Apesar de não contar nem com a presença de Madonna e nem com a do fotógrafo Stephen Klein, o evento exibirá, na íntegra, o resultado do projeto de vídeo e fotografia que o duo desenvolveu, desde o fim do ano passado.
Em seu Instagram, Madonna fez o convite formal: “O #secretprojectrevolution está indo para o Rio. Convido a todos que lutam pela liberdade para a Revolução do Amor”. Encontro marcado.
Devido a isso, Madonna gravou um vídeo exclusivo aos fãs convocando todos a estarem presentes amanhã no Complexo do Alemão. O vídeo foi transmitido hoje no jornal local RJTV. Confira:
Comparações entre Lady Gaga e Madonna têm se espalhado por anos, mas uma pessoa que não defende nenhum lado é o ícone Pop Cher. A cantora de 67 anos deu uma entrevista recente à Revista Attitude e falou sobre as duas estrelas.“Você não pode ser uma outra jovem. É por isso que Gaga é Gaga e Madonna é Madonna”, Cher afirmou. “Todas essas pessoas são elas mesmas. Você não pode ser ‘a jovem alguém’”.
Cher observou que a regra se aplica a ela mesma também, adicionando: “Não há uma jovem de mim. Se você conseguir, se chegar a um certo nível, você deve ser você mesmo…até que eu morra. Talvez quando isso acontecer, alguém diga ‘Oh, essa é a jovem Cher’”.
Meses antes, uma colaboração de Cher com Lady Gaga vazou na Internet. Intitulada The Greatest Thing, a faixa deveria estar no último álbum de Cher, Closer To The Truth, mas nunca foi aprovada por Gaga. “Eu amo a Cher”, Gaga disse sobre a colaboração. “Quando lançarmos um dueto, quero que seja especial. Quero que trabalhemos nele juntas”.
Tracklist:
4 Minutes (Peter Saves New York Edit)
American Life (Peter Rauhofer’s American Anthem Part 1 Edit)
American Life (Peter Rauhofer’s American Anthem Part 1)
American Life (Peter Rauhofer’s American Anthem Part 2)
Dance 2night (Peter Rauhofer Club Mix) (Part 1)
I’m Addicted (Peter Rauhofer Remix) (Live @ GMusic Fest 2012)
Impressive Instant (Peter Rauhofer Radio Edit)
Impressive Instant (Peter Rauhofer Universal Club Mix)
Impressive Instant (Peter Rauhofer X Club Mix)
Miles Away (Peter Rauhofer Part 2)
Mother & Father (Peter Rauhofer Re-Invention Edit)
Nobody Knows Me (Peter Rauhofer’s Private Life Mix Part 1)
Nothing Fails (Peter Rauhofer’s Classic House Mix)
Madonna compõe suas próprias músicas? Sim, e não. Ela não compõe a melodia, com certeza. E agora que a Srta. Ciccone foi indicada ao Hall Of Fame de compositores, achei que seria interessante resolver a questão de uma vez.
Ontem à noite, conversei com Patrick Leonard, o grande compositor de sucessos Pop e, às vezes, até um compositor-fantasma para astros do Rock que precisam de ajuda para colocar o trabalho no papel. Leonard é um músico treinado, que pode tocar qualquer coisa. No telefone, de Amsterdã, onde ele está trabalhando com Leonard Cohen, Patrick tocou Like A Prayer pra mim em seções diferentes. Ele compôs a melodia deste sucesso, assim como de muitos outros sucessos de Madonna durante os dias de ouro nas paradas.
Patrick Leonard compôs a melodia de, entre outras: Like A Prayer, Cherish, True Blue, Live To Tell, La Isla Bonita, Frozen, Hanky Panky, Sky Fits Heaven, Nothing Really Matters, I’ll Remember, e Something To Remember.
Ele foi um dos produtores de Open Your Heart. Madonna escreveu a letra, disse Leonard, com ele, e ajudou a criar as melodias. Ele a considera uma amiga e mentora. “Ela me colocou no mapa”, ele disse.
“Sou grato. Sou uma daquelas pessoas nos bastidores”, disse Leonard. “Se ela (Madonna) não tivesse cantado essas músicas, ninguém as teria ouvido. Ela tornou possível para mim fazer o que faço agora”.
