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Emoções e Arrepios de Madonna num cenário épico em New Orleans

“Há somente uma rainha, e é a Madonna!”, declara Nicki Minaj, fechando seu verso em “I Don’t Give A…”, do 12º álbum da Material Girl, MDNA.

Madonna MDNA TOUR New Orleans

Na noite de sábado,27, na Arena New Orleans, Madonna mostrou que tem razão. Seu cenário reuniu quase duas horas de muito drama e emoções, apresentando um material audiovisual suficiente para fazer valer a pena o ingresso de quase 400 dólares. Havia material hidráulico, fogo, lasers, palhaços dançarinos, contorcionistas, acrobatas, armas de fogo, vídeos quase políticos e discursos de voto e, claro, mais imagens católicas do que o Papa poderia destacar.

Em anos de Estrela Pop, o reinado de Madonna (2012 marca 30 anos desde o lançamento do primeiro single) faz dela a equivalente monarca à Rainha Vitória, em termos de longevidade. Na crítica do MDNA para a revista Slate, o crítico de rock Jody Rosen atacou e questionou como, aos 54 anos, Madonna ainda consegue, de forma audaciosa, tentar fazer o tipo de música dance-pop que mantém os fãs, com um terço da idade dela, na pista de dança até o amanhecer, sentindo como se seus segredos mais profundos estivessem sendo revelados pelas escolhas do DJ. Muitas divas de uma certa idade caem graciosamente no mundo das baladas, fato destacado por Rosen, se apoiando dignamente no poder de suas vozes.

É claro que Madonna não é uma cantora de primeira classe. Mas o objetivo nunca foi esse. O que a levou ao topo foi sua teatralidade, um lindo controle dramático de imagem e narrativa que fez dela uma das melhores atrizes do século 20, enquanto interpretava a si mesma. “A mensagem de Madonna sempre foi o poder”, destacou Rosen. “Não é algo que você perde com a idade”.

O show de sábado foi excepcional: exuberante, íntimo, perturbador, bem organizado e genuíno, tudo ao mesmo tempo. Com o perdão dos Von Trapps, como você resolve um problema como Madonna? (Resposta: não tem solução. Você simplesmente aperta os cintos e segue o fluxo.)

madonna neworleans2

Dentre as emoções, havia algumas desafinações. Uma, por que Madonna gosta de tocar guitarra, como fez em, pelo menos, três músicas no sábado? Duas, uma “Open Your Heart” reimaginada e apresentada com o trio tradicional basco Kalakan (que participou de várias canções) cantando e tocando no escuro, em tom medieval, foi uma ideia corajosa, mas parecia não haver sincronia, e mais, a voz dela parecia sem fôlego, nem força.

Durante “Gang Bang” (que inclui o refrão “Bang, Bang, te matei / Bang, Bang, atirei na sua cabeça), seguida por “Revolver” (que apresenta um verso de Lil’ Wayne e, na noite de sábado, incluiu um vídeo de Wayne elevando-se no palco, usando uma túnica Opus Dei assustadora), havia violência suficiente para um filme de horror de Hong Kong. A cantora e seus exército de dançarinos seguiram no palco repletos de armas; um clone de Tura Satana* (ver nota) lambeu a pistola de Madonna. Durante o intervalo, que mostrou a cantora numa representação de motel dos anos 50, meia dúzia de assassinos mascarados tentaram sequestrá-la. Com muitas armas, ela despachou todos com gosto. A cada tiro, um spray de sangue em alta definição jorrava no telão – mais e mais e mais. Depois de matar seu último criminoso, ela relaxou na cama do motel cenográfico, daí agarrou o “morto” e esfregou a virilha no rosto dele.

Como se não tivéssemos entendido, ela andou orgulhosa até a ponta da passarela, cantando “Morra, seu puto!”, e variações desse tema, o suficiente pra ficar desconfortável.

A Casa de Horrores não estava no fim. Durante uma “Papa Don’t Preach” abreviada, Madonna foi algemada e carregada por artistas usando estranhas e assustadoras máscaras animais; enquanto ela estava nos bastidores, dançarinos sem camisa e com máscaras de gás apresentaram contorções e simulando torturas repugnantes e bem realistas, com movimentos violentos, com o som de ossos sendo quebrados nas batidas de “Best Friend”. Cenas tremidas em preto e branco de um cemitério gótico foram exibidas ao fundo.

Depois do intervalo sangrento e teatral, Madge, misericordiosamente, se transformou numa dançarina de uniforme e pegou um bastão para uma versão clássica e animada de “Express Yourself”, acompanhada por uma banda em fila que pairou no ar até desaparecer. “Oh, yay”, meu amigo disse aliviado. “Vamos ter uma música feliz pra dançar”.

