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Madonna encanta quase 70 mil pessoas no RJ. Veja fotos exclusivas

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Às 23h em ponto, diante de 67 mil fãs, Madonna abriu com a música Girl Gone Wild seu show da turnê MDNA no Rio. Criou um climão que misturava O Nome da Rosa e Dick Tracy, com metralhadoras, cantos gregorianos, motéis de filme noir.  A apresentação estava marcada para as 20h. O show terminou 1h da manhã.

Como tem ocorrido em todas as outras datas da MDNA World Tour, baseada no mais recente disco da cantora,MDNA, lançado em março, a entrada de Madonna no palco foi precedida por uma longa introdução de cantos gregorianos, acompanhada por um belo jogo de luzes no espaço. Após cerca de cinco minutos, que geraram ainda mais expectativa ao público, a artista entrou em cena, saindo de uma cabine ao lado de bailarinos fantasiados de monges, com longas capas vermelhas. Ovacionada, cantou a animada Girl Gone Wild, já na pele de uma líder de torcida, primeira faixa de seu último trabalho.

A abertura foi sucedida por um momento que marcou o início da alta teatralidade do espetáculo – deixando mais e mais claro o caráter de superprodução do show. Entre a primeira música e “Revolver”, a cantora falou em português: “Qual é Rio, estão prontos?”.

Madonna segurou uma espingarda e atirou em direção ao público, deixando os cariocas ainda mais empolgados. Começava Revolver, single de 2009 do álbum coletânea Celebration que teve a participação de Lil Wayne em sua gravação original. Nela, a rainha do pop encarnou uma matadora, segurando alguns tipos de armas de fogo ao longo de sua execução, assim como todos os seus bailarinos, apontando-as aos fãs.

Dentro de um cenário que imitou um quarto de motel barato, Madonna, vestindo uma sensual roupa colante preta com o sutiã à mostra, cantou Gang Bang, segunda faixa de seu disco mais recente, na qual, fazendo a performance sobre uma cama, chegou a “atirar” em um de seus dançarinos, que desceu com uma corda do teto, dizendo na sequência: “vou para o inferno! Tenho muitos amigos por lá”.

Madonna conversou com os fãs, mas foi mal no português. Foi corrigida pelos fãs ao dizer “están listos?”, quando deveria ter dito “estão prontos”. Falou também “mucho caliente”, querendo dizer “muito quente”. Um pouco antes, a estrela errou a letra de “I don’t give a…”, provando que o pop não vive só de playback. Durante “Open your heart”, seu filho Rocco fez passos de Bboys, enquanto o público agitava balões vermelhos em formato de coração. Na metade do show, falou: “I love you, Brasil”. Em seguida, mandou em espanhol: “Están listos?”. O povo vaiou e ela perguntou se tinha falado certo. Aí se corrigiu: “Estão prontos?” Depois disse: “Está caliente!”

A cantora disse que faria um pedido pela paz, em virtude das guerras que assolam hoje diversos países. “Pessoas morrem sem nenhuma razão”, disse Madonna; “quando dizem que não posso mudar o mundo eu digo ‘fuck you'”. Ela, então, perguntou aos fãs: “estão prontos para a revolução? estão prontos? não mintam para mim”; o público respondeu, em inglês “nós nunca mentiríamos para você.”

Antes dela a dupla de DJs Felguk tentou animar a pista com um farofão pop rock, misturando Red Hot, Pink Floyd, White Stripes e Fatboy Slim.

A organização do show fez aviso por volta das 22h45 pedindo que o evento fosse “livre de fumo”. A plateia não gostou – o show, que ocorre ao ar livre, já está atrasado há quase três horas – e vaiou. O locutor disse “se você fuma, procure um lugar adequado para fumar”, e foi novamente vaiado. A apresentação deve começar em alguns minutos.

TATUAGEM

A tatuagem da vez foi a palavra PERI, de periguete, quando os fãs gritaram no famoso striptease e ela ainda dedicou “Like A Virgin” as periguetes do mundo: “I want to dedicate this next song to all the “PIRIGUETES” in the world.”

