Madonna começa sua turnê mundial, Madonna MDNA World Tour, no final deste mês em Israel. Duas semanas antes do primeiro show, uma lista de músicas que farão parte da tour foi divulgada. Se alguém acredita neste setlist, Madonna deve interpretar oito músicas de seu último álbum “MDNA” e clássicos.
A tour inicia no dia 31 de maio em Tel Aviv, em Israel. De acordo com um novo setlist que circula, Madonna deve abrir o show com uma faixa antiga e não por uma faixa do álbum MDNA. Pelos rumores, a rainha do pop surge no palco cantando a música “Act Of Contrition”, do álbum “Like A Prayer”, de 1989, e segue com o segundo single de seu novo álbum “Girl Gone Wild” com trechos de “Material Girl”, “Revolver” (2009) e então mais uma faixa do álbum MDNA, “Gang Bang”, “Papa Não Preach” (1986) e “Hung Up” (2005).
A surpresa? Rumores dizem que Madonna decidiu fazer um “tributo” (entenda como quiser) indireto a cantora Lady Gaga num mashup de “Express Yourself” com a música “Born This Way”, de Gaga. Como as faixas são semelhantes e geraram tanta polêmica para Lady Gaga, qual será a intenção de Madonna com isso?
As faixas do álbum MDNA, de Madonna, que até o momento estão no setlist do MDNA World Tour são “I Don’t Give A”, “Turn Up The Radio”, “Give Me All Your Luvin'”, a balada “Masterpiece”, “I’m Addicted” e “I’m A Sinner”.
Apesar da ausência de faixas dos álbuns “Music” e “Ray of Light” no setlist até o momento, clássicos antigos como “Open Your Heart”, “Justify My Love”, “Vogue”, “Human Nature” e “Like A Virgin” incorporarão a nova tour de Madonna.
1- Act of Contrition (from Like A Prayer, 1989) 2- Girl Gone Wild (meets Material Girl) (from MDNA, 2012) 3- Revolver (from Greatest Hits, 2009) 4- Gang Bang (from MDNA, 2012) 5- Papa Don’t Preach (edit) (from True Blue, 1986) 6- Hung Up (MDNA remix) (from Confessions On The Dance Floor, 2005) 7- I Don’t Give A (rock remix) (from MDNA, 2012) 8- Best Friend/Heartbeat (interlude) 9- Express Yourself (meets Born This Way) (from Like A Prayer, 1989) 10- Turn Up the Radio (from MDNA, 2012) 11- Give Me All Your Luvin’ (Just Blaze remix) (from MDNA, 2012) 12- Open Your Heart (meets Sagarra Jo by Kalakan) (from True Blue, 1986) 13- Masterpiece (featuring Kalakan) (from MDNA, 2012) 14- Justify My Love (William Orbit remix -interlude) (from The Immaculate Conception, 1990) 15- Vogue (from I’m Breathless, 1990) 16- Candy Shop (from Hard Candy, 2008) 17- Human Nature (from Bedtime Stories, 1994) 18- Like a Virgin (from Like A Virgin, 1984) 19- Nobody Knows Me (interlude) 20- I’m Addicted (from MDNA, 2012) 21- I’m a Sinner (meets Cyberraga) (from MDNA, 2012) 22- Like a Prayer (from Like A Prayer, 1989) 23- Celebration (from Greatest Hits, 2009)
Nada oficialmente confirmado pela equipe de Madonna, mas em duas semanas, todos os mistérios serão relevados.
Madonna e seu novo álbum MDNA, teve, segundo o site da Forbes.com, a maior queda do ano em termos de venda nos Estados Unidos em sua segunda semana na parada da Billboard e também a maior estréia em vendagem de 2012.
MDNA, de Madonna vendeu aproximadamente 47 mil cópias em sua segunda semana nos Estados Unidos, uma queda de 88% nas vendas. Na primeira semana, o álbum vendeu 359.000 mil unidades e entrou direto em #1 lugar no Top 200 da Billboard.
Lionel Ritchie e seu álbum “Tuskegee”, que competiu com Madonna para o primeiro lugar, teve uma queda de 47% nas vendas em sua segunda semana e vendeu 110.000 mil unidades esta semana. O resultado oficial será divulgado pela Billboard nesta quarta-feira.
