Madonna deu uma entrevista em Roma, Itália, para o PopCake, para divulgar o álbum MDNA e a tour MDNA World Tour. Aqui está uma pequeno teaser da entrevista que será exibida na próxima terça-feira, 26, pelo DeeJay TV.
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“Ninguém jamais a superará”, diz o guitarrista Monte Pittman sobre Madonna
Presença constante no palco e no estúdio com Madonna há anos, Monte Pittman falou ao The Jerusalem Post sobre seu trabalho com a rainha do pop.
Na entrevista, o guitarrista de 37 anos, Monte Pitman, conta como conheceu Madonna e como seu “casamento” com a maior artista de todos os tempos aconteceu. “O momento aconteceu quando fui procurado por um cara que queria ter aulas comigo. Ele tinha acabado de ganhar uma guitarra. O tal cara era Guy Ritchie e sua namorada era ninguém menos que Madonna. Eu nem sabia quem ele era quando eu comecei a ensiná-lo, isso foi antes do lançamento do filme “Snatch” (filme que consagrou o ex-marido de Madonna como diretor).”
As aulas aparentemente deram tão certo que então Guy apresentou Pittman a Madonna, que então também começou a fazer aulas com o guitarrista. Em 2000, Madonna, em divulgação do álbum “Music”, se apresentou no programa de David Latterman e Madonna sentiu-se confiante em tocar o single “Don´t Tell Me” só no violão…mas mesmo os ícones culturais têm seus momentos de insegurança, e então ela chamou Pittman para acompanhá-la.
Assim, em março de 2000, o guitarrista do Texas fez sua primeira apresentação na TV americana ao lado do maior ícone pop de todos os tempos. “Eu realmente pensei que Madonna estava brincando quando me pediu para se apresentar com ela.”
Encantado com a performance, Madonna tão breve convidou Pittman para fazer parte de sua nova banda em sua turnê Drowned World Tour, de 2001 (a primeira desde 1993), e desde então, Pittman está com Madonna até hoje. Nesta quinta, ele estará no palco em Tel Aviv com o MDNA World Tour. Monte Pittman contou ainda que co-escreveu três canções com Madonna em 2009 para o álbum “Celebration”.
Pittman ainda disse que trabalhar com Madonna lhe abriu diversas portas em sua carreira como guitarrista, chegando inclusive a gravar dois álbuns solo e ser o diretor musical do cantor Adam Lambert. Monte acompanhou o ex-american idol até setembro de 2011. “Quando eu estou tocando minha própria música, deixo as coisas acontecerem de modo que eu possa fazer coisas de formas diferentes dependendo de como eu me sinto.”
Mas quando ele está na estrada com Madonna, é certo de que ele não pode fazer mudanças, mas ele não encontra restrições em tudo. “Quando eu estou tocando com Madonna, o que eu faço é trabalhar todos os dias e assumir meu personagem naquele show. Madonna não deixa passar nada. Tudo tem que estar devidamente organizado.”
A banda da turnê, que chegou em Israel no fim de semana, passou por ensaios exaustivos em Nova York liderados pelo diretor musical de Madonna, Kevin Antunes.
De acordo com Pittman, o nível de profissionalismo entre os artistas é o mais alto que ele já viu. “Não há tanta pressão, mas é há muito trabalho. Eu só posso falar por mim, mas eu acho que todo mundo está realmente satisfeito com o resultado de todo este trabalho e o show vai ser ótimo.”
Mesmo Pittman não estar envolvido na escolha de Madonna em começar sua tour em Israel (o mesmo lugar onde a cantora encerrou a tour anterior, “Sticky & Sweet Tour”, em 2009), ele concorda com a afirmação de Madonna ao explicar sua decisão de lançar o MDNA Tour em Israel porque “é o centro de energia do mundo e o que acontece aqui afeta o mundo inteiro”. “Tel Aviv é uma das minhas cidades favoritas, e eu estou realmente animado por estar aqui. Há uma energia diferente que você não sente em outros lugares.”
Pittman também recebe uma explosão de energia por tocar com sua chefe Madonna, que, para ele, é o seu modelo na forma de como se manobra a indústria musical. “É como ter aulas com a melhor professora do mundo. Ninguém jamais a superará. A longevidade de sua carreira e seu catálogo musical oferece uma infinidade de estilos musicais de entretenimento para as pessoas. E para mim, como guitarrista, minha combinação com Madonna é que também sou capaz de produzir um monte de estilos diferentes. E nós sabemos que não se pode ficar na mesma o tempo inteiro. O lance é seguir em frente pois as pessoas seguem em frente, e se você não acompanha a evolução das coisas, você está fora, a não ser que você tenha versatilidade.”
Pittman tem versatilidade – e já sabemos que ele tem a sorte ao seu lado.
