Madonna: uma entrevista, por David Blaine

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Aqui está a entrevista traduzida completa de Madonna com o mágico David Blaine para a Interview Magazine….

“Deus lhe deu um rosto”, disse Hamlet, “e você cria outro”. Porém, se ele conhecesse Madonna antes de fazer tal citação e, consequentemente, profetizar muito da cultura moderna, ele poderia ter acrescentado: “…e outro, e outro, e outro…”.

O fenômeno pop nascido com o nome de Madonna Louise Ciccone, no Michigan de 1958, se tornou, ao longo da carreira como cantora, compositora, atriz e cineasta, o paradigma vivo da apresentação como um personagem. E sua mutabilidade evolucionária – a habilidade explosiva de crescer e mudar e viver múltiplas e espetaculares vidas na frente do público – deu a cada telespectador e ouvinte sua Madonna favorita. Dos primórdios na Nova York dos anos 80 à deusa sexual do livro Sex e o esplendor equestre na Inglaterra, cada capítulo da vida dela é relatado como um tipo de parábola “Dickensiana” de perseverança, força de vontade ou auto-invenção, ao se entrelaçar em ambições loiras, yoga ou orações.

E talvez o ícone Madonna seja a sua melhor forma de arte – algo tão vastamente influente quanto incomensurável, unindo todos na mesma trilha sonora, com todas as sensibilidades que ela informou, emocionou, desafiou, provocou e reimaginou novamente; todas as noções de beleza de um artista que ela moldou e remoldou. Com o 13º álbum a ser lançado em 2015, Madonna alcança um novo nível de talento artístico, criatividade e, talvez, identidade. Mesmo que ela se reinvente outra vez, ela permanece uma obra-prima.

Em uma noite de novembro, Madonna conversou com o amigo, o artista, o mágico e o dono de um talento inclassificável David Blaine em Nova York, sobre o poder do silêncio, a necessidade do fracasso e a sabedoria de ouvir a palavra “não”.

