Madonna com suas surpresas no MDNA Tour. Depois de inserir “Holiday” e “love Spent”, logo após o seu discurso, ela cantou a música “Everybody”, Madonna cantou no show do MDNA Tour em San José seu primeiro single lançado e que completou 30 anos nesta sexta. Assista aos vídeos.
No discurso, Madonna diz: “É uma honra está neste palco me apresentando para vocês está noite. Hoje é um dia muito especial para mim. É o 30º aniversário do lançamento do meu primeiro single (aplausos e reverências no meio de vários Obrigada). Eu me lembro até hoje a experiência incrível que foi quando ouvi essa música pela primeira vez no rádio. Tendo deixado a minha cidade, vivendo como uma maluca por muito tempo, imaginando, quando e se alguma coisa boa iria acontecer algum dia para mim. Bom, cuidado com o que desejam, é tudo que eu posso dizer. E eu sou um exemplo perfeito, a ilustração de que sonhos sim se realizam. Mas eu não vou ficar aqui repetindo coisas que a maioria de vocês já sabe porque eu sei que muitas das pessoas que moram e trabalham aqui fazem com que sonhos se realizem para muitas pessoas. Essa é a cidade onde muita coisa inovadora e criativa acontece. E todos tem o poder de tocara as pessoas no universo todo. Portanto, vamos usar isto, esta possibilidade, vamos usar isto sabiamente. Não sejamos “haters”, não sejamos “bithces” OK, sabemos que somos isto algumas vezes. Sejamos acima de tudo “lovers”. Então, somente para mostrar o quanto eu amo vocês, eu vou tentar dar o meu melhor, cantando “Everybody” para vocês esta noite. Mas lembrem-se, isto já tem 30 anos, não sei se me lembrarei da letra. Vocês me ajudam? Eu quero que vocês do triângulo me dirijam. Quero que cantam alto e me ajudem. E vocês das cadeiras também. Então, vamos lá”
EVERYBODY 30 ANOS
Chegar aos 30 é sinônimo de amadurecimento. Para uma música pop, cuja urgência é o seu maior mérito, chegar aos 30 anos consegue ser um feito ainda maior. Ontem, 6 de outubro, Everybody completou três décadas de lançamento. O primeiro single lançado profissionalmente por Madonna, num longínquo 1982, é a prova cabal de até onde a obstinação de uma pessoa pode levá-la.
A então bailarina Madonna, recém-chegada a Nova York, batalhou um bocado até conseguir que sua música fosse ouvida pelos DJs do pós-disco. Escrita por ela, em parceria com Steve Bray, Everybody teve sua primeira chance pelas mãos do DJ Kamins, que tocou a fita demo na Danceteria, clube noturno do momento, em Manhattan. Depois de pular nas mãos de vários DJs da época, Madonna assinou contrato com a gravadora Sire para lançar dois singles e, a partir daí, tudo é história.
Aquela canção de cinco minutos, que tem a aura e o frescor das pistas de dança do início dos anos 1980, não chegou ao topo das paradas. Também não foi o maior sucesso do primeiro álbum de Madonna – Borderline eLucky Star alcançaram posições mais altas nos charts americanos. Apareceu em apenas duas turnês da cantora (Virgin tour e Girlie Show) Mas, ainda assim, Everybody é uma daquelas músicas que são o retrato fiel de uma época, que fazem a gente sentir vontade de colocar um salto alto, uma roupa bacana e dançar como se não houvesse amanhã.
Descrever a atual turnê de Madonna em um amontoado de palavras é mais ou menos como ser solicitado para descrever a história da sua vida em detalhes para um estranho. Existem tantos momentos de minúcias e detalhes maravilhosos que acabarão tendo que ser explicados em uma recapitulação posterior que a tentativa é, desde o início, inútil. O set de 135 minutos de Madonna foi uma aula master em “Arte da Apresentação Profissional”, e não houve um segundo sequer dele onde não nos sentíssemos envolvidos por inteiro, direcionando nossa atenção aos tais detalhes meticulosos, me parece trágico dar um parecer geral dos mesmos. Com isto em mente, aqui vou eu, tentar explicar o que vi nesses 135 minutos que passei na Key Arena na última terça-feira (2 de outubro) a noite.
