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Emoções e Arrepios de Madonna num cenário épico em New Orleans

“Há somente uma rainha, e é a Madonna!”, declara Nicki Minaj, fechando seu verso em “I Don’t Give A…”, do 12º álbum da Material Girl, MDNA.

Madonna MDNA TOUR New Orleans

Na noite de sábado,27, na Arena New Orleans, Madonna mostrou que tem razão. Seu cenário reuniu quase duas horas de muito drama e emoções, apresentando um material audiovisual suficiente para fazer valer a pena o ingresso de quase 400 dólares. Havia material hidráulico, fogo, lasers, palhaços dançarinos, contorcionistas, acrobatas, armas de fogo, vídeos quase políticos e discursos de voto e, claro, mais imagens católicas do que o Papa poderia destacar.

Em anos de Estrela Pop, o reinado de Madonna (2012 marca 30 anos desde o lançamento do primeiro single) faz dela a equivalente monarca à Rainha Vitória, em termos de longevidade. Na crítica do MDNA para a revista Slate, o crítico de rock Jody Rosen atacou e questionou como, aos 54 anos, Madonna ainda consegue, de forma audaciosa, tentar fazer o tipo de música dance-pop que mantém os fãs, com um terço da idade dela, na pista de dança até o amanhecer, sentindo como se seus segredos mais profundos estivessem sendo revelados pelas escolhas do DJ. Muitas divas de uma certa idade caem graciosamente no mundo das baladas, fato destacado por Rosen, se apoiando dignamente no poder de suas vozes.

É claro que Madonna não é uma cantora de primeira classe. Mas o objetivo nunca foi esse. O que a levou ao topo foi sua teatralidade, um lindo controle dramático de imagem e narrativa que fez dela uma das melhores atrizes do século 20, enquanto interpretava a si mesma. “A mensagem de Madonna sempre foi o poder”, destacou Rosen. “Não é algo que você perde com a idade”.

O show de sábado foi excepcional: exuberante, íntimo, perturbador, bem organizado e genuíno, tudo ao mesmo tempo. Com o perdão dos Von Trapps, como você resolve um problema como Madonna? (Resposta: não tem solução. Você simplesmente aperta os cintos e segue o fluxo.)

madonna neworleans2

Dentre as emoções, havia algumas desafinações. Uma, por que Madonna gosta de tocar guitarra, como fez em, pelo menos, três músicas no sábado? Duas, uma “Open Your Heart” reimaginada e apresentada com o trio tradicional basco Kalakan (que participou de várias canções) cantando e tocando no escuro, em tom medieval, foi uma ideia corajosa, mas parecia não haver sincronia, e mais, a voz dela parecia sem fôlego, nem força.

Durante “Gang Bang” (que inclui o refrão “Bang, Bang, te matei / Bang, Bang, atirei na sua cabeça), seguida por “Revolver” (que apresenta um verso de Lil’ Wayne e, na noite de sábado, incluiu um vídeo de Wayne elevando-se no palco, usando uma túnica Opus Dei assustadora), havia violência suficiente para um filme de horror de Hong Kong. A cantora e seus exército de dançarinos seguiram no palco repletos de armas; um clone de Tura Satana* (ver nota) lambeu a pistola de Madonna. Durante o intervalo, que mostrou a cantora numa representação de motel dos anos 50, meia dúzia de assassinos mascarados tentaram sequestrá-la. Com muitas armas, ela despachou todos com gosto. A cada tiro, um spray de sangue em alta definição jorrava no telão – mais e mais e mais. Depois de matar seu último criminoso, ela relaxou na cama do motel cenográfico, daí agarrou o “morto” e esfregou a virilha no rosto dele.

Como se não tivéssemos entendido, ela andou orgulhosa até a ponta da passarela, cantando “Morra, seu puto!”, e variações desse tema, o suficiente pra ficar desconfortável.

A Casa de Horrores não estava no fim. Durante uma “Papa Don’t Preach” abreviada, Madonna foi algemada e carregada por artistas usando estranhas e assustadoras máscaras animais; enquanto ela estava nos bastidores, dançarinos sem camisa e com máscaras de gás apresentaram contorções e simulando torturas repugnantes e bem realistas, com movimentos violentos, com o som de ossos sendo quebrados nas batidas de “Best Friend”. Cenas tremidas em preto e branco de um cemitério gótico foram exibidas ao fundo.