DAVID BLAINE: Trouxe vários cartões com perguntas que considero divertidas, então será nosso plano B.
MADONNA: Um plano B ou você quer que eu escolha uma agora?
BLAINE: Escolha uma. Mas não quero que você escolha a mais óbvia, que está na ponta.
MADONNA: Não sou dessas. Nunca escolho o óbvio.
BLAINE: Devo ler pra você?
MADONNA: Sim, não entendo sua letra.
BLAINE: Esta é boa. Eu fiquei em uma caixa por 44 dias em completo isolamento. Foi um confinamento auto-imposto. Mas…quero que feche seus olhos. Você consegue imaginar como é estar completamente isolada, sozinha, sem ninguém com quem conversar?
MADONNA: Por 44 dias?
BLAINE: Por um dia. Você já fez isso?
MADONNA: Não.
BLAINE: Ok, então pense nisso. Como seria?
MADONNA: Eu gostaria de fazer isso, no atual momento da minha vida.
BLAINE: Fique de olhos fechados.
MADONNA: Ok, desculpe. Acho que eu gostaria muito, da paz e quietude, porque sinto que as pessoas estão sempre falando comigo, para mim, pedindo coisas, me questionando, querendo informações, trabalho, música, barulho, filhos – é interminável. Então, a ideia de um dia inteiro de silêncio parece muito sedutora pra mim.
BLAINE: No que você acha que pensaria?
MADONNA: Eu teria ideias. (Ambos riem)
BLAINE: Ideias. Você pode tê-las com o barulho.
MADONNA: Sim, mas quando chego em casa do estúdio, só quero silêncio. Não quero falar com ninguém. Não quero responder perguntas.
BLAINE: É importante fazer isso, de vez em quando.
MADONNA: Voltei a fazer Yoga, o que não acontecia há anos. Estou muito acostumada a me exercitar com música bem alta, e, quando você faz Yoga, você só escuta a sua própria respiração. Acho isso incrivelmente… qual é a palavra? Não é satisfatório, mas…
BLAINE: Catártico.
MADONNA: É catártico, com certeza. Mas, não, isso me preenche. Gosto da ideia de ir a um desses retiros nos quais você não fala – tipo, silêncio por cinco dias. Não sei que conseguiria isso agora com filhos pequenos.
BLAINE: É como os monges fazem. Na verdade, acho que todos os monges e santos neste nível extremos de privação…
MADONNA: É essencial…
BLAINE: Não, acho que é quase egoísta.
MADONNA: Não é egoísta se te faz ser uma pessoa melhor.
BLAINE: Quando faço isso, me torno uma pessoa melhor pela duração. Daí, quando saio, me sinto um animal.
MADONNA: Mas você é um porco egoísta de qualquer jeito – é outro ponto. (Blaine ri) Você não está ligado à matriz. Ok, deixe eu organizar os cartões, pois tenho TOC.
BLAINE: (Ri) Calma. Vamos avançar. Novamente, você vai fechar os olhos. Ok, sem olhar. Agora, você está sentada nesta cadeira, neste quarto, mas não pode sair da mesa. Você pode se encostar se ficar desconfortável. Você pode ficar de pé, se alongar, o que quiser. Mas está completamente sozinha. Não há ninguém para interrompê-la, ninguém com quem conversar. O que aprende? Você desiste? Enlouquece? O que você sente?
MADONNA: Por quanto tempo?
BLAINE: Você ficará aqui por um dia inteiro. Eu fiquei 44, então um dia é pouco.
MADONNA: Acho que o silêncio seria bom pra mim, e a não-interação com as pessoas seria legal. Mas não poder sair do recinto seria difícil. Não poder circular – a imobilidade do meu corpo, fisicamente – seria o desafio.
BLAINE: Você falaria sozinha? Cantaria?
MADONNA: Eu cantaria.
BLAINE: O que cantaria?
MADONNA: Não sei. Dependeria do que estivesse acontecendo em minha vida naquele momento. Uma canção judaica? (Ambos riem). Shalom Aleichem. É sexta à noite, então…
BLAINE: Você se lembra da sua primeira canção favorita na infância? Só por curiosidade.
MADONNA: Sim. Só não lembro do nome.
BLAINE: Como ela é?
MADONNA: Você quer que eu cante pra você?
BLAINE: Claro! Está louca?
MADONNA: É parte da entrevista?
BLAINE: É a melhor parte!
MADONNA: Posso abrir os olhos?
BLAINE: Não.
MADONNA: Oh, Jesus! Então, é privação visual também. Ok. (Ela canta) Conheço um lugar onde ninguém vai / Há paz e quietude, beleza e repouso / Está escondido em um vale, atrás de um riacho montanhoso / e lá, ao lado do riacho, descubro que posso sonhar / Com coisas, com beleza, flocos de neve e montanhas elevando-se aos céus / Agora, sei que Deus criou este mundo para mim.
BLAINE: Isso foi lindo. Uau! Quantos anos você tinha quando ouviu esta canção?
MADONNA: Minha mãe cantava para mim aos 4 anos. Meus filhos sabem cantá-la também.
BLAINE: Ok, pode abrir os olhos. Parabéns.
MADONNA: Parabéns pra nós.
BLAINE: Você conheceu muitos artistas incríveis nos primórdios em Nova York. Quais artistas você espera que inspirem seus filhos hoje?
MADONNA: Bem, todos eles morreram.
BLAINE: Artistas vivos, que você conheça – quem você espera que inspire as crianças do futuro?
MADONNA: Gosto do Banksy. Acho ele inspirador e ele fala sobre o que acontece no mundo, socialmente. Gosto de JR. De (Jean-Michel) Basquiat e Keith Haring, que começaram como artistas de graffiti – sua arte está nas ruas, disponível a qualquer um. Não é elitista. Você pode ver o trabalho de Banksy ao dirigir pelas ruas. E o trabalho de JR – a forma com que ele fotografa as pessoas e os transforma em herois nas comunidades e faz as pessoas se orgulharem de quem eles são. Meu filho está estagiando com JR agora e é uma ótima educação para ele.
BLAINE: Nos cartões, há uma questão diretamente do JR. Mas você não a lerá agora. Eu deveria ter te levado nesta direção, mas tudo bem.
MADONNA: (Ri) Você é a pessoa mais neurótica que já me entrevistou, a propósito.
BLAINE: (Ri) A quais cenas de filmes você assiste várias vezes em sua mente? Tipo, eu vejo Daniel Day-Lewis em Haverá Sangue (2007) várias e várias vezes.
MADONNA: Este é um ótimo filme. Vejo In The Mood For Love (2000) de Wong Kar-wai. A cena em câmera lenta naquela linda Chinesa subindo as escadas, pra cima e pra baixo, várias vezes. Repito tudo daquele filme na minha mente. A filmagem em trilhos quando ela está no quarto com o amante, e eles estão comendo – que filme lindo, como uma dança! O filme O Ano Passado em Marienbad (1961) de Alain Resnais, outro dos meus favoritos, foi o filme que criou a ideia de filmagem com a câmera em trilhos, eu acho. (Andrei) Tarkovsky é outro dos meus diretores favoritos, e há muitas cenas lindas nos filmes dele.
BLAINE: Há alguma cena na qual o ator faz um monólogo?
MADONNA: Oh, atuando! Achei que você estava falando sobre filmagens. Não consigo lembrar de uma cena específica, mas tudo o que Al Pacino faz na trilogia O Poderoso Chefão, como Michael Corleone.
BLAINE: Ou John Cazale sentado na cadeira e gritando…
MADONNA: Bem, não, quem está sendo entrevistado: você ou eu? Essa é a sua cena. Pra mim, eu vivo indiretamente através de Michael Corleone. Gostaria de lidar com a vida assim como ele. Quando ele conta a… qual o nome dele?… Quando ele conta o que fará em uma pequena viagem de pescaria. Meu Deus! Brilhante! Ou a cena na qual Marlon Brando está falando com a esposa morta no caixão em O Último Tango em Paris (1972).