Madonna sempre foi uma agregadora intensa de cultura pop. Algumas a chamariam de criadora de tendências ou de pioneira; outros diriam que ela usa a cultura como um figurino. Independente de qual lado da cerca você se encontre, é impossível negar sua imensa influência, e ver tudo isso em uma experiência concentrada e ininterrupta foi intensamente inspirador e simultaneamente chocante. Jogue tudo que você sabe/sente sobre religiões, espiritualidade, sexualidade, política, moda, amor, medo e a condição humana em geral dentro de um liquidificador, junto com um iPod bem estocado e você terá uma boa ideia da história caótica que Madonna está tentando contar em sua MDNA tour.
Isso não quer dizer que o caos não é bem-vindo ou não é planejado. Chegar perto de uma arena de shows é muito parecido a ir às festividades do 4 de julho; se tudo for feito de maneira correta, será algo alto, brilhante e você se encontrará processando tudo aquilo por um bom tempo. Você está ali para o espetáculo, para o bombástico, pela oportunidade de ver algo maior que a vida, e tudo que diz respeito a MDNA tour tem a obstinação de preencher todo o seu periférico até o ponto de ter seu processador sobrecarregado, derretido.
O show já começou de maneira suficientemente bela, com monges moicanos entoando uma melodia assombrosa (enquanto gárgulas aladas tomam suas posições em cubos de LED que sobem e descem do gigantesco palco) e um turibulo fumegante gigante balança, espalhando incenso pela multidão. Estamos sendo abençoados ou perdoados? Telas de vídeo aparecem ao fundo, mostrando uma enorme cruz adornada com o MDNA e o fundo de uma catedral antiga, cuja natureza sombria, rica e pontiagudaparece ter saído de alguma peça de Alexander McQueen. Por trás das telas, as luzes são posicionadas de forma a parecer que raios de sol vazam por entre as frestas. Madonna entra na arena, rezando, antes que os vidros jateados das telas ao seu redor se quebrem de maneira alta e dramática, espalhando-se pelo chão e oficialmente dando início ao espetáculo. Nunca querendo se esquivar de suas controvérsas, Madonna pula da sala de oração vestida com uma burca e segurando uma metralhadora. A sutileza tira folga quando Madonna está na cidade.
Apesar do repertório ter sido moldado para o material mais recente, o álbum MDNA, mais do que alguns fãs gostariam, foi difícil pelo menos se preocupar em ouvir as músicas favoritas quando cada segundo deste mesmo repertório foi visualmente impactante. Em “Revolver”, Madonna nos lembrou de seu contínuo gosto por chocar. Aparecendo no cenário de um motel sujo em “Gang Bang”, vários intrusos (dançarinos arrepiantemente coreografados) se arrastam para seu quarto para encontrarem a morte horrenda pela pistola de Madonna e ela rindo satisfatoriamente enquanto as gigantes telas de LED que preenchem o fundo do palco são preenchidas com um vermelho sangue vivo. Uma dica bastante saudável das menções a cerca de Quentin Tarantino, assim como um lembrete que esta não seria uma viagem rápida pela Candy Land.
Dito isso, vale dizer que Madonna não foi destrutiva o tempo todo. Em “Express Yourself”, Madonna estava estonteantemente doce. Entrando com sua tropa e com algumas projeções fantásticas inspiradas na arte gráfica pop de Roy Lichtenstein, que ficam pipocando e girando o tempo todo, Madonna parecia que estava entregando o bastão para qualquer atual ou futura cantora pop para ao menos TENTAR ser ela. Uma banda de desfile entra no meio da música, com um exército de bateristas suspensos por fios por cima do placo, flutuando por sobre a multidão, tocando como se fosse uma coisa absolutamente normal estar a 100 pés do chão. Não é grande coisa, certo? Tudo isso para ser sutilmente danado, pois Madonna coloca “Born this Way” de Lady Gaga no meio de “Express Yourself” (elas são basicamente a mesma canção) no que pareceu algo como um cumprimento amigável para Gaga, até que ela termina a canção com um desafiante “She´s Not Me” (ela não sou eu – faixa do álbum anterior, “Hard Candy”, de 2008)
A narrativa do show foi solta e dispersa, com Madonna ascendendo do inferno ao céu, passando por uma chuva de cápsulas de projéteis, indo de canções antigas (“Open your Heart” com o trio Basco Kalakan nos vocais na percussão e mostrando seu próprio filho de 12 anos Rocco Ritchie como dançarino) da lenta e tocante canção de amor “Masterpiece”, antes de se jogar ao desfile art-deco de “Vogue” e à orgia andrógena e contorcionista de “Candy Shop”.