“Express Yourself”, com um vídeo de fundo cheio de bolos, donas de casa, personagens e marinheiros musculosos dos anos 50 foi um alto ponto do cenário por muitas razões: a fidelidade à gravação original, o alto valor de produção, a energia exagerada, e o reconhecimento dissimulado ao débito que os descendentes de Madonna têm com ela. No meio da canção, sem se perder, Madonna saiu de sua música e cantou um verso de “Born This Way”, da Lady Gaga, que é, musicalmente, inquestionavelmente similar a “Express Yourself”. Admiração mútua ou um puxão de orelha? De qualquer forma, os fãs se alegraram por dançar com dois ídolos, o velho e o novo, em um só.

Como uma prerrogativa de realeza, Madonna tomou suas liberdades. Uma pluralidade das músicas do show foi tirada do MDNA, mas o ápice do catálogo dela também foi representado, mesmo que o arranjo da maioria estava totalmente novo. “Like A Virgin” foi cantada de forma melodramática, lenta e triste, com Madonna envolta em um piano. “Justify My Love” tocou enquanto um batalhão de dançarinos vestidos de palhaços ameaçadores se apresentavam. “Holiday”, “Into The Groove” e “Ray Of Light” tocaram sob um montagem de vídeos antigos, zumbindo como um rádio buscando sinal.

Madonna chegou ao palco logo após as 22h30, embora muitos fãs chegaram perto das 20h, horário do ingresso. Contudo, não vi ninguém impaciente com ela. Enquanto seu DJ abria o show tocando “House”, os corredores da arena esgotada pareciam uma grande festa, com multidões de fãs fantasiados bebendo e se enturmando. Havia Escoteiros, Centuriões Romanos e Missionários Mórmons, um Papa, várias freiras, três Marias Antonietas (duas mulheres e um homem) e, claro, múltiplas homenagens aos visuais incônicos de Madonna, representados por ambos os gêneros. (A “cowgirl” da era “Music” num terno branco brigou com a clássica Madonna “Like A Virgin” pelo título de “Mais Popular”.)

Partes do cenário de Madonna eram genuinamente aterrorizantes. Partes eram apaixonadamente transcendentes. Outras, poucas, eram confusas. Ela nos assustou demais, nos emocionou loucamente e provocou de formas que muitos artistas do nível dela nem se atrevem.

Conforme a própria cantora reconheceu, com elogios às fantasias da plateia, é difícil derrotar Nova Orleans numa noite de sábado de Halloween para um show muito bom. Mas, facilmente, Madonna fez exatamente isso. A Turnê MDNA deve ser eternizada.

Review do jornal Greater New Orleans.

Nota: Tura Satana foi uma atriz e dançarina exótica nipo-americana. Referência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tura_Satana

Billy Eichner encontra Madonna nos ensaios do MDNA em Nova York

Madonna

O reporter Billy Eichner esteve novamente a procura de Madonna para o programa do apresentador CONAN. Na primeira vez, ele fez uma reportagem na estréia do MDNA TOUR em Tel Aviv. Desta vez, ele encontrou Madonna nos bastidores de seu show no Yankee Stadium em Nova York durante a passagem de som do show.

A edição inclui cenas dos ensaios de Celebration & Girl Gone Wild. Confira!

Madonna dia 29 no programa da amiga Ellen DeGeneres

Madonna gravou um programa inteiro para o Ellen DeGeneres vestida com a indumentária de “VOGUE” do MDNA Tour. A participação de Madonna no programa vai ao ar no dia 29, segunda-feira, nos EUA. No Brasil, o programa é exibido pelo canal pago GNT, todos os dias às 17h, e ainda não se sabe quando o programa de Madonna será apresentado por aqui.

Madonna

Madonna

Madonna

Madonna levou o filho Rocco, 12 anos, fruto de seu casamento com Guy Ritchie. Durante a gravação, o menino participou de uma brincadeira e foi jogado em um tanque cheio d’água.

A brincadeira foi feita para arrecadar dinheiro para uma campanha que visa sensibilizar as pessoas sobre os perigos do câncer de mama. Quando a apresentadora perguntou à artista qual dos dois iria mergulhar, Madonna respondeu: “não preciso nem pensar nisso, meu filho está aqui e eu o quero dentro desse tanque”.

Rocco ainda participou da entrevista feita com a estrela. Ele contou que, apesar de a mãe ser liberal (por tê-lo deixado participar da turnê MDNA como DJ, por exemplo), ela tem um lado bastante rígido. “Ela é boa mãe, isso é tudo que eu tenho para dizer. É bem rígida, mas de uma maneira boa”, afirmou. Ellen ainda perguntou o que ele achava das coreografias mais ousadas de Madonna, e ele disse que não costuma prestar muita atenção nisso.