O Top 10 provavelmente ficará assim:
DEBUT 1 – NICKI MINAJ – 251,551 PINK FRIDAY… ROMAN RELOADED
3/2 – ADELE – 151,993 +22% 21
DEBUT 3 – RASCAL FLATTS – 131,355 CHANGED
2/4 – LIONEL RICHIE – 103,645 -48% TUSKEGEE
6/5 – ONE DIRECTION – 91,494 +89% UP ALL NIGHT
DEBUT 6 – OF MONSTERS & MEN – 55,058 MY HEAD IS AN ANIMAL
5/7 – HUNGER GAMES: SONGS FROM DISTRIC – 50,637 -12% SOUNDTRACK
1/8 – MADONNA – 46,515 -87% MDNA
DEBUT 9 – MARVIN SAPP – 44,829 I WIN
4/10 – SHINEDOWN – 35,953 -65% AMARYLLIS
Forbes destaca a forma de promoção de Madonna com MDNA, que não teve NENHUMA divulgação em TV, mas que metade das vendas do álbum vieram com as vendas dos ingressos para sua nova tour, o Madonna World Tour. É fato esclarecer que quando se comprava o ingresso para algum show nos Estados Unidos, o cliente recebia junto o álbum MDNA como parte da compra COMO OPÇÃO.
O novo álbum de Madonna MDNA emplacou o single GIVE ME ALL YOUR LUVIN’ no 10º lugar, enquanto que o segundo single GIRL GONE WILD encontra-se em primeiro na parada Club Play da Billboard. “Até o momento, MDNA não teve nenhum single de sucesso no Hot 100 da Billboard, qualquer jogada de marketing nas rádios e promoção em TV. Madonna não apareceu em nenhum programa de TV. Mas ao contrário do álbum, sua turnê organizada pela Live Nation será um dos maiores sucessos de todos os tempos, então Madonna não há de se preocupar com sua situação financeira.” (Forbes)
O álbum MDNA é o 9º álbum mais vendido de 2012 (e o 3º maior lançamento de 2012), segundo apurações (que apenas ocorrem nos principais países):
1. Adele “21” 5.131.000
2. Lana Del Rey “Born To Die” 1.186.000
3. Coldplay “Mylo Xyloto” 1.178.000
4. Whitney Houston “Greatest Hits” 1.002.000
5. Rihanna “Talk That Talk” 836.000
6. Bruce Springsteen “Wrecking Ball” 828.000
7. Adele “19” 824.000
8. Amy Winehouse “Lioness: Hidden Treasures” 783.000
9. Madonna “MDNA” 745.000
10. LMFAO “Sorry for Party Rockin” 742.000
Lembrando que em sua segunda semana de vendas, o álbum Born This Way, de Lady Gaga, caiu 85% nas vendas.
Anualmente, a TIME MAGAZINE faz a sua lista das 100 pessoas mais influentes do mundo e essa lista muito elogiada vem sempre acompanhada de listas suplementares, incluindo a dos 100 maiores ícones da moda de todos os tempos.
A maioria da lista é composta por designers e marcas, modelos e fotógrafos, mas muitas celebridades que serviram de inspiração para a moda figuram na lista como Josephine Baker, James Dean, Farrah Fawcett, Jean Harlow, Audrey Hepburn, Grace Kelly, Bettie Page e a princesa Diana e artistas como Beatles, David Bowie, Michael Jackson, Madonna e (sim) Lady Gaga. Ah, a primeira dama dos Estados Unidos não poderia faltar nas 100 mais: Michelle Obama.
A revista destaca a influência de Madonna como um ícone fashion e escreveu: “Ela abraçou no início como um ídolo de moda — especialmente para a geração mais jovem — Madonna nunca deixou de nos surpreender e tão pouco em nenhum momento perdeu o controle da sua carreira ou sua aparência. De vestido de noiva aos famosos sutiãs de cone a boxeadora, qualquer coisa que Madonna usou virou referência para uma legião de pessoas ao redor do mundo.”
Gaga é elogiada por ser “tão notória em seu estilo escandaloso do que seus hits pop.”
O primeiro álbum de estúdio de Madonna pela Interscope, MDNA, depois de mais de 25 anos como artista da Warner Music, debutou em 1º lugar no Reino Unido com vendas de 56,335 mil cópias, 155.84% de diferença em relação o segundo colocado, David Guetta Nothing But The Beat, com vendas de 22,020 mil cópias.
MDNA é 12º álbum de Madonna a emplacar a primeira posição se considerarmos a trilha sonora de EVITA, de 1996. Sendo assim, ela ultrapassa Elvis Presley que detinha o recorde de artista solo com mais #1 álbuns. No entanto, ela se iguala a Elvis como top solo artist. The Beatles continuam como os artistas com mais álbuns em primeiro lugar com um total de 15 number ones.
Apesar das vendas fortes em relação ao DJ e produtor David Guetta, MDNA vendeu consideravelmente menos que seu álbum de estúdio antecessor, Hard Candy, que abriu a primeira semana com vendas de 94,655 cópias em maio de 2008, e menos ainda com o 10º álbum de Madonna, Confessions On A Dancefloor, 217,610 mil cópias em seu debut em 2005.