BLAINE: “Sua porca imunda!”. Supostamente, ele estava cansado de atuar durante esta cena, então começou a grunhir como um porco no trailer, apenas para zuar. Daí, ele sai e improvisa a cena para a esposa, e sai assim, “Sua porca imunda!”. Minha citação favorita do Brando, que eu busquei no Google antes de vir pra cá, diz: “Você pode sempre ver o quão bem sua carreira está indo baseado nos dentes das pessoas”. Ele dizia que você pode julgar o que fez baseado na quantidade de dentes que pessoas aleatórias, como aeromoças, mostram quando lhe veem, o quão grande é o sorriso deles.
MADONNA: Que engraçado!
BLAINE: Acho que esta também é importante, de Henry Ford: “Pensar é o trabalho mais difícil que existe, o que explica por que tão poucos se ocupam com isso”. E a razão por eu dizer isso é porque quando lhe conheci…
MADONNA: Há uns cem anos.
BLAINE: Fui com você a um museu e você teve toda a exposição do pintor Edward Hopper só pra você. Lembro que você rascunhava ideias enquanto olhava as pinturas. Já fiz muito trabalho braçal – trabalhei com construções – e posso dizer que é mais fácil pra eu fazer um truque do que decidir o que fazer. Pensar é o mais difícil. Como um amigo disse quando eu era jovem: “Sabe, o que Michael Jackson faz é fácil”. Tínhamos, tipo, 10 anos. Mas a maioria das pessoas presumem que é fácil porque você trabalha muito pra fazer parecer fácil.
MADONNA: Mas esse é o nosso trabalho. Estamos em um mundo de criação de ilusões, para darmos às pessoas a habilidade de sonhar e se inspirar. Então você não quer que as pessoas vejam o trabalho nos bastidores. E eu fui treinada, como bailarina, a manter o rosto relaxado, não importa o quanto você esteja sofrendo. Você deve criar esta ilusão. É parte do seu trabalho.
BLAINE: Você diria que pensar é a parte mais difícil do seu trabalho?
MADONNA: Não. Dormir é a parte mais difícil do meu trabalho, e relaxar também. Me desprender das coisas. Pensar não é algo em que se pensa, mas vem naturalmente. Pensar envolve muitas coisas. É parte de ser observador. Isso envolve análise, a compreensão do que lhe rodeia e descobrir como inspirar seu trabalho ou transformá-lo em lição para seus filhos. É a atenção que se presta aos detalhes. Isso é pensar: processar informação.
BLAINE: Por isso, é importante ter tempo.
MADONNA: Falamos disso antes – separar um tempo para orações. O ritual da oração não é algo religioso como ter um momento ritualístico para reconhecer as coisas e não subestimá-las. Por exemplo: o fato de você acordar e haver ar em seus pulmões; o fato de ter um emprego; o fato de ter amigos; o fato de ter saúde. Você fará algo que lhe trará alegria. Nós subestimamos essas coisas. E, sabe, acho que é importante chamar os anjos pra lhe protegerem.
BLAINE: Explique isso.
MADONNA: Bem, é parte do momento ritualístico. O chamado dos anjos.
BLAINE: O que isso significa? Quais anjos? Tipo, meu anjo é minha mãe.
MADONNA: Sua mãe estará com você em todos os momentos. Há outros anjos além de sua mãe. Minha mãe também me protege, mas ela não é a única.
BLAINE: Você diria que sua mãe é parte da força que lhe move, um pouco?
MADONNA: Bem, esse é outro ponto. Tenho certeza de que, até certo nível, ela é, mas, na verdade, a ausência dela também seria a força.
BLAINE: Ela faleceu quando você era muito jovem. Isso lhe fez acreditar que a vida é curta?
MADONNA: Fiquei obcecada com a morte, e a ideia de que você nunca sabe quando ela chegará, então você deve fazer de tudo para aproveitar o máximo da vida. Esta seria uma força motivacional. E a morte foi uma grande parte da minha infância. Eu fui a muitos funerais… mas você saiu do assunto. (Ri) Estávamos falando de Henry Ford. Estávamos pensando sobre o pensar.
BLAINE: Pedi a alguns dos meus amigos artistas para fazerem uma pergunta. (O diretor) Darren Aronofsky perguntou se você acha que as pessoas são, intrinsicamente, boas ou más.
MADONNA: Acho que são intrinsicamente boas. Sim, pronto. (Ambos riem) Somos todos bons, intrinsicamente, apenas cobertos, às vezes, por sujeira e escuridão. Nosso trabalho é nos livrarmos disso, descascar as camadas e revelar nossa bondade.
BLAINE: Como os seus primeiros anos em Nova York, no meio de grandes artistas, influenciaram as escolhas que você faz em sua arte hoje?
MADONNA: Lembro de conversar com Keith (Haring) e com Basquiat sobre a importância de sua arte ser acessível às pessoas. Esse era o detalhe deles – ela deve estar disponível a todos. Era muito importante pro Keith ser capaz de desenhar em metrôs e muros. E o Basquiat sempre me dizia: “Você tem muita sorte por fazer música, porque ela toca nos rádios em todo lugar”. Ele achava que o que eu fazia era mais popular, mais conectado à cultura popular do que o que ele fazia. Mal sabia ele que sua arte se tornaria cultura popular. Mesmo assim, nós não conversávamos sobre o significado da arte. Lembro de ouvi-los conversando sobre isso.
BLAINE: Você saía com eles?
MADONNA: Sempre! Com Martin Burgoyne, meu colega de quarto e também artista, Keith Haring e Basquiat. Às vezes, Warhol vinha conosco, mas ele não falava muito.
BLAINE: Então você estava no meio dos melhores artistas do mundo. Você estava muito à frente do seu tempo.
MADONNA: Bem, eu sobrevivi. (Risos)
BLAINE: Mas você sabia o que era ótimo antes de todo mundo.
MADONNA: Pessoas criativas me atraíam. Você não quer ser a pessoa mais esperta do lugar; quer ser a mais estúpida. Você quer estar ao redor de outros pensantes que dirão algo que nos faz pensar: “Oh, meu Deus, que ideia incrível! Por que não pensei nisso?”. E, de alguma forma, nos encontramos em Manhattan. É muito doido. Nos encontramos e nos conectamos, andando juntos pela cidade. Eles me ajudaram nos shows, e eu os ajudei nos deles. Éramos uma unidade. E nem sei como aconteceu. Apenas aconteceu.
BLAINE: Você aprendeu muito com eles?
MADONNA: Eles eram incrivelmente dedicados ao trabalho. Sabe, Basquiat foi meu namorado por um tempo, e me lembro de acordar no meio da noite e não vê-lo na cama comigo. Ele estava de pé, pintando, às 4 da manhã, bem perto da tela, viajando. Fiquei pasma com isso, com o fato dele trabalhar quando sentisse a energia. E eles empregavam qualquer um. Keith conhecia crianças nas ruas e os chamava para esticar as telas dele. Basquiat levava vários B-Boys e grafiteiros pro apartamento dele. Ele dava muitas coisas. Acho que se sentiam culpados por terem sido bem-sucedidos e estarem rodeados de pessoas mais pobres, então eles compartilhavam o que tinham. Eram pessoas incrivelmente generosas, e eu peguei isso deles. Dessa forma, você se inspira. Eu jamais poderia trabalhar em um estúdio onde você tem esta vista maravilhosa e uma praia, com as ondas batendo. Pra mim, preciso estar em um quarto minúsculo com janelas pequenas. É quase como estar em uma prisão. E você pode criar beleza quando está em um ambiente de privação, que é uma recriação dos seus anos de formação.
BLAINE: Acabei de ouvir a canção Devil Prays (do novo álbum), e é incrível pra cacete. E não é que você estivesse usando drogas, mas tem tudo a ver…