Até mesmo os clássicos de Madonna foram refeitos, com “Like a Virgin” se tornando uma esparça e lenta peça acompanhada pelo piano, virando a música de uma celebração ao relacionamento para uma desesperada e piedosa balada sobre uma indestrutível co-dependência. Junto com algum dos momentos mais sombrios, os segmentos criativos dos dançarinos (obviamente de certa forma inspirados pelos Jabbawockeez ) foram mais do mesmo, mas mais focados em elementos de auto piedade; “Erotica” teve uma trupe de aterrorizantes palhaços em volta do filme noir da cobertura de Madonna, e os gráficos pop de “Nobody Knows Me” remeteram às armadilhas da fama, como também fizeram um tocante tributo à crianças que (presumidamente) morreram devido a atos de bullying.
A sequencia de “I´m a Sinner” e “Like a Prayer” mostraram a Madonna clássica no seu melhor, mandando lembranças ao misticismo ocidental dos Beatles enquanto abraça a vida selvagem e convidando depois um coral de 35 membros para o palco para uma grande e celestial apresentação. Foi hilário (se não um pouco já esperado) continuar seu papel, mostrando sua atuação 2012, estando confortável em sua própria pele, versus a sua luta nos anos 80 com sua culpa católica. Ao invés de uma ascensão literal ao céu, Madonna ascende para um clube de dança inspirado em Tron para “Celebration”, trazendo uma tropa de dançarinos inspirados em DJs e transformando a Key Arena em uma pulsante nave espacial pronta para entrar em órbita. Espero que eles tenham caixas eletrônicos no espaço, porque algo me diz que viajar com Madonna não vai ser nada barato.
NOTA: Se suas interações gentis com a audiência servem de indicação, seus tempos de sotaque britânico falso parecem ter chegado ao fim. Ela também cantou (ao vivo) a maior parte do show. Ela se desculpou por sua garganta arranhada (culpando Vancouver e sua imensa nuvem de fumaça de maconha na noite anterior) e fez um trabalho admirável sendo uma líder de gang e cantora. Claro, houve alguma nota falha aqui ou ali, mas eu me sinto melhor sabendo que uma pessoa (e não uma faixa pre-gravada) está manejando o microfone nos shows de Madonna.
NOTA 2: Por mais que eu queira fazer piadas a respeito dos braços de Madonna (os famosos “scaryarms” em inglês – Nota do Tradutor) e não as tenho. A mulher estava absolutamente incrível.
Setlist do show:
Gregorian Chant Intro
Girl Gone Wild
Revolver
Papa Don’t Preach
Hung Up
I Don’t Give A
Heartbeat (Interlude)
Express Yourself/Born This Way
Give Me All Your Luvin’
Turn Up The Radio
Open Your Heart/Saggara Jo (Kalakan)
Masterpiece
Justify My Love (Interlude)
Vogue
Candy Shop/Erotica
Human Nature
Like A Virgin
Love Spent
Nobody Knows Me (Interlude)
I’m Addicted
I’m A Sinner
Like A Prayer
Celebration
Vídeo exclusivo. Spice Girls, em 1998, comentando sobre Madonna e o clipe de “Express Yourself” para um especial da MTV. Assistam!
Mais no canal http://www.youtube.com/user/mvlmoraes
É antigo, de 1998, mas para quem nunca viu, aqui está a entrevista de XUXA com MADONNA. Completa!
Mais vídeos no meu canal: http://www.youtube.com/user/mvlmoraes
Madonna disse na terça-feira (25) que estava sendo “irônica sobre o palco” ao se referir ao presidente Barack Obama como um “muçulmano negro”, durante show na véspera em Washington. Um vídeo gravado por um espectador e colocado no YouTube mostra Madonna, de 54 anos, fazendo um discurso político sobre a liberdade, em termos inflamados e com muitos palavrões.