Madonna cantou “Love Spent” e “Give It 2 Me” no meio de “Celebration”.

Por volta das 20 horas o céu escureceu e ameaçou cair uma chuvarada, mas foi apenas alarme falso, alguns pingos d’água. Às 21 horas, tudo serenou. A noite transcorria em clima de absoluta tranquilidade, sem maiores atropelos e com serviços adequados: banheiros, bares, lojas. O preço dos souvenirs é que não estava mole. Bonés a R$ 60, camisetas a R$ 80, capinhas de iPhone a R$ 40.

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VIPS

Cerca de 300 fãs escolhidos a dedo viam o show de um “fosso”, uma abertura em forma de círculo circundada pelo palco de Madonna – algo semelhante ao Monster Pit de Lady Gaga. Muitos vips, especialmente da Rede Globo, ficaram concentrados no Copacabana Palace e rumaram para o show poucas horas antes: os atores Alinne Moraes, Christiane Torloni, Alexandre Nero, Milena Toscano, Adriana Birolli, Cláudia Jimenez e a cantora Ana Carolina. Às 21h08 começou o show da dupla de DJs Felguk.

Madonna fará ainda mais três shows nos próximos dias – na terça (4) e quarta-feira (5) ela canta em São Paulo, no estádio do Morumbi, e no domingo (9) em Porto Alegre, no estádio Olímpico.

FOTOS

MDNA Tour, de Madonna, é a tour mais rentável de 2012

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Madonna emplaca o n º 1 do ranking na contagem semanal de Tours pela quinta vez desde o lançamento de sua turnê MDNA que começou em maio.

Na última contagem da Billboard, Madonna ultrapassou U$234 milhões de dólares em 74 shows, e estimativas de que a tour faturará algo em torno de U$ 336.386 milhões com 90 shows, que já foi confirmado pela Billboard que a nova tour de Madonna fechará o ano como a MAIS RENTÁVEL DE 2012.

Turnê de Madonna de maior bilheteria até agora é Sticky & Sweet Tour (2008-2009) que gerou mais de US $ 407 milhões em vendas de ingressos e ocupa a quarta posição de todos os tempos na a contagem Boxscore.

Faturamento das tours de Madonna

1. Madonna – Sticky & Sweet: $408,000,000
2. Madonna – MDNA: $234,000,000 *
3. Madonna – Confessions: $195,000,000
4. Madonna – Re-Invention: $125,000,000
5. Madonna – Drowned Word: $76,800,000
6. Madonna – The Girlie Show: $70,000,000
7. Madonna – Blond Ambition Tour: $$60,000,000
8. Madonna – Who´s That Girl Tour: $25,000,000
9. Madonna – The Virgin Tour: $5,000,000

3 décadas de Madonna no Brasil. Veja o gráfico!

Madonna fecha a agenda de megaespetáculos do ano no domingo (2), no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro. Tudo é grandioso na turnê do disco MDNA: diante dos telões, uma passarela, elevadores e escadas interligam os palcos por onde a estrela saltita, ao lado de 22 bailarinos. Mais de 700 elementos compõem os figurinos usados, assinados por estilistas como Jean-Paul Gaultier e Alexander Wang.

Madonna esteve no Brasil em 2003 com a tour “The Girlie Show”, 2008 com a “Sticky & Sweet Tout” e agora, 2012, com a MDNA Tour. Veja a imagem.

Madonna

Chegada de Madonna no Brasil: fotos e números do show

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Madonna, chegou às 11h40 desta sexta-feira ao Rio de Janeiro, onde fará show no sábado à noite. Ela desembarcou no Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador (zona norte), e seguiu para o Hotel Fasano, em Ipanema (zona sul), onde está hospedada.

Quando a cantora chegou ao hotel, às 12h30, em um comboio de seis veículos, ainda não havia concentração de fãs na porta do estabelecimento. Usando uma Range Rover preta, ela entrou na garagem subterrânea e não se manifestou durante toda a tarde. À noite, havia a possibilidade de que Madonna jantasse com o governador Sérgio Cabral (PMDB) ou fosse à festa de aniversário da apresentadora Angélica, mulher do também apresentador Luciano Huck. O casal é amigo da cantora. Mas ela não havia saído até as 19h, quando cerca de 50 fãs se aglomeravam na frente ao hotel.

