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RUMOR: “Superstar” como 4º single do álbum MDNA, de Madonna

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E o próximo single do álbum MDNA será “Superstar”, será? SEM CONFIRMAÇÃO OFICIAL AINDA.

Segundo a Reuters, o MIS (Museu da Imagem e do Som) vai sediar uma série de oficinas de grafite em outubro, como parte do projeto Keep Walking, Brazil. O grafiteiro Binho Ribeiro será o responsável por ministrar esses “encontros”, que têm o objetivo de criar uma capa para o CD do projeto – que terá remixes da músicaSuperstar, da cantora Madonna.

Trinta participantes serão selecionados e irão produzir uma capa para o disco. A própria Madonna irá escolher apenas uma. O CD será lançado durante a turnê da cantora pelo Brasil, em dezembro.

Os interessados em participar das oficinas podem se inscrever até quarta-feira (19), no site do museu (www.mis-sp.org.br). Os workshops terão início no dia 30 de setembro.

Christopher Ciccone e Madonna: sem mágoas!

Christopher Ciccone irritou sua irmã Madonna, em 2008, quando ele lançou seu livro de memórias A Vida com Minha Irmã Madonna, mas ele revelou agora que eles estão próximos novamente.

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Falando em um canal de TV do Reino Unido, na manhã da última quinta-feira (13), sobre sua nova coleção de sapatos, o irmão de Madonna admitiu que ele aprendeu com seu erro.

“Nós chegamos a um ponto em que, pelo que sei, estamos de volta em nossa relação de irmão e irmã, isso é confortável para mim”, revelou.

“O que acontece entre nós é privado e agora não há outros livros para sair”, acrescentou.

Christopher disse que levou tempo para Madonna superar o desfecho do livro, mas, finalmente, ele acredita que a experiência tem sido boa para ele e para ela.

“Demorou um pouco para chegar lá, eu entendo, mas ela é minha irmã e, partindo deste ponto, somos como irmão e irmã. É ótimo voltar a ligar e não foi só pra ela. Depois do livro, eu realmente tive a chance de me reconectar com a minha família também”, disse.

Não deu pra escapar: julgamento de Madonna na Rússia é marcado

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Madonna será julgada na Rússia no dia 11 de outubro. Ela é acusada de violar as leis do país ao fazer propaganda do homossexualismo durante um show da tour MDNA que ela realizou em São Petersburgo, em 9 de agosto. A por star também se apresentou em Moscou durante a permanência no país.

Madonna está sendo processada por um grupo de moradores daquela cidade que exige uma indenização de 333 milhões de rublos, aproximadamente US$ 11 milhões, a título de danos morais. Os advogados dos autores da ação indenizatória pediram ao tribunal para também incluir como réus os organizadores do concerto de Madonna por entender que eles estavam cientes de que a cantora iria agir contra a legislação russa.

#hipocrisiadefine

Monte Pittman: “American Life é meu álbum favorito”

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Nós sabemos que Madonna tem bom gosto, mas agora nós também podemos confirmar que sua equipe tem um excelente gosto já que Monte Pittman acabou de declarar que seu álbum favorito é “American Life,”, de 2003.

O guitarrista de Madonna, Monte Pittmann foi entrevistado por Anne-Marie Withenshaw no programa The Beat 92.5 de Montreal no Canadá, em que falou de seu novo álbum solo ”Pain, Love & Destiny’, a MDNA tour e até mesmo um papo metal.

Anne-Marie Withenshaw:  A MDNA Tour acabou de começar sua passagem pela América do Norte algumas noites atrás. Me conte como tem sido isso.

Monte Pittman: O primeiro show foi na Philadelphia para a turnê pela America do Norte. Estava lotado.  Havia pessoas até atrás de nós. Você está lá no palco e olha para trás e vê que havia pessoas em pé atrás de você dançando.  Foi um público maravilhoso, uma excelente forma de começar. Eu queria esperar o máximo que pudesse para ver como seria aquele visual todo, portanto estou pensando na turnê somente musicalmente falando. Todos esses slides e projeções do começo ao fim. É um pouco bizarro o tanto de sotaques diferentes que você atinge numa turnê, ou coisas do gênero, e todos interagem com o que acontece no palco.