Assista alguns teasers do programa

MDNA Tour: Madonna ao vivo – Pop, Política e Poder

Madonna

DENVER, EUA, 26 DE OUTUBRO

Muitos boatos têm sido ditos nas últimas semanas sobre o lado negro, por assim dizer, da turnê “MDNA” de Madonna. E, de fato, há momentos brutais nas duas horas do show. O primeiro segmento, que inclui as novas músicas “Girl Gone Wild” e “Gang Bang”, mostra Madonna massacrando um grupo de assassinos mascarados com uma arma falsa e respingos de sangue ao longo da enorme tela.

“Bang, bang / Te matei / E não me arrependo”, ela sussurrou sobre a lenta batida. O banho de sangue em alta definição fez a multidão do Toyota Center gritar. E tem mais: ela está politizada! Ela canta várias canções novas! Ela apoia os direitos dos homossexuais! E a banda punk feminista Pussy Riot!

“Qual é o problema, você não gosta da minha bunda?”, Madonna perguntou depois de um “strip-tease” em “Human Nature” revelar “Obama” estampado ao longo de suas costas e receber algumas vaias (mas os gritos venceram no final).

“Não subestimem a Democracia”, ela disse à multidão. “Continuo dizendo isso, e vou dizer aonde quer que eu vá. Precisamos apreciar o que temos. Não me importo em quem você vote, mas vote!”.

Mas o imperdoável (pelo menos àqueles que ainda não foram a nenhum show) é o horário de início. Madonna entrou no palco por volta das 22h45. Atrasada, pra ser exato, mas é algo comum se você já a viu em turnês recentes. O DJ/Produtor Martin Solveig abriu o show e foi acompanhado por David, o filho mais novo de Madonna. Poucas pessoas pareceram se importar com a espera.

Na verdade, foi divertido assistir à parada da moda pré-show: perucas rosas e roxas, pulseiras e laços da era “Virgin”, muitas penas e couro, até mesmo ombreiras de futebol cobertas em paetês. Havia faíscas e calças justas e muita maquiagem (grande parte nos garotos). Mais de 2 milhões de fãs terão visto a turnê quando ela chegar na América do Sul, e a atmosfera de festa só vai somar a todo o esplendor.

O show começou em meio a um redemoinho de fumaça e cânticos, com dançarinos vestidos de monges e gárgulas congregando. Madonna apareceu, armada, com a tensão provocante de “Girl Gone Wild”. Elevadores iam pra cima e pra baixo. Imagens piscavam na tela. Daí, a violência, que seguiu a um segmento igualmente nefasto apresentando “Papa Don’t Preach” e “Hung Up”. Mas foi menos “vida real” e mais Russ Myers (ver nota), com Madonna como a perfeita heroína/vilã vestida de couro.

Ela estava em forma e dançando muito, muitas vezes de salto alto, quase em todas as músicas. O show é feito para o Pop em cada ângulo, quase sem intervalos. Uma montagem angustiante preparou “Nobody Knows Me” (do álbum “American Life”) e apresentou dedicatórias a adolescentes gays levados ao suicídio por “Bullying”, incluindo Asher Brown, que frequentava a Hamilton Middle School no Distrito Escolar Independente Cypress-Fairbanks.

Muitos artistas inferiores já passaram pela mesma arena, mas nenhum mostrou a mesma combinação de confiança, carisma e atitude de Madonna.

De muitas formas, a Turnê MDNA é um estudo de contrastes. A abertura frenética abriu espaço para uma sequência radiante e alegre que incluiu uma combinação inteligente de “Express Yourself” e “She’s Not Me”, de Madonna, com “Born This Way”, de Lady Gaga. (Malícia é um pré-requisito pra ser Diva, especialmente com um golpe tão óbvio.) A dançarina Madonna foi acompanhada por bateristas retumbantes, no palco e suspensos no ar, durante “Give Me All Your Luvin'”, e foi impossível não se contagiar no palco primoroso.

O trio de folk Basco Kalakan trouxe um talento cigano para “Open Your Heart”, que apresentou uma participação do filho Rocco, de 12 anos; e “Masterpiece”, a única balada do show, um destaque sincero. “Vogue”, ainda uma perfeição pop, permaneceu virtualmente intocada. Mas “Like A Virgin” foi transformada numa triste valsa.

O trecho final foi repleto de Majestade Pop, da batida disco de “I’m Addicted” à iluminada, animada, entoada pela multidão “Like A Prayer”. A última música “Celebration” foi simplesmente isso – uma tampa efervescente para uma noite de amor, morte, redenção e liberdade de expressão.