Veja fotos da chegada de Madonna

Dois andares do Fasano foram fechados para receber Madonna e sua equipe. Como o grupo tem 272 integrantes, alguns estão hospedados no Copacabana Palace, também na zona sul. A cantora é acompanhada pelo namorado, o dançarino Brahim Zaibat, e pelos filhos Lourdes Maria, de 15 anos, Rocco, de 11, Mercy, de 7, e David, de 6 anos.

Além do show no Parque dos Atletas, na zona oeste do Rio, Madonna vai se apresentar em São Paulo, nas próximas terça e quarta-feira (04 e 05), e em Porto Alegre, no dia 9. O show de abertura no Rio e em São Paulo seria feito pelo cantor Will.I.Am, do Black Eyed Peas, mas ele recusou o convite alegando incompatibilidade de agenda.

A dupla Felguk, formada pelos DJs Gustavo Rozenthal, de 30 anos, e Felipe Lozinsky, de 26, vai abrir o show no Rio. Eles são autores do remix de “Celebration”, um dos hits da cantora, em 2009. O DJ Gui Borato fará a abertura dos shows em São Paulo. Não houve alteração em Porto Alegre, onde caberá ao DJ Fabrício Peçanha abrir o espetáculo.

Abertura do show do Rio de Janeiro

O duo nacional Felguk foi convidado para abrir o show de Madonna no Rio de Janeiro, no domingo, 2/12, e não foi nada por acaso. Os DJs e produtores Felipe e Gustavo já remixaram um dos hits da rainha do pop, em 2009. Antes de lançar a música ‘Celebration’, a própria Madonna ligou para o Felguk e pediu uma versão para a faixa.

A dupla, que está em um dos episódios do Vida de DJ é sinônimo de sucesso. Felipe e Gustavo são os únicos DJs brasileiros na lista dos 100 melhores da DJ MAG – publicação mais respeitada do gênero – em 2012. A dupla foi convidada por Madonna depois do cancelamento do Will.I.Am. “É uma deliciosa responsabilidade. Provavelmente tocaremos para o público mais numeroso da nossa carreira até hoje, em casa (Rio) e à convite da própria Madonna. Não tem como não ser incrível. Sabemos que grande parte do público não nos conhece e estará lá pela Madonna. Devemos seguir a nossa linha com outras referências musicais que a galera já conhece, sejam clássicos ou músicas que estão ‘bombando’ atualmente. ” Sobre Madonna, a dupla acrescentou que ela é uma artista muito ligada em música eletrônica e participa diretamente da escolha dos produtores e DJs para remixar seus singles.

Esquema de trânsito especial para o show de Madonna no RJ

Para atender o público que irá ao evento e minimizar os impactos no trânsito, será implantado esquema especial de tráfego na região.

A operação de trânsito contará com a participação de 250 agentes da Prefeitura, entre guardas municipais e controladores da CET-Rio, com 35 viaturas e 50 motocicletas, que trabalharão para manter a fluidez, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos, orientar pedestres e efetuar os bloqueios necessários.

Serão utilizados 25 painéis de mensagens variáveis que informarão sobre os as alterações no trânsito, as rotas alternativas, as restrições de estacionamento, além das condições do tráfego. Esses painéis passarão a divulgar mensagens de orientação  com antecedência, para informar  previamente os motoristas e moradores.

O Centro de Operações Rio – COR fará o monitoramento de toda a região impactada pelo evento, permitindo que técnicos da CET-Rio implantem ajustes na programação dos semáforos em função das condições do trânsito em cada momento.

Não serão criadas áreas de estacionamento para o evento, o que, aliado às interdições previstas, não se recomenda a utilização do automóvel particular.

