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Madonna 2012: Entrevista ao THE SUN: “gosto de pessoas que saibam conversar tanto sobre filosofia quanto sobre física quântica”

Madonna - MDNALigar para Madonna interrompendo a aula de francês do seu filho pode ser a receita ideal para uma meia hora ao telefone pouco confortável. O tempo de uma mãe de quatro filhos é preciso, em especial quando ela tem um álbum para terminar e lançar e uma tour extasiante para ensaiar.

Mas a Rainha do Pop Madonna não poderia estar mais entusiasmada e aberta a falar sobre seu 12º álbum de estúdio, MDNA, o que deve ter um pouco a ver com as grandes críticas que ele já tem recebido. Em outubro desse ano Madonna celebrará os 30 anos de lançamento do seu primeiro single, Everybody. Desde então ela fez tour ao redor do mundo por nove vezes, ganhou incontáveis prêmios e cravou 10 albuns solo no #1 das paradas. Mas a cantora, 53, ainda acha que apresentar um trabalho novo uma experiência de mexer com os nervos.

Falando com exclusividade para o Something for the Weekend (caderno do tablóide inglês THE SUN – nota do tradutor ) Madonna disse: “Eu não acho que apresentar qualquer um dos meus trabalhos seja menos estressante do que foi o outro porque eu sempre coloco meu coração e minha alma nos meus projetos. Seja um filme ou em um disco, é algo que deve ser trabalhado na sua privacidade e criado dentro de um certo tipo de bolha para então, depois, colocar para o mundo.”

“Você nunca sabe como as pessoas irão receber ou se seu trabalho vai inspirá-las ou tocá-las. O mundo está tão cheio de entretenimento hoje em dia não está? Por causa disso existe esse nervosismo todo.”

“É fantastico estar de volta à música. Eu gosto da intimidade do estúdio de gravação e da composição. Estou usando uma parte diferente do meu cérebro quando eu trabalho com música em contraste de quando estou dirigindo um filme. Existem bilhões de pessoas no mundo do cinema e eu não tenho essa disposição visceral de ser capaz de cantar, gritar e saltitar por aí. É tudo muito diferente. Adoro fazer as duas coisas mas foi bom ter a simplicidade do processo de compor uma canção que veio depois de três anos escrevendo o roteiro e dirigindo e editando e falando sobre meu filme. Sentar, tocar meu violão e cantar uma canção, eu quase chorei.”

O último álbum de estúdio de Madonna, Hard Candy, lançado em maio de 2008, experimentou com a influência hip-hop. Ela teve colaborações de Justin Timberlake, Pharrel Willians e Timbaland. O álbum alcançou o numero 1 no mundo inteiro, mas teve uma recepção um pouco morna por alguns fãs e críticos.

MDNA, um empreendimento triplo como ela mesma coloca, é o retorno de Madonna ao que ela faz de melhor: canções pop clássicas com um toque de sua marca registrada: controvérsia. E é o retorno de sua fórmula de sucesso: trabalhar com os produtores europeus tops de linha.

Stuart Price produziu alguns de seus melhores materiais originais no Confessions On a Dance Floor em 2005. Ela também lançou excelente material com o guru da eletrônica francesa Mirwais. Mas seu retorno ao estúdio com o produtor Willian Orbit, que trabalhou com ela em Ray of Light em 1998, foi um golpe de mestre.

As faixas que fizeram juntos nesse novo álbum, incluindo Gang Bang e Some Girls, se encaixaram na sua discografia de maneira perfeita. Ela também empregou as habilidades de Martin Solveig, do italiano Benny Benassi e do seu primo Allessandro.

Madonna - MDNAMadonna acredita que seu retorno a Europa para produzir com seus parceiros europeus não é coincidência. Ela explica: “Eu acho que talvez eu simplesmente tenha essa chamada sensibilidade europeia. As pessoas falam isso sobre a minha música também. Gosto de trabalhar com pessoas que sejam instruídas intelectualmente e sabem o que se passa no mundo. Diálogo é essencial. Com William, por exemplo, a gente sempre está envolvido em alguma discussão seja sobre filosofia ou seja sobre física quântica. Com Martin Solveig estamos sempre envolvidos em discussões sobre cinema estrangeiro. Quando estou trabalhando com as pessoas não consigo simplesmente fazer música, eu tenho que ser capaz de poder falar sobre a vida e sobre o mundo, sobre arte. Com Benny foi algo meio interessante porque ele não fala inglês muito bem. Eu acabei tendo que usar o primo dele, Allessandro, como intérprete. Isso foi um pouco frustrante, mas acabamos encontrando um modo de nos comunicarmos. Você acaba dando um jeito. Com música é tudo muito ligado à vibração, à energia e você sabe quando as coisas estão funcionando e quando não estão.”