“Agora, é tão bacana e incrível pensar que temos um afro-americano na Casa Branca (…), temos um muçulmano negro na Casa Branca (…), significa que há esperança neste país, e Obama está lutando pelos direitos dos gays, então apoiamos o homem”, disse Madonna.
Obama, que disputa a reeleição em 6 de novembro, é um cristão praticante. Reagindo ao furor midiático causado pela frase, Madonna divulgou nota na terça-feira dizendo que a referência religiosa foi uma brincadeira. “Eu estava sendo irônica sobre o palco. Sim, sei que Obama não é muçulmano – embora eu saiba que muita gente nesse país acha que ele é. E daí se ele fosse?”
“O que eu estava argumentando é que um homem bom é um homem bom, não importa para quem ele reze. Não ligo para qual é a religião de Obama – e ninguém mais na América deveria ligar.”
Desde a primeira candidatura presidencial de Obama, em 2008, grupos minoritários e oponentes ignorantes espalham rumores de que ele seria secretamente um seguidor do islamismo – boatos semelhantes às declarações persistentes e também falsas de que ele teria nascido fora dos EUA, sendo portanto inelegível para a presidência.
Madonna apoia abertamente Obama, e em shows recentes foi vista com o nome dele escrito nas costas. Esse tem sido um ano de muitas polêmicas políticas para a cantora. Em julho, num show dela em Paris, a imagem da líder ultradireitista francesa Marine le Pen apareceu no telão superposto a uma suástica. A Frente Nacional, partido de Le Pen, prometeu processar Madonna.
Em agosto, durante shows na Rússia, a cantora causou polêmica com autoridades locais ao defender o direito dos homossexuais, e também se manifestou pela libertação de três integrantes da banda punk feminina Pussy Riot que foram condenadas a penas de prisão após fazerem um protesto contra o presidente Vladimir Putin numa catedral moscovita.
Em ano de eleições nos Estados Unidos, Madonna não deixaria de falar sobre suas escolhas políticas, claro. Durante show do MDNA Tour realizado em Washington, nesta segunda (24), a cantora fez declarações polêmicas sobre Barack Obama, atual presidente dos EUA e candidato democrata à reeleição.
Depois de falar sobre a sua admiração por figuras como Abraham Lincoln e Martin Luther King Jr., Madonna discursou sobre o presidente. “É tão assombroso e incrível pensar que temos um afrodescendente na Casa Branca. Todos vocês vão votar no Obama, ok? Bem ou mal, temos um negro muçulmano na Casa Branca, certo? Isso significa que existe esperança no mundo. E Obama está lutando pelos diretos dos gays, certo? Então apoiem o homem, porra! Estou com vocês; e vocês, comigo?Assim vocês farão melhor votando em… Obama, de acordo?”, completou.
As declarações de Madonna geraram certa polêmica, como sempre, principalmente por ela ter se referido a Obama como ‘negro muçulmano’. O presidente dos EUA é negro e tem raízes muçulmanas, mas não é praticante da religião. Ao suscitar essas características de Barack, Madonna mexeu em um terreno controverso e cheio de vieses muito profundos.
Mais de um em cada três eleitores republicanos conservadores ainda pensam que Obama -que se tornou o primeiro presidente negro dos Estados Unidos em 2008 – é muçulmano, indicou um estudo do início deste ano, quase quatro anos depois de o mandatário ter assumido o cargo.
O geral, 17% dos 3.000 eleitores consultados em junho e julho acreditavam que Obama era muçulmano, apesar de este, um cristão que frequenta a igreja, ter manifestado diversas vezes as suas crenças religiosas, indicou o Pew Research Center.
Obama tentará a reeleição no dia 6 de novembro, enfrentando o republicano Mitt Romney.
Madonna no Verizon Center – Washington, DC
Por Dave McKenna, segunda-feira, 24 de setembro 11:58
Madonna, a Diva Boa e a Diva Má, enfrentaram-se neste domingo, 23, no Verizon Center, na primeira de duas noites na Cidade. E Boa acabou triunfando.