A SEOP (Secretaria de Ordem Pública) atuará com 10 reboques baseados em pontos estratégicos e circulando na área de abrangência do evento com a finalidade de reprimir o estacionamento irregular e garantir a fluidez do tráfego. Os veículos estacionados irregularmente serão removidos para os depósitos públicos municipais. O efetivo contará com 472 agentes da SEOP e guardas municipais, sete comboios, 19 viaturas, duas tendas de gerenciamento e 17 barreiras de controle urbano.

Além disso, seis reboques (leves e pesados) da CET-Rio serão posicionados na região para desobstrução das vias em caso de enguiço de algum veículo.

Saiba mais sobre o show

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Madonna se machuca durante “Gang Bang” em Medellin, Colômbia

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Os colombianos tiveram ontem a oportunidade de ver pela primeira vez Madonna em seu país, com show realizado na cidade de Medellin. Com um público em 47 mil pessoas que lotaram o estádio local (os ingressos esgotaram-se poucos dias após o início das vendas), a imprensa derrete-se pelo espetáculo apresentado na MDNA Tour.

Mario Saldarriaga, professor de antropologia da Universidade San Martin, disse que “em Medellín, assistimos a uma cena que não será repetida no país, como a exibição teatral, dança acrobática e de ter Madonna que é inigualável no mundo. Não importa quantas cantoras aparecem todos os dias, Madonna jamais será superada, é questão de lógica.”

“O show foi sem precedentes”, publicou o El Tiempo. “Um espetáculo inesquecível”, diz o El Colombiano.
“Madonna superou todas as expectativas”, disse o jornal El Mundo.

Um imprevisto aconteceu durante a performance de Gang Bang: Madonna se machucou de verdade com os socos “de mentirinha” e cortou próximo ao olho esquerdo, que ficou sangrando durante o primeiro bloco, mas a rainha do pop continuou a performance até o fim do show apesar do corte.

Assista duas reportagens sobre a passagem de Madonna pelo país.

Dilma e Madonna se encontrarão em Brasília

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O colunista que cobre celebridades no programa de Ana Maria Braga, Bruno Astuto, contou hoje a apresentadora que Madonna e a Presidenta Dilma irão mesmo se encontrar em Brasília, aproveitando assim a passagem da rainha do pop pelo Brasil para 4 shows na próxima semana. O assunto? Projetos sociais, é claro.

“Ela quer ver a Dilma e a presidente ofereceu duas datas para receber Madonna. Agora ela vai ter que escolher.  Estou contando em primeira mão aqui no programa”, revelou Bruno Astuto. Em relação ao show, ele opinou: “A turnê é boa, é divertida, não sei se é a melhor dela, mas é boa”.

Será que Dilma perderá a oportunidade de babar ovo novamente em Madonna como fez no carnaval em 2010?

Download: Entrevista de Madonna no Caldeirão do Huck

madonna entrevista caldeiraodohuck brasil2012 “Estou emocionado”. Foi assim que Luciano Huck anunciou sua entrevista (que foi ao ar no Caldeirão neste sábado (24)), com Madonna, que aconteceu em Nova York após um show da cantora, nesta semana. À vontade, a estrela pop, que raramente dá entrevistas, recebeu o apresentador no banheiro do hotel e ao agradecer a oportunidade de recebê-lo, Madonna disse: “você é meu amigo, Luciano e eu amo o Brasil”, deixando-o envaidecido. A cantora também contou que adorou conhecer as favelas do Rio de Janeiro e São Paulo. “Diferente de tudo que já vi”, ressaltou.

A última vez que os dois se encontraram foi há quatro anos, quando a cantora se apresentou no País com sua turnê Sticky & Sweet. Simpática, Madonna falou sobre a expectativa de seus shows no Brasil. Disse que espera que não chova e, questionada se os fãs brasileiros poderão ter alguma surpresa em sua apresentação, – em Nova York ela dançou Gangnam Style com o cantor coreano Psy – a cantora respondeu: “eu sou a surpresa”.