MADONNA: Bem, não, é sobre como as pessoas usam drogas para se conectar a Deus ou a um nível de consciência mais alto. Eu sempre digo: “Se conectar à matriz”. Se você fica chapado, você consegue fazer isso. E é por isso que muitas pessoas usam ácido ou drogas, porque eles querem se aproximar de Deus. Mas haverá um curto-circuito e essa é a ilusão das drogas, porque elas podem te dar a ilusão de estar se aproximando de Deus, mas, no fim das contas, elas te matam. Te destroem. Sabe, eu já tentei de tudo, mas, assim que ficava chapada, passava o tempo bebendo litros de água pra tirar tudo do meu organismo. Assim que chapava, só pensava em tirar isso de mim. (Blaine ri) Eu dizia: “Ok, pra mim já deu”.
BLAINE: Essa canção foi escrita a alguém específico?
MADONNA: Não, eu apenas compartilhei minhas experiências. Há maneiras diferentes de se conectar a um nível de consciência mais alto e este é o truque do diabo. É a ilusão.
BLAINE: Então, quando você escreve uma canção assim, você fica sozinha?
MADONNA: Não, trabalho com um músico. Ele começa a tocar o violão e as ideias vêm a mim. Tenho um computador no meu colo e começo a escrever a letra, pensando em uma melodia. Daí, eu vejo como fica e peço a opinião dele. Cada um contribui com um verso. Gosto de ver as palavras escritas, elas me inspiram. Poesia, leitura, linguagem, jogo de palavras – estar rodeada de compositores talentosos faz você desenvolver uma compreensão inata de quais notas soam bem quando juntas. Não penso muito nisso, pra ser sincera. Você ouve a música, lê livros, assiste a filmes. A arte de outras pessoas te inspira. Eu não seria nada sem a arte de outras pessoas.
BLAINE: O que mais te inspira?
MADONNA: Meus filhos, coisas que eles dizem. Tipo, meu filho veio ao estúdio outro dia e disse que não queria ir pra casa. Eu disse: “Não, você tem que ir pra casa, é hora de dormir”. E ele respondeu: “Mãe, me sinto isolado do seu coração”. (Blaine ri) Eu disse: “Oh, é um bom verso. Tenho que usar isso”. Você pega de todo lugar, o bom e o ruim. Você deve estar aberto a tudo. O sofrimento inspira muito, é um grande catalisador pra criação. Você pega a sua tristeza, seu desespero, seu senso de injustiça e coloca no trabalho.
BLAINE: É mais fácil compor quando se está triste ou feliz?
MADONNA: Triste. (Risos) Infelizmente, mas tudo bem, pois estou triste na maior parte do tempo, então ficamos bem. Não triste, mas chateada com alguma coisa.
BLAINE: Vamos escolher outro cartão? Se você pudesse voltar no tempo e falar consigo mesma aos 7 anos, o que diria? Quantos anos tinha quando sua mãe faleceu?
MADONNA: Seis.
BLAINE: Ok, então nesta época. O que você diria a ela?
MADONNA: “Essa merda vai melhorar”. (Risos) Naquela época, eu era obcecada por ficar doente e sempre manifestava sintomas. Eu diria a ela: “Tudo vai ficar bem”. Eu diria a mim mesma: “A sensação de ter formigas se arrastando em seu coração não significa que você tem câncer. Esta vida será longa e o mundo se desdobrará pra você. Você será capaz de realizar seus sonhos e encontrará pessoas que serão professores e guias pelo caminho. Você encontrará figuras maternas em outras áreas da sua vida, então não se desespere”.
BLAINE: Isso é bom pra cacete! (Madonna ri) Ok. Próximo cartão. E se você acordasse um dia e a música já não significasse nada pra você?
MADONNA: Impossível! Mas eu encontraria algo diferente que tivesse significado. É assim que eu sou. Eu simplesmente encontraria outra coisa.
BLAINE: A pergunta do JR é: “Você acha que artistas podem se tornar líderes?”.
MADONNA: Acho que sim. Bob Marley era um líder, por exemplo. Bono é um líder. Alguns artistas não querem tomar tanta iniciativa e se tornarem políticos demais em seu trabalho, mas acho que algumas pessoas querem, sim. Acho que Maya Angelou foi política e uma líder, e John Lennon, James Baldwin, só pra dizer alguns.
BLAINE: Outro artista ao qual eu pedi pra fazer uma pergunta pra você foi o ator Edward Norton. Ele pergunta: “Existe um caminho alternativo para a vida que você escolheu e que você acha que lhe faria feliz?”.
MADONNA: Ser professora.
BLAINE: Minha mãe era professora.
MADONNA: Talvez eu seja a sua mãe em um universo paralelo.
BLAINE: Acho que é a profissão mais importante que existe.
MADONNA: Concordo.
BLAINE: Isso responde a próxima pergunta, que é sobre a profissão mais importante.
MADONNA: Prostituição, lógico! (Ambos riem)
BLAINE: O que mais lhe atrai em um homem?
MADONNA: Os olhos e as mãos.
BLAINE: A NASA levou uma coisa ao espaço chamada Voyager 1, cheia de todos os tipos de arquivos humanos. Coisas que, em um bilhão de anos, quando o mundo não mais existir, ainda estarão flutuando lá para alguma outra vida inteligente descobrir. Quais relíquias da humanidade você teria colocado na Voyager?
MADONNA: A música de Chopin. Água, pois água é misericórdia e você não vive sem ela.
BLAINE: No quê você colocaria a água?
MADONNA: Em uma garrafa com o rótulo “Água Benta”. (Ambos riem) Um rolo do Velho Testamento. Uma tábua de xadrez com peças. Algo no que escrever: papel em branco e uma caneta tinteiro.
BLAINE: Qual foi a última lição que alguém lhe ensinou?
MADONNA: Aprendi a surfar neste verão. Foi muito difícil. Eu levantava e pegava uma onda.
BLAINE: Deve ser complicado pra você, pois é duro fracassar. Você é sempre vista bem-sucedida, certo?
MADONNA: Sim. Mas sempre que me apresento, aprendo uma nova habilidade. Sempre preciso fazer algo que nunca fizera antes. Tipo, na última turnê, aprendi o slackline, então foi um pesadelo, porque você continua caindo e tem que se levantar, cair de novo e aprender a se equilibrar. É muito difícil.
BLAINE: É difícil fracassar na frente de pessoas com quem você trabalha?
MADONNA: Não vou dizer que sou ótima em fracassos, mas, se você é artista e gosta do processo de aprendizagem, você aceita os erros. Eu ando a cavalo, e, depois de não fazê-lo por um tempo, sempre digo ao meu instrutor: “Ok, finja que sou iniciante. Não quero pular. Não quero fazer nada extravagante. Só quero que finja que sou iniciante”. E não me julgo. Se eu erro, já aceitei que vou errar. Meus filhos me colocam em várias atividades incomuns pra mim. Eu surfei porque meu filho me perturbou. Andei de ski porque meus filhos me perturbaram. E digo: “Bem, por que não? Vou errar, mas tudo bem”. Estou de bem com isso.
BLAINE: Então você é boa em aceitar erros e superá-los.
MADONNA: Em certas situações. (Risos) Erros são desafios. Erros são um convite.
BLAINE: Você diria ser assim com tudo?
MADONNA: Se eu gostar, sim. Não gosto de fazer tudo. Tipo, sou uma péssima cozinheira. (Risos) Não me sinto inspirada a continuar cozinhando. Se eu tivesse que fazê-lo pra sobreviver, eu o faria.
BLAINE: Você ouve “nãos”? Alguém diz “não” pra você?
MADONNA: O tempo todo! Mas, sim, como iremos transformar o “não” em “sim” ou como eu irei conseguir o que quero apesar de ter ouvido um “não”, ou como posso fazer este “não” vir a meu favor? Ou, beleza, vou aceitar esta rejeição e encontrar outra maneira de fazê-lo. Sabe, o “não” é tão valioso como o “sim” no jogo da vida. Na verdade, ele é essencial. (Ela se vira aos membros da equipe na sala) Não tenham ideias, pessoal. Voilà.