Depois do intervalo sangrento e teatral, Madge, misericordiosamente, se transformou numa dançarina de uniforme e pegou um bastão para uma versão clássica e animada de “Express Yourself”, acompanhada por uma banda em fila que pairou no ar até desaparecer. “Oh, yay”, meu amigo disse aliviado. “Vamos ter uma música feliz pra dançar”.

“Express Yourself”, com um vídeo de fundo cheio de bolos, donas de casa, personagens e marinheiros musculosos dos anos 50 foi um alto ponto do cenário por muitas razões: a fidelidade à gravação original, o alto valor de produção, a energia exagerada, e o reconhecimento dissimulado ao débito que os descendentes de Madonna têm com ela. No meio da canção, sem se perder, Madonna saiu de sua música e cantou um verso de “Born This Way”, da Lady Gaga, que é, musicalmente, inquestionavelmente similar a “Express Yourself”. Admiração mútua ou um puxão de orelha? De qualquer forma, os fãs se alegraram por dançar com dois ídolos, o velho e o novo, em um só.

Como uma prerrogativa de realeza, Madonna tomou suas liberdades. Uma pluralidade das músicas do show foi tirada do MDNA, mas o ápice do catálogo dela também foi representado, mesmo que o arranjo da maioria estava totalmente novo. “Like A Virgin” foi cantada de forma melodramática, lenta e triste, com Madonna envolta em um piano. “Justify My Love” tocou enquanto um batalhão de dançarinos vestidos de palhaços ameaçadores se apresentavam. “Holiday”, “Into The Groove” e “Ray Of Light” tocaram sob um montagem de vídeos antigos, zumbindo como um rádio buscando sinal.

Madonna chegou ao palco logo após as 22h30, embora muitos fãs chegaram perto das 20h, horário do ingresso. Contudo, não vi ninguém impaciente com ela. Enquanto seu DJ abria o show tocando “House”, os corredores da arena esgotada pareciam uma grande festa, com multidões de fãs fantasiados bebendo e se enturmando. Havia Escoteiros, Centuriões Romanos e Missionários Mórmons, um Papa, várias freiras, três Marias Antonietas (duas mulheres e um homem) e, claro, múltiplas homenagens aos visuais incônicos de Madonna, representados por ambos os gêneros. (A “cowgirl” da era “Music” num terno branco brigou com a clássica Madonna “Like A Virgin” pelo título de “Mais Popular”.)

Partes do cenário de Madonna eram genuinamente aterrorizantes. Partes eram apaixonadamente transcendentes. Outras, poucas, eram confusas. Ela nos assustou demais, nos emocionou loucamente e provocou de formas que muitos artistas do nível dela nem se atrevem.

Conforme a própria cantora reconheceu, com elogios às fantasias da plateia, é difícil derrotar Nova Orleans numa noite de sábado de Halloween para um show muito bom. Mas, facilmente, Madonna fez exatamente isso. A Turnê MDNA deve ser eternizada.

Review do jornal Greater New Orleans.

Nota: Tura Satana foi uma atriz e dançarina exótica nipo-americana. Referência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tura_Satana

Madonna mais uma vez concorre ao Billboard Touring Awards

Madonna

Madonna mais uma vez concorre ao Billboard Touring Awards – 3 prêmios. A premiação acontecerá nos dias 7 e 8 de novembro no Roosevelt Hotel em New York.

Eis as categorias:

TOP TOUR
Bruce Springsteen & the E Street Band, Wrecking Ball
Madonna, MDNA
Roger Waters, The Wall Live

TOP MANAGER
Jon Landau Management (Bruce Springsteen & the E Street Band)
MFM/Mark Fenwick (Roger Waters)
Guy Oseary (Madonna)

CONCERT MARKETING & PROMOTION AWARD
Demi Lovato/Hallmark
Lady Antebellum/Lipton
Linkin Park/Honda Civic
Madonna/Smirnoff
Tim McGraw/Pennzoil
Zac Brown Band/Jack Daniel’s

Graham Norton: Trazer Madonna pro meu sofá foi como uma Visita Real

Madonna estava charmosa, Kylie meio desapontada. Mas, com o retorno de seu programa, Graham Norton diz que uma estrela foi desagradável

madonna Graham Norton 2012Graham Norton recentemente deu uma entrevista ao “Daily Mail”. Ele falou de sua grande ambição de ter Madonna em seu sofá, o que aconteceu na última temporada.