(Nota: Russ Myers foi um diretor de cinema e fotógrafo americano conhecido principalmente por ter escrito e dirigido uma série de filmes de baixo custo de exploração sexual, que apresentavam sátiras maliciosas e atrizes com grandes seios.) Joey Guerra

Review do jornal Chron Houston.

Madonna se politiza e mostra a bunda para multidão em Los Angeles

By Randall Roberts – Los Angeles Times Pop Music Critic

Mais um review da passagem de Madonna por Los Angeles com a MDNA World Tour.

Madonna

Contorcionistas humanos se fantasiaram com asas. Monges de túnicas e padres misteriosos cantando em voz baixa. Tiroteios em hoteis decadentes. Assassinatos cheios de drama, com sangue derramado numa tela do tamanho de um outdoor, além de um giratório guerreiro ninja Nunchuku.

Estes dramas musicais e o retorno em destaque da cantora pop Madonna a Los Angeles na noite de quarta-feira (10/10), onde ela apareceu no Staples Center para o primeiro de dois shows em divulgação ao álbum MDNA.

E esse foi apenas o primeiro ato.

Por várias vezes, no segundo e terceiro atos, ela levou uma bateria flutuante que tocou enquanto se pendurava nas vigas de suporte, girou um cassetete em uníssono com os dançarinos/líderes de torcida e confortou uma tropa de dançarinos soldados com um violão acústico, violino e a batida de Masterpiece.

Ela flutuou num carro cromado sobre o palco e arrastou-se numa escada próxima ao público, apertando a mão de um fã. A energia alegre que iluminou o rosto de um homem de meia idade enquanto Madge olhou fixamente pra ele impulsionou o Staples Center.

Certamente! Ela é Madonna e ninguém faz isso melhor. Nem Lady Gaga, Katy Perry, Britney Spears, Ke$ha, Rihanna, Christina ou qualquer estrela pop de outras gerações que usaram como modelo os shows detalhadamente montados, as coreografias, os projetos artísticos e os espetáculos. Algumas delas podem ser cantoras melhores ou mais acrobáticas, ou até oferecer ingressos mais baratos – assentos bons custaram mais de 300 dólares – mas ninguém se provou tão adepta na entrega de um bom espetáculo como Madonna.

Uma evidência: o modo sugestivo no qual ela incorporou o refrão de Born This Way, da Lady Gaga, em Express Yourself. Apresentada tanto como uma provocação e como uma ponte de gerações, o gesto personificou as formas com as quais Madonna adotou suas crias pop, o que deve ser ressaltado, já que o álbum divulgado é um dos mais desafiadores da carreira. Um esforço em vão de continuar sua dominação das paradas competindo com artistas que têm metade da idade dela, a abordagem pareceu um pouco desesperada.

Ela encheu o show com faixas do MDNA, com as cinco primeiras músicas acrobaticamente coreografadas com inspiração em filmes policiais. Daí, o drama cresceu, em suas seduções musicais e nos intervalos.

E, como de costume, ela deu um sermão, desta vez focado na banda russa Pussy Riot e no recente tiroteio a uma garota paquistanesa de 14 anos, Malala Yousafzai, supostamente pelos Talibãs. Ela protestou com a voz e, com a música, chocou e impressionou.

Rolando no chão durante Human Nature, ela tirou o sutiã e virou de costas pro público. Com muita sedução, baixou as calças para revelar a bunda e, um pouco acima, o nome Malala.

Os sucessos continuaram muito bem organizados. Vogue foi executada em preto e branco; I’m A Sinner mostrou Madonna tocando guitarra numa versão mesclada como música indiana; Like A Prayer apresentou um coral de 30 pessoas formado pelos dançarinos que, ao longo da noite, mostraram força e agilidade.

Combinada, a Rainha do Pop entregou um grande espetáculo, com quase duas horas de uma performance ridiculamente alegre. Não é de estranhar porque os ingressos foram tão caros. Foi um negócio sério que exigiu muita mão-de-obra (sem camisa e muscular), além de muita energia feminina e misticismo.

VÍDEOS

Madonna canta “Everybody” em San José. Leia o discurso completo sobre o aniversário do single

Madonna


Madonna com suas surpresas no MDNA Tour. Depois de inserir “Holiday” e “love Spent”, logo após o seu discurso, ela cantou a música “Everybody”, Madonna cantou no show do MDNA Tour em San José seu primeiro single lançado e que completou 30 anos nesta sexta. Assista aos vídeos.