O processo deles era simples. Ele compunha a melodia e levava a Madonna. Ela ajudava com a letra e oferecia mudanças para a melodia combinar com ela. “Ela a refinava”, disse ele. “Você dá a faixa a ela, ela canta a melodia. Ela é muito talentosa”. Da colaboração deles, ele disse, “Um não existia sem o outro. Ela sempre aparecia e se envolvia. Na verdade, sinto falta dela”.
Eles não compõem juntos desde 1997. Ele gostaria de fazer de novo? “De forma alguma”, disse Leonard. “Ela compõe muito com DJs agora”.
Leonard foi creditado em todas as músicas que compôs com Madonna, incluindo o maior número de sucessos nos quais ela está creditada como co-compositora. Nenhuma foi creditada apenas a Madonna. E várias delas foram compostas apenas por outros, incluindo Holiday, Like A Virgin, Material Girl e Borderline.
Leonard me contou que não ligaria se Madonna entrasse no Hall Of Fame de compositores sem ele. Ele não acredita em prêmios, nem ao menos pendura seus discos de ouro. “Eles estão em um armário, em algum lugar”, disse. Ele apenas acredita em evoluções. Nesta semana, ele irá a Nova York para trabalhar com Roger Waters.
Madonna e Jimmy Page e Robert Plant, do Led Zeppelin estão entre os compositores deste ano indicados ao Hall Of Fame, juntamente com o líder do Kinks, Ray Davis, John Mellencamp, Ann e Nancy Wilson do Heart And Nile Rodgers, segundo a agência de notícias Associated Press. Sade, Cyndi Lauper e Linda Perry também concorrem ao prêmio de 2014.
Outros indicados neste ano incluem Jim Weatherly e William “Mickey” Stevenson na categoria “compositor sem performance”, e Dan Penn e Spooner Oldham por “composição em dupla”. O compositor de “Always on My Mind” Mark James também está entre os indicados, com Don Robertson, Graham Gouldman e Tony Macaulay.
Os vencedores do ano passado incluem Steven Tyler e Joe Perry, do Aerosmith, assim como Mick Jones e Lou Gramm, do Foreigner.
Os eleitores têm até o dia 16 de dezembro para escolher dois indicados da lista de performers e três, da lista de non-performers. A escolha dos compositores do Hall Of Fame 2014 acontecerá em Nova York, no hotel Marriott Marquis, em 12 de junho.
Madonna conversou com os fãs no Twitter, esta terça-feira, comentando as colaborações artísticas de cada um para o seu projeto “Art For Freedom”. Num desses comentários, Madonna escreveu sobre o presidente da Rússia: “Talvez o Putin seja gay”.
Os fãs usaram a hashtag #artforfreedom para postar fotografias, vídeos e textos. Um deles, publicou uma foto de dois homens se beijando em frente à um grafitti com um beijo dos políticos comunistas Michael Gorbachev, russo e Erich Honecker, em 1988. A imagem está nos restos do muro de Berlim, e os homens usaram a foto como símbolo da luta contra a opressão aos homossexuais na Rússia, atualmente. Madonna comentou: “Talvez Putin seja gay, talvez seja esse o problema”.
Madonna é uma defensora dos direitos dos homossexuais na Rússia, enfrentando a “lei anti-gay”. A cantora chegou a ser informada pelas autoridades locais, que teria que pagar uma multa de 170 dólares, caso mencionasse a causa gay, no seu show da turnê MDNA, em agosto de 2012, quando passou pela Rússia. A cantora se recusou a acatar o pedido e houve uma tentativa de processo por danos morais, por parte das autoridades, por apoiar os homossexuais, pedindo 10 milhões de dólares de indenização. No final, a justiça russa acabou por levando o processo em frente.
Novo álbum?
Em resposta a um “tweet”, Madonna insinuou que o lançamento de seu novo álbum, o sucessor do “MDNA”, pode estar mais próximo do que muitos acreditam.
Ao responder uma mensagem com imagens do projeto “Art For Freedom”, Madonna afirmou:
“Gostei disso – essa pode ser a capa de meu novo álbum que estou prestes a lançar – quanto que você quer por isso?”.
i like this – this could be the cover of my new record i’m about to release – how much do you want for it? @Hollywood1984
Apesar da afirmação, nenhuma informação concreta sobre o lançamento do novo álbum de Madonna ainda foi dada por ela ou sua equipe.