Tradução da entrevista de Madonna para a revista alemã Zeit
Para promover seu mais recente álbum, MDNA, e sua nova tour, Madonna esteve com alguns jornalistas para rápidas entrevistas. A revista alemã Zeit esteve com Madonna por 15 minutos no lançamento do perfume “Truth Or Dare”, no Macy´s.
A assessora de Madonna advertiu sobre questões que não poderiam ser perguntadas para Madonna: filhos, pais, divórcio, Guy Ritchie, vida amorosa, fofocas em geral e Lady Gaga.
Zeit Magazin: Você conhece o clube Berghain, de Berlin?
Madonna: Berghain? Por quê?
Zeit Magazin: Porque as pessoas de todo o mundo vão lá para dançar techno.
Madonna: Eu vejo.
Zeit Magazin: Um trecho de sua nova música “Girl Gone Wild” diz que “On the floor till the daylight comes/ Na pista de dança até o amanhecer.” Quando foi a última vez que você dançou até o amanhecer?
Madonna: Véspera do Ano Novo passado. Em Gstaad, com Jay-Z. Dance Music.
Zeit Magazin: Como você decide se a letra para uma canção é boa o suficiente?
Madonna: Quando eu me arrepio. Eu só apenas sinto. Algumas músicas vêm facilmente, enquanto outras podem demorar algum tempo.
Zeit Magazin: Você gosta de escrever canções? Ou dá muito trabalho?
Madonna: É difícil, mas é divertido.
Zeit Magazin: Como você descobre novas músicas?
Madonna: Eu tenho muitos amigos que são DJs. E eu ouço um monte de música nova em meu dia a dia.
Zeit Magazin: Você educa seus filhos musicalmente?
Madonna: Eu coloco um monte de músicas para eles e também coisas do passado, como Edith Piaf. Por outro lado, meus filhos mostram músicas novas para mim. Então, um ajuda uns aos outros.
Zeit Magazin: Seus filhos lhe mostraram alguma música nova em que você pensou: “Eu não entendo mais isso.” Como dubstep, por exemplo …
Madonna: Eu amo o dubstep! Meus filhos têm muito bom gosto. Eu também coloco muita música dos anos oitenta. Kurtis Blow, por exemplo. Meu filho adoram músicas de dança de rua.
Zeit Magazin: Você ensina a seu filho passos de breakdance?
Madonna: Não, ele me ensina! Eu sou muito ruim!
Zeit Magazin: Você tem música dos anos oitenta ainda em vinil?
Madonna: Meus vinis estão guardados, mas eles não estou lá em casa.
Zeit Magazin: Quanto tempo você consegue ficar sem fazer música?
Madonna: Três anos, mas depois, eu sinto falta.
Zeit Magazin: Você sempre ouve música em casa?
Madonna: Sempre!
Zeit Magazin: O que está ouvindo atualmente em seu iPod?
Madonna: Eu atualmente estou ouvindo a trilha sonora do filme Pina, sobre Pina Bausch, a coreógrafa. Você já viu o filme de Wim Wenders? Eu amo a história: uma mulher que dança e cujo trabalho está à frente de seu tempo.
Zeit Magazin: Você se lembra quando ouviu pela primeira vez sua música no rádio?
Madonna: Sim, eu lembro. Eu morava num apartamento em Nova York, 92 Street, na beira do rio. Todo mundo estava no rádio. Foi uma experiência muito surreal. Eu fiquei como “Sou eu, como isso aconteceu?” Foi um momento muito mágico.
Zeit Magazin: Você se lembra do seu primeiro grande show?
(Madonna pensa e olha para Liz Rosenberg, que lhe lembra que foi o primeiro nos Estados Unidos em 1984.)
Madonna: Não, isso já era um show num grande estádio. Eu comecei em um clube. Os CBGB, um lendário clube de Manhattan. Bandas como Talking Heads, Blondie e The Ramones começaram por lá.
Zeit Magazin: Você se lembra de quantas pessoas foram?
Madonna: Eu não sei quantas pessoas estavam lá. Eu era um baterista em uma banda. Lembro-me que foi difícil configurar o equipamento de tambor e ter que dividí-la. E alguém jogou cerveja em mim.
Zeit Magazin: Você ficou nervosa?
Madonna: Sim, eu estava nervosa e animada, mas foi muito legal.
Zeit Magazin: Você ainda fica nervosa quando faz grandes shows como foi na sua apresentação no Super Bowl.
Madonna: Sim, com certeza!
Zeit Magazin: Você se empolga com cada novo número 1 seu como se fosse a primeira vez? Ou você se acostumou com o sucesso?
Madonna: Não, você nunca se acostuma. Neste ramo, nada é garantido.