“Quando você está trabalhando com alguém pela primeira vez existe uma certa timidez, algo que todo mundo tem, então com Benny foi algo mais desafiador por causa disso mas acabamos dando nosso jeito e ao final do processo me sinto como se o conhecesse muito bem.”

“Martin é muito divertido. Eu o adoro. Você tem que ficar à vontade para dizer: “Não, eu não gosto disso sem ferir os sentimentos do outro e vice versa. E ele tem o equilíbrio correto entre seriedade e senso de humor. Ele é muito organizado e metódico no seu modo de pensar então eu gosto do seu modo de trabalhar.”

A produção do album é eficaz e com grandes sacadas. Em Gang Bang, o barulho de uma cápsula usada caindo ao chão após o disparo ilustra perfeitamente sua fantasia Kill Bill para essa faixa.

Mas o contraste é grande entre uma faixa pop como Superstar, que conta com a participação de sua filha Lourdes como backing vocal, seguida de uma canção chamada Falling Free, uma de suas canções mais intimistas em anos, onde ela realmente parece se despir emocionalmente. Ela explica: “Eu tenho que estar completamente envolvida na produção. Gosto desse contraste.”

“Gosto de ter algo que simplesmente bate como barulho, batida, som, baixo, a bateria, carregada de sensorialimos e depois criar algo como Falling Free, que é algo mais calmo, mais intimista onde você pode ouvir claramente minha voz e a letra da música. Às vezes eu me sento, pego meu violão e começo a dedilhar as cordas e as coisas saem.”

“Às vezes as pessoas me trazem uma canção que tem um título por exemplo, ou uma idéia de letra e eu pego essa canção e remodelo, troco a letra e faço dela algo meu. Tudo bem de maneiras muito diferentes e sempre foi assim.”

O álbum trás também participações grandes com artistas femininas fortes – M.I.A e a rapper Nicki Minaj. Give Me AllYourLuvin’ foi a canção do Super Bowl que acabou criando uma controvérsia quando M.I.A decidiu mostrar seu dedo médio. Mas essa atitude punk foi exatamente o que a trouxe a bordo do projeto.

“Eu estava procurando trabalhar com mulheres que eu achasse que tivessem uma forte impressão delas mesmas. As duas foram muito divertidas no estúdio, com certeza. Eu acho que estávamos todas muito tímidas no começo. É a natureza humana, mas nós superamos isso de maneira rápida. Elas são pessoas muito centradas em si mesmas, especialmente M.I.A. Eu não acredito que ela se impressione muito com estrelas e com celebridades, então somente nos colocamos ao trabalho. Eu a amei.”

O segredo para se manter original musicalmente? Não ouça a parada de sucessos enquanto está no seu processo criativo de composição.

“Eu não estava ouvindo nada para te dizer a verdade quando escrevi essas faixas. Eu estava trabalhando na trilha sonora do W.E., então era somente música clássica. Eu não gosto de escutar música pop enquanto estou fazendo música pop, isso nunca funcionou. Você não quer ouvir o trabalho de outras pessoas, você somente precisa limpar a mente e trabalhar.” (Fonte: The Sun)

Tradução: Gustavo Espeschit

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Entrevista: Madonna fala sobre MDNA, Whitney Houston, Adele, tour e filhos

O tablóide The Sun publicou na edição de ontem uma entrevista com Madonna em que revela como é seu lado mãe após o divórcio com Guy Ritchie e curiosidades sobre a criação do álbum MDNA.

Madonna

Ser mãe
“Não vou mentir, é difícil trabalhar com quatro filhos e fazer todo o trabalho que faço,”, diz Madonna. Às vezes parece que a cabeça vai explodir. Todo mundo tem algo a dizer sobre a maneira que vivo minha vida. No final do dia eu estou fazendo o meu melhor. Se as pessoas não gostam disso, isso é realmente problema delas. A maioria dos meus filhos estudam francês. Meu francês não é muito impressionante, mas é bom o suficiente. Todo mundo na minha casa fala um francês perfeito. Estou compreendendo melhor, quando não estamos falando sobre a lição de casa. Agora, estou pegando certas coisas e pressionando: ‘O que você disse?’. Eu sei os palavrões, então, eles têm que ter cuidado. Tento ter a vida mais normal possível. Minha vida com eles em casa está ligada a trabalhos escolares, a saúde deles, como qualquer outra pessoa com filhos.”