MDNA é o sexto disco número 1 de Madonna no século 21, igualando-se a banda Westlife e ao rapper Eminem, mas atrás do britânico Robbie Williams com sete álbuns no topo das paradas desde 2000. Contando com o álbum Progress, do Take That, Robbie possui oito álbuns #1, e Eminem com sete discos se contarmos seu D12 World.
Madonna também, desde 2000, soma agora oito semanas em 1º lugar, ficando atrás de artistas como:
– Robbie Williams (24 semanas como cantor solo)
– Eminem (23)
– Adele (22)
No total de semanas no Top 75, Madonna soma com MDNA 337 semanas – sendo a 9º artista da lista com mais semanas no Top 75, já que P!nk domina como cantora solo (372 semanas). A banda Coldplay lidera com 436, Take That com 389 e Robbie Williams 382 semanas.
Madonna também é uma das maiores vendedoras de álbuns do século 21 até dia 25 de março, totalizando 7,279,423 milhões. Na sua frente temos Robbie Williams com 14,043,554 milhões, Westlife (11,703,404), Coldplay (10,723,737), Take That (10,698,446), Eminem (8,764,179 solo), Michael Jackson (8,560,586 solo) e Michael Buble (7,864,929). Este número é suficiente para fazê-la a top female solo artist. Madonna está à frente da cantora Adele (6,250,566), P!nk (6,235,719), Dido (6,192,295) e Rihanna (5,860,745). Se você acha que Lady Gaga deveria estar entre as que mais venderam, mero engano, suas vendas são de 3,892,092.
MDNA não é o único álbum de Madonna a estrear no Top 75 esta semana. O caça-níquel da Warner, The Complete Studio Albums 1983-2008 – a Maverick/Warner Bros./Sire/Rhino box set – contendo seus 11 álbuns de estúdio, debutou no #70 lugar vendendo 2,055 mil unidades.
UK 2000-2012
Artistas com mais #1 álbuns
#1 Robbie Williams (7)
#2 Madonna (6)
#2 Westlife (6)
#2 Eminem (6)
Mais semanas no Top 75
#1 Coldplay (436)
#2 Take That (389)
#3 Robbie Williams (382)
#5 Pink (372)
#9 Madonna (337)
Artistas que mais venderam
#1 Robbie Williams (14,043,554)
#2 Westlife (11,703,404)
#3 Coldplay (10,723,737)
#4 Take That (10,698,446)
#5 Eminem (8,764,179 solo, plus 725,957 com D12)
#6 Michael Jackson (8,560,586 solo, plus 404,358 com the Jacksons/Jackson 5)
#7 Michael Buble (7,864,929)
#8 Madonna (7,279,423, plus 56,335 MDNA)
Cantoras que mais venderam
#1 Madonna (7,279,423, plus 56,335 MDNA)
#2 Adele (6,250,566)
#3 Pink (6,235,719)
#4 Dido (6,192,295)
#5 Rihanna (5,860,745)
Pode soar estranho, mas as gerações mais novas entenderão melhor o disco de Madonna do que fãs que a viram surgir nos anos 1980. Quatro anos podem não parecer tanto tempo, mas, no mundo da música pop, onde tudo é etéreo, é tempo demais entre um álbum e outro. E foi há exatos quatro anos que Madonna lançou seu último álbum, Hard Candy. Naquela época, Lady Gaga ainda engatinhava em direção à fama. Depois que estourou, porém, passou anos desfrutando com tranquilidade de uma posição central no cenário pop, que a ausência de Madonna lhe permitia assumir. Não uma ausência total: sempre que pode, Madonna faz questão de criticar Gaga, mas a melhor resposta da rainha do pop vem agora, no álbum MDNA.
Ouvintes abaixo dos 20 anos de idade poderiam até confundir os primeiros 30 segundos do disco com um CD de Lady Gaga. Antes de cantar os primeiros versos de Girl Gone Wild, Madonna faz uma prece, seguindo o estilo de referências religiosas que a consagrou nos anos 80 e que foi copiado exaustivamente por Gaga. Mas, se Madonna se sente ameaçada por quem quer que seja (Adele? Lana Del Rey?), ela faz questão de se autoafirmar de formas diferentes neste novo trabalho. Seja inserindo referências ao próprio nome em Give me All Your Luvin’ e ao disco em I’m Addicted, seja fazendo a rapper Nicki Minaj, uma das colaboradoras do disco, proclamar, em I Don’t Give A, que “só existe uma rainha, e essa rainha é Madonna.”