Zeit Magazin: O que é mais difícil: ficar famoso ou permanecer no topo?
Madonna: Permanecer no topo.
Zeit Magazin: Como você conseguiu? Qual é a regra mais importante?
Madonna: Eu não acho que há uma regra.
Zeit Magazin: Mas ninguém no mundo pop ficou tanto tempo no topo quanto você.
Madonna: Você deve fazer o que você realmente ama. Você tem que alimentar sua alma com idéias, e você não deve deixar de crescer como pessoa. Isso é o que ajuda a criar arte.
Zeit Magazin: Se você fosse presidente dos Estados Unidos por um dia, o que você faria?
Madonna: Em um dia você não pode mudar muito. Eu acho que teria que ser uma presidente por mais tempo, mas eu não gastaria tanto dinheiro em armas de destruição em massa. Eu faria mais pela educação e pela a arte.
“O MDNA não era a maior prioridade de Madonna”, diz William Orbit
William Orbit, um dos produtores do último álbum de Madonna, MDNA, deu a sua opinião sobre a produção e condução de divulgação do MDNA. Ele também foi o produtor do mais aclamado álbum da cantora, “Ray Of Light”, e inclusive, postou em sua página no Facebook um remix de “Ray Of Light” que ele fez com Madonna depois que ela gravou os vocais e, como ele disse, “enlouqueceu com sua guitarra”.
William Orbit acrescentou que o solo de guitarra foi editado depois de tudo pronto.
Um fã de Madonna mencionou o que milhares de outros fãs de Madonna pensam: a falta de promoção e a forma de como os singles do álbum MDNA foram lançados, especialmente no Reino Unido, o que fez com que o álbum fracasso no Reino Unido, país onde Madonna sempre dominou nos charts desde então.
William Orbit disse que nunca se envolveu nestas questões, mas que concorda com todos os questionamentos dos fãs e com a forma em como álbum foi lançado, que, para ele, foi um erro desde o início. “Infelizmente eu não sou Jimmy Iovine que tem uma capacidade de defender suas convicções. Eu sou apenas o co-produtor, o co-escritor, e faço apenas o meu trabalho. Ninguém me verá feliz com o rumo da situação. Fomos muito pressionados pelo tempo na gravação do álbum de Madonna, MDNA. Muitos dos envolvidos tinham outros compromissos, e Madonna também estava envolvida no lançamento de seu perfume (“Truth Or Dare”) e de sua linha de roupas (“Material Girl”), e outros negócios desse tipo que vão além do meu próprio entendimento limitado da agenda de uma popstar como Madonna. Acho impossível estar completamente envolvido em algo quando seu foco é em centenas de coisas. O MDNA não era a maior prioridade de Madonna naquele momento.
As sessões de gravação para as seis músicas que fizemos juntos, eu e Madonna, foram extremamente agradáveis para todos nós. Madonna estava em forma e melhor do que nunca com sua voz, composição e musicalidade, e estava tendo um grande momento. Tínhamos músicas alinhados que são de tirar o fôlego. Mas infelizmente as melhores músicas escritas por Madonna foram para o novo álbum de Chris Brown e até em meu próprio álbum recentemente concluído e que se chama “Strange Cargo”. Muitas músicas que deveriam entrar no álbum foram dispensadas para outros artistas, o que foi um grande erro.
A equipe que fez parte do álbum foi a melhor. Compositores e músicos e artistas que eu escolhi pois me deixam extasiado com tanto talento, e foi muito difícil agendar com eles pois eles são muito ocupados, e todos nós nos comprometemos em fazer do novo álbum de Madonna, MDNA, o melhor álbum do ano, mas tudo foi feito as pressas. Muitos são ligados em dinheiro e dinheiro, diferente de mim, que não é algo que realmente é importante para mim. Mas o tempo corria, trabalhamos dia e noite. Quase todas as versões oficiais são completamente diferentes das primeiras gravações e tem muito material gravado do MDNA engavetado. Mas a decisão de tudo não estava em minhas mãos.
Ao longo dos anos se tornou óbvio para mim que por Madonna ser a maior artista pop de todos os tempos, sua base de fãs também são os mais coesos, intensos e extremamente exigentes. Não estou querendo colocar panos quentes em todas as reclamações, elas são completamente verdadeiras.
Eu poderia ter me acomodado e lavar as mãos, mas é difícil ser um cavaleiro eficiente no processo quando seu nome também está ali. Ah, e se alguma faísca brilhante do marketing central de Madonna sugerisse uma outra abordagem, ou seja, voltar ao estúdio para mais algumas semanas para re-trabalhar algumas faixas, eu certamente teria feito. Mas, realisticamente, só há uma pessoa que poderia fazer isso acontecer. E com as melhores músicas do mundo ali, a melhor equipe, as melhores letras, a melhor produção a nossa disposição e mesmo assim não se não suficiente, eu não posso ser cobrado por isso. Estou livre da dívida e não em dívida. Essa coisa sobre ter pouco apetite para riqueza e fama sem pensar em expectativas, que é o meu caso, então eu não tem com que me preocupar. Sou do tipo observador, dou minhas opiniões, mas sei exatamente para que lado o vento sopra.”