Divórcio
Às vezes, lido com isso muito bem. Às vezes, é uma luta”

Sobre a Canção I Don’t Give A
Madonna diz que a música é sobre a vida de uma mãe solteira. “Isso é todo um desafio misturado com malabarismo. Tento expressar isso.” A letra fala sobre sua relação como esposa em trechos que dizem “Tentei ser uma boa menina, eu tentei ser sua esposa. Culpei você quando as coisas não iam do meu jeito. Eu poderia ter mantido minha boca fechada.”

O que Madonna fala sbore voltar para o estúdio
“Foi incrível! Eu gosto disso, da intimidade de um estúdio de gravação e do processo de composição de músicas. Nessas horas estou usando uma parte diferente do meu cérebro quando trabalho com música, em comparação ao momento que estou dirigindo um filme. Eu amo fazer ambos, mas foi bom chegar à simplicidade da composição de canções depois de três anos escrevendo roteiro, dirigindo, editando e falando sobre o meu filme. Eu quase chorei ao sentar, tocar minha guitarra e cantar uma música.”

Os filhos e as músicas de MDNA, novo álbum de Madonna
“Toda vez que eu entro no carro o rádio está ligado. É chocante que meus filhos de cinco e seis anos de idade saibam as palavras de cada canção que tocam. Eles não ouviram meu álbum inteiro, eles definitivamente não ouviram Gang Bang. Duvido que nunca vá ser tocada no rádio.”

Sobre a participação de Lola
“Sim, ela canta em Superstar como backing vocal. Ela foi ao estúdio num dia, convidei e ela concordou. Ela tem uma voz muito boa. Mas é muito tímida e não vai admitir isso. Muitas pessoas estão atrás dela para fazer filme, parceria ou qualquer outra coisa. Mas ela não está interessada em nada disso. Ela só quer ir para a escola. Ela me disse: ‘Mãe, eu só quero ser uma criança normal. Não estou pronta para seja lá o que for’. Eu respeito isso e, se ela quer trabalhar comigo, em qualquer nível, ficarei feliz por ela. Mas, caso contrário, vou deixá-la em casa com suas tarefas da escola.’

Sobre a polêmica no título de MDNA – que tem similaridade com a droga MDMA
“É um anagrama do meu nome. Eu realmente não penso sobre a polêmica, penso sobre ironias,” explicou Madonna.

Ser um modelo de inspiração
“Espero ser um modelo. Espero dar voz a outras meninas, ser a voz das mulheres, ser alguém para outras mulheres olharem para cima e admirar. Continuo lutando e tentando ter integridade. E espero inspirar as mulheres e dar-lhes forças para lidar com a vida, não importa o que vier no caminho…”

Sobre Karl Lagerfeld chamar Adele de gorda
“Foi horrível. Uma das coisas mais ridículas que já ouvi. Eu não gosto quando alguém fala mal de ninguém. Adele é um enorme talento e o quanto ela pesa não tem nada a ver com isso.

O que Adele deve se lembrar no final das contas é que se você está em ascensão ou fracassa isso está muito ligado em como você sustenta e mantém sua integridade ou força interior. Sobre quem lhe cerca, amigos e pessoas que realmente se importam com você e se preocupam com seu bem-estar sem que seja uma superstar. Essa é a coisa mais importante.”

Sobre a morte de Whitney Houston
“Eu, provavelmente como todo mundo, fui atingida por um sentimento de descrença, especialmente pela Whitney. Não era um segredo, as lutas que Amy Winehouse também passou. Ambas brilhantes artistas mas, obviamente, com enormes prejuízos. Sempre quando essas coisas acontecem, fico chocada e a primeira coisa que vem na mente é “Que perda!”. E aí começa-se a se questionar “Como é que isso aconteceu?” “Como as pessoas ao redor permitiram que chegasse a esse ponto?”, lamentou Madonna.