Já na abertura do disco, Madonna relembra com uma prece as referências religiosas que se tornaram uma de suas marcas registradas no começo dos anos 80. Mas a música segue uma linha electro de batidas dançantes, que, assim como Hung Up (2005), tem atmosfera de pista de dança, quase como um remix. Como em toda música eletrônica, a preocupação maior é com o ritmo, portanto, as letras ficam de lado e Madonna canta versos adolescentes, como “As garotas não se comportam mal, mas eu sou má mesmo assim. Ei, ei, ei, a garota ficou selvagem”.
Desde a divulgação dos primeiros singles, MDNA gerou uma série de controvérsias. A primeira, por causa do título, que pode ser interpretado como a abreviação do nome da cantora, mas também como uma referência à droga MDMA (ecstasy), muito associada à cultura da música eletrônica. Depois, porque alguns críticos acham que as letras das músicas não condizem com os 53 anos de Madonna. Em Give Me All Your Luvin’, por exemplo, ela canta em meio a gritos de líderes de torcida: “Não me venha com jogos estúpidos, porque sou um tipo diferente de garota.” Muito velha para isso?
Se sobra ingenuidade nas letras, no entanto, a cantora se mostra experiente em outros aspectos do disco. A começar pela escolha do gênero que domina o álbum, uma opção longe de ser casual. É claro que Madonna ficou conhecida por misturar música pop e disco, mas aqui ela aposta em subgêneros extremamente atuais e que estão por toda a parte nas listas da Billboard, a revista que compila as músicas mais tocadas nos Estados Unidos. Além do electro, que aparece em faixas como Girl Gone Wild, há o techno minimalista e o dubstep, gênero derivado do dub que está em alta nos EUA após o sucesso de artistas como Skrillex. Os últimos compõem, por exemplo, a música Gang Bang, que não por acaso é uma das melhores do CD.
Não é só por meio de seus toy boys (namoradinhos como o modelo brasileiro Jesus Luz) que Madonna se mantém conectada com a juventude. Ela também conta com um time de profissionais especializados em fazerem a rainha do pop soar extremamente atual. Se Hard Candy tinha produção de estrelas do hip hop como The Neptunes, Timbaland e Justin Timberlake, quando aquele gênero estava em alta nos EUA, MDNA traz experts nas batidas eletrônicas, como Benny Benassi (do hit Satisfaction) e Martin Solveig.
Todos estes fatores fazem com que um novo álbum de Madonna gere grande expectativa, ainda hoje. Guardado a sete chaves desde o ano passado, MDNA foi alvo de tanta curiosidade que, neste ano, a apresentação de Madonna durante o Superbowl – a final do campeonato de futebol americano – bateu recorde de audiência na televisão, quando foi vista por 114 milhões.
Adele pode dominar as paradas, Lana Del Rey pode ter o vídeo mais visto do YouTube, e Lady Gaga pode ser a celebridade mais influente do mundo segundo a revista Forbes. Mas, no placar do pop, Madonna ainda dá de dez a zero em qualquer uma delas. (Veja)
Madonna é destaque na edição desta semana da revista VEJA sobre seu novo álbum, MDNA. Leia a reportagem na íntegra.
Não é fácil ser Madonna. Significa, por exemplo, ser desafiada a todo momento por cantoras mais jovens e dispostas, que guardam ainda o ar insolente que ela tinha nos tempos de Like A Virgin. Ou ter vendido 300 milhões de discos e trazido tantas inovações para a música e a dança que cada lançamento seu é analisado com muito mais rigor que o aplicado a qualquer astro pop. Ou ainda passar quase três décadas quebrando barreiras de comportamento e sexualidade e, aos 53 anos, ter de desfilar ao lado de efebos para confirmar-se como símbolo sexual. Por outro lado, nunca foi tão fácil ser Madonna: num cenário em que cantoras como Katy Perry, Lady Gaga e Britney Spears copiam muito mais o comportamento ousado de Madonna do que seu fato para a música, não é preciso muito esforço para bater as rivais. MDNA, o 12º disco de Madonna, nem é o seu melhor. Mas supera com folga concorrência.
Madonna produziu o álbum com um time multinacional – o inglês William Orbit, o francês Martin Solveig e o italiano Benny Benassi – todos descobertos por Madonna quando eles nem sequer tinham uma carreira. Em faixas como Gang Bang, ela flerta com o dubstep, ritmo em ascensão entre as tribos eletrônicas. Outras trazem os raps de Nicky Minaj e M.I.A. (presentes no lendário show de Madonna na final do Super Bowl, em fevereiro). Mas Madonna raramentente sai de sua zona de conforto: música para dançar, com influências da disco e do pop eletrônico, e baladas. Nessa seara, Falling Free, com teclados climáticos e um arranjo de cordas que prima pelo bom gosto, merece figurar entre as melhores canções de seu repertório.
