geração MTV original.

Isso foi há muito tempo. Agora com 54 anos, Lauper está casada com o ator David Thornton há 16 anos e é mãe de um menino de 10 anos, Declan. Apesar de ainda manter o jeito de menina e longe de estar subjugada, ela deixou de pintar o cabelo de rosa, azul ou amarelo gema de ovo. Agora, a cantora é, grande parte do tempo, simplesmente loira -o que ela considera “tedioso”- e abandonou as roupas extravagantes, que não combinavam, de seu auge.

“Eu me pareço normal para que meu filho não seja provocado na escola, sabe como é?” ela diz com sua voz aguda, de Betty Boop, e com forte sotaque nova-iorquino, durante uma entrevista por telefone de sua cozinha em Manhattan. “Se eu parecesse a mesma, apenas mais velha, eu seria um bocado assustadora, não seria? Mas minha aparência não é de alguém que vai ao escritório!”

Ela pode parecer mais “normal”, mas em meio a um jantar de peixe da dieta da zona, aquecido em seu forno-torradeira, Lauper -que já vendeu mais de 25 milhões de discos – é alternadamente engraçada e profunda, com linguagem afiada temperando a conversa. Ela está longe de ser tediosa. “Você precisa ser quem você é. Todos sempre quiseram me mudar, mas quem mais eu seria? Lana Turner em ‘Madame X’ (1966)? Joan Crawford em ‘Alma em Suplício’ (1945)? Oh, aquela cena com Veda na escadaria! Oh, meu Deus! Qualé!”

Em 31 de maio, Lauper deu início ao segundo ano de sua turnê “True Colors” por 25 cidades, um empreendimento conjunto com a Human Rights Campaign visando tanto entreter quanto aumentar a conscientização sobre os direitos dos gays.

O novo álbum de Lauper, “Bring Ya to the Brink”, é uma coleção dançante de novas canções que ela compôs e produziu em parceria com pesos pesados da cena club internacional. Ele soa bastante como ela: após atingir um obstáculo na sua carreira nos anos 80, Lauper já está há mais de uma década de volta à voga. “Eu me lembrei da minha voz. Eu percebi por que cheguei aqui em primeiro lugar. Se tratava de ter trabalho rico e de ser verdadeira. Porque quando você carrega seu traseiro até o topo da montanha, é melhor ter algo bom para dizer, não é?”

E ela não se limitou a dizer nos álbuns: em 2006, Lauper fez sua estréia na Broadway como Jenny, em uma remontagem do clássico de Weill/Brecht, “A Ópera dos Três Vinténs”. Uma ganhadora do Emmy em 1995 por um papel recorrente em “Mad About You” (1993-1999), a cantora também apareceu nos filmes “Os Oportunistas” (2000) e “Romance e Cigarros” (2005).

A turnê “True Colors”, que visa o empoderamento da comunidade gay, foi idéia de Lauper. Além dela, o lineup rotativo inclui Joan Armatrading, B-52s, Indigo Girls, Joan Jett e as humoristas Kate Clinton, Rosie O’Donnell e Wanda Sykes. “Eu sou amiga e família da comunidade”, diz Lauper, cuja irmã mais velha é lésbica. “É muito importante para mim. Eu sempre fui altamente ciente de que qualquer um que é diferente sofre discriminação. As leis são realmente uma confusão. Quem diabos morreu e deixou todos no controle de nossos quartos?”

Na sua juventude, Lauper suspeitou que ela mesma fosse lésbica, como era a maioria de suas amigas de infância. Ela tentou “dar as mãos e beijar” sua melhor amiga, mas ela não sentiu nada. “Eu agi tipo, ‘Não é para mim… mas eu te amo'”, ela recorda. “Eu percebi que não era gay… e realmente me senti mal, porque queria me enquadrar.”

Lauper nasceu cantando, como ela coloca, em Astoria, Queens, mas passou seus primeiros quatro anos no Brooklyn. Então a família -mais disfuncional do que a maioria, como ela descreve- se mudou para Ozone Park, de volta ao Queens.

Ela sempre quis se tornar cantora profissional, mas todos a desencorajavam de correr o risco. Em vez disso, após abandonar o colégio, Lauper, que posteriormente foi diagnosticada como disléxica, trabalhou em uma série de empregos, como cuidar dos cavalos no hipódromo em Belmont Park -“Eu cantava canções de George Harrison para acalmar os cavalos”- secretária e garçonete de restaurante.