Se você pensar, já perdemos tantos maravilhosos artistas. A história apenas se repete, cada vez mais. Eu me lembro que a Whitney saiu ao estrelato na mesma época que eu, no início dos Anos 80. Me lembro dela cantando e ouvindo as pessoas comentando sobre ela e pensava “Oh meu Deus, é uma mulher linda e com uma voz inacreditável. Eu gostaria de cantar assim.” Me lembrei de ser extremamente invejosa e tocada pela sua inocência. Assisti a um documentário do compositor francês Serge Gainsbourg e ele esteve num talk show na época em que Whitney estava começando. Foi interessante pois assisti uma semana antes dela morrer. E ele estava fazendo tipo um jogo em rede nacional e falando em francês que queria transar com ela, e Whitney em estado de choque. Quero dizer, ela era tão inocente e tão nova, tão bela e ficou tão sem jeito. E fiquei pensando, nós somos tão inocentes no palco ao longo da vida. É interessante os caminhos que nossas vidas tomam. Fiquei impressionada como ela começou bem e terminou a vida numa tragédia.

Sobre a MIA mostrar o dedo do meio na apresentação do Super Bowl
“Bem, estávamos no território do futebol americano. Era um solo sagrado e acho que é um evento muito importante e bem visto. Foi aceito por todos que a performance seria politicamente correta. Acho que a NFL estava mais preocupada em mim do que em qualquer outra pessoa, achando que eu fosse fazer algo provocativo ou cheio de loucuras. E não tinha a menor intenção de fazer algo para chocar ninguém ali. Eu estava trabalhando tão pesado nesse show pra ter que pensar em algo que fosse irritar as pessoas. Me deram um bom tempo para ensaiar e como criar algo criativo para o show. Senti que devia retribuir tudo o que apostaram. Mas sobre isso, fiquei triste pois sei que tem pessoas que não gostaram. E eu não queria fazer isso, não queria colocar ninguém nessa situacão pois eles me deram tudo o que eu quis. Mas por outro lado, eu não sabia o que a MIA tinha feito e todos ficaram indignados e aí fui ver o vídeo e pensei “ah, tudo bem vai”. Não parecia ser uma grande coisa. Mas sabe, isso é coisa dela, de ser meio punk, rock e na verdade, analisando amplamente, muitas coisas loucas aconteceram.”

A nova turnê
“Hum, eu espero que alguém mostre o dedo do meio no meu show! Mas não será eu pois já fiz isso tantas vezes. Espero que eu tenha boas idéias. A parte criativa ainda está crua, comecei os ensaios na semana passada e estou mais focada na música em si por enquanto. Tenho alguma idéias e tenho muito trabalho pela frente. Estou bem ansiosa!”

Em se aposentar….
“Eu amo o que faço. Tenho uma voz, tenho opinião e tenho coisas a dizer. Amo música e amo contar histórias. Então, acho que enquanto eu me sentir assim, vou continuar fazendo o que faço.”

MADONNA 2012 concede entrevista ao Fantástico para promover seu filme W.E. Assista !

Em um bate-papo super leve agradável com a jornalista Giuliana Morrone, exibido ontem (11), no ‘Fantástico’, Madonna comentou sobre ‘W.E. – O romance do século‘, mais recente longa sob sua direção, que estreou sexta-feira (9), no Brasil, e que foi um fiasco de bilheteria nos EUA em sua estreia, arrecadando apenas U$ 50 mil em seu fim de semana de abertura.

Mas a declaração mais curiosa de Madonna durante a entrevista foi uma espécie de ‘esclarecimento’ feito em torno do namoro com o modelo Jesus Luz. A loura faz questão de colocar as coisas em ordem: “Quero deixar claro que bem antes de conhecer o Jesus (Luz), eu já era apaixonada pelo Brasil”.

MADONNA 2012 fala sobre o seu novo filme, W.E. e diz que as pessoas compreendem mal o seu poder

Depois de se expor sem muito sucesso como atriz, Madonna agora quer ser conhecida como cineasta. Ela se arrisca pela segunda vez atrás das câmeras – a primeira foi com “Filth and Wisdom” (2008), inédito no Brasil –, com um projeto bem mais ambicioso.

Poster do filme W.E., de Madonna

“W.E. – O Romance do Século”, que estreia nesta sexta-feira (dia 9), faz uma ponte entre:

1) o passado, com a história de Wallis Simpson (Andrea Riseborough) e o rei Eduardo 8º (James D’Arcy), que abdicou do trono inglês em nome do relacionamento;
2) e o presente, com a personagem fictícia Wally (Abbie Cornish), obcecada pela Duquesa de Windsor e infeliz no amor, até conhecer um segurança russo (Oscar Isaac).

O filme foi recebido com pouco entusiasmo (e até com risos involuntários) no Festival de Veneza 2011.

Trailer legendado do filme W.E.