David Blaine é um mágico e ilusionista, morador de Nova York.

Madonna está trabalhando com Ryan Tedder, do One Republic

ryan tedder, do One Republic, no novo disco de Madonna

Madonna trouxe o criador de sucessos favorito de Simon Cowell para compor faixas pro novo álbum. O maestro pop tem sido a referência de Cowell para compor canções para os artistas prioritários da gravadora, incluindo One Direction e Ella Henderson, após ele escrever e produzir Bleeding Love para Leona Lewis. Ryan, de 35 anos, contou que a nova música de Madonna é “a melhor coisa em 10 anos – é muito forte”.

Mantendo segredo sobre sua participação, ele disse: “As faixas que fiz com ela são difíceis de explicar”. Bem esperto para não falar demais, Ryan. Isso vai deixar Madonna feliz.

Isso acontece depois que a Material Girl se uniu a um dos maiores DJs mundiais, Avicii, de 25. A faixa Rebel Heart vazou na Internet junto com outra canção, Wash All Over Me, o que fez a cantora dizer que estava “de coração partido”.

Ryan, vocalista da famosa banda One Republic, que se apresentou com sua banda no festival Capital FM’s Jingle Bell, na O2 Arena em Londres no último sábado, comentou: “Na verdade, eu estava trabalhando em algo com Madonna quando as faixas vazaram. Então, entrei em pânico porque pensei que era a minha faixa, mas, por sorte, não era. As pessoas estão com tempo demais sobrando”.

Madonna, você continua sexy!

madonna interview sexy cover

Quando Madonna começa a botar os peitos de fora, todos clamam: “Pense nas crianças!”. Obviamente, os seios têm algo especial. Eles estão à mostra em toda grande galeria de arte do planeta. Há toda uma lingerie global e multimilionária dedicada a eles. E ainda possuem mais apelidos do que até a Polícia. É claro que tem algo aí que faz o mundo fofocar!

Sendo assim, as fotos de Madonna exibindo os seios causaram muita falação. Como qualquer artista, poeta ou bêbado tagarela desde os primórdios, nos sentimos atraídos por um busto generoso.

As respostas são as mais variadas. Alguém comparou a cor dos mamilos dela a um homus de tomate seco. Mas a resposta mais comum foi um suspiro: “Oh, pelo amor de Deus, tira isso daí. Você tem 56 anos de idade, e 4 filhos!”. Tal crítica apenas mostra como a proibição de uma mulher mais velha ser sexy é grande.

Madonna é uma mulher impetuosa e obstinada, que sabe exatamente o que faz. A modelo Kristina Pimenova, de 9 anos, talvez não entenda o desenrolar de sua carreira. Porém, Madge já fez, já viveu e usou o sutiã em formato de cone. Ela entende, o que sugere total consciência sobre cada decisão na carreira. E mais, sugere que ela possui total controle e que ela fará o que quiser. Não é difícil entender que ela gosta de seduzir em fotografias.

No fim das contas, vivemos em uma sociedade visual. Estamos rodeados por imagens de mulheres sensuais. Para a sociedade, ser vista em uma bela foto é uma forma de afirmar sua própria atração (quem aí não conta as curtidas no Facebook?). Portanto, sim, algumas mulheres serão duramente criticadas por fotografarem como deusas ardentes. Mas as pessoas deveriam aceitar isso. O mundo é liberal.

Desde a reforma da lei homossexual em 1986, o jornal neozelandês NZ tem evitado o moralismo. Contanto que esteja previsto em lei, faça o que quiser em seu quarto. Assim, não deveria ser um problema ver as mulheres se satisfazendo ao posarem para fotos quentes.

De volta a Madonna, ela está sendo duramente criticada. Beleza. Kim Kardashian fez o mesmo. Qual a diferença entre elas? A reação do público!

Quando Kim tira tudo e usa apenas um colar de pérolas e se cobre em gordura de ganso, todos clamam: “Que delícia!”. A reação a ela é sempre temperada por comentários sobre o quão atraente, destemida e corajosa ela é. No entanto, quando Madonna começa a botar os peitos de fora, todos clamam: “Pense nas crianças!”.

Ela é mãe, assim como Kim. Ela é atraente, assim como Kim. Ela tira fotos provocantes, assim como Kim. Mas enquanto confirmamos toda a sensualidade de Kim, negamos a de Madonna. Mas não foi sempre assim.

O que mudou? Ela envelheceu. Ela continua atraente, mas nossas reações começaram a ignorar este fato, o que comprova que é difícil admitir que pessoas mais velhas são sensuais. E mais, conforme ia envelhecendo, ela se recusou a diminuir o sex appeal. Isto a tornou “irresponsável”.

Por que as mulheres mais velhas não podem ser sexy e responsáveis? Celebrar seus lindos seios não faz de você uma louca que sai por aí jogando comida em crianças e se exibindo pros vizinhos. Portanto, mostre os seios, Madonna. Enlouqueça! (NZ Herald)

Foi um verdadeiro para mim, diz Mario Testino sobre Madonna

mario testino madonna 1995 versace

O icônico fotógrafo de moda Mario Testino já trabalhou com todos, da Família Real a Angelina Jolie. Foi ele que causou comoções com os retrados da Princesa Diana nos anos 90 e produziu um catálogo que inclui desde grandes campanhas e capas de revistas internacionais aos retratos do noivado oficial do Príncipe William com a Duquesa de Cambridge, e um livro com mesas feitas de pedras tumulares para uma de suas eternas musas, Kate Moss.

Agora, o peruano se uniu à Vodka CÎROK e assumiu o posto de Diretor Criativo, com a missão de encontrar e fotografar novos talentos. Selecionando-os cuidadosamente ao redor do planeta, Testino irá documentar todas as comemorações.
Mas o quê exatamente Mario Testino busca? E como é trabalhar com astros tão icônicos? O lendário fotógrafo falou dos destaques da carreira, inspirações, e, o mais importante, suas preferências.