Mas levou um tempo. Como uma verdadeira Diva Má, Madonna subiu ao palco às 22:30, duas horas e meia após o horário previsto do show. O atraso atrapalhou bem mais que os afazeres domésticos; a organização da arena foi forçada a fazer um acordo com o Metrô para a prorrogação do prazo habitual de serviço à meia-noite. Madonna, no entanto, certamente foi beneficiada financeiramente com o adiamento, porque uma parte da plateia, composta de fãs que tinha pago de US$59 a US$390 por bilhete, matou tempo visitando as lojinhas de mercadorias, gastando um adicional de US$45 em camisetas oficiais de “I’m a Sinner” ou com os DVDs de ginástica “Addicted to Sweat” (com exercícios chamados “Get Wet” e “Dripping Wet”)
Quando o show realmente começou, o lado benevolente da superdiva Madonna apareceu. Tudo que Madonna mostrou para os fãs fez os shows de outros artistas pop, como Britney Spears e J.Lo, parecer superficiais e pequenos. Madonna aparentemente tem os melhores dançarinos, coreógrafos e designers, e um orçamento muito maior do que todos os outros. Como Nicki Minaj disse à plateia em uma participação especial em vídeo mostrado no final de “I Dont Give A…”:”Há apenas uma rainha, e é Madonna.”
Logo na abertura: Com o palco cheio de homens musculosos em roupas de monge e contorcionistas em pedestais colocando os pés atrás de seus pescoços e um turíbulo dourado lançando fumaça balançando para lá e para cá na frente de uma catedral gigante, enquanto alguns cantos gregorianos de densa sonoridade soaram sobre o público, Madonna desce de um oratório vestindo um macacão preto e empunhando um rifle. A música medieval foi então substituída por Madonna sussurrando, “Oh, my God!” repetidamente antes de mostrar seu mais recente single, “Girl Gone Wild”. E enquanto esfregava-se em seus dançarinos um gigantesco telão mostrava o que parecia ser o fim do mundo. Madonna sobreviveu a este mini-armageddon com energia suficiente para pegar o rifle e metralhar a multidão mais uma vez antes do final canção.
Ela manteva esse nível bombástico por mais de duas horas de show.
O espetáculo de Madonna, chamado de MDNA Tour, é certamente sua produção mais violenta até o momento. Durante a performance de “Gang Bang”, o palco tornou-se um quarto de motel decadente em que ela bebeu uísque e usou armas de fogo para matar alguns bandidos. Ela montou seu corpo em um teatral mas confuso impulso pélvico, gritando “Morra vadia!” várias vezes, embora não fosse claro se todas as letras eram cantadas ao vivo. Enquanto isso, os telões mostravam tanto sangue espalhado que faria Quentin Tarantino ter náuseas.
Apesar de Madonna, de 54 anos, parecer um pouco velha para ter esse fascínio pela violência “cartoonesca” e macabra, seus fãs tem idade o suficiente para lidar bem com isso. Longe vão os dias em que milhões de meninas adolescentes expressavam sua individualidade coletivamente vestindo as mesmas roupas de gosto duvidoso que sua ídola usava no palco ou em vídeos.
“Ninguém veio vestido (de Madonna) hoje à noite!”, lamentou Lauren Bruzonic, de 34 anos, de Annandale, no saguão do Verizon Center que estava com quatro amigas de 30 e poucos anos vindas de sua terra natal, Virgínia do Norte enquanto esperavam o show começar. Quase todos estavam com roupas comuns, mas Bruzonic e sua galera usavam velhos bustiês e crucifixos em forma de tributo ao seu ídolo.
“Eu era apaixonada pela Madonna quando eu era uma menina – e que menina não era?” Bruzonic disse. “Eu estou aqui porque todas as suas canções antigas ainda me fazem feliz.”