Você disse que o filme estava em sua cabeça fazia anos. Pode ser mais específica?
Madonna: Quando me casei e me mudei para a Inglaterra, eu não conhecia ninguém e me vi num mundo estranho. Decidi que ia me educar e descobrir sobre a história e a cultura desse novo mundo em que estava vivendo. Comecei a estudar a história inglesa e a ler sobre a monarquia, iniciando com Henrique 8º até chegar à família de Windsor. Tinha ouvido a história de Eduardo 8º brevemente, quando estava na escola. Mas, na minha pesquisa, fiquei obcecada pela ideia de um homem abandonar uma posição de tanto poder por amor. Achei que havia algo shakespeariano nisso. Comecei a investigar mais, a ler livros sobre Wallis Simpson e descobri que muitos eram bem negativos, unidimensionais. Vi as semelhanças do modelo que temos na sociedade hoje. Quando as mulheres têm algum poder e não as entendemos, temos de diminuí-las.

Você tem poder. Identifica-se com Wallis?
Madonna: Sim, eu tenho poder, mas acho que as pessoas frequentemente compreendem mal meu poder e ficam intimidadas por ele, em vez de tentar me compreender.

iG: Depois da pesquisa que você fez, acha que Wallis se envolveu com o nazismo?
Madonna: Não acredito que eles eram nazistas. Fiz a maior pesquisa que pude, queria provas de que eles eram nazistas, estava procurando por elas, e não pude encontrá-las.

Por que usou música de Sex Pistols?
Madonna: Achei que Eduardo 8º era muito punk rock.

Como descreveria os personagens masculinos e por que decidiu fazer do segundo personagem um russo?
Madonna: Porque amo os russos! Acho que os russos normalmente são injustamente retratados nos filmes como gangsteres ou bilionários hedonistas. E todos os russos que eu conheço são intelectuais ou músicos.

Ficou desapontada quando viu que esta não era uma história de amor perfeita?
Madonna: Foi uma jornada. Comecei pensando: “Ah, meu Deus, que incrível, que romântico, como eu queria ter algo parecido!”. Depois foi: “Uau, eles abriram mão de tanta coisa e no fim não foi como pensava”. Aí teve uma outra fase de: “Sabe o quê? Eles realmente se amavam. Não foi perfeito, mas eles encontraram maneiras, apesar de tudo, de se amar”. No fim, acho que foi uma história muito esperançosa. Não um conto de fadas, mas esperançosa.

Acredita num amor em que se abandona tudo por uma pessoa?
Madonna: Acho que todo amor significa sacrifício, compromisso e abandono de certas coisas. Mas não acho que você tenha de perder tudo por amor. Não acho que a pessoa que te ama quer que você abandone todo o resto.

“MDNA”, próximo disco da Madonna, será lançado no dia 26 de março e contará com colaborações de M.I.A e Nicki Minaj.

Fonte: IG

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“Filmar ‘W.E’ serviu de terapia”, revela Madonna para a Folha de São Paulo deste domingo

serafinaA edição de hoje do jornal Folha de SP conta com uma entrevista exclusiva com Madonna feita em dezembro, publicada na revista de variedades do grupo, Serafina. Madonna fala sobre seu novo filme W.E., E NADA SOBRE O MDNA – seu próximo álbum que será lançado no próximo mês.

“Bom era o tempo em que as pessoas só me diziam ‘sim'”, sussurrou uma Madonna algo reflexiva, algo irônica, indo embora da mesa de entrevista para divulgação de seu novo filme, “W.E.”, em dezembro. A frase surpreendente foi proferida em um hotel, em Nova York, para um pequeno grupo de jornalistas do qual Serafina participou.

Ela, a mulher mais famosa da música pop de todos os tempos –e faz tempo–, desta vez travestida de diretora de cinema iniciante, reclamava da marca de luxo francesa Cartier. O bracelete que Madonna estava usando na ocasião não era o original do filme que ela dirigiu, coproduziu e coescreveu, em cartaz nos EUA e com estreia nos cinemas brasileiros no dia 9 de março, com o nome providencialmente reforçado de “W.E. – O Romance do Século”.

“O que fizeram para o filme deram para a Andrea [Riseborough, atriz principal de “W.E.”.]. Eu pedi, mas já tinham prometido para ela. Para mim, mandaram esse, para me consolar depois do ‘não’ que levei”, respondeu a cineasta (sim, cineasta. Acostume-se). Ela combinou a pulseira com um vestido azul, esse sim original do filme, com etiqueta da Vionnet, grife francesa famosíssima no passado, desativada há décadas e que tenta voltar com força à moda contemporânea nos últimos anos, vestindo estrelas de cinema e participando de produções. E nessa entram Madonna e seu “W.E.”. E o “sim” fácil para ela fazer o que quiser com a roupa.