Como você explica a ideia de “qualidade de estrela”? O que procura em um artista?
Você simplesmente sabe quando vê o artista, quando alguém entra e as luzes se acendem. Geralmente, busco algo que não pode ser medido, como uma energia ou espírito que você sente quando alguém entra no recinto. É uma qualidade de estrela, e é verdade. Algo que simplesmente irradia de dentro pra fora.

Quem tem sido a sua estrela favorita para fotografar?
Cada ensaio e astro, pra mim, possui uma lembrança especial. Cada circunstância é diferente. Tive a sorte de conhecer e fotografar muitas pessoas diferentes: membros da Realeza, atores, modelos ou transeuntes pelas ruas.

Qual foi o ensaio mais memorável até hoje?
É muito difícil dizer, já que todos são singulares e memoráveis. Se for pensar em um, eu diria quando fotografei Madonna para Versace nos anos 90. Foi um momento verdadeiro pra mim. Quando a campanha saiu, eles imprimiram uma página com os dizeres “Versace apresenta Madonna, por Testino”. É raro ver as pessoas serem reconhecidas apenas pelo último nome, então foi bem memorável – como a primeira vez em que fui parte do grupo de fotógrafos conhecidos apenas pelo sobrenome: Avedon, Newton, Penn…

Fotografar a Princesa Diana também foi memorável e especial, claro. Qualquer ensaio com Kate Moss e Gisele é sempre memorável também. (Marie Claire)

Madonna, ainda revelante para a moda Versace? Sim!

madonna versace 2015

Sentada na ponta da cadeira, olhando atentamente para a câmera, ela parece feroz, pronta para matar. Ela é Madonna, santificada em uma nova campanha de publicidade da coleção primavera/verão 2015 de Donatella Versace. Magra e ligeiramente ameaçadora, ela aparenta, pelo menos nas lentes dos fotógrafos de moda Mert Alas e Marcus Piggott, a imagem sinceramente agressiva.

“Ela é tudo isso e mais”, como diz a Srta. Versace, cuja colaboração com a cantora (um catálogo de 12 páginas a ser lançado na próxima primavera americana, em revistas como Vanity Fair e nas edições americana, francesa e italiana de Vogue) é a mais recente expressão do tema.

“Madonna afirma como ninguém: ela não se arrepende de nada”, disse a Srta. Versace. “Ela é autêntica, um modelo que mostra a outras mulheres como fazer o que quiserem e como conseguirem tudo o que quiserem, fazendo tudo para elas mesmas, sem se comprometerem”.

Nos novos anúncios, Madonna parece ter gentilmente seguido o caminho de manequins Versace passados, dentre os quais estão Amber Valletta, Christina Aguilera e, talvez a mais vibrante, Lady Gaga. Todas com uma imagem firme e cabelos loiros partidos ao meio – uma homenagem evidente à magra, porém torneada e exibida Srta. Versace.

Poucas interpretaram o papel de forma tão persuasiva como Lady Gaga. Atada em tecidos de chifon lavanda e bronzeada, ela posou neste ano para a campanha primavera/verão 2014 como uma Donatella idealizada, uma forma, talvez, de trazer de volta a admiração de fã da estilista.

A Srta. Versace, no fim das contas, vestiu a cantora no clipe de The Edge Of Glory e na turnê Born This Way. E, no ano passado, Lady Gaga devolveu o elogio com Donatella, faixa do álbum Artpop, na qual ela canta: “Ela é tão magra. Ela é tão rica e tão loira. Ela é tão fabulosa…e vai além…”.

Ela poderia muito bem estar descrevendo Madonna, sobre a qual ela discutivelmente moldou sua carreira. Mesmo assim, o último ato de Madonna (que também inclui uma aparição na capa da edição mais recente da revista Interview) levanta questionamentos a respeito de sua própria relevância para uma geração de compradores de luxo, talvez mais antenados ao estilo de Lady Gaga, Rihanna ou, por assim dizer, Taylor Swift.

No entanto, para algumas pessoas, Madonna sempre foi muito relevante. “Uma vez atingido o status de ícone, não se trata mais de ser relevante”, afirmou Lisa Mirchin, consultora de propaganda. “Marilyn Monroe ou Audrey Hepburn são relevantes? Creio que sim”.

A Srta. Mirchin, fundadora da GlamBrand, uma agência especializada em moda e beleza, também disse: “Madonna não envelhece, assim como a moda. As mulheres se vestem sem pensar em idade agora. A variação pode ir dos 20 ao ponto que a natureza e a Física permitirem”.

Mais do que eterna, a moda permanece, das especulações à inovação, uma indústria decididamente conservadora. Parafraseando uma teoria avançada de Tina Brown sobre sua estabilidade como editora da revista Vanity Fair, Vanessa Friedman, a diretora de moda do The New York Times, escreveu em uma coluna em agosto que o momento de apresentar uma estória de celebridade é “logo após o topo: logo após a pessoa ter se tornado famosa o suficiente para ser imediatamente reconhecida pelo público em geral”. A realidade, segundo a Srta. Friedman, é que “a moda gosta de fazer o que sabe que funciona, ou seja: o que vende. Ou, pelo menos, o que fora comprovado antes”.

Por ter compartilhado momentos com a estilista, Madonna cumpre o requisito. A Srta. Versace escalou a cantora pela primeira vez em uma campanha de 1995, com fotografia de Steven Meisel, que clicou Vossa Senhoria em preto e branco com um grande cachorro.

Após uma década, Mario Testino retratou o ídolo pop em um cenário de 1960, escondida em trajes relativos a uma socialite bem-intencionada. Vestindo uma camisa estampada e uma saia comportada sob medida, ela posou distraída, digitando e arrumando correspondências.

E, agora, a performer mutável, que já incorporou moda, e também Versace, na arte performática astuta, posa como uma predadora sexual, usando um vestido de couro preto e uma bolsa Palazzo da mesma cor. “É Versace”, disse a estilista, “mas com novos e poderosos ares e atitudes”.

“Quando Madonna me chamou no cenário, ela me perguntou: ‘Qual personagem você quer que eu interprete?’”, lembrou a Srta. Versace, que respondeu: “Quero que você seja Madonna, si mesma’, e ela riu de mim”.

A nova campanha com Madonna será a quarta parceria dos dois. No passado, ela foi “o rosto” de Versace em:

– Campanha Primavera/Verão 1995, dirigida por Steven Meisel;
– Campanha Outono/Inverno 1995, por Mario Testino e;
– Campanha Outono/Inverno 2005, por Mario Testino novamente.