Luciano Huck perguntou à estrela do que ela mais gosta no Brasil e ela respondeu que admira as favelas: “adorei conhecer as favelas do Rio de Janeiro e São Paulo, diferente de tudo que já vi. Nas favelas geralmente acontecem muitas loucuras, mas ao mesmo tempo existe beleza, um calor que não se encontra em lugar nenhum”, ressaltou a cantora, que espera futuramente fazer um documentário sobre as comunidades brasileiras.

A entrevista foi interrompida por Rocco, de 11 anos, filho mais novo da cantora, que foi avisar a mãe que iria dormir. Madonna disse que o menino a acompanha em todos os shows e que sente-se muito feliz em trabalhar com ele. “Meus filhos estão comigo em todos os lugares (ela também é mãe de Lourdes Maria, de 16). Uma das exigências que imponho a eles é que estejam sempre limpinhos”, afirmou Madonna, sendo interrompida novamente por seu chefe de cozinha pessoal, que lhe trouxe uma sopa. “Espero que você não se importe, mas estou morrendo de fome”, disse para Luciano Huck.

Apesar das tecnologias, Madonna prefere aquecer a voz ouvindo as orientações de sua preparadora em um toca fita cassete. O apresentador achou bacana a ideia e contou que um de seus filhos lhe pediu um toca discos de vinil. Ainda sobre o Brasil, ela contou que adora o Rio de Janeiro, caipirinha e samba. Questionada pelo apresentador o porquê não passaria férias no País, a estrela reclamou dos paparazzi: “mas acredito que se morasse lá, eles enjoariam de mim facilmente”.

No final da entrevista, Luciano agradeceu a oportunidade e aproveitou para elogiar Madonna como mulher forte, que luta por ideais, a comparando com Dilma Rousself. A cantora aproveitou e convidou a presidente do Brasil para assistir seu show. “Vai Dilma, seria inspirador para as mulheres que você fosse”. Madonna desembarca no Brasil semana que vem para três shows: Rio de Janeiro (01 de dezembro), São Paulo (04) e Porto Alegre (09).

DOWNLOAD ENTREVISTA COMPLETA (NÃO É A EDITADA DO CALDEIRÃO DO HUCK (90MB – MP4)

Crítica IstoÉ: A igreja digital de Madonna

Munida de sensualidade e provocação e apoiada na melhor tecnologia, a popstar traz ao Brasil a turnê “MNDA”, seu mais ambicioso espetáculo em 30 anos que alimenta o culto à sua própria personalidade

Ao som de sinos, uma imponente catedral é vista nos telões de altíssima definição. Na porta da igreja, uma cruz exibe a sigla MNDA onde comumente se leria INRI, a inscrição em latim que marcou a crucificação de Jesus Cristo. Dessa forma, ao mesmo tempo solene, blasfema e impactante, inicia-se o novo show de Madonna, que chega ao Brasil para quatro apresentações a partir do domingo 2. Sempre fascinada pela iconografia religiosa, a popstar de 54 anos faz do espetáculo o templo de seu próprio culto, marcando três décadas de uma carreira que sempre aponta para o alto – como as formas góticas reveladas pelas imagens. Sua maior turnê em extensão – até se encerrar, no dia 22 de dezembro, terá percorrido 28 países –, MDNA Tour é também a mais ambiciosa em recursos técnicos e visuais. No auge da cultura digital, os shows de rock se transformaram em verdadeiros circos tecnológicos. No caso de Madonna, a performance vai mais longe, já que transporta para o palco todas as possibilidades de um grande musical da Broadway. Ou seja: Madonna está mais uma vez mudando a paisagem do show biz.

“O que conseguimos aqui é o começo de algo novo, grande, que ainda não sabemos aonde vai chegar”, diz o consagrado diretor de vídeos Stefaan “Smasher” Desmedt, conhecido pelos concertos do U2.