No discurso, Madonna diz: “É uma honra está neste palco me apresentando para vocês está noite. Hoje é um dia muito especial para mim. É o 30º aniversário do lançamento do meu primeiro single (aplausos e reverências no meio de vários Obrigada). Eu me lembro até hoje a experiência incrível que foi quando ouvi essa música pela primeira vez no rádio. Tendo deixado a minha cidade, vivendo como uma maluca por muito tempo, imaginando, quando e se alguma coisa boa iria acontecer algum dia para mim. Bom, cuidado com o que desejam, é tudo que eu posso dizer. E eu sou um exemplo perfeito, a ilustração de que sonhos sim se realizam. Mas eu não vou ficar aqui repetindo coisas que a maioria de vocês já sabe porque eu sei que muitas das pessoas que moram e trabalham aqui fazem com que sonhos se realizem para muitas pessoas. Essa é a cidade onde muita coisa inovadora e criativa acontece. E todos tem o poder de tocara as pessoas no universo todo. Portanto, vamos usar isto, esta possibilidade, vamos usar isto sabiamente. Não sejamos “haters”, não sejamos “bithces” OK, sabemos que somos isto algumas vezes. Sejamos acima de tudo “lovers”. Então, somente para mostrar o quanto eu amo vocês, eu vou tentar dar o meu melhor, cantando “Everybody” para vocês esta noite. Mas lembrem-se, isto já tem 30 anos, não sei se me lembrarei da letra. Vocês me ajudam? Eu quero que vocês do triângulo me dirijam. Quero que cantam alto e me ajudem. E vocês das cadeiras também. Então, vamos lá”

EVERYBODY 30 ANOS

Chegar aos 30 é sinônimo de amadurecimento. Para uma música pop, cuja urgência é o seu maior mérito, chegar aos 30 anos consegue ser um feito ainda maior. Ontem, 6 de outubro, Everybody completou três décadas de lançamento. O primeiro single lançado profissionalmente por Madonna, num longínquo 1982, é a prova cabal de até onde a obstinação de uma pessoa pode levá-la.

A então bailarina Madonna, recém-chegada a Nova York, batalhou um bocado até conseguir que sua música fosse ouvida pelos DJs do pós-disco. Escrita por ela, em parceria com Steve Bray, Everybody teve sua primeira chance pelas mãos do DJ Kamins, que tocou a fita demo na Danceteria, clube noturno do momento, em Manhattan. Depois de pular nas mãos de vários DJs da época, Madonna assinou contrato com a gravadora Sire para lançar dois singles e, a partir daí, tudo é história.

Aquela canção de cinco minutos, que tem a aura e o frescor das pistas de dança do início dos anos 1980, não chegou ao topo das paradas. Também não foi o maior sucesso do primeiro álbum de Madonna – Borderline eLucky Star alcançaram posições mais altas nos charts americanos. Apareceu em apenas duas turnês da cantora (Virgin tour e Girlie Show) Mas, ainda assim, Everybody é uma daquelas músicas que são o retrato fiel de uma época, que fazem a gente sentir vontade de colocar um salto alto, uma roupa bacana e dançar como se não houvesse amanhã.

Assista ao clipe

Madonna diz ter sido ‘irônica’ ao chamar Obama de ‘muçulmano’

Madonna

Madonna disse na terça-feira (25) que estava sendo “irônica sobre o palco” ao se referir ao presidente Barack Obama como um “muçulmano negro”, durante show na véspera em Washington. Um vídeo gravado por um espectador e colocado no YouTube mostra Madonna, de 54 anos, fazendo um discurso político sobre a liberdade, em termos inflamados e com muitos palavrões.

“Agora, é tão bacana e incrível pensar que temos um afro-americano na Casa Branca (…), temos um muçulmano negro na Casa Branca (…), significa que há esperança neste país, e Obama está lutando pelos direitos dos gays, então apoiamos o homem”, disse Madonna.

Obama, que disputa a reeleição em 6 de novembro, é um cristão praticante. Reagindo ao furor midiático causado pela frase, Madonna divulgou nota na terça-feira dizendo que a referência religiosa foi uma brincadeira. “Eu estava sendo irônica sobre o palco. Sim, sei que Obama não é muçulmano – embora eu saiba que muita gente nesse país acha que ele é. E daí se ele fosse?”

“O que eu estava argumentando é que um homem bom é um homem bom, não importa para quem ele reze. Não ligo para qual é a religião de Obama – e ninguém mais na América deveria ligar.”

Desde a primeira candidatura presidencial de Obama, em 2008, grupos minoritários e oponentes ignorantes espalham rumores de que ele seria secretamente um seguidor do islamismo – boatos semelhantes às declarações persistentes e também falsas de que ele teria nascido fora dos EUA, sendo portanto inelegível para a presidência.

Madonna apoia abertamente Obama, e em shows recentes foi vista com o nome dele escrito nas costas. Esse tem sido um ano de muitas polêmicas políticas para a cantora. Em julho, num show dela em Paris, a imagem da líder ultradireitista francesa Marine le Pen apareceu no telão superposto a uma suástica. A Frente Nacional, partido de Le Pen, prometeu processar Madonna.