Madonna falou com Anderson Cooper, da CNN, na quinta-feira, 03, sobre o novo projeto, Art For Freedom. Nele, ela convida os fãs a enviarem vídeos, músicas, poesias e fotografias originais para lutar contra a opressão, a intolerância e a complacência através da arte.
Através do Art For Freedom, ela explica: “Criamos esta plataforma para dar às pessoas ao redor do mundo uma oportunidade de responder à pergunta: ‘O que é liberdade para você?’”.
“Estou encorajando outras pessoas, sejam elas profissionais ou não, a usar a criatividade para se expressarem, para conversar, realmente começar a festa”, Madonna contou a Cooper.
Em setembro, ela revelou o que era apenas conhecido como #secretprojectrevolution em Los Angeles e Nova York. Os que compareceram assistiram a um “chamado à ação”, um filme que a cantora criou com o fotógrafo Steven Klein.
Cooper se encontrou com uma Madonna bem relaxada, que brincou que sofria de estresse pós-traumático depois de um treino pesado. Mas a artista estava claramente apaixonada pelo assunto e até pediu que o filho Rocco a esperasse enquanto a entrevista acontecia.
Cooper e Madonna tiveram uma extensa conversa, abordando desde a citação favorita do autor James Baldwin (“Não separo o espírito humano do artístico”) até o que aconteceu com o uniforme de escoteiro que ela vestiu para os prêmios GLAAD deste ano. (Cada um de seus filhos pediu uma parte da roupa, mas “eu fiquei com as botas de combate”, Madonna disse. “Vou precisar delas para a minha revolução.”).
Eis alguns destaques da entrevista:
Anderson Cooper: Ouvi dizer que você chama este projeto de “a coisa mais importante que já fez, além de criar seus filhos”.
Madonna:Sim. Obviamente, sinto muita responsabilidade em ser uma boa mãe e criar meus filhos. Sou muito séria quanto a isso. Quem eles são, o que se tornaram e o que contribuem ao mundo é muito importante pra mim. Tudo perfeito neste ponto, graças a Deus, mas o mesmo acontece com este filme. Dediquei não sei quantas horas, e gastei meu próprio dinheiro nisso. Steven Klein fez o mesmo.
Fizemos sem objetivos financeiros, e também não para promover nenhum produto em particular. A única razão de fazermos é porque queremos destacar assuntos que precisam ser destacados. Realmente vejo que o mundo em que vivemos está em colapso, e a civilização está se afundando.
Acredito que estamos em um nível muito baixo de consciência, e não sabemos como tratar uns aos outros como seres humanos. Estamos presos em nossas próprias vidas, nossas necessidades, na gratificação do nosso ego. Sinto muita responsabilidade em entregar esta mensagem.
Cooper: Parece haver otimismo no que você está fazendo.
Madonna: Claro! Faço porque acredito no bem da humanidade, mas, muitas vezes, um empurrão é necessário. Acho que você já percebeu, ao longo dos anos. Quando as pessoas realmente querem salvar os outros? Quando há uma catástrofe. Quando acontece o 11 de setembro, ou quando as enchentes acontecem em Nova Orleans, ou quando as bombas acontecem em Boston. O que acontece? As pessoas se unem. De repente, todos dizem, “o que posso fazer para ajudar? Como posso ser útil?”.
O que estou tentando dizer é, por que precisamos estar nos piores momentos para darmos o nosso melhor e sermos o melhor que podemos ser?
Cooper: Eu fui à estreia do Secret Project Revolution em Nova York e você incorporou algumas palavras de James Baldwin. Não estou citando diretamente, mas ele disse que apenas o artista pode verdadeiramente ver e descrever a condição humana.
Não acho que é algo que muitas pessoas realmente acham, mas é claramente algo em que você acredita muito – que a arte pode, de verdade, mudar a vida das pessoas.
Madonna: Acredito nisso. E acho que era uma mudança maior na vida das pessoas quando não havia censura. Quando o capitalismo não mandava. Agora, para as pessoas conseguirem as coisas, eles têm que se associar a alguma marca e, uma vez que isso acontece, infelizmente, a marca começa a te censurar. Daí, de repente, não é mais a sua pura visão.