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Para alcançar esse trunfo, a popstar se cerca dos melhores profissionais do mercado. Ao surpreender os fãs mais uma vez com um visual de tirar o fôlego, a cantora contou com a criatividade de outros pesos-pesados. Seu palco mirabolante, cujos componentes se movem segundo um sofisticado sistema hidráulico e de automação, foi criado pelo maior set designer atual, o arquiteto inglês Mark Fisher. A “ilustração” das canções ficou a cargo da empresa canadense de arte digital Moment Factory, colaboradora habitual do Cirque du Soleil. Não bastasse essa parceria high tech, a direção geral do espetáculo está a cargo de Michel Laprise, do mesmo Cirque. Autor da parte gráfica, tendo participado da criação do vídeo para a música “Justify My Love” (momento em que Madonna dança com o seu atual namorado, o bailarino Brahim Zaibat, de 24 anos), o diretor de arte brasileiro Giovanni Bianco comenta o resultado: “‘MDNA’ é o show de Madonna que tem a melhor tecnologia de vídeo, com uma qualidade visual maravilhosa.”

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Trata-se de mais um feito da equipe que concebeu a espetacular apresentação da cantora no Super Bowl, em fevereiro, cuja transmissão ao vivo atingiu a marca de 114 milhões de espectadores. “Nossa equipe concebeu imagens para 12 músicas, incluindo o primeiro ato inteiro e as últimas canções do show”, disse à ISTOÉ Johanna Marsal, produtora da Moment Factory. “Não são projeções, são vídeos exibidos no próprio telão, sem a necessidade de projetores.” Outra novidade revolucionária é o palco móvel. Desenvolvido pela empresa belga Tait, o seu piso é composto por cubos que se elevam, servindo de elevadores ou escadas para a cantora e os 22 bailarinos nas elaboradas coreografias. “São 36 cubos móveis de LED, que estão sempre mudando de posição, possibilitando múltiplas configurações”, diz Johanna. Tudo isso funciona também como pequenos telões. Para a canção “I’m a Sinner”, um dos momentos mais empolgantes da apresentação, os artistas gráficos fizeram os três conjuntos de cubos ganhar a forma de trens que viajam pelo interior da Índia, mostrada ao fundo. Madonna canta sobre um dos vagões enquanto os bailarinos “surfam” no teto do comboio. O efeito é fabuloso.

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Além de se interessar pelo que existe de mais novo em termos de tecnologia, Madonna sabe que uma das formas de se manter atual é se alinhar às modas e tendências, sejam elas musicais, sejam comportamentais ou políticas. Se no lado musical ela deu uma guinada em direção à progressive house (créditos ao produtor italiano Benny Benassi, que deu o tom do CD “MNDA”, sigla que a artista criou para si), no plano das provocações (o seu verdadeiro elixir da juventude), a “Rainha do Pop” tem se voltado para o noticiário internacional. No decorrer da turnê, Madonna comprou briga na Rússia – ao apoiar o grupo Pussy Riot e defender o direito dos gays – e na França associou a deputada Marine Le Pen ao nazismo. No show de Nova York, fez um striptease durante a música “Like a Virgin” e pediu aos fãs que pagassem pela exibição – o dinheiro atirado ao palco foi direcionado às vítimas da tempestade Sandy. O gesto não amenizou as críticas por ela abrir o espetáculo como uma espécie de bond girl justiceira – os telões mostram jorros de sangue a cada tiro que dispara. Diante da violência atual no País, esse é o tipo de censura que não se poderá fazer à Madonna.

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IstoÉ

Review: Madonna incendeia Miami na gravação de seu próximo DVD

Elvis, por quase toda sua vida, foi Elvis – até se tornar, no vocabulário cínico dos historiadores amadores, o “Fat” Elvis (Elvis O Gordo em tradução livre), quase uma entidade separada e um símbolo de um talento em triste e pesado declínio.

Com base no desempenho de segunda à noite, no show na American Airlines Arena, não devemos temer que sua estrela de 54 anos, possa em breve fazer essa transição para algo diferente de Madonna, apenas Madonna.

Chamando todos os bebedores de cerveja!

Madonna

Em uma exibição impressionante de força e provocação sexy, a rainha do pop apresentou por mais de duas horas várias canções em uma performance que incluiu diversas mudanças de figurino e números de dança ousados em que a estrela contorcia-se de uma forma que desafia o corpo de alguém da metade de sua idade. Desfilando nas passarelas próximas à plateia, ou saindo de um buraco no meio do palco em um novo figurino, Madonna novamente exibe sua sexy e energética musculatura, algo que sempre foi sua marca registrada durante quase três décadas.