(NY Times)

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Novo single de Madonna será Living For Love

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De acordo com o site DrownedMadonna, o primeiro single do novo álbum de Madonna não será “Rebel Heart”, e sim “Living For Love”. É nesta faixa que a cantora e pianista Alicia Keys toca piano.

O single deverá ser lançado no início de janeiro. O clipe da música será filmado em Nova York e o álbum será lançado em março, como já se especulava.

Fotos de Madonna com seios de fora são triunfo a todas as mulheres

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Madonna, a Rainha do Pop, posou com os seios de fora para uma revista de moda aos (chocantes) 56 anos de idade. A atriz Claire Cohen aprovou a decisão e explicou por que as fotos são uma afirmação poderosa a todas as mulheres.

Primeiro, foram os seios de Keira Knightley. Depois, o bumbum de Kim Kardashian. E agora? Os mamilos de Madonna. Não há como negar. As últimas semanas foram repletas de nudez de celebridades. E nem estou me referindo àquele reality show na selva.

Ontem, foi noticiado que a Rainha do Pop posou, com os seios de fora, para a edição de dezembro da revista Interview. Usando um bustiê e luvas de couro, ela se reclina em uma almofada de cetim, com a mão na testa e os seios nus.

O estilo é romântico – muito diferente da foto em preto e branco de Keira (que apareceu na mesma revista em setembro), na qual ela desviava o olhar da câmera, com as mãos nos quadris.

Naquela época, eu defendi o direito de Knightley de ser fotografada com os seios de fora. Foi, como eu afirmei, um direito de uma mulher que fora criticada por ter seu modesto decote melhorado digitalmente em pôsteres de filme. Lá estava ela, em sua glória natural. Os críticos não concordaram. Quem, bradaram eles, queria ver as atrizes “fritando ovos”? Alguns comentaristas indelicados se referiram à aparição dela no filme Piratas do Caribe – O Baú da Morte.

Agora, semanas depois, Madonna está sob fogo cruzado por cometer a mesma ofensa. Como ela se atreve? Aos 56 anos, nenhum a menos. Aposto que você não lerá uma notícia hoje que não mencione a idade dela. “Ela ainda manda ver!”, alguns já vibraram.
A decisão de Madonna de posar com os seios nus nada tem a ver com ela exibir seu decote sem rugas – nem ao menos com provocações masculinas. Ela é uma mulher mais velha e poderosa? Sim. Mas, pra mim, está bem claro que ela não está querendo provar que “ainda é gostosa” aos 50 anos.

A idade dela é apenas um aliado. É um motivo fácil para os críticos esbravejarem sem, superficialmente, serem sexistas. Sempre há algo escondido, não é? Há sempre uma razão para o corpo de uma mulher não estar “apropriado”. Seios muito pequenos à la Knightley? Não, obrigada. Uma popstar de meia-idade? Em que diabos ela estava pensando?

Claro, nudez não é algo novo para Madonna. Francamente, ela vem tirando a roupa por décadas. A decisão de posar para a revista Interview e, então, menos surpreendente do que o ensaio de Keira. Mas não menos poderosa. Eis uma mulher ainda no topo da indústria, após quase 40 anos. Ela já sobreviveu a inúmeras tendências musicais e conseguiu se manter relevante. Por que ela não deveria postar com os seios à mostra? Afinal, foi ela quem começou isso tudo!

De fato, apenas algumas semanas atrás, Madonna postou uma foto de si mesma em topless censurada direto dos anos 90, em resposta às fotos nuas de Kim Kardashian na revista Paper. “É confuso”, ela escreveu. “Mamilos são proibidos e provocativos, mas exibir a bunda não é. #perplexa”. Eis um sinal claro de que Madonna sabia que seu último ensaio fotográfico seria chocante. Fala sério, segundo ela, fotos de mulheres com os seios nus sempre foram.

Podemos até estar acostumados a ver fotos de modelos com a barriga chapada em revistas de moda (pensem em Kate Moss na praia ou nos bastidores de um desfile). Mas o corpo de uma modelo é uma mercadoria – é o veículo usado para vender produtos. Para estrelas como Madonna e Knightley, a situação é diferente. Elas vendem a própria imagem, não a de outra pessoa. Optar por exibir os seios é uma afirmação feminina, não um requisito. Elas estão dizendo: “Aqui estou. Aceitem-me ou deixem-me ir”.

Claro, Madonna e Knightley possuem corpos excepcionais, comparados a nós, mortais. Mas o fato permanece. Quando fica muito “real”, nós simplesmente não aguentamos. É inegável que haja um elemento de desejo no meio disso tudo. Knightley foi criticada por ser “nem tão feminina”. Seios pequenos não são tradicionalmente vistos como objeto de desejo. Nem ao menos os seios de uma mulher mais velha.

Portanto, não é uma bênção o fato de termos estas mulheres fortes, famosas e corajosas para transformar pensamentos irreais e nos mostrar que o corpo feminino vem em muitas formas?

Madonna paira sob o aspecto do que uma mulher nua “deva” aparentar. Ela controla a própria imagem, como sempre fez. Sua atitude? Só porque ela tem mais de 50 anos, por que ela deveria esconder tudo?

A jaqueta rosa que exibe seus seios na foto diz tudo: “Não estou pronta para me abotoar como uma senhora de idade. Obrigada assim mesmo”.

Devemos todos aplaudi-la por isso (de preferência, usando luvas de PVC). (The Telegraph)

Madonna ultrapassa Paul McCartney e torna-se a artista mais rica do mundo

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Madonna encabeça uma nova lista dos artistas mais ricos do mundo, superando Paul McCartney e Dr. Dre de acordo com a revista Billboard. De acordo com a avaliação do patrimônio líquido da rainha do pop, feita pela Wealth-X, Madge possui impressionantes US $ 800 milhões.

Isso é significativamente menor do que o de um bilhão o New York Post divulgou em 2013, mas é muito à frente de Sir Paul, cujo patrimônio líquido encontra-se na cada dos em 660 milhoes de dólares. Para aqueles que pensaram Macca tinha mais que isso, tenham em mente que a sua esposa, Nancy Shevell, tem uma fortuna estimada em $ 300 milhões. Assim, embora o casal McCartney valha mais do que Madge, o ex-Beatle não é mais rico do que Madonna sozinho.