Anne-Marie Withenshaw:  Depois de tantas turnês com Madonna, como você descreveria sua relação musical com ela?

Monte Pittman: Cada turnê é única. Todas elas foram ótimas. É difícil compará-las.  Muito da minha função, do que tenho que fazer, acontece no começo de tudo, ajudando, definindo o que pode funcionar ao vivo ou talvez uma música para ela tocar no violão, já que estou lecionando ela a tocar por doze anos.  Esta é a minha colaboração principal. Ás vezes a gente pensa numa música para o violão, como uma versão de alguma canção. Na “Drowned World Tour”, eu sugeri uma versão acústica para What it feels like for a girl. A “Re-Invention” teve algo que fizemos com Burning Up.  Na “Sticky and Sweet” veio Borderline. Cada vez é mais ou menos este meu envolvimento. Estou lá para qualquer coisa que precisarem. Uma das coisas interessantes sobre Madonna é que ela não é do tipo “esta é a sua parte, toque isso”. Nós tocamos juntos e ela utiliza o talento único de todo mundo. Isto meio que cria a coisa toda.

Anne-Marie Withenshaw: No começo do ano, eu falei com Sofia Boutella e ela disse exatamente a mesma coisa. Ela disse que ela sempre faz um imensa banda, uma imensa família. “Nós meio que nos alimentamos dessa energia um do outro.”

Monte Pittman:  Eu acho que este é um dos segredos do sucesso dela. Todo mundo influencia todo mundo e você sempre toma proveito disto.

 Anne-Marie Withenshaw:  Eu amo a história sobre como você foi trabalhar, há quase doze anos atrás, com Madonna. Você estava trabalhando em uma loja de instrumentos em Los Angeles e Guy Ritchie entrou lá para comprar uma guitarra para ela. Adiante, algumas semanas depois você se tornou o professor dela.

Monte Pittman: A história sempre acaba um pouco distorcida, mas é mais ou menos isso mesmo. Eu toquei em meu primeiro show quando eu tinha catorze anos no Texas. Me mudei para Los Angeles na esperança de que minha banda viesse comigo ou de começar uma nova banda ou de fazer algo como músico profissional. Comecei trabalhando nessa loja de guitarras em Hollywood e assim pude conhecer alguns músicos e fazer alguma coisa. Eu tenho que trabalhar com alguma coisa que envolva música.  Mas foi então que eu descobri que não era muito bom nesse negócio de vender. O fato é que, para fazer dinheiro… as melhores guitarras não são as que necessariamente te fazem ganhar mais dinheiro. Eu me demiti da loja e comecei a dar aulas porque muitas pessoas vinham e perguntavam sobre professors de música. Um dos meus primeiros alunos… ele era, ele era assistente de Guy na época e disse assim: ” Preciso de aulas para o meu patrão.” Então eu dirigi até a casa e Madonna estava no jardim da frente brincando com Rocco. Eu estava pensando algo como: “ Onde é que estou me metendo?” E me vejo dizendo: “ Oi, estou aqui para falar com Guy.” Daí então eu comecei  dar aulas para ele e depois para ela. Um mês depois que as aulas começaram, ela me convidou para tocar com ela no The David Letterman Show. Daí pra frente eu continuei lencionando para ela e aí então ela saiu em turnê (Drowned World Tour). Ela disse: “Eu vou precisar de um guitarrista, você quer tocar guitarra para mim?” E estamos juntos desde então.

Anne-Marie Withenshaw: E enquanto ela estiver em turnê, você ficará ao lado dela?  