Fãs que estiveram com Madonna desde a época em que Bruzonic estava , sem dúvida estavam preparados para todo o escândalo que caracterizou este show. Mas a plateia parecia muito mais atenta e interessada quando Madonna canalizava seus atenções focando sua energia em coisas mais lúdicas e divertidas. Ela vestiu uma roupa de majorette para “Express Yourself” e enquanto um grupo de tocadores de tambor balançava em cima da cabeça de todos (nota do tradutor: acho que ele juntou as performances de “Express Yourself” e “Give Me All Your Luvin'” como sendo uma só), Madonna girava o seu bastão, talvez recriando movimentos que ela usou durante seus dias como cheerleader. Aí, antes da música acabar, Madonna levantou a saia e dançou com o bastão. Os fãs deliraram, assim como deliraram com ela gritando: “Bata o bumbum com seu vizinho!” em meio a sexy performance de “Holiday” ou de seu já conhecido sutiã de metal cônico repaginado em “Vogue”, e com ela abaixando suas calças em “Human Nature”.
Mas um show de Madonna não é totalmente dependente de uma ousadia pré fabricada, vozes pré-gravadas ou exposição de suas partes íntimas. As luzes da casa acenderam quando “Like a Prayer” começou, e Madonna levou coro contratado e mais cerca de 20.000 cantores voluntários a entoar o hit 1989 em uma única voz. Nenhuma arma foi disparada nem nenhuma virilha agarrada. Nenhuma palavra obscena foi proferida. No entanto, “Like a Prayer trouxe mais prazer e emoção que se esperava do espetáculo na arena, mesmo que a atração principal tenha feito os fãs esperarem tudo o tempo que Madonna fez.
Brava, diva!
(McKenna é um escritor freelance. Washington Post) Obrigado a Jorge Luiz pela boa vontade na tradução do review. You Rock Baby!
O empresário da cantora Vince Herbert deu uma entrevista ao programa de rádio ““Sway in the morning” programa de rádio e falou sobre Madonna:
Lady Gaga ficou incomodada quando Madonna fez aqueles comentários depreciativos sobre ela? Vince Herbert: Um pouco, porque ela admira Madonna, mas Madonna ligou-lhe para convidando-a para estar com ela no MDNA Tour no Yankee Stadium, em um dos shows, em setembro. Nós não conseguimos fazer isso acontecer, porque ela está em sua própria turnê, mas é assim que a bola gira. O empresário de Madonna, Guy Oseary, veio até nós e nos disse: “Madonna gostaria que Gaga participe do show dela.”
Como Gaga se sentiu sobre isso depois de tudo que aconteceu? Vince Herbert: Ela é descolada. Ela disse em como “realmente gostaria que poderia fazê-lo”.
Madonna se apresentou na noite desta quarta e quinta-feira com o MDNA Tour no United Center, em Chicago. Ela fez a alegria dos fãs ao cantar na noite de ontem, após “Like A Virgin”, “Love Spent.” Ainda teve novamente “Holiday.”
Esta crítica foi escrita pelo jornal “Chicago Sun-Times” por Thomas Conner. Ele mostra todo conservadorismo do Estado de Illinois de uma mídia bem conservadora e partidária, então não tem como falar bem de Madonna não é? Lembre-se que estamos em epoca de eleição nos EUA e lá as coisas sao bem mais acirradas por aqui. Madonna apoia o Obama que é Democrata, a linha mais liberal da disputa, e um jornal que segue a linha republicana nunca iria elogiá-la.
No início dessa semana, Madonna provocou um pequeno rebuliço com uma leve cortada a Lady Gaga, se referindo a ela durante um concerto e adicionando: “A imitação é a mais sincera forma de elogio.”
Quarta-feira à noite, no Chicago United Center, o primeiro dos dois concertos lá essa semana, Madonna novamente soltou o refrão de “Born this Way” da Gaga no meio do refrão da sua “Express Yourself” – com certeza que são parecidas – mas continuou sem nenhum comentário. Bom, quase. Ela cantou um pouco de “She´s Not Me” no finalzinho.
Soa como uma paranoia maldosa da inigualável rainha do pop, como se a Material Girl – o 1% se é que já existiu – tivesse adotado o novo slogan Republicano ( “Nos o construímos” ) e seu falso senso de um individualismo grosseiro. Madonna abriu espaço para as mulheres do pop durante os anos 80 e pode facilmente justificar seu amor ao redor do mundo, mas o seu sucesso é uma verdadeira colcha de retalhos barata, uma síntese inteligente do melhor entre os melhores. O show de quarta só veio aumentar a longa lista de filmes e de artistas que ela mesma elogia com imitações.