Pode ter havido alguma pressão adicional sobre Madonna para fazer o seu melhor show, que será repetido no AAA na noite de terça-feira. O show estava sendo filmado em 3-D para um próximo DVD, e toda energia extra que as equipes de filmagem procuravam parecia estar em falta quando a cantora finalmente subiu ao palco logo após 23h20. Isso depois de quase duas horas após  Paul Oakenfold ter finalizado sua apresentação. Os espaços entre as músicas no sistema de som da arena eram preenchidos por vaias impacientes e muitos gritando “Bullshit! Bullshit! (Porcaria! Porcaria! Em tradução literal) “Você só consegue ver homens gays em jeans skinny dançando despreocupados o” Sexy Back” por pouco tempo.

Madonna chegou com o palco cheio de uma névoa mística, homens vestidos de monges e o estrondo profundo de cantos gregorianos. Mas a cantora rapidamente explodiu esta cena solene com os agitados passos de dança de “Girl Gone Wild”, do seu novo álbum MDNA. Vestida com altivos saltos, top de couro preto e calças justas no melhor estilo hard-rock , com seis dançarinos de peito nu arrastando-a através de uma série de poses sexys, uma Madonna  fashion, poderosa, mas vulnerável como um brinquedo sexual foi a atração principal da noite.

A cantora apoiou-se em MDNA em cerca de um terço do set list, com muitos de seus maiores sucessos recebendo tratamentos de medleys rápidos ou com novas e modernas roupagens. Ela teve a ajuda de Kalakan, um trio de músicos bascos do norte da Espanha, principalmente na nova versão  de “Open Your Heart”, que recebeu um tratamento cigano meio hoedown (um tipo de dança country). Foi uma das muitas canções em que seu extraordinário grupo de bailarinos apresentou excelentes coreografias.

Outro destaque incluiu uma versão pungente e refeita de “Like a Virgin”, com Madonna vestida de lingerie, espartilho e uma versão do famoso sutiã cônico de Gaultier. Em cima de um piano e de forma poética, triste e melancólica, Madonna pôs a nu toda a emoção de ser “tocada pela primeira vez.” Muitos gritos e assobios sexys se seguiram.

Uma versão elegante de “Vogue” teve uma resposta entusiástica, bem como a sofrida “Love Spent”, na qual o strip-tease de Madonna fez os fãs atirarem várias cédulas de dólar no palco. Houve também a animada “Express Yourself”, com suas sexys majoretes e bateristas pendurados acima do palco (e, sim, Madonna sabe manejar bem um bastão).

Por volta das 01h15, quando a resistência dos fãs parecia estar esgotada, Madonna seguiu com uma versão “Kalakanesca”de “I’m a Sinner” e com um coral gospel em “Like a Prayer”, formado por dezenas de cantores dançando atrás dela como ela houvesse ressurgido dos mortos. Foi o momento jogo de luzes, pessoas cantando, dançando e batendo palmas juntas. The power of “Prayer.” O poder da “Oração”.

Fonte: SouthFlorida

Crítica: Madonna exibe seus “bens” na Arena Philips, em Atlanta

Ouviu-se no banheiro feminino no final do show de Madonna: “Ela era boa. Agora, ela está tão…estranha”.

Madonna

Uma das figuras mais extremistas da história da música popular sendo classificada como incomum não é novidade. Madonna se tornou Madonna não por causa de sua habilidade vocal limitada ou coreografias criativas – ela o fez baseada numa habilidade provocativa sem igual, uma mente sagaz para negócios e ótimas colaborações de composições que ajudaram-na a criar dezenas de músicas pop atemporais.

Agora, ela tem 54 anos, intensamente consciente de que não conseguirá apresentar um show de duas horas equivalente a um espetáculo da Broadway noite após noite por quase 6 meses, ou que ficar apenas de sutiã preto e calcinha, como fez no show na Arena Philips, não lhe dará assobios e gritos por seus firmes “bens” pra sempre.