Monte Pittman:  Se ela me quiser lá, estarei lá. Algumas das músicas do novo album são algumas das minhas músicas favoritas, as melhores que ela já fez em muito tempo: Falling Free, Some Girls, I´m Addicted.

Eu acho que tem muita música boa ali. Um excelente album como um todo. Ele é meio dark e eu gosto disso.  “American Life” é meu album favorite dela. Ele foi meio rejeitado, mas ele também é um pouco dark e eu gosto deste tipo de coisa.

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Anne-Marie Withenshaw: Você alguma vez se sente como “Ah, eu estava numa super banda de heavy rock e agora toco com Madonna faz doze anos. Isso é doideira.”

Monte Pittman: As pessoas às vezes não entendem que eu faço coisas acústicas, faço rock, todo esse lance de Madonna ou do Prong e elas ficam meio que sem explicação para isso, mas para mim, é somente música. Meu primeiro album é só voz e violão. Meu segundo album, que saiu agora é rock. A ideia é que no meu show, eu tenho um pouco para todo mundo.

Anne-Marie Withenshaw: Que tipo de aluna era Madonna? Como foi dar aulas para ela? Como que ela evoluiu como guitarrista?

Monte Pittman:  Como qualquer pessoa, quanto mais você toca e por mais tempo, melhor você fica. Quando eu comecei a dar aulas para ela, posso te dizer que ela superou minhas expectativas. Assim como ela é em sua carreira, ela repassa todo e qualquer detalhe.

Eu tenho muito orgulho dela, vendo-a tocar em suas tours. Toda vez que vejo sinto orgulho.

Ela está melhorando cada vez mais. Infelizmente para mim pois é menos trabalho individual que tenho que ter com ela. Nesta turnê, quando ela está tocando, nós repassamos cada música de maneira diferente. Você está tocando em arenas e em estádios, o que será que vai funcionar? AC/DC e Kiss, eles não tocam um monte de coisas. São somente cordas que eles tocam e explodem, porque estão tocando para milhares de pessoas. Você tem uma distância imensa de onde o som é criado até o fundo da arena.

Anne-Marie Withenshaw: Seus dois ou três momentos favoritos do show, o que podemos esperar?

Monte Pittman:  Cada um de seus shows parece ter quarto sessões. Você tem que assistir a tudo como um todo. Como um show.  Um show de Madonna não é um concerto que se vê todos os dias. É como se você assistisse a um filme sendo completado, é como estar em um teatro e é como estar mesmo em um concerto.

Anne-Marie Withenshaw:  Eu gostaria de perguntá-lo sobre Pussy Riot. Madonna se pronunciou e foi muito corajosa e impressionante. Vocês tiveram algum feedback delas?

Monte Pittman: Ajudou chamar mais atenção para o caso. Para o que aquelas garotas fizeram, a punição foi totalmente atroz. Espero que mais pessoas reconheçam isso. Uma coisa que você ouviu Madonna dizer em seus shows pela Europa, é algo que temos visto, a intolerância das pessoas parece que vêm crescendo e não dá sinais de ir embora. As coisas ruins começam com intolerância. Se você seguir a História, você pode ou aprender com ela, ou repeti-la.

Obrigado a Gustavo Espeschit pela colaboração.

Madonna continua não apenas no topo do seu jogo, mas faz com que todos os outros artistas tentem elevar o nível do deles

Madonna comanda novamente seu próprio teatro com um criativo show no Boardwalk Hall, em Atlantic City

REVIEW:  Ter grandes artistas chegando a Atlantic City é certamente comum. Bruce Springsteen, Paul McCartney, Lady Gaga, The Who, The Rolling Stones, Van Halen, Aerosmith, Kiss, Phish, a Dave Matthews Band e Metallica – só pra citar alguns nomes – todos emocionam seus fãs com shows top de linha que apresentam por aqui.

Mas há algo especial – um aumento de excitação, energia e agitação geral – quando Madonna chega à cidade.