Para quem já fez uma letra antiaborto (Papa Don´t Preach) e protestou contra a Guerra do Iraque (American Life), cantar que “garotas só querem se divertir”, como ela faz em Girl Gone Wild, pode parecer um retrocesso. Mas essa faceta de tiazinha moderna é sucedida por sete canções rancorosas dirigidas a seu ex-marido, o cineasta Guy Ritchie. “Acorde, ex-mulher/ Esta é sua vida/Tentei ser sua mulher/Me diminui/E engoli minha luz”, diz ela em I Don´t Give A. Realmente, não é fácil ser Madonna. Mas ainda é bem melhor do que ser Lady Gaga ou Katy Perry.
Por Sérgio Martins para a revista VEJA Ed.25 de março de 2012. Scan de IQUE in Vogue.
Certamente a melhor definição sobre o legado de Madonna que já li, foi há muitos anos num jornal francês. A autora do texto abria com a declaração: “Foi Madonna, e não o catolicismo, que me fez pensar em usar um crucifixo”. É compreensível.
Dos primeiros anos aos derradeiros dias, precisamos de uma voz que nos guie, ainda que por caminhos incertos, ainda que pela encruzilhada sempre fatídica ou pelo aberto que nos expõe ao nada. Os primeiros e os últimos guias (os pais, professores, algum enfermeiro, algum acompanhante…) muitas vezes não temos como escolher. São imposições, consequências da biologia e do destino.
Todos os outros, no entanto, temos algum poder de decisão, ainda que seja mínimo: amigos, mestres, amantes (lembro aqui a entrega sem concessões presente nas páginas iniciais de A história de O, um dos maiores romances do século passado) e mesmo estrelas pop.
Penso em John Lennon que, para os fãs dos Beatles, era mais importante que Jesus Cristo; penso nos garotos em choque, mas fascinados, com os olhos cercados por rímel de David Bowie; e, claro, em Madonna, uma mulher que há 30 anos não se perde de vista, que se reinventa para ser o mesmo produto de sempre: a católica perturbada entre o prazer e a proibição; entre a confissão pública e o silêncio. Contradições que falam tão alto a nós todos que convivemos com crucifixos nas paredes de casa.
Madonna ergueu seu status mitológico sobre as cinzas de uma tradição musical vitimizada: a disco music dos anos 1970, que já ressuscitou como house music, techno, electro, pop dançante, já recebeu alcunhas terríveis como “música de tusc-tusc” e a incompreensível “e-music”. Pensamos em disco music (ou seja: nas variantes que essa palavra carrega) como um objeto de distração, raramente como o prato principal. É trilha sonora da academia de ginástica, som alto de carros em alta velocidade riscando as ruas de metrópoles ou vilarejos e isca para encontrar um alguém ou O alguém numa pista de dança lotada, como se a noite não fosse um fim em si mesma.
Ainda que munida de rimas banais (step to the beat, celebration, hesitation…), a pista de dança de Madonna é política, contraditória, objeto de salvação, de comunhão e repulsa, tal e qual um dia foi para os pioneiros da disco music lá do começo dos anos 1970. A brancura macho man de John Travolta à parte, disco music é um produto das culturas gay, negra e latina. Os três guetos que a crítica de rock, branca e heterossexual, sempre desprezou, mas que Madonna soube usar como seu instrumento de legitimação, ainda que nadando contra uma tradição tão adversa (gênios como Nile Rodgers e Giorgio Moroder jamais arranharam o reconhecimento de um Eric Clapton ou de um Brian Wilson).
Ao pensarmos num álbum novo da cantora não pensamos apenas nos atropelos da sua vida particular e de como isso ganhará forma nas canções. Remetemos também ao alcance que ele terá sob luzes de neon e em pessoas que dançam sozinhas em busca de uma dose violenta de qualquer coisa. Madonna, ou ao menos sua persona pública, precisa ser uma eterna habitante da noite. Com MDNA não é diferente.
Nas últimas semanas, a mídia foi invadida por inúmeras críticas sobre o seu novo trabalho. Muitas delas escritas com o olhar anabolizado de blogueiros que pareciam estar sentados numa área VIP olhando de cima a multidão desprovida, e não comentando uma coleção de músicas. Ou mesmo de críticas realçando os “alarmantes” limites da sua idade.
É incrível como subestimamos tanto a maturidade quanto a juventude, como se a consistência da carne de um artista fosse qualidade ou defeito da sua arte. Descreditamos Justin Bieber por sua adolescência de gel e Madonna por, aos 53 anos, cantar sobre o desejo de se perder numa pista de dança embriagada por Tangueray – como ela nos prescreve no single Girl gone wild, canção exageradamente pop, que poderia ser ignorada, se cantada por qualquer outro artista. Mas aqui o importante é (para voltarmos ao assunto) a voz que nos guia. A voz que ainda podemos escolher para nos guiar. Lembro uma passagem de O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez, em que os protagonistas, no crepúsculo da vida, repensam as razões que os deixaram afastados por tantas e tantas décadas: um dia foram jovens demais; ao final do romance, estariam velhos em excesso para o amor. Um f*** acaba sendo a resposta dos dois para as convenções em relação à idade. Ponto. E final feliz.