Em agosto, durante shows na Rússia, a cantora causou polêmica com autoridades locais ao defender o direito dos homossexuais, e também se manifestou pela libertação de três integrantes da banda punk feminina Pussy Riot que foram condenadas a penas de prisão após fazerem um protesto contra o presidente Vladimir Putin numa catedral moscovita.

Madonna chama Barack Obama de ‘negro muçulmano’ em show em Washington

Madonna

Em ano de eleições nos Estados Unidos, Madonna não deixaria de falar sobre suas escolhas políticas, claro. Durante show do MDNA Tour realizado em Washington, nesta segunda (24), a cantora fez declarações polêmicas sobre Barack Obama, atual presidente dos EUA e candidato democrata à reeleição.

Depois de falar sobre a sua admiração por figuras como Abraham Lincoln e Martin Luther King Jr., Madonna discursou sobre o presidente. “É tão assombroso e incrível pensar que temos um afrodescendente na Casa Branca. Todos vocês vão votar no Obama, ok? Bem ou mal, temos um negro muçulmano na Casa Branca, certo? Isso significa que existe esperança no mundo. E Obama está lutando pelos diretos dos gays, certo? Então apoiem o homem, porra! Estou com vocês; e vocês, comigo?Assim vocês farão melhor votando em… Obama, de acordo?”, completou.

As declarações de Madonna geraram certa polêmica, como sempre, principalmente por ela ter se referido a Obama como ‘negro muçulmano’. O presidente dos EUA é negro e tem raízes muçulmanas, mas não é praticante da religião. Ao suscitar essas características de Barack, Madonna mexeu em um terreno controverso e cheio de vieses muito profundos.

Mais de um em cada três eleitores republicanos conservadores ainda pensam que Obama -que se tornou o primeiro presidente negro dos Estados Unidos em 2008 – é muçulmano, indicou um estudo do início deste ano, quase quatro anos depois de o mandatário ter assumido o cargo.

O geral, 17% dos 3.000 eleitores consultados em junho e julho acreditavam que Obama era muçulmano, apesar de este, um cristão que frequenta a igreja, ter manifestado diversas vezes as suas crenças religiosas, indicou o Pew Research Center.

Obama tentará a reeleição no dia 6 de novembro, enfrentando o republicano Mitt Romney.

Assista ao vídeo:

Crítica Washington: “Tudo que Madonna mostrou fez os shows de outros artistas pop parecer superficiais e pequenos”

Madonna - Washington - Revolver

Madonna no Verizon Center – Washington, DC
Por Dave McKenna, segunda-feira, 24 de setembro 11:58

Madonna, a Diva Boa e a Diva Má, enfrentaram-se neste domingo, 23, no Verizon Center, na primeira de duas noites na Cidade. E Boa acabou triunfando.

Mas levou um tempo. Como uma verdadeira Diva Má, Madonna subiu ao palco às 22:30, duas horas e meia após o horário previsto do show. O atraso atrapalhou bem mais que os afazeres domésticos; a organização da arena foi forçada a fazer um acordo com o Metrô para a prorrogação do prazo habitual de serviço à meia-noite. Madonna, no entanto, certamente foi beneficiada financeiramente com o adiamento, porque uma parte da plateia, composta de fãs que tinha pago de US$59 a US$390 por bilhete, matou tempo visitando as lojinhas de mercadorias, gastando um adicional de US$45 em camisetas oficiais de “I’m a Sinner” ou com os DVDs de ginástica “Addicted to Sweat” (com exercícios chamados “Get Wet” e “Dripping Wet”)

Quando o show realmente começou, o lado benevolente da superdiva Madonna apareceu. Tudo que Madonna mostrou para os fãs fez os shows de outros artistas pop, como Britney Spears e J.Lo, parecer superficiais e pequenos. Madonna aparentemente tem os melhores dançarinos, coreógrafos e designers, e um orçamento muito maior do que todos os outros. Como Nicki Minaj disse à plateia em uma participação especial em vídeo mostrado no final de “I Dont Give A…”:”Há apenas uma rainha, e é Madonna.”

Logo na abertura: Com o palco cheio de homens musculosos em roupas de monge e contorcionistas em pedestais colocando os pés atrás de seus pescoços e um turíbulo dourado lançando fumaça balançando para lá e para cá na frente de uma catedral gigante, enquanto alguns cantos gregorianos de densa sonoridade soaram sobre o público, Madonna desce de um oratório vestindo um macacão preto e empunhando um rifle. A música medieval foi então substituída por Madonna sussurrando, “Oh, my God!” repetidamente antes de mostrar seu mais recente single, “Girl Gone Wild”. E enquanto esfregava-se em seus dançarinos um gigantesco telão mostrava o que parecia ser o fim do mundo. Madonna sobreviveu a este mini-armageddon com energia suficiente para pegar o rifle e metralhar a multidão mais uma vez antes do final canção.