Isso sempre com muito respeito. Ela é a artista feminina que mais vendeu discos na história da música e a artista solo mais bem sucedida e constantemente se reinventa para permanecer relevante  na mutável e sempre desafiadora indústria da música pop.

Sempre vem a curiosidade. O que Madonna irá fazer desta vez?

Mas, principalmente, porque Madonna nunca  decepciona com seus shows teatrais. E sábado a “MDNA Tour”, nome do seu mais recente show – revelou que ela, aos 54 anos, continua a ser a maior artista pop do mundo. E, francamente, ninguém está nem perto (de fazer o que ela faz).

A detentora do prêmio dado pelo “Rock and Roll Hall of Fame’ usa toda sua criatividade para criar um exuberante espetáculo com um sangrento tiroteio e abdução por dançarinos mascarados para ser ofereciada à um striptease (sic), tudo isso enquanto é cercada por excelentes dançarinos, uma incrível produção e até mesmo uma bateria de tambores todos suspenso no ar.

O Boardwalk Hall com todos os ingressos esgotados foi brindado com o que Madonna descreve como “uma jornada das trevas para a luz”, mas o mais visível é que Madonna é a última grande estrela, a PT Barnum (Phineas Taylor Barnum (5 de julho de 1810 – 7 de abril de 1891) foi um showman e empresário do ramo do entretenimento norte-americano, lembrado principalmente por promover as mais famosas fraudes (hoaxes) e por fundar o circo que viria a se tornar o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus.) do pop teatral que não tem medo de atravessar qualquer linha se isso significar entreter as massas.

Com inúmeras trocas de roupa, com um belíssimo e ajustado figurino em trajes que incluem uma pistoleira fodona e uma baliza e seu bastão, a energia de Madonna é nada menos que impressionante. Artistas de 20 e poucos anos não conseguem performar por duas horas como Madonna faz.

Mas não importa quão grande seja o carisma de Madonna, ninguém estaria lá se suas músicas não fossem ótimas. E aqueles que não gostaram do álbum “MDNA” podem ter ficado um pouco decepcionados com as seleções de cerca de 10 músicas do novo álbum que foram executadas, sampleadas ou em um algum interlúdio, compreendendo em torno de cerca de metade do material da noite.

Como os esforços mais recentes da Material Girl, “MDNA” tem uma forte base na música eletrônica bem casada com a sensibilidade pop de Madonna. Apesar de não ser o seu  melhor de trabalho, “MDNA” tem alguns destaques, particularmente o hipnotizante número de abertura com  “Girl Gone Wild” e “Turn Up the Radio.” Mas em “I Dont Give A”, onde a rainha do pop desnecessariamente toca uma guitarra e “I’m Addicted”, estas serão rapidamente esquecidas por uma boa razão: são canções nada memoráveis ​​que pouco funcionam melhor ao vivo do que no álbum.

É claro que qualquer super estrela que está na ativa há mais de 30 anos vai ter um catálogo de músicas tão grande que os fãs ficarão tristes com o que foi deixado de fora do setlist. E sobre a “MDNA Tour”, em particular, Madonna deixa bem claro que esta não é uma “turnê de greatest hits”.

As canções que ela não apresenta – incluindo “Music”, “Ray of Light”, “La Isla Bonita”, “Frozen”, “Material Girl”, “Lucky Star” e outras – são prova da incrível carreira que Madonna possui.

E mesmo que sábado à noite tenha parecido um pouco mais leve do que as turnês anteriores, ela apresentou vários dos seus antigos sucessos. Ela também, para agradar multidões, cantou hits como “Papa Dont Preach”, “Holiday”, “Vogue”,” Express Yourself”e “Like a Prayer”, mas alguns sucessos foram retrabalhados para dar aos fãs algo um pouco diferente.

Por exemplo, “Express Yourself” foi misturado com trechos de “Born This Way” da Lady Gaga – talvez para mostrar ao público o quão semelhantes elas são – junto com “She’s Not Me” do álbum  “Hard Candy”. “Like a Virgin” veio com o instrumental de “Evgeni’s Waltz “ de Abel Korzeniowski.