Imagine se alguém como John Lennon ou Bob Marley, Sid Vicious, Picasso, quem quer que seja, estivesse trabalhando e alguma empresa, algum diretor, alguma marca lhe dissesse, “Bem, você pode fazer isso, mas precisa tirar esse aspecto do seu trabalho”. Não haveria mais a pureza. Não teríamos mais o dom. Não aprenderíamos com o que eles tiveram pra compartilhar conosco. Apoio a não-censura e a liberdade de expressão.
Madonna anunciou um programa de benefícios, em coordenação com Art For Freedom, a iniciativa digital global para alimentar a liberdade de expressão, para direcionar, responder e protestar contra as perseguições ao redor do mundo.
Madonna iniciou o Art For Freedom no dia 24 de setembro de 2013, ao postar o #Secretprojectrevolution, um vídeo de 17 minutos criado com Steven Klein. O filme – “um chamado à ação” (logo abaixo, legendado) – estreou originalmente no site Vice e continua pronto para download no Bit Torrent. Artistas são encorajados a disponibilizar seus trabalhos no site artforfreedom.com, em forma de vídeo, música, poesia ou fotografia, para expressar seus significados pessoais de liberdade e revolução.
Como parte da iniciativa Art For Freedom, Madonna lançou um programa de benefícios para apoiar indivíduos e organizações que trabalham para avançar na justiça social. Ao longo do próximo ano, ela irá escolher um artista a cada mês, cuja expressão criativa ajude a lutar contra opressão, intolerância e complacência. Madonna irá premiar em US$ 10 mil alguma organização não-lucrativa ou projeto de escolha do artista vencedor. Todos os projetos deverão focar em algum assunto de justiça social e exemplificar os valores do Art For Freedom.
Madonna irá escolher o vencedor a cada mês, com ajuda de um curador convidado, começando com Anthony Kiedis, do Red Hot Chili Peppers. Ela comentou:
“Quero ajudar a dar uma voz criativa àqueles que foram silenciados e tiveram seus direitos humanos negados. Art For Freedom é uma plataforma que dá aos artistas uma chance de definir ‘liberdade’ através de sua arte. Já recebemos muitos trabalhos incríveis. Estou convidando todo mundo para expressar suas ideias sobre liberdade, seja descrevendo alguma perseguição específica que tenham vivido, compartilhando o modo com que seus direitos foram violados e/ou compartilhando ideias criativas a respeito da luta contra a injustiça.”
Art For Freedom, lançado em parceria com o site Vice, recebeu mais de mil inscrições nas primeiras 48 horas. Estas e as próximas se tornarão parte da plataforma Art For Freedom, e serão elegíveis para o programa de benefícios Arts For Freedom. Contribuintes podem se unir ao projeto com artes originais no site www.artforfreedom.com ou marcando publicações originais com a tag #artforfreedom.
Assista ao curta #secretproject legendado e uma entrevista chocante sobre as pressões que sofreu em alguns países durante a passagem da tour MDNA, em 2012, inclusive com ameaça de morte vindo da Rússia caso ela defendesse a causa homossexual.
E finalmente foi lançando esta semana o tão esperado Secret Project de Madonna e Steven Klein.
Desde o ano passado, quando rodou o mundo e fez 88 apresentações de sua MDNA Tour, considerada a segunda turnê feminina mais lucrativa da história, perdendo apenas para a Sticky and Sweet Tour da própria Madonna, realizada entre 2008 e 2009, os fãs de Madonna se perguntavam incessantemente: o que será que ela teria feito quando se trancou em um galpão em Buenos Aires, em dezembro, com Steven Klein e toda sua equipe de dançarinos? Seria um novo video clip? Seria uma sessão de fotos? Participariam outros artistas? Não se sabia de nada. E por isso o projeto ficou conhecido como Secret Project.
Marketeira de mão cheia, Madonna se aproveitou disso e começou a divulgar nas redes sociais e na Internet algumas pistas para provocar maior alvoroço. Uma foto onde o nome de Rihanna aparece causou rebuliço. Lady Gaga e ela trabalhando juntas? Pequenos trailers teasers lançados e o rebuliço continuava. Programado inicialmente para maio, na data lançada milhares ficaram prostrados esperando na rede e… nada! Chegaram a brincar que de tão secreto este projeto deveria nem existir! Provocações dela mesma vieram quando recebeu o Billboard Award este ano, quando disse que estava prestes a começar uma revolução: a revolução do amor.