A coleção de “nãos” que ousam falar agora à artista que vendeu mais de 300 milhões de discos no mundo em quase 30 anos se deve bastante a sua outra faceta, a do cinema. Especialmente essa mais recente, a de cineasta.

A música vai bem, “thank you very much”. E vitaminada com o lançamento do single “Give Me All Your Luvin'” e de um showzinho para estimados 111 milhões de telespectadores no Superbowl americano. Um novo álbum, “MDNA”, seu nome mais ou menos abreviado –e que lembra MDMA, o nome químico do ecstasy, ou, segundo ela, a “droga do amor”–, sai agora em março. Uma turnê mundial, que começa em Israel, em maio, passa por 26 cidades europeias e 34 da América do Norte e chega ao Brasil para pelo menos dois shows em dezembro.

Mas no cinema a coisa é diferente. Madonna estreou como diretora em 2008 com o filme “Filth and Wisdom” (“Sujeira e sabedoria”, em tradução livre). Recebeu críticas na linha “ela foi uma péssima atriz em tantos filmes e, agora, com seu apetite voraz e costumeiro por sucesso, tornou-se também uma péssima diretora” (do jornal inglês “The Guardian”). Com “W.E.”, apelidado rapidamente de “EW” (uma interjeição de nojo, como “eca”), a recepção ao filme não tem sido muito diferente desde que foi exibido em festivais de cinema importantes no ano passado, como Berlim e Toronto, até estrear agora em 2012, na Inglaterra e nos EUA.

Mas Madonna levou o prêmio de melhor música original, por “Masterpiece”, no Globo de Ouro, única canção que compôs e gravou para o longa-metragem. Não entrou no páreo do Oscar porque só toca durante os créditos finais.

REI

“W.E. – O Romance do Século” é a primeira grande produção da artista como diretora. O filme conta a história de Wally Winthrop (Abbie Cornish), uma mulher dos dias de hoje, infeliz no casamento e obcecada por outra mulher: Wallis Simpson (1896-1986), uma americana com dois divórcios na bagagem e que, em 1936, se envolveu num romance-escândalo com o futuro rei da Inglaterra, Eduardo 8º (1894-1972).

O enrosco foi tamanho e tão passional que fez o monarca abandonar o trono meses depois de assumi-lo para viver com Wallis, mesmo com o país às portas da Segunda Guerra Mundial.

O longa “O Discurso do Rei”, vencedor do Oscar em 2011, contava a história do ponto de vista do irmão de Eduardo, o futuro rei George 6º, que teve que superar a gagueira para fazer o pronunciamento à nação que levaria o país à guerra. Nesse filme, Eduardo 8º tem uma aparição rápida, porém importante para a história. Interpretado por Guy Pearce, é o rei cuja desistência do título nobre passa o trono ao irmão mais novo.

O segundo filme de Madonna é ousado em sua concepção. Até o título tem mais de uma ideia embutida: “W” é a inicial de Wallis e “E”, a de Eduardo (James D’Arcy). Juntas, formam o pronome “we” (nós, em inglês).

Pode ser tudo, menos um projeto fácil e seguro para uma superestrela de outra área se firmar numa carreira relativamente nova. “Eu não poderia fazer um filme simples sobre uma das histórias de amor mais lindas de todos os tempos”, resumiu na entrevista.

UMA IDEIA NA CABEÇA

A narrativa é costurada em idas e vindas nas trajetórias das duas Wallies, a do tempo presente e a “jet setter” Wallis Simpson. Traça paralelos improváveis nas duas situações tão diferentes, fazendo a do passado mudar o destino da atual.

Como o roteiro foi parar na cabeça de Madonna ela explica fazendo um segundo paralelo com a história de Wallis Simpson. Um paralelo com a própria vida.

“Essa trama me fascina desde a primeira vez em que eu a ouvi, no colégio, em uma aula de história. Mas só me aprofundei nos detalhes quando me casei e me mudei para a Inglaterra”, conta. “Viver lá foi um choque, eu me sentia desconfortável, perdida. Era uma estrangeira no dia a dia. Eu não pertencia àquele lugar, entende?”

“Comecei a ler tudo sobre a história do Reino Unido. E cheguei de novo na parte que tinha me interessado nos tempos de colégio: Eduardo 8º, o cara que desistiu de ser rei por causa da mulher que amava.”