A reinvenção mais impressionante foi a de “Open Your Heart” que ela apresentou com o grupo basco Kalakan e que incluiu trechos de “Sagarra jo!”.A banda espanhola também fez outras contribuições durante todo o show, incluindo “Masterpiece” e “I’m a Sinner”, ambos de seu último disco “MDNA”.

Embora não seja a maior cantora de todas, Madonna tem personalidade em sua voz que definitivamente compensa eventuais deficiências. E ela continua a ser uma grande bailarina, com um grande senso de coreografia peculiar que funciona para ela e seus dançarinos.

A produção foi a melhor do que qualquer show da Broadway que você possa ver. Com um telão de vídeo nítido que se estendia por toda a extensão do palco, no alto e acima dos músicos, a experiência multimídia fez o show parecer mais como um filme ao vivo do que com um concerto.

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Os dançarinos por sí só já valeram à pena o preço do ingresso. Logo no início, eles já demosntraram movimentos notáveis ​​em saltos altos e depois saltaram e pularam cordas elásticas assustando a platéia quando contorciam seus corpos.

As únicas queixas sobre Madonna eram coisas não relacionadas ao seu show. Ela, como já é de praxe fazer, mandou a produção do Boardwalk Hall desligar o ar condicionado o que manteve a temperatura do local bem quente – perto dos 30 graus – o que é muito chato quando ela fez a multidão esperar e começou o show às 22h30, mais de uma hora após o DJ Paul Oakenfold deixar o palco.

A MDNA Tour está prestes a se tornar a turnê mais lucrativa de todos os tempos. E com razão. Madonna continua não apenas no topo do seu jogo, mas faz com que todos os outros artistas tentem elevar o nível do deles. Este é um de seus shows mais criativos e artísticos e que dificilmente ela conseguirá superá-lo. Mas, nunca duvide dela.

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(Press Of Atlantic City– Obrigado a Jorge Luizpela boa vontade, rapidez e disposição para traduzir.)

Madonna dedica “Masterpiece” para Lady Gaga no show de Atlantic City

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No show de Madonna do MDNA Tour na cidade de Atlantic City, em Nova Jérsei, no Air Canada Centre, na noite deste sábado, 15, Madonna dedicou a canção MASTERPIECE a Lady Gaga.

“Eu gostaria de dedicar essa música a Lady Gaga. E querem saber de uma coisa, eu amo ela, eu realmente amo ela. Eu sou uma super adoradora dela. É verdade. Imitação é a maior forma de elogio. E um dia, nós estaremos juntas no palco, esperem só. Acham que eu estou brincando. Não Lady Gaga.”-. Madonna.”

Madonna também cantou “Holiday”.

Assista ao vídeo

Crítica: “O show de Madonna foi um momento de honestidade frágil que permanecerá na memória de todos.”

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“Oh meu Deus”

Como escrito nestas linhas, a abertura de “Girl Gone Wild”, da nova tour de Madonna, MDNA, faixa do novo álbum MDNA, reverberou em torno dos arredores cavernosos do TD Garden, um grande crucifixo digital adornado o Jumbotron no palco e coberta de manto transpassa no palco em meio ao balanço de um enorme turíbulo de incenso. Muitos presentes provavelmente pensaram imaginaram várias coisas: blasfêmia, um segmento circense e um punhado de hits de catálogo de três décadas da carreira de Madonna.

É um direito tirar conclusões, mas muitos erraram. E eu poderia até mesmo identificar o momento em que todos percebemos como nós estávamos errados, foi mais fácil que roubar doce de criança: quando Madonna surgiu no palco para começar o show com “Girl Gone Wild”, seu mais recente single de seu último álbum, MDNA, tivemos o direito de ver uma enorme metralhadora apontada para o ar. Em “Revolver”, 2009, que vem logo após, ela sangrou sua transgressão com mais sangue e depois com mais uma faixa do MDNA,”Gang Bang” — bem, vamos apenas dizer que Madonna levou a multidão de 30 mil pessoas a um lugar escuro que poucos esperavam minutos antes da Rainha da música pop da década entrar no palco.

