A dificuldade dos eleitores em se focar e escolher um candidato a vereador dentre milhares deles está enfática nos codinomes de puro mau-gosto de muitos candidatos a uma vaga na câmara. Tenho feito anotações de nomes engraçados que vejo pela cidade de Belo Horizonte, e eis alguns deles:
– Tomaz Rola Bosta (certamente tem algo a ver com uma desentupidora famosa da região);
– Magal Saque Rápido;
– Wanderley Deley Bicicleta
– Jonnhy – Pet Shop
– Fubá da Máfia Azul
– Vovô do Rock
– Nego Osvaldo Bilisquete
– Tatu
– Zé Pereba
Estrategicamente, esses nomes grudam na cabeça do eleitor como goma de mascar, até mesmo para compensar o tempo de aparição escasso, seja na televisão ou no rádio. Mas muitos destes nomes têm outra finalidade: os apelidos são capazes de especificar com qual o público eleitor o candidato deseja estabelecer diálogo e angariar votos “de confiança” – adota-se, por exemplo, uma alcunha que se direcione à classe dos professores: “Vânia do Sindicato dos Professores”.
No caso da Vânia, parte do eleitorado, cuja profissão é o magistério, pode se identificar com as propostas do pretendente a vereador e se tornar um eleitor potencial, obtendo o candidato, no final, votos suficientes para se eleger.