Às vezes, parece que o grande tesouro de uma entrevista de TV nos dias atuais é fazer seus convidados chorar. Nem tanto para o dominante Rei dos “Talk Shows” Graham Norton. Ele praticamente cai da cadeira de tanto rir quando perguntado se imagina fazer igual ao Piers Morgan e ter seus convidados pedindo um lenço.

“Claro que não. Em alguns programas, é um grande golpe fazer as pessoas chorar, mas queremos exatamente o contrário. Na verdade, a única vez em que fizemos um convidado chorar, retiramos da edição. Não gostamos de lágrimas. Ficaria horrorizado se isso acontecesse.”

Nesta semana, Graham está de volta, apresentando em seu primeiro programa grandes estrelas (como Arnold Schwarzenegger e Miranda Hart) e algumas menores (como Ronnie Corbett). Todo o necessário para a comédia, ele ri, é uni-los. Para o segundo programa, cujo tema é “James Bond”, ele conseguiu garantir a Dama Judi Dench e Daniel Craig, e é difícil dizer qual será mais agradável de ver.

“Não dá pra ser melhor do que o Bond”, ele diz. “Era praticamente pornô na Irlanda quando eu era jovem. Nunca pudemos gostar dele”.

Em sua carreira de 14 anos na TV, ele já falou com quase todo mundo. A grande ambição era levar Madonna pro seu sofá, o que ele conseguiu na última temporada. Ela foi uma Diva? “Na verdade, não. Ela não fez exigências. Ela chegou e, em alguns minutos, ela estava no chão com as mãos e joelhos. Ela estava numa ofensiva charmosa.”

Ele estava muito nervoso? “Terrivelmente! Estava preocupado que não acontecesse. Mas, estranhamente, assim que ela chegou, eu senti que não importava mais o que acontecesse depois diss, porque ela já estava no programa. Depois, nós saímos pra jantar e ficamos muito bêbados – menos Madonna; meus amigos e eu – e a atmosfera naquele dia foi incrível. Foi como uma visita real”.

madonna Graham Norton

Se, ao menos, o dia fosse memorável pelas razões certas. Uma grande decepção foi Kylie Minogue, que foi bem desagradável. “Eu falhei com Kylie. Já a havia assistido em outros programas e a conheci, ela foi amável, mas não foi muito legal. Me pergunto se foi porque era a primeira temporada (o programa começou no Channel 4 em 1998) e ela achou que eu a queria.

Foi um problema no começo. As pessoas estavam na defesa, preparadas pra serem feitas de bobas. Eu tinha aquela reputação, que eu não merecia. Sim, o programa parecia ser provocativo e algumas loucuras aconteciam, mas os convidados estavam bem confortáveis”. Quem mais? “Lindsay Wagner”.

“A levamos pra Londres, mas, em retrospecto, ela queria uma viagem grátis pra ver os amigos. No programa, ela estava monossilábica”.

Os melhores convidados, ele diz, são os grandes nomes de Hollywood, que você acha que serão bem preciosos, mas acabam sendo explosivos. “Alguém como Dustin Hoffman ou Glenn Close – você acha que estes atores serão muito sérios e metidos, mas eles adoram mostrar que têm um lado divertido”.

Madonna diz a Ellen DeGeneres que Britney beija bem

Madonna

Madonna gravou uma entrevista para o “The Ellen DeGeneres Show”, que vai ao ar nesta segunda (29) nos Estados Unidos para divulgar sua turnê “MDNA”. Durante sua participação, a cantora teve que responder o que achava de cada uma das atuais divas pop, incluindo-se Rihanna, Lady Gaga, Pink e, claro, Britney Spears.

Para Britney, respondeu aos risos: “Beija bem! Desculpa, mas eu tinha que dizer isso!” A piada foi uma referência à apresentação das duas em 2003 no VMA, em que Madonna beijo Britney e Christina Aguilera na boca.

Quando indagada sobre Lady Gaga, Madonna pensou, pensou, pensou e disse: “Eu estava esperando por isso, mas estou pensando… Tem uma voz boa. E tem outra coisa. Uma tatuagem do braço esquerdo que eu acho linda.”