Antes de me aprofundar em detalhes desagradáveis, porém, vamos voltar e obter uma perspectiva sobre o que estamos falando aqui: isso é Madonna, que é, sim, uma artista de música pop, com mais hits #1 que Elvis Presley. Mas ela também é um artista que, para a manter sua invejável carreira, ou pelo menos para ter total controle de sua estética e produção, tem se esforçado para confrontar os símbolos não só de uma sociedade que não entende bem o que ela apresenta às vezes para o público, mas um público que tem tentado fechar os olhos aos seus impulsos, querendo nada além do que um simples pop pop pop, e simplicidade não combina com Madonna. A carreira de Madonna, especialmente nos últimos 10 anos, tem sido uma questão de ceder ao mundo o pop que as pessoas almejam, mas com um gosto adicional de choque e admiração, uma questão de apostar mais no choque enquanto ela se torna cada vez mais agressiva.

Porque, vamos encarar, Madonna é uma das mais famintas estrelas pop que conhecemos. Com toda razão, também, uma vez que ela é, provavelmente, a estrela pop mais odiada e amada, com cada movimento seu escancarado para o público que presta atenção em qualquer coisa que ela faça. Cada álbum seu alcança o topo dos charts, mas não sem um coro de algumas críticas que ainda temem em falar que ela é irrelevante, e depois há as suas tentativas contínuas de uma carreira no cinema, agora como diretora com o lançamento do filme W.E., de 2012, e talvez apenas a apatia geral do público que pensa que ela é uma cadela persistente em continuar a reinar suprema década após década, quando muitos provavelmente queria que ela parasse e se comportasse como artistas de sua idade, remodelando, demonstrando seus hits antigos em forma de nostalgia em compilações em reconhecimento de que ela é personificada por seu auge dos anos 80. Mas Madonna está longe disso.

Para o seu show cheio de metáforas em Toronto com direito a máscaras numa encenação de uma peça de teatro repleta de crueldades, Madonna cantou em uma série de cenários em que tudo girava em torno dela como armas de assaltantes empunhando destruindo tudo, com a exibição de estiros de sangue Jumbotron grostescos que não nos deixava nos distrair com tanta informação acontecendo. Aquilo me lembrou de uma produção que vi de Titus Andronicus, com um cenário completamente branco repleto de sangue e com a polpa de assassinato até o final. Realmente foi uma espécie de pesadelo, como ela nos manteve em cativeiro suas fantasias mais sombrias e violentas, algo como aconteceu quando ela jogou ao mundo o livro Sex, em 1992 e forçou o rosto do público a olhar para o submundo escuro de suas fantasias mais retorcidas.

E ficou ainda mais pesado: uma breve pausa em “Papa Não Preach” foi cruelmente interrompida quando Madge foi abordada por um grupo de meliantes facialmente obscurecidos e que estavam vestidos com o que podia ser descrito como o uniforme de um esfarrapado bando de assassinos em série ou membros de grupos terroristas, um saco preto foi colocado sobre sua cabeça e ela foi amarrada a um par de longas varas e levados para centro do palco, onde ela nos serenata neste estado cativo para os doces tons do mega hit “Hung Up”, de 2005. Foi irônico, eu suponho, mas também uma terrível justa posição terrível, “terrível” no verdadeiro sentido da palavra. Isso me fez lembrar da melodia aterrorizante do álbum metal do Public Image Ltd., “Poptones,”, de 1979, quando uma mulher concentrada na música é atacada e levada a um bosque isolado para ser assassinada.