Guy Ritchie, o homem que levou Madonna a abrir mão de morar nos EUA, é dez anos mais novo que ela. Os dois foram casados, de 2000 a 2008, tiveram um filho e adotaram um segundo. Foi Ritchie quem lhe deu o apelido de “Madge”, que soa como “majesty”, majestade em inglês. A piada do marido, pelo jeito, não passou despercebida.

E foi aí que a história de Wallis e Eduardo começou a fazer ainda mais sentido na vida de Madonna. Ela estava perto de completar 50 anos (hoje está com 53) e colecionava dissabores amorosos. E alguns novos sabores também.

“Não que eu tenha me casado com algum rei, muito pelo contrário. Mas, quanto mais eu me afundava na produção do filme, mais eu via a minha história ali também”, filosofa.

“Quando uma pessoa deixa de ser rei por sua causa, você precisa fazê-lo se sentir um rei nesse relacionamento pelo resto de sua vida”, acredita a “pop star”. “Wallis recebeu milhares de cartas de ódio enquanto viveu. Foi o preço por ter um amor verdadeiro e bancá-lo custasse o que custasse.”

OPERÁRIA DO AMOR

Ao mesmo tempo que parece mesmo encantada com a história de Wallis e Eduardo, Madonna mostra um lado meio amargo com o amor, que contrasta com a imagem de “sex symbol” poderosa que construiu na música. A ponto de impressionar até o Vaticano com sua postura “sexualmente provocativa”.

Guy Ritchie foi o segundo marido de Madonna. Ela já havia tido um outro “casamento de cinema”, com o ator e diretor Sean Penn, que durou de 1985 e 1989.

Além de vários romances. Na longa lista de seus namorados estão John Kennedy Jr., Jean-Michel Basquiat, Lenny Kravitz, o jogador de basquete Dennis Rodman, o jogador de beisebol Alex Rodrigues e até Jesus Luz.

O ultimo “toyboy” com quem tem sido vista é o bailarino francês Brahim Zaibat, 24, que dançou em sua performance no Superbowl.

O casamento com Ritchie não terminou muito bem. E aconteceu bem na época em que ela estava debruçada sobre o roteiro de “W.E.”. O projeto grandioso a ajudou nesse momento.

“Serviu até de terapia”, revelou. “Acho que todas as escolhas que fiz na vida foi porque precisei. Precisei contar essa história e precisei que uma parte dela se passasse nos dias de hoje”, revela.

A partir daí, na entrevista, veio uma Madonna diferente da que a gente vê na música, como aquela que entrou na arena do Superbowl carregada como uma rainha por dezenas de gladiadores. O tom era de desabafo.

“Meu filme é menos uma biografia de um rei e mais uma grande história de amor, que pode acontecer com qualquer pessoa. No fundo, é sobre o desapontamento eterno de perceber que o amor perfeito não existe” disse.

“E, quanto mais você acredita que ele existe, mais acaba descobrindo que nunca vai chegar nem perto. Isso é bem dolorido”, confessa. E prevê o pior: “Em algum momento da vida você vai ter seu coração despedaçado ou vai perceber que escolheu a pessoa errada para viver junto”.

Não era o momento de interrompê-la. Nem ela parecia querer parar de falar. “Se formos adultos capazes de fazer uma autoanálise razoável, a gente percebe que, na verdade, a felicidade está só nas nossas mãos, não na de outras pessoas.”

O argumento não tinha fim: “Se nós mesmos não nos fizermos felizes, não vamos viver bem com outra pessoa. Felicidade não se divide”, concluiu. Então, botou de novo o filme na conversa, quase como um escudo.

“O que ficou de relevante para mim, com ‘W.E.’ pronto, em cartaz e depois do que vivi nos últimos dez anos, é que, não importa em qual estágio você esteja em sua vida, você sempre pode mudá-la.”

E, então, Madonna parou de falar.

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2012: Assista a entrevista completa de Madonna ao jornalista Anderson Cooper

No programa de TV do jornalista Anderson Cooper, que foi exibido nos Estados Unidos no dia 02 deste mês, Madonna elogiou o talento de Nicki Minaj que participa de seu novo álbum. E confessou que deu um beijo na rapper depois de um dia de gravação.

Madonna

“Era o aniversário dela, estávamos no fim de um longo dia de gravação e estávamos todos fazendo um brinde a ela. E, depois de alguns goles de champanhe, eu a beijei”, revelou a cantora.

No clipe de Madonna da música Give Me All Your Luvin, além de Nicki, a rapper M.I.A também participa.