Ontem à noite, a maior parte das canções de MDNA se espalhou com velocidade implacável pelas redes sociais, causando surpresa e discórdia entre os fãs da cantora. Se a bobagem artificialmente prepotente de Give me all your luvin’ deixou uma ponta de receio em relação à qualidade do restante do material, o álbum (e se trata de um álbum, no conceito clássico do termo, com história, meio e fim) é tudo o que podemos esperar de um trabalho de Madonna: perfeição pop de um lado e os deslizes dos inseguros que não podem deixar que o mundo perceba o tamanho das suas dúvidas. MDNA, mais que seus antecessores (Confessions on a dancefloor e Hard candy), expõe as contradições entre desejo e exaustão, amor e ódio, que atravessaram seus discos clássicos dos anos 1980 e 1990.
É bom encontrarmos num mesmo trabalho sentimentos tão disparates como os presentes nas canções Gang bang e I’m fucked up. A primeira, uma batida industrial exorciza um ex-amante com o arrependimento de quem sempre acaba fazendo as escolhas erradas, esquecendo que ainda guarda a liberdade de fazê-las; a segunda é um mea culpa diante de uma relação fracassada. Madonna canta com desamparo os erros cometidos (“devia ter mantido minha boca grande fechada algumasvezes”, diz a letra), mas a confissão de fracasso parece ser mais um jogo de sedução do que a desistência derradeira. É como se o algodão doce do hit oitentista True blue voltasse à vida deixando um sabor amargo na ponta da língua.
Com uma batida à David Guetta, Turn up the radio vai além das promessas noturnas: não é uma canção sobre se sentir à vontade na pista de dança e, sim, à vontade na vida. I dont give a, com participação da rapper Nicki Minaj, segue o caminho oposto: é um tratado sobre o desconforto de precisar continuar dançando sobre o solo de uma relação fracassada, deixando claro que o tom de “não estou nem aí” do título é mera falácia. Mas o ritmo pulsante minimiza os longos espaços vazios, tal e qual Madonna já havia alertado no seu clássico Into the groove.
Love spent exala fofura ao metaforizar que o dinheiro e o amor são, ambos, elementos subjetivos por essência: cabe ao amante ou ao investidor escolher aforma correta (ou errada) de usá-los. Bobagens como B-day song e Superstar talvez ganhem algum significado com o passar das audições. São erros. Mas Madonna comete erros, enormes erros, talvez por isso permaneça tão atraente – nada mais insuportávele mais artificial que a perfeição, convenhamos…
MDNA talvez não seja seu disco do divórcio, como pregam alguns. Ou seu álbum de recomeço pós-Lady GaGa, como conspiram outros. Talvez seja seu álbum sobre reavaliar sua identidade, seu DNA, após algum tempo distante (distâncias e silêncios criam miragens, falsos cartões-postais), após certa descrença até do seu séquito mais fiel ou mesmo dela própria em relação ao seu potencial (a tal história da consistência da carne como matiz da arte). Mas tudo isso é apenas conjectura (necessária) de um crítico. A voz que nos guia está ali, ainda que por vezes robotizada em excesso, talvez em busca de alguma coisa que nem ela própria mais deseja ou compreenda. Mas não importa. Que seja bem-vinda de volta.
Boa parte da imprensa já publicaram nos principais jornais e sites o que acharam do novo álbum da Madonna. Abaixo, confira o que estão falando sobre MDNA, que chegará as lojas do mundo todo no dia 26 de março.