Os comentários não pararam por aí. Para Jennifer Lopez, Madonna respondeu: “Bela bunda!”.

O programa traz Madonna com o figurino que ela usa em “Vogue”, em sua atual turnê que chega ao Brasil no dia 2 de dezembro. O filho da popstar, Rocco, de 12 anos, também participa de um quadro do programa.

Billy Eichner encontra Madonna nos ensaios do MDNA em Nova York

Madonna

O reporter Billy Eichner esteve novamente a procura de Madonna para o programa do apresentador CONAN. Na primeira vez, ele fez uma reportagem na estréia do MDNA TOUR em Tel Aviv. Desta vez, ele encontrou Madonna nos bastidores de seu show no Yankee Stadium em Nova York durante a passagem de som do show.

A edição inclui cenas dos ensaios de Celebration & Girl Gone Wild. Confira!

Madonna dia 29 no programa da amiga Ellen DeGeneres

Madonna gravou um programa inteiro para o Ellen DeGeneres vestida com a indumentária de “VOGUE” do MDNA Tour. A participação de Madonna no programa vai ao ar no dia 29, segunda-feira, nos EUA. No Brasil, o programa é exibido pelo canal pago GNT, todos os dias às 17h, e ainda não se sabe quando o programa de Madonna será apresentado por aqui.

Madonna

Madonna

Madonna

Madonna levou o filho Rocco, 12 anos, fruto de seu casamento com Guy Ritchie. Durante a gravação, o menino participou de uma brincadeira e foi jogado em um tanque cheio d’água.

A brincadeira foi feita para arrecadar dinheiro para uma campanha que visa sensibilizar as pessoas sobre os perigos do câncer de mama. Quando a apresentadora perguntou à artista qual dos dois iria mergulhar, Madonna respondeu: “não preciso nem pensar nisso, meu filho está aqui e eu o quero dentro desse tanque”.

Rocco ainda participou da entrevista feita com a estrela. Ele contou que, apesar de a mãe ser liberal (por tê-lo deixado participar da turnê MDNA como DJ, por exemplo), ela tem um lado bastante rígido. “Ela é boa mãe, isso é tudo que eu tenho para dizer. É bem rígida, mas de uma maneira boa”, afirmou. Ellen ainda perguntou o que ele achava das coreografias mais ousadas de Madonna, e ele disse que não costuma prestar muita atenção nisso.

Assista alguns teasers do programa

Sean Penn fica impressionado com a performance de Madonna no palco

Madonna

Sean Penn foi ao show da Madonna em Los Angeles e ficou impressionado com a performance da ex-esposa. O ator e a cantora se conheceram em fevereiro de 1985 e engataram um relacionamento entremeado por bebedeiras, discussões e até uma suposta gravidez. Ficaram casados durante quatro anos.

Madonna já declarou algumas vezes – inclusive no documentário Na Cama Com Madonna de 1991 – que Penn era o grande amor de sua vida.

A faísca da paixão reacendeu durante um dos shows da turnê MDNA. “Madonna parecia fazer um show particular para Sean Penn. um não tirava o olho do outro”, disse uma pessoa que estava próxima do ator – na primeira fila do show – à US Weekly. Entre um refrão e outro, Sean Penn dizia frases como: “Ela está incrível. Ela é muito gostosa”.

Um amigo de Penn disse que todos torcem por uma volta dos dois. “Um é o grande amor da vida do outro”. (GQ)

MDNA Tour: Madonna ao vivo – Pop, Política e Poder

Madonna

DENVER, EUA, 26 DE OUTUBRO

Muitos boatos têm sido ditos nas últimas semanas sobre o lado negro, por assim dizer, da turnê “MDNA” de Madonna. E, de fato, há momentos brutais nas duas horas do show. O primeiro segmento, que inclui as novas músicas “Girl Gone Wild” e “Gang Bang”, mostra Madonna massacrando um grupo de assassinos mascarados com uma arma falsa e respingos de sangue ao longo da enorme tela.

“Bang, bang / Te matei / E não me arrependo”, ela sussurrou sobre a lenta batida. O banho de sangue em alta definição fez a multidão do Toyota Center gritar. E tem mais: ela está politizada! Ela canta várias canções novas! Ela apoia os direitos dos homossexuais! E a banda punk feminista Pussy Riot!