Como “Poptones”, Madonna sabe que pegar uma música pop, se é “Hung Up” ou “Papa Don´t Preach” ou “Girl Gone Wild” e fazer performances de músicas felizes em algo surpreendente com choques de terror que não lembra em nada do que já se viu antes. A maneira que ela implora “Don’t stop loving me, daddy,”, soa muito mais triste”; “time goes by, so slowly” é mais verdadeiro tanto com um saco na cabeça e uma arma na sua cabeça. Nas mãos erradas, a música pode ser uma tortura, se mesmo através da associação. Como cineasta em um mundo pós-Tarantino, Madonna sabe disso, e essa aventura toda parecia muito mais cinematográfica em termos de re-enquadramento de sua estética pop do que qualquer um de seus tours anteriores.

Madonna afrouxou seu controle sobre nós quando estava em 1/3 do show após uma rápida passagem com a música “I Dont Give A”, outra do álbum MDNA, mostrou-nos que ela realmente não está nem aí, exceto que ela está sim muito ‘aí’ quando falamos de seu meticuloso controle sobre seu espetáculo. Após o choque da abertura do início do espetáculo da passagem do MDNA Tour em Boston esta semana, muito violento, tudo parecia mais vivo, se somente na sua exibição de próprio esforço. Quando “Open Your Heart” inundou as ondas das rádios com sua suave melodia em 1986, parecia um leve pettifour na obra de Madonna; mas esta noite, trechos como “Eu tive que trabalhar muito mais do que isso para algo que eu quero, não tente resistir a mim,” me senti tão sincero e tão ameaçador.

A parte central deste show, após o Grand Guignol (famoso teatro francês) do choque da abertura, foi o imponente meigo hit “Vogue”, seguido de uma íntima volta ao hit de 1984 “Like A Virgin”. Para o primeiro, Ciccone surgiu com o cabelo puxado para trás, calça reta preta e uma camisa branca customizada; para este número, ela não dança tanto quanto enquanto supervisiona seus dançarinos com precisão exigente, agilmente suportando e a agitação em torno do seu círculo social com comando garantido. Era um certo tipo de círculo completo para esta dançarina antiga que se afastou do ofício para tentar a sorte no mundo post-punk de Nova Iorque, que como dizia a sua famosa professora, a lendária Pearl Lang, “eu acho que eu vou ser uma estrela do rock.” Lang pode finalmente aprovar o equilíbrio de Madonna esta noite, ou talvez não — novamente, toda a carreira da Madonna tem girado em torno de evitar situações onde ela precisa desse tipo de aprovação ou aceitação. O que explica por que ela sempre teve uma preocupação lírica com sua coreografia no palco e também porque seus momentos de confronto parecem menos destinados a qualquer pessoa presente e mais a si e suas próprias expectativas.

“Like A Virgin”, então, era o momento de fragilidade, após do rolo compressor que certamente foi “Vogue”; sozinha e seminua na passarela com apenas um piano solitário como acompanhamento, Madonna cantou de uma forma devagar e sugestiva diferente do arranjo original e despojada quase nua até que gritou tranquilamente sua mensagem de um anseio por coisas que todos já decoraram com a letra da canção. “Your love thawed out what was getting cold,” ela entoou, rolando sexualmente no chão em uma combinação de agonia e êxtase e que foi uma performance mais pessoal possível, como se estivesse sozinha em sua cama e não numa arena. A natureza discreta dos flagrantes da música de alguma forma mostrou que esse show não era para as massas, mas para Madonna e ela sozinha, sua necessidade de exorcizar seus debates internos, e que o público é apenas um acessório essencial para que o show fosse inesquecível. Mesmo que, com o atraso e com isso deixamos o estádio 1h30 mais tarde, toda a arena eufórica com a performance de “Like A Prayer” e “Celebration”, resplandecente com um coro fazendo jus ao seu status de realeza, o show de Madonna foi um momento de honestidade frágil que permanecerá na memória de todos.

by Daniel Brockman (The Boston Phoenix)