Na verdade, a abertura do concerto de duas horas – cheio das projeções usuais e pesados hoofings, com um simbolismo religioso e exibicionismo gratuito – encontra a megastar da Geração X, agora com 54 anos, encenando cenas violentas como se estivesse atuando em um filme de Tarantino ( ou seria em um de seu ex-marido Guy Ritchie? ). Quebrando uma janela de igreja e carregando uma metralhadora, Madonna e sua legião de dançarinos se jogam em várias cenas violentas, que incluem apontar armas para a multidão várias vezes e desaparecer no meio de sequestradores – seu sangue espirrando nas telas de projeção – enquanto canta “ Quero vê-lo morrer, de novo, e de novo, e de novo.” ( Gang Bang )
Tirando as suas táticas chocantes baratas, não é exatamente a coisa mais agradável de se assistir ao final deste verão em específico aqui em Chicaco.
Em uma declaração anterior, Madonna descreveu sua MDNA Tour, que promove seu novo album (altamente criticado, apesar de que eu não o detestei) como “uma jornada da alma da escuridão até a luz”, assim como “parte espetáculo e, em alguns momentos, uma performance artística intimista.” A produção do nível Broadway aparece sim, eventualmente, apesar de ser desprovida de arte e mais próximo do espetacular. Monges e seus mantos rapidamente se transformam em rapazes sarados sem camisa (Girl Gone Wild), líderes de torcidas e pequenos tocadores de tambor fazem sua parte (Give Me All Your Luvin’). Existe o cross-dressing e dança de mãos (Vogue) e tudo termina num momento “Tron encontra Tetris”, sinta-se bem e dance (Celebration).
Os melhores momentos portanto estão no meio do show, sem toda a parafernália. Ela canta “Turn Up the Radio” sozinha e um microfone na passarela tocando sua guitarra, nada mais. “Open your Heart” se transformou em um arranjo Basco interessante, com a participação total dos dançarinos passeando pelo palco como pessoas normais ao invés de coreografias mirabolantes. (Aqui também aparece seu filho de 11 anos, Rocco Ritchie tentando alguns movimentos e sorrindo de uma orelha até a outra ). Depois vem “Holiday”, relaxada e espontânea.
É um momento natural e revigorante, e dá a Madonna a chance de se espremer entre algum momento de bajulação a Oprah (ela foi a última a se despedir de Oprah no United Center no início do ano passado) e entregar um impromptu sobre o auto-poder, trantando-se uns aos outros com respeito.
Performer, regozige-se. Seu legado está seguro e pavimentado para toda uma geração por vir – a plateia desta quarta era mais ou menos da minha idade – se você adotar Gaga debaixo de suas asas ao invés de ficar mostrando suas garras para ela. Vá e ensine a garota uma coisa ou duas. Ela precisa disso.
Madonna fala sobre Oprah no discurso do show antes de “Masterpiece”.
“A última vez que estive aqui foi por causa de Oprah Winfrey. Ela é uma mulher incrível, uma mulher para se olhar para cima e admirar. Não temos um monte de modelos no mundo nos dias de hoje. Ela tem feito muito para mudar o mundo e eu sou muito grata a ela por isso, mas você não precisa ser a Oprah Winfrey para mudar o mundo. Você não precisa de ser eu a mudar o mundo. Você só precisa ser você. Você precisa deixar sua luz brilhar. Eu sei que você já ouviu isso antes, mas você poderia se lembrar depois do show para deixar sua luz brilhar, para tratar um ao outro com respeito, para não votar em Mitt Romney. Obrigado. A festa acabou.”
No show de Madonna do MDNA Tour na cidade de Atlantic City, em Nova Jérsei, no Air Canada Centre, na noite deste sábado, 15, Madonna dedicou a canção MASTERPIECE a Lady Gaga.
“Eu gostaria de dedicar essa música a Lady Gaga. E querem saber de uma coisa, eu amo ela, eu realmente amo ela. Eu sou uma super adoradora dela. É verdade. Imitação é a maior forma de elogio. E um dia, nós estaremos juntas no palco, esperem só. Acham que eu estou brincando. Não Lady Gaga.”-. Madonna.”
Madonna também cantou “Holiday”.
Assista ao vídeo
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