“Qual é o problema, você não gosta da minha bunda?”, Madonna perguntou depois de um “strip-tease” em “Human Nature” revelar “Obama” estampado ao longo de suas costas e receber algumas vaias (mas os gritos venceram no final).

“Não subestimem a Democracia”, ela disse à multidão. “Continuo dizendo isso, e vou dizer aonde quer que eu vá. Precisamos apreciar o que temos. Não me importo em quem você vote, mas vote!”.

Mas o imperdoável (pelo menos àqueles que ainda não foram a nenhum show) é o horário de início. Madonna entrou no palco por volta das 22h45. Atrasada, pra ser exato, mas é algo comum se você já a viu em turnês recentes. O DJ/Produtor Martin Solveig abriu o show e foi acompanhado por David, o filho mais novo de Madonna. Poucas pessoas pareceram se importar com a espera.

Na verdade, foi divertido assistir à parada da moda pré-show: perucas rosas e roxas, pulseiras e laços da era “Virgin”, muitas penas e couro, até mesmo ombreiras de futebol cobertas em paetês. Havia faíscas e calças justas e muita maquiagem (grande parte nos garotos). Mais de 2 milhões de fãs terão visto a turnê quando ela chegar na América do Sul, e a atmosfera de festa só vai somar a todo o esplendor.

O show começou em meio a um redemoinho de fumaça e cânticos, com dançarinos vestidos de monges e gárgulas congregando. Madonna apareceu, armada, com a tensão provocante de “Girl Gone Wild”. Elevadores iam pra cima e pra baixo. Imagens piscavam na tela. Daí, a violência, que seguiu a um segmento igualmente nefasto apresentando “Papa Don’t Preach” e “Hung Up”. Mas foi menos “vida real” e mais Russ Myers (ver nota), com Madonna como a perfeita heroína/vilã vestida de couro.

Ela estava em forma e dançando muito, muitas vezes de salto alto, quase em todas as músicas. O show é feito para o Pop em cada ângulo, quase sem intervalos. Uma montagem angustiante preparou “Nobody Knows Me” (do álbum “American Life”) e apresentou dedicatórias a adolescentes gays levados ao suicídio por “Bullying”, incluindo Asher Brown, que frequentava a Hamilton Middle School no Distrito Escolar Independente Cypress-Fairbanks.

Muitos artistas inferiores já passaram pela mesma arena, mas nenhum mostrou a mesma combinação de confiança, carisma e atitude de Madonna.

De muitas formas, a Turnê MDNA é um estudo de contrastes. A abertura frenética abriu espaço para uma sequência radiante e alegre que incluiu uma combinação inteligente de “Express Yourself” e “She’s Not Me”, de Madonna, com “Born This Way”, de Lady Gaga. (Malícia é um pré-requisito pra ser Diva, especialmente com um golpe tão óbvio.) A dançarina Madonna foi acompanhada por bateristas retumbantes, no palco e suspensos no ar, durante “Give Me All Your Luvin'”, e foi impossível não se contagiar no palco primoroso.

O trio de folk Basco Kalakan trouxe um talento cigano para “Open Your Heart”, que apresentou uma participação do filho Rocco, de 12 anos; e “Masterpiece”, a única balada do show, um destaque sincero. “Vogue”, ainda uma perfeição pop, permaneceu virtualmente intocada. Mas “Like A Virgin” foi transformada numa triste valsa.

O trecho final foi repleto de Majestade Pop, da batida disco de “I’m Addicted” à iluminada, animada, entoada pela multidão “Like A Prayer”. A última música “Celebration” foi simplesmente isso – uma tampa efervescente para uma noite de amor, morte, redenção e liberdade de expressão.

(Nota: Russ Myers foi um diretor de cinema e fotógrafo americano conhecido principalmente por ter escrito e dirigido uma série de filmes de baixo custo de exploração sexual, que apresentavam sátiras maliciosas e atrizes com grandes seios.) Joey Guerra

Review do jornal Chron Houston.

Review MDNA Tour: Madonna no controle do American Airlines Center

Madonna

Madonna arrasou em Dallas na noite de Domingo (21), quando se apresentou para uma arena esgotada no “American Airlines Center”. Enquanto no palco Madonna se desculpou por ter cancelado o show de sábado, prometeu cantar com o coração para compensar a noite anterior, e assim fez. Madonna foi uma das poucas artistas que eu nunca tinha visto, então estava muito animado pro show. Mas eu nem imaginava como aquela noite seria incrível.