Até que quando da divulgação do DVD da referida tour, também lançado agora em setembro, as coisas começaram a tomar forma e nesta última terça-feira foi jogado na rede o filmete de 17 minutos chamado Secret Project Revolution.
Não era um ensaio fotográfico e nem um video clipe. O filme, em preto e branco, mostra cenas de opressão, de tortura, de massacre. Não é realmente muito agradável ver Madonna com uma arma na mão atirando em seus companheiros e, depois fazendo o papel de uma encarcerada, presa em uma cela e sendo torturada. Mas tudo isso é uma metáfora. Madonna está pregando a liberdade. A liberdade de expressão, a liberdade do ser, a liberdade em geral. No decorrer do filme, falas de seus discursos politizados, feitos durante a MDNA Tour são ouvidos, e uma narração em off explica o porque daquele projeto e o objetivo do mesmo.
” Essa revolução superará todo o medo, todo o sofrimento, e toda separação. E incluirá todas as pessoas: negros, brancos, cristãos, chineses, muçulmanos, judeus, gays, heteros, bissexuais, gordos, incapacitados, ricos, pobres, artistas e autistas. (…) Estamos juntos neste navio, navegando como um arpão incandescente no mar.” – diz Madonna em um dos trechos.
Ou ainda:
” Eu sinto que as pessoas estão ficando cada vez mais amedrontadas por aqueles que são diferentes. As pessoas estão ficando cada vez mais intolerantes. Nós queremos lutar pelo direito de sermos livres. Este é um momento muito sério onde nós podemos fazer a diferença, nós podemos mudar isso. Nós temos o poder. E nós não precisamos fazer isso com violência. Apenas temos que fazer isso com amor.”
As cenas de tortura, em especial, me remeteram a cenas de filmes sobre o período da ditadura militar na América do Sul, em especial a um filme chamado Garage Olimpo, que me causou a mesma sensação de sufocamento quando o assisti, ou nosso Olga. Impossível não ser remetido à cenas de filmes sobre o nazismo, como o célebre A Lista de Schindler, onde a personagem de Ralph Fiennes atira aleatoriamente em judeus no campo de concentração. Quando não aprendemos com a história ela acaba se repetindo, diz Madonna em um trecho, e é isto que está acontecendo.
Lembrando que ano passado, enquanto ela fazia sua turnê, ela se envolveu ativamente no caso da banda russa Pussy Riot que foi presa por se expressar contra o governo de Putin. Aconteceu também o caso de Malala Yousafzai, estudante, ativista e blogueira paquistanesa que foi alvejada dentro de um ônibus escolar por defender os direitos das garotas paquistanesas de estudarem.
Madonna provoca mais uma vez, instiga as pessoas a pensarem, usa sua arte como voz ativa dos oprimidos e prega a liberdade em todos os aspectos. Muitos, como sempre, vão torcer o nariz e falar que isso não passa de demagogia da parte dela. Outros, não só fãs e afins, vão se engajar no projeto e dar mais voz ainda ao mesmo. O importante aqui é a capacidade do curta de chacoalhar, de fazer pensar em quão robotizada, mecânica e manipulável a sociedade está se tornando com seus gadjets, iPhones, iPods e tantas outras coisas que de certa forma também oprimem, pois faz com que as pessoas parem de pensar e acabem se sucumbindo ao que lhes é entregue de maneira pacífica. Enquanto houver pessoas que pregam o ódio contra as diferenças, como os políticos brasileiros cujos nomes não irei citar, e incitam a violência contra quem eles consideram escória, teremos muitas sementes de ditadores como Hitlers e Mussolinis espalhados pelo mundo e a história corre sim o risco de se repetir.
Trazendo o tema para a realidade brasileira, a bandalheira e baderneira que ocorre em nosso país atualmente, junto com a falta de punição, é também uma forma de opressão. É também uma forma de pegar a arma metafórica de Madonna no vídeo e sair atirando aleatoriamente. É uma forma de encarceramento. O que houve com todos os protestos e manifestações realizados este ano? Cessaram?
Penso que artistas não são demagogos quando levantam essas questões. É mais do que obrigação de quem faz e promove arte se engajar ativamente e cutucar a ferida, como Madonna faz e sempre fez. Não precisam ser fã dela ou concordar com tudo que ela faz. Somente tomem um tempo, 17 minutos, para ouvir o que ela tem a dizer.
Vale a pena. O vídeo do Secret Project está disponível abaixo.