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Ela manteva esse nível bombástico por mais de duas horas de show.

O espetáculo de Madonna, chamado de MDNA Tour, é certamente sua produção mais violenta até o momento. Durante a performance de “Gang Bang”, o palco tornou-se um quarto de motel decadente em que ela bebeu uísque e usou armas de fogo para matar alguns bandidos. Ela montou seu corpo em um teatral mas confuso impulso pélvico, gritando “Morra vadia!” várias vezes, embora não fosse claro se todas as letras eram cantadas ao vivo. Enquanto isso, os telões mostravam tanto sangue espalhado que faria Quentin Tarantino ter náuseas.

Apesar de Madonna, de 54 anos, parecer um pouco velha para ter esse fascínio pela violência “cartoonesca” e macabra, seus fãs tem idade o suficiente para lidar bem com isso. Longe vão os dias em que milhões de meninas adolescentes expressavam sua individualidade coletivamente vestindo as mesmas roupas de gosto duvidoso que sua ídola usava no palco ou em vídeos.
“Ninguém veio vestido (de Madonna) hoje à noite!”, lamentou Lauren Bruzonic, de 34 anos, de Annandale, no saguão do Verizon Center que estava com quatro amigas de 30 e poucos anos vindas de sua terra natal, Virgínia do Norte enquanto esperavam o show começar. Quase todos estavam com roupas comuns, mas Bruzonic e sua galera usavam velhos bustiês e crucifixos em forma de tributo ao seu ídolo.

“Eu era apaixonada pela Madonna quando eu era uma menina – e que menina não era?” Bruzonic disse. “Eu estou aqui porque todas as suas canções antigas ainda me fazem feliz.”

Fãs que estiveram com Madonna desde a época em que Bruzonic estava , sem dúvida estavam preparados para todo o escândalo que caracterizou este show. Mas a plateia parecia muito mais atenta e interessada quando Madonna canalizava seus atenções focando sua energia em coisas mais lúdicas e divertidas. Ela vestiu uma roupa de majorette para “Express Yourself” e enquanto um grupo de tocadores de tambor balançava em cima da cabeça de todos (nota do tradutor: acho que ele juntou as performances de “Express Yourself” e “Give Me All Your Luvin'” como sendo uma só), Madonna girava o seu bastão, talvez recriando movimentos que ela usou durante seus dias como cheerleader. Aí, antes da música acabar, Madonna levantou a saia e dançou com o bastão. Os fãs deliraram, assim como deliraram com ela gritando: “Bata o bumbum com seu vizinho!” em meio a sexy performance de “Holiday” ou de seu já conhecido sutiã de metal cônico repaginado em “Vogue”, e com ela abaixando suas calças em “Human Nature”.

Mas um show de Madonna não é totalmente dependente de uma ousadia pré fabricada, vozes pré-gravadas ou exposição de suas partes íntimas. As luzes da casa acenderam quando “Like a Prayer” começou, e Madonna levou coro contratado e mais cerca de 20.000 cantores voluntários a entoar o hit 1989 em uma única voz. Nenhuma arma foi disparada nem nenhuma virilha agarrada. Nenhuma palavra obscena foi proferida. No entanto, “Like a Prayer trouxe mais prazer e emoção que se esperava do espetáculo na arena, mesmo que a atração principal tenha feito os fãs esperarem tudo o tempo que Madonna fez.

Brava, diva!

(McKenna é um escritor freelance. Washington Post) Obrigado a Jorge Luiz pela boa vontade na tradução do review. You Rock Baby!

VÍDEOS

Chicago: “Show de Madonna no United Center cheio de flash e bajulação”

Madonna se apresentou na noite desta quarta e quinta-feira com o MDNA Tour no United Center, em Chicago. Ela fez a alegria dos fãs ao cantar na noite de ontem, após “Like A Virgin”, “Love Spent.” Ainda teve novamente “Holiday.”

Esta crítica foi escrita pelo jornal “Chicago Sun-Times” por Thomas Conner. Ele mostra todo conservadorismo do Estado de Illinois de uma mídia bem conservadora e partidária, então não tem como falar bem de Madonna não é? Lembre-se que estamos em epoca de eleição nos EUA e lá as coisas sao bem mais acirradas por aqui. Madonna apoia o Obama que é Democrata, a linha mais liberal da disputa, e um jornal que segue a linha republicana nunca iria elogiá-la.