Madonna

Giovanni Bianco: “Madonna não tem idade”

Giovanni Bianco: “Madonna não tem idade”

Pela terceira vez, o carioca Giovanni Bianco assina a direção de arte da capa e do material publicitário de um CD de Madonna, no caso, MDNA. Há sete anos trabalhando com a diva mundial do pop, ele se debruça agora sobre a elaboração das imagens dos singles que a cantora lançará ao longo do ano e da turnê de shows do novo trabalho, MDNA, que chegará ao Brasil em dezembro. Nome por trás de campanhas de grifes internacionais como Miu Miu, Versace e DSquared, Bianco falou de sua relação com a cantora.

Como você recebeu o convite para trabalhar novamente com Madonna?
Nós temos uma relação de grande respeito profissional, da qual surgiu uma amizade. Sempre mantivemos contato, nos falamos. Fui à pré-estreia do novo filme dela, ‘W.E.’, em Veneza e ela me chamou para ouvir as músicas do CD. Escutei seis delas, fiz a pesquisa e depois Madonna seleciona o que quer.

Ela é realmente supercontroladora?
Madonna exige muito, de uma maneira quase absurda, em relação ao tempo, a sua disponibilidade e sua capacidade de entendimento. Madonna é uma profissional que faz muitas coisas ao mesmo tempo e sabe exatamente o que quer. Às vezes, eu mando uma ideia e ela responde: ‘isso eu já fiz’. O mais legal que a gente brinca e às vezes briga é que eu tento passar para ela que sou também um fã. Às vezes é difícil você ser profissional, fã e amigo ao mesmo tempo.

O que esse CD tem de diferente?
São músicas para cima, para se divertir. Tive vontade de dançar em todas elas. A imagem desse trabalho é uma mulher que tem muito poder, mas que gosta de se divertir.

Como é possível passar a imagem dançante de uma mulher de 53 anos sem que ela pareça uma garotinha?
Madonna não tem idade, ela não tem esse peso. A idade só a faz ficar melhor. A energia dela é a de uma menina de 20 anos. O espírito dela é de jovem.

A nova turnê vai mesmo passar pelo Brasil?
Acho que será em dezembro. Ela adora o Brasil e tem um carinho muito especial pelo nosso país. Adora fazer shows aqui. Às vezes, quando Madonna fala muito rápido as gírias americanas, ela vê que eu não entendo e repete para eu entender a piada. Nós nos divertimos muito. Eu carrego sempre o Brasil e o Rio comigo. Se eu não estivesse fazendo isso, seria carnavalesco. As pessoas veem isso em mim. Quando eu faço um trabalho bem colorido, me dizem: lá vai o brasileiro.

Depois de Madonna, o que falta em seu currículo?
Meu sonho é trabalhar com Maria Bethania, Alcione e Zeca Pagodinho. Eles me fariam o homem mais feliz do mundo.

Youtube: Assista a coletiva de imprensa de Madonna desta quinta-feira em Indianápolis

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Na coletiva de imprensa em que Madonna falou das expectativas para o show, uma jornalista comentou sobre as danças de salsa que o wide receiver Victor Cruz faz quando entra na endzone. Sorridente, a cantora não apenas confessou admiração pelo jogador como também demonstrou, ali mesmo no palco da coletiva, como se dança a salsa mais famosa da NFL.

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Madonna disse que irá realizar um sonho quando se apresentar no próximo domingo no intervalo do jogo de futebol americano Super Bowl, e admitiu que está se sentindo pressionada por cantar diante de uma plateia televisiva tão grande.

O Super Bowl – a final do campeonato de futebol americano dos EUA – do ano passado foi visto por 111 milhões de espectadores, sendo o evento televisivo mais assistido do país. As atrações musicais do intervalo costumam despertar tanta atenção quanto o jogo propriamente dito.

“É um sonho para uma menina do Meio-Oeste se apresentar no show de intevalo do Super Bowl”, disse Madonna, nascida em Bay City, Michigan.

“Em mais de 25 anos de apresentações que já fiz, nunca me empenhei tanto ou fui tão escrupulosa, tão detalhista ou tão maluca quanto fiquei para manter minha sanidade e tentar fazer o maior show nesse Super Bowl.”

Questionada sobre se sentia a pressão por ter um público tão grande, Madonna – habituada a cantar em estádios lotados – respondeu: “Sim, sinto”. Até hoje, a maior plateia televisionada da diva foi no show beneficente Live Aid, de 1985.

Madonna disse que vai cantar três “canções velhas” e o seu novo single “‘Give Me All Your Luvin'”.

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