“MDNA é um universo da dance music sem ser banal. Esse é sem dúvida um dos mais importantes álbuns na carreira da Madonna. A Rainha do Pop selou sua evolução na dance music.” Swide.com
“MDNA é como o Ray of Light turbinado com esteróides. Desculpe, monstrinhos, amamos a Lady Gaga mas esse álbum tornou tudo o que ela já fez parecer redutivo.” Examiner
“MDNA é uma droga que vale a pena!” MTV
“Madonna ainda mostra ao mundo como o pop deve ser feito. MDNA é uma coleção de boas e poderosas canções algumas delas feitas com brilhantismo. Madonna ainda é muito a rainha do pop.” Billboard
“Os primeiros singles fracos lançados poderiam sugerir que ela estava se perdendo mas há algo muito mais fantástico no álbum. Jovens e clubbers com metade da idade da Madonna terão de admitir que ela ganhou seu espaço na pista de dança com MDNA.” This is London
“MDNA é uma descarga de adrenalina. Segue a sua cartilha de conter faixas dançantes e boas baladas introspectivas enquanto adiciona novos produtores ao seu mundo.” Los Angeles Times
“Ela está de volta ao seu melhor com o álbum mais dançante que já produziu e faz parecer o Confessions on a dance floor um álbum para chillout. Madonna soa verdadeira novamente.” Daily Star
“Madonna voltou a direção do Confessions on a dance floor num álbum cheio de clássicos pop. É um retorno ao que ela faz de melhor e graças as parcerias de sucesso com top produtores europeus.” The Sun
“Madonna voltou para a briga com um pop para todos. Com metade do álbum produzida por Benassi e Demolition Crew, ela vai tentar saciar o faminto público jovem do século 21.” Drowned In Sound
“Madonna retorna com sucesso com o que faz de melhor: um disco cheio de energia, emocionante e deixa a mensagem bem clara: só pode existir uma rainha do pop. E Madonna bate em suas rivais.” The Times
“Madonna mostra a nova geração de divas que ainda é a grande rainha. Traz todo o seu currículo pop para restabelecer o domínio feito por outras artistas. MDNA traz toda a correção que os produtores de Hard Candy não conseguiram aplicar. Nicki Minaj grita em I Don’t Give A “Há apenas uma rainha e é a Madonna, sua puta!”. Aonde quer que Lady Gaga esteja, suas orelhas provavelmente estão pegando fogo.” The Independent
“MDNA não é um álbum perfeito, há gloriosas faixas promissoras e, infelizmente, uma ou duas falhas ali no meio, mas não seria um álbum da Madonna se ela não estivesse se arriscando. Talvez o aspecto mais surpreendente é que não existem hits óbvios, mas o faz ter uma audição emocionante e verdadeiramente fascinante.” Digital Spy
“MDNA é brilhantemente descontrolado.” The Guardian
“MDNA faz os álbuns recentes de suas rivais Gaga e Britney parecerem desleixados. Para resumir, ela acertou em cheio! E parece que o produziu com suas letras mais pessoais. Ela ainda está ditando regras de seu estrelato e é apenas o próximo capítulo de uma história já apaixonante.” Mirror
“MDNA ainda faz Madonna imperar no mundo pop.” The Telegraph
“Em apenas duas audições podemos dizer que é um deslumbrante e moderno álbum. Não é perfeito, mas há extraordinários níveis altos e bons o suficiente para compensar alguma coisa estranha.” Pop Justice
“É Madonna voltando para as pistas de dança.” GQ Magazine UK
“Enquanto Hard Candy parecia que estava segurando alguma tendência, MDNA é muito mais Madonna sendo apenas Madonna. E isso acaba sendo melhor pra todo mundo.” MusicOMH
“Há músicas pessoais, inspiradoras e é como se ela dissesse em alto e bom som “Eu ainda estou aqui e foda-se o resto!” Boy Culture
“MDNA é exatamente o que você queria: um massante e elétrico álbum cheio de energia! Talvez o álbum mais comercial que Madonna já fez. Ela está de volta as suas raízes dançantes. Acho até melhor que o Confessions.” Sergio Kletnoy, Marie Claire
“Madonna ainda é a rainha e com a força de MDNA, é difícil argumentar contra. MDNA não é um intenso pop como em Confessions, não é nada drasticamente novo ou experimental como muitos críticos de música gostariam, mas é “bom pra caralho”, divertido, dançante e cheio de drama. É o que os fãs estavam esperando: um pancadão para colocá-la de volta ao topo. Um cheque-mate contra Lady Gaga – que apesar de ter seu brilho, não chega a dar canções tão fáceis para a pista de dança como alguns hits que Madonna faz.” Attitude
Boa parte da imprensa já publicaram nos principais jornais e sites o que acharam do novo álbum da Madonna. Abaixo, confira o que estão falando sobre MDNA, que chegará as lojas do mundo todo no dia 26 de março.