Seguindo McCartney vem Dr. Dre, que – apesar do acordo do Beats com a Apple – é o No. 3 na lista, com US $ 650 milhões. Falando de magnatas do rap, Diddy é o quarto artista mais rico em 2014 – embora, neste ponto, tanto o Dr. Dre e Diddy são mais empresários do que artistas.

Lembrando que esta é uma lista dos cantores/cantoras mais ricos do mundo. Quando você inclui músicos como um todo, você abre a lista até compositores e magnatas de teatro como Andrew Lloyd Webber – um homem vale cerca de US $ 1,2 bilhão. Então, claramente,a peça Cats paga melhor do que Beatles.

A lista fica:
1) Madonna $800 million
2) Paul McCartney $660 million
3) Dr. Dre $650 million
4) Diddy $640 million
5) Celine Dion $630 million
6) Bono $590 million
7) Mariah Carey $520 million
8) Jay Z $510 million
9) Elton John $450 million
10) Beyonce $440 million

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Madonna e o Presidente do Malawi Peter Mutharika

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O Presidente do Malawi, Professor Peter Mutharika, nomeou Madonna como Embaixatriz da Boa Vontade para o Bem-Estar da Criança do Malawi nesta sexta, 28. O secretário-chefe do governo George Mkondiwa confirmou a informação e disse que a nomeação do Presidente teve “efeito imediato”.

Ele conheceu Madonna juntamente com os filhos nascidos no Malawi, Mercy e David, no Palácio Kamuzu, em Lilongwe. É fato que ele já tivera conflitos com o ex-presidente Joyce Banda.

“Obrigado por me receber aqui. Eu era muito fã do seu irmão, e ele foi muito gentil conosco”, disse Madonna a respeito do irmão mais velho de Mutharika, Bingu Wa Mutharika, que governou até a morte em 2012.

O Chefe de Estado do Malawi agradeceu à popstar por trazer David e Mercy de volta ao país de origem. “Meu governo sempre foi grato à paixão de Madonna por este país”, afirmou o Presidente. Mutharika disse também que a paixão da cantora se dirigia “especialmente à pobreza e às dificuldades enfrentadas pelos órfãos e crianças vulneráveis do Malawi, através da fundação de caridade Raising Malawi”.

Ele agradeceu Madonna por concordar em custear a construção de uma nova Unidade de Terapia Intensiva e Cirurgia Pediátrica de última geração no país. “Peço que continue seu trabalho em melhorar a educação neste país”, afirmou. “Você também deve motivar David e Mercy a trabalharem duro na Educação”.

Durante a conversa, Mutharika disse que Madonna se mostrou “muito comprometida em ajudar a construir mais salas de aula nas escolas do Malawi”. Por fim, o líder se descreveu como “fã da música dela”.

Atualmente, Madonna está visitando o Malawi, onde tem trabalhado desde 2006 com sua Organização Não-Lucrativa Raising Malawi. Esta foi a primeira visita de Madonna em mais de um ano, após ter aberto mão de sua posição VIP pelo ex-presidente Joyce Banda, em meio a controvérsias sobre o cancelamento dos planos de uma academia para meninas.

A academia se viu cheia de acusações de má administração e o projeto foi substituído por planos de construção de escolas para alcançar mais crianças.

5 coisas que adoramos em Rebel Heart, de Madonna

madonna rebel heart novo álbum

Na última quinta, 27, os fãs de Madonna tiveram o primeiro gostinho do material do 13º álbum a ser lançado, quando um trecho de 43 segundos de Rebel Heart vazou na Internet. Sim, é uma versão Demo, então ficamos bem animados para ouvir o resto do álbum. Eis 5 razões:

1) O som não é parecido com qualquer outra música do Avicii lançada neste ano

Quando descobrimos que Avicii estava na equipe do novo álbum de Madonna, ficamos um pouco incomodados, não apenas por ela ter se mostrado incapaz de soletrar o nome dele corretamente no Instagram.

Uma das maiores críticas que Madonna enfrentou na última metade da carreira é que ela não mais lança modas, e, ao invés disso, se tornou uma “caçadora de sucessos”. Não concordamos (pelo menos, não completamente), mas a notícia da co-produção de Avicii nos deu uma ideia angustiante de Madonna gravando uma nova versão de Wake Me Up, ao invés de algo mais apropriado à Rainha do Pop.

Felizmente, o trecho que ouvimos de Rebel Heart possui as melhores partes do som de Avicii misturados com Madonna, ao invés de uma faixa besta com o nome Avicii feat. Madonna e uma letra sobre “levantem suas bebidas” e “caiam na pista”.

2) A letra é bem decente

Aparentemente, Madonna largou a pista de dança, pelo menos nesta faixa, e a achamos bem interessante, ao invés de uma batida de boates. Sendo assim, ela escolheu lançar o álbum (supondo que as pistas do Instagram estejam certas e Rebel Heart, o primeiro single) com uma faixa introvertida.

Depois que Girl Gone Wild essencialmente não desceu bem, é bom ouvir que Madonna está experimentando letras mais introvertidas, lamentando-se dos erros do passado. Ela canta: “Passei um tempo sendo narcisista/Ouvindo todos dizerem ‘Olhe pra você, olhe pra você!’/Tentando ser provocante/Eu disse: ‘Oh, yeah, era eu’/Tudo o que eu fiz apenas para ser vista”.
Nada mais diz “Passei da minha fase narcisista” do que uma canção inteira…a si mesma. Boa!

3) “Uma narrrr-cisista”
Não temos certeza a respeito do sotaque de interior de Madonna, que usou um bizarro sotaque britânico recentemente. Ela agora pronuncia as palavras como uma Bela do Sul, mas não importa, pois adoramos. Talvez seja influência de Miley Cyrus.

4) Guitarras
Sabemos que, quando Madonna açoita a guitarra durante um show, gemidos sonoros surgem no estádio, mas, na verdade, algumas de suas melhores canções possuem sons de guitarras, como Don’t Tell Me e Miles Away.

As guitarras no verso realmente dão à faixa um toque mais sincero e genuíno (fala sério, Madonna nem sempre é conhecida por ser sincera, né?) e fica mais fácil entender o canto, antes do refrão bater com os vocais em eco e as batidas rodopiantes.

5) Nenhuma referência a “Esperando” ou “Hesitando”.
No entanto, ouvimos apenas um verso.

Dedicado a venda de DVDs/Blu-rays exclusivos fan mades.