Os ingressos apontavam o início do show para as 20h. Eu corri, tentando chegar lá a tempo, igual a muitos outros. Um DJ entrou no palco e começou a tocar, daí continuou e continuou. Eram 22h45 antes do verdadeiro show pelo qual a plateia estava esperando, quando Madonna fez uma entrada sem igual e, imediatamente, tomou o controle do palco. A performance começou com uma imagem de Catedral ao fundo, com sinos ressoando e um imenso grupo de monges encapuzados cantando, enquanto macacos voadores e morcegos à la “Mágico de Oz” brincavam ao fundo, e um candelabro cheio de luzes girava ao redor do palco e sobre a plateia. O canto evoluiu para murmúrios mais altos de “Oh, God” até que Madonna fez sua grande entrada.

A noite foi uma mistura de sucessos conhecidos e amados do passado com material do mais novo CD “MDNA”. Todos foram apresentados com uma imensa trupe de dançarinos extremamente talentosos, homens e mulheres. Entre as primeiras canções da noite, do novo CD, estavam “Revolver” e “Gang Bang”, roubando a atenção de todos com as armas de brinquedo e Madonna encenando todo o poder e atirando nos homens mascarados, completando com as grandes telas de vídeo cobertas com respingos de sangue. Um dos vários momentos memoráveis da noite foi o “medley” contendo “Shoo-Bee-Doo” (de onde ele tirou isso, deve ser efeito de alguma droga), apresentando uma coreografia bem complexa, que, pra mim pelo menos, lembrou da cena do telhado do filme “Mary Poppins”. “Vogue” foi outro número bem elaborado, com transformistas desfilando ao redor do palco circular, enquanto Madonna ia orgulhosa. Outros sucessos antigos foram “Express Yourself”, “Open Your Heart” e uma nova versão sexy de “Like A Virgin”. Em um momento do show, havia numerosos bateristas de banda de fanfarra tocando, enquanto estavam suspensos no ar. Eu, como todos perto de mim, não estava muito certo se era real ou uma possível ilusão. Só tenho certeza de que foi impressionante! Todo o show foi demais. O palco em constante mudança e movimento, a iluminação, o som, as fantasias, os dançarinos, sem mencionar a própria Madonna, que transformaram tudo numa performance espetacular.

O show terminou como começou, com o tocar dos sinos, mas, desta vez, o som estava glorioso, um som de celebração. Foi definitivamente uma noite pra ser lembrada. Poucas pessoas saíram antes das luzes se acenderem totalmente. Quando tudo terminou, a enorme multidão, todos com grandes sorrisos no rosto, era uma linda visão. Muitos dos que vão a shows, provavelmente, tinham acabado de experimentar uma das noites mais divertidas de suas vidas. A aparente espera interminável até Madonna aparecer no palco já estava esquecida. Madonna é verdadeiramente incrível, mais ainda depois de todos esses anos (e 247 canções gravadas).

The Examiner – Jill Jackson.

Madonna na corte russa dia 25 por defender causa gay

MadonnaA corte russa quer que Madonna dê uma pausa na agenda frenética da turnê ‘MDNA’ para participar de uma audiência no dia 25 deste mês. De acordo com o site Digital Spy, a cantora é acusada de ter feiro apologia à homossexualidade em um show recente em São Petersburgo, quando defendeu os direitos da comunidade LGBT do país.

Todo o problema está embasado em uma lei ‘anti-gay’ da cidade, aprovada em março, que proíbe a apologia a qualquer tipo de sexualidade que não seja a heterossexual. Por isso, a organização União dos Cidadãos Russos está movendo o processo contra Madonna. “Nós, moradores da capital cultural, sofremos um colossal dano moral”, alega um representante do grupo, que pede indenização de US$ 10 milhões pelos transtornos que a loura supostamente causou.

Por conta desta ação, Madonna já havia sido convocada a comparecer à corte no dia 11 de outubro, mas, como ela não apareceu, a audiência foi transferida para a próxima quinta-feira. Mal sabem os russos que a Rainha do Pop tem um show marcado em Houston, nos Estados Unidos, no mesmo dia e, bem, é pouco provável que ela vá desmarcá-lo para responder ao processo do outro lado do oceano.