“MDNA é um universo da dance music sem ser banal. Esse é sem dúvida um dos mais importantes álbuns na carreira da Madonna. A Rainha do Pop selou sua evolução na dance music.” Swide.com
“MDNA é como o Ray of Light turbinado com esteróides. Desculpe, monstrinhos, amamos a Lady Gaga mas esse álbum tornou tudo o que ela já fez parecer redutivo.” Examiner
“MDNA é uma droga que vale a pena!” MTV
“Madonna ainda mostra ao mundo como o pop deve ser feito. MDNA é uma coleção de boas e poderosas canções algumas delas feitas com brilhantismo. Madonna ainda é muito a rainha do pop.” Billboard
“Os primeiros singles fracos lançados poderiam sugerir que ela estava se perdendo mas há algo muito mais fantástico no álbum. Jovens e clubbers com metade da idade da Madonna terão de admitir que ela ganhou seu espaço na pista de dança com MDNA.” This is London
“MDNA é uma descarga de adrenalina. Segue a sua cartilha de conter faixas dançantes e boas baladas introspectivas enquanto adiciona novos produtores ao seu mundo.” Los Angeles Times
“Ela está de volta ao seu melhor com o álbum mais dançante que já produziu e faz parecer o Confessions on a dance floor um álbum para chillout. Madonna soa verdadeira novamente.” Daily Star
“Madonna voltou a direção do Confessions on a dance floor num álbum cheio de clássicos pop. É um retorno ao que ela faz de melhor e graças as parcerias de sucesso com top produtores europeus.” The Sun
“Madonna voltou para a briga com um pop para todos. Com metade do álbum produzida por Benassi e Demolition Crew, ela vai tentar saciar o faminto público jovem do século 21.” Drowned In Sound
“Madonna retorna com sucesso com o que faz de melhor: um disco cheio de energia, emocionante e deixa a mensagem bem clara: só pode existir uma rainha do pop. E Madonna bate em suas rivais.” The Times
“Madonna mostra a nova geração de divas que ainda é a grande rainha. Traz todo o seu currículo pop para restabelecer o domínio feito por outras artistas. MDNA traz toda a correção que os produtores de Hard Candy não conseguiram aplicar. Nicki Minaj grita em I Don’t Give A “Há apenas uma rainha e é a Madonna, sua puta!”. Aonde quer que Lady Gaga esteja, suas orelhas provavelmente estão pegando fogo.” The Independent
“MDNA não é um álbum perfeito, há gloriosas faixas promissoras e, infelizmente, uma ou duas falhas ali no meio, mas não seria um álbum da Madonna se ela não estivesse se arriscando. Talvez o aspecto mais surpreendente é que não existem hits óbvios, mas o faz ter uma audição emocionante e verdadeiramente fascinante.” Digital Spy
“MDNA é brilhantemente descontrolado.” The Guardian
“MDNA faz os álbuns recentes de suas rivais Gaga e Britney parecerem desleixados. Para resumir, ela acertou em cheio! E parece que o produziu com suas letras mais pessoais. Ela ainda está ditando regras de seu estrelato e é apenas o próximo capítulo de uma história já apaixonante.” Mirror
“MDNA ainda faz Madonna imperar no mundo pop.” The Telegraph
“Em apenas duas audições podemos dizer que é um deslumbrante e moderno álbum. Não é perfeito, mas há extraordinários níveis altos e bons o suficiente para compensar alguma coisa estranha.” Pop Justice
“É Madonna voltando para as pistas de dança.” GQ Magazine UK
“Enquanto Hard Candy parecia que estava segurando alguma tendência, MDNA é muito mais Madonna sendo apenas Madonna. E isso acaba sendo melhor pra todo mundo.” MusicOMH
“Há músicas pessoais, inspiradoras e é como se ela dissesse em alto e bom som “Eu ainda estou aqui e foda-se o resto!” Boy Culture
“MDNA é exatamente o que você queria: um massante e elétrico álbum cheio de energia! Talvez o álbum mais comercial que Madonna já fez. Ela está de volta as suas raízes dançantes. Acho até melhor que o Confessions.” Sergio Kletnoy, Marie Claire
“Madonna ainda é a rainha e com a força de MDNA, é difícil argumentar contra. MDNA não é um intenso pop como em Confessions, não é nada drasticamente novo ou experimental como muitos críticos de música gostariam, mas é “bom pra caralho”, divertido, dançante e cheio de drama. É o que os fãs estavam esperando: um pancadão para colocá-la de volta ao topo. Um cheque-mate contra Lady Gaga – que apesar de ter seu brilho, não chega a dar canções tão fáceis para a pista de dança como alguns hits que Madonna faz. ” Attitude
O Produtor White Shadow, de Born This Way, de Lady Gaga, que tempos atrás detonou Madonna quando a cantora falou sobre a similaridade com seu hit “Express Yourself” , “fala merda e deveria tomar remédio para a cabeça já que está velha”, voltou atrás e foi só elogios nos bastidores do Grammy:
“Eu amo Madonna. Acho que Madonna é ótima. Sua arte, sua carreira é impressionante, impressionante a sua música – ninguém pode imaginar um mundo sem Madonna nele. Mas, às vezes, as pessoas dizem merda. E às vezes, eu digo merda. Eu costumo ser uma pessoa reativa. Eu cresci em um lugar onde as pessoas são reativas. Eu estou tentando coibir isso agora. Eu estou tentando ser agradável.”