Madonna
No início dessa semana, Madonna provocou um pequeno rebuliço com uma leve cortada a Lady Gaga, se referindo a ela durante um concerto e adicionando: “A imitação é a mais sincera forma de elogio.”

Quarta-feira à noite, no Chicago United Center, o primeiro dos dois concertos lá essa semana, Madonna novamente soltou o refrão de “Born this Way” da Gaga no meio do refrão da sua “Express Yourself” – com certeza que são parecidas – mas continuou sem nenhum comentário. Bom, quase. Ela cantou um pouco de “She´s Not Me” no finalzinho.

Soa como uma paranoia maldosa da inigualável rainha do pop, como se a Material Girl – o 1% se é que já existiu – tivesse adotado o novo slogan Republicano ( “Nos o construímos” ) e seu falso senso de um individualismo grosseiro. Madonna abriu espaço para as mulheres do pop durante os anos 80 e pode facilmente justificar seu amor ao redor do mundo, mas o seu sucesso é uma verdadeira colcha de retalhos barata, uma síntese inteligente do melhor entre os melhores. O show de quarta só veio aumentar a longa lista de filmes e de artistas que ela mesma elogia com imitações.

Na verdade, a abertura do concerto de duas horas – cheio das projeções usuais e pesados hoofings, com um simbolismo religioso e exibicionismo gratuito – encontra a megastar da Geração X, agora com 54 anos, encenando cenas violentas como se estivesse atuando em um filme de Tarantino ( ou seria em um de seu ex-marido Guy Ritchie? ). Quebrando uma janela de igreja e carregando uma metralhadora, Madonna e sua legião de dançarinos se jogam em várias cenas violentas, que incluem apontar armas para a multidão várias vezes e desaparecer no meio de sequestradores – seu sangue espirrando nas telas de projeção – enquanto canta “ Quero vê-lo morrer, de novo, e de novo, e de novo.” ( Gang Bang )

Tirando as suas táticas chocantes baratas, não é exatamente a coisa mais agradável de se assistir ao final deste verão em específico aqui em Chicaco.

Em uma declaração anterior, Madonna descreveu sua MDNA Tour, que promove seu novo album (altamente criticado, apesar de que eu não o detestei) como “uma jornada da alma da escuridão até a luz”, assim como “parte espetáculo e, em alguns momentos, uma performance artística intimista.” A produção do nível Broadway aparece sim, eventualmente, apesar de ser desprovida de arte e mais próximo do espetacular. Monges e seus mantos rapidamente se transformam em rapazes sarados sem camisa (Girl Gone Wild), líderes de torcidas e pequenos tocadores de tambor fazem sua parte (Give Me All Your Luvin’). Existe o cross-dressing e dança de mãos (Vogue) e tudo termina num momento “Tron encontra Tetris”, sinta-se bem e dance (Celebration).

Os melhores momentos portanto estão no meio do show, sem toda a parafernália. Ela canta “Turn Up the Radio” sozinha e um microfone na passarela tocando sua guitarra, nada mais. “Open your Heart” se transformou em um arranjo Basco interessante, com a participação total dos dançarinos passeando pelo palco como pessoas normais ao invés de coreografias mirabolantes. (Aqui também aparece seu filho de 11 anos, Rocco Ritchie tentando alguns movimentos e sorrindo de uma orelha até a outra ). Depois vem “Holiday”, relaxada e espontânea.

É um momento natural e revigorante, e dá a Madonna a chance de se espremer entre algum momento de bajulação a Oprah (ela foi a última a se despedir de Oprah no United Center no início do ano passado) e entregar um impromptu sobre o auto-poder, trantando-se uns aos outros com respeito.

Performer, regozige-se. Seu legado está seguro e pavimentado para toda uma geração por vir – a plateia desta quarta era mais ou menos da minha idade – se você adotar Gaga debaixo de suas asas ao invés de ficar mostrando suas garras para ela. Vá e ensine a garota uma coisa ou duas. Ela precisa disso.

Madonna fala sobre Oprah no discurso do show antes de “Masterpiece”.

A última vez que estive aqui foi por causa de Oprah Winfrey. Ela é uma mulher incrível, uma mulher para se olhar para cima e admirar. Não temos um monte de modelos no mundo nos dias de hoje. Ela tem feito muito para mudar o mundo e eu sou muito grata a ela por isso, mas você não precisa ser a Oprah Winfrey para mudar o mundo. Você não precisa de ser eu a mudar o mundo. Você só precisa ser você. Você precisa deixar sua luz brilhar. Eu sei que você já ouviu isso antes, mas você poderia se lembrar depois do show para deixar sua luz brilhar, para tratar um ao outro com respeito, para não votar em Mitt Romney. Obrigado. A festa acabou.”

“Love Spent” e “Holiday”