Tais óbvias realizações explicam a grandiosidade explícita deste show, uma produção tremenda que, às vezes, apresentou bateristas suspensos sobre o palco, cubos iluminados e impressionantes, 15 dançarinos em vários figurinos chamativos, exibindo peitorais musculosos (os homens, claro) e um alegre show de moda durante Vogue. A líder Madonna quase não teve tempo de beber água e, enquanto não pode ser criticada por muitas coisas – como o Auto-Tune desenfreado e a cantoria questionável durante coreografias pesadas – ela vai à exaustão no palco, pelo benefício de um show de primeira.

A extravagância foi dividida em quatro seções/temas, que inicialmente continham um monte de violência besta. Revolver e Gang Bang apresentaram-na ostentando uma arma, ondas de sangue inundando a enorme tela, de quase 1km de altura, sempre que ela matava um bandido no estilo “vilão de James Bond”.

Na verdade, muito da primeira parte do show pareceu uma produção do Cirque du Soleil. Você está lá, confuso, mas não quer desviar o olhar com medo de perder aquele segundo precioso. Daí, novamente, a julgar pelo número de pessoas que passaram a maior parte do show mandando mensagens de texto e vendo fotos nos telefones, talvez Madonna tenha saído muito de seu curso, sem, ao menos, suavizar nossas tendências tecnológicas.

Mas se há uma queixa legítima sobre esta turnê, não é que ela tocou músicas do MDNA, seu último álbum. O que você esperava? O problema é que apenas algumas dessas canções são boas o bastante pra garantir o foco.

A acústica e linda Masterpiece, apresentada com o trio basco Kalakan, foi um ponto alto do show, que começou às 22h30, fato frequentemente mencionado desde que a turnê começou. Além dela, a irritável I Don’t Give A…, que apresentou Nicki Minaj no vídeo, deve ter sido um sucesso em outra era musical. Mas muitas outras – I’m Addicted, Girl Gone Wild – são esforços esquecíveis, enquanto Gang Bang é, meramente, um refrão chato sobre uma batida latejante e guitarras frenéticas.

Claro que haverá fãs do show, esgotado, que irão reclamar que Madonna não cantou sucessos suficientes, e eles teriam razão. Mas, na última década, nenhuma turnê de Madonna incluiu mais do que alguns dos hits dos anos 80, e a maioria destas canções foram tão recriadas, que ficaram irreconhecíveis.

Pelo menos no sábado, os fãs receberam uma Papa Don’t Preach mais fiel, uma Vogue excitante e uma versão tradicional de Open Your Heart, novamente com Kalakan. A única falha verdadeira foi transformar Like A Virgin numa supostamente ardente canção, que Madonna apresentou com o sutiã supracitado e calças, primeiramente elevadas na linha do estômago, no fim da passarela, e depois sobre um piano, no estilo do filme Os Fabulosos Irmãos Baker. Claro que seria ridículo se ela cantasse a versão original, mas transformá-la em lixo não foi a melhor escolha.

Àqueles ansiosos pela Madonna vintage, ela fez uma aparição mais cedo no show, quando, vestida com o figurino de baterista de banda e mostrando um pouco da coreografia com os pompons – algo que você não verá em qualquer jogo de futebol colegial – ela apresentou Express Yourself. No meio da canção, Madonna chegou ao refrão de Born This Way, de Lady Gaga, provando que ela rouba a mesma linha melódica, daí enfiou a faca no melhor estilo Madonna adicionando o refrão de sua própria She’s Not Me.

Entendido! A questão é a seguinte: mesmo quando Madonna está criando e apresentando um show que é mais pro seu próprio interesse do que para agradar fãs que ainda usam luvas de renda e rendem-se aos seus shows…é uma evolução necessária!

Podemos nem sempre concordar com as direções dela, mas, como Minaj lembra no fim de I Don’t Give A…: “Só há uma rainha, e é Madonna”. Access Atlanta