“Eu fracassei em tudo. Eu fui uma garçonete terrível. No escritório eu era uma ‘garota Sexta-Feira 13’. Eu costumava sonhar acordada sobre os arquivos. Sempre tinha alguém gritando comigo no telefone e tendo um ataque cardíaco. E eu dizia: ‘Calma aí, amigo!'”

Era hora de tentar o show business. “Depois que você fracassa em tudo, você não tem nada a perder.” Lauper e aquela melhor amiga citada antes formaram uma dupla folk, e fizeram sua primeira apresentação em um festival folk no velho Gaslight Club, em Manhattan. Em seguida a dupla foi contratada por um café em Rego Park, Queens, que não tinha microfone.

“O sujeito me disse: ‘Escuta, menina, nós temos telhas acústicas. Basta você apontar sua voz lá para cima!'” Elas foram demitidas, ela acrescenta, quando seus amigos na platéia importunaram os humoristas do programa.

“Aquele sujeito nunca nos pagou. Aquele rato!” Curiosamente, em grande parte do tempo a voz de canto de Lauper pouco se assemelha ao seu sotaque nova-iorquino característico.

“Graças a Deus! Dá para imaginar? Eu não tenho idéia do motivo. Quando canto, eu simplesmente entro em transe.” Mas seu marido não é do bairro: ele não apenas nasceu no Colorado, mas também é filho de um professor de inglês de Harvard. Ele é conhecido por provocar Lauper por causa de seu sotaque e sua gramática fora do padrão. “Ás vezes eu falo errado. David ri, mas ele se preocupa que Declan faça o mesmo.”

Seus lapsos lingüísticos sem dúvida faziam estremecer seu falecido sogro, Robert Donald Thornton, uma autoridade internacional no poeta escocês Robert Burns. “Quando David e eu nos casamos”, ela lembra rindo, “eu disse: ‘Pai, não fique triste. Você não está perdendo um filho – você está ganhando alguém que não fala muito bem!”

Mas nem tudo foi motivo de risada para Lauper. Cinco anos após seu estouro, com as vendas de seu álbum despencando e os ingressos de shows não vendendo, ela parecia estar à beira de desaparecer, a novidade que esgotou seus 15 minutos de fama. Foi necessária uma década de trabalho árduo para reconstruir sua carreira.

“Foi uma época difícil para mim. Eu precisei dar um tempo. A Sony (sua gravadora naquela época e agora) não era a mesma que costumava ser. De repente, não eram mais os meus termos. Eu não queria a roda de hamster. Eu vi mudança no rádio. Eu estava tentando agradar a todos, e a única pessoa que devia estar agradando era a mim mesma.” “Eu devia ter dito, ‘Chega!’ Mas eu não sabia como.”

De lá para cá ela descobriu, e agora a maternidade a inspira a ampliar seu foco, para incluir os direitos dos gays e outras causas pelas quais se importa.

“Em que tipo de mundo meu filho vai crescer? O mesmo velho de sempre? As pessoas precisam descer de seus cavalos altos e começar a ajudar aqueles que estão por baixo.”

(Jane Wollman Rusoff é uma jornalista free-lance baseada em Los Angeles.)
Tradução: George El Khouri Andolfato

Sim, também teremos nossa Jlo !

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Pelo visto, participar do Big Brother Brasil é pouca conquista para Gyselle Soares. Como todos os outros de 15 minutos de fama, sair nua, comparecer em festas Vips e dar autógrafos faz parte de sua agenda (e ela tem pressa em aproveitar tudo), mas Gyselle sonha alto, porque não ? Ela trabalha atualmente em um projeto para gravação de um CD. “Vou ser a Jennifer Lopez brasileira (risos). Quero fazer um trabalho como o dela, mas usando a minha raíz nordestina e a dança que aprendi em minhas viagens. Escrevo músicas, tenho uma mente bem fértil. Quero fazer um trabalho bem bonito para os meus fãs”.

E é pensando em fazer tudo bem feito que Gyselle ainda não assinou contrato para posar nua. A piauiense, que deu uma prévia de sua sensualidade para o ” Paparazzo “, diz que ainda está estudando o convite, mas que quando assinar contrato vai querer fazer o melhor . “Não sou de fazer nada pela metade. Se disser que sim, é porque vou fazer bonito. Não assinei nada ainda, mas estamos acertando as coisas”.

Gyselle Soares também é a próxima capa da VIP. Na semana passada, a Cajuína posou numa mansão em São Paulo. “O ensaio vai surpreender. Vou dar uma palinha para os meus fãs antes de posar nua”.

Question:

– Fãs ? Mas os seus fãs, incluindo aí a sua imensa família, aguardam com ansiedade as fotos da perseguida !