Logo após todas as declarações de William Orbit, ele escreveu em seu twitter: “Eu não deveria ter comentado nada sobre MDNA publicamente. Eu odiei isso tudo. Não é justo com Madonna.”
Madonna para a “Out in the City” Magazine – entrevista traduzida
Madonna para a “Out in the City” Magazine de maio. Confira a entrevista traduzida em que Madonna fala sobre seu mais novo álbum número 1, MDNA.
Em seus genes…
MDNA, 12º álbum de estúdio de Madonna, foi número 1 em 18 países – incluindo Estados Unidos e Reino Unido – e top 10 em todo mundo. A rainha do pop Madonna conversa com Larry Flick sobre a criação do álbum, a inspiração por trás de algumas músicas, e por que ela ainda tem muito a dizer….
Após quase 30 anos fazendo música, ninguém chegou perto de se igualar ao impacto gerado por Madonna na cultura pop. Outros artistas podem ter ido e vindo, mas nenhum deles chegou perto de suas vendas próximas de 300 milhões de álbuns. Já, o seu 12º álbum número um no Reino Unido, MDNA, vendeu 359.000 cópias em sua primeira semana de lançamento nos os EUA, batendo um recorde anterior que pertencia a Elvis Presley e MDNA é sua primeira melhor semana de vendas desde o álbum “Music”, de 2000, e a primeira melhor semana de vendas em todo mundo em 2012. Produzido principalmente em colaboração com o italiano Benny Bennasi, Martin Solveig da França e com William Orbit, além de outros, este é um dos álbuns de Madonna que recebeu melhores críticas em sua carreira. Sem surpresa, ela está no processo de criação e ensaios de uma gigantesca turnê mundial para promover novo álbum MDNA, incluindo uma data no Hyde Park em Londres.
O fã de longa data Larry Flick conversou com a estrela sobre o novo álbum e a criação do mesmo.
LF: Antes de tudo, parabéns pelo álbum! Eu não paro de ouvir já faz algumas semanas e já é um dos meus favoritos.
Madonna: Ooh, isso é muito bom de escutar
LF: O que é realmente é excitante, pois você já é uma rainha faz muito tempo!
Madonna: (risos) Ok, se você diz…
LF: Verdade, ouvindo estas músicas, eu me curvei na minha cadeira e disse “Oh my god”. A primeira coisa que eu quero saber é: o que você quer dizer com esse álbum? De onde você estava vindo?
Madonna: Bem, eu terminei as filmagens do filme W.E. o qual eu usei uma outra parte criativa minha. Foi uma experiência muito satisfatória, mas, ao mesmo tempo, foi extremamente esgotadora. Você passa a pensar como um diretor o tempo inteiro, e você tem todos os tipos de idéias que se faz quando se escreve canções ou montar um show ao mesmo, mas não consegue fazer isso fisicamente, tudo ao mesmo tempo. É muito exaustivo. Escrever ou cantar uma canção, ou performar uma música, é tão profundo em comparação.
Eu me sentia como um animal enjaulado. No momento em que estava focada me expressando no cinema, e realmente tenho muito orgulho do meu filme – eu me sentia como se eu realmente quisesse voltar para o básico, tocar minha guitarra e à simplicidade de emoções cruas. Mesmo quando eu estava escrevendo uma música e tocando meu violão – ou compondo “I’m A Sinner”, por exemplo – eu só queria me sentir bem. Foi tão bom voltar tocar violão e cantar. Parecia que eu não fazia isso a anos. Obviamente, eu tive que tirar algumas coisas do meu peito. Então, para mim, era como voltar a libertar o animal preso em mim e voltar a expressar todos os tipos de emoções, e não apenas um. Foram um monte de coisas que me fizeram pegar o caminho de volta – não tanto para a zona de conforto, mas um lugar de controle completo – porque eu acho que existe um equívoco sobre dirigir um filme quando você é iniciante. As pessoas falam demais.
Você sabe, se um ator vem para o set e ele não está de bom humor, você perde todo seu tempo segurando a sua mão, e tenta trabalhar a psicologia dele para que façam um bom trabalho. Ou se seu designer de produção tem uma enxaqueca … você tem que operar o equipamento sozinho. Você realmente fica totalmente fora de controle o dia todo até que tudo aquilo terminar. Filmar é uma loucura. Mas eu gosto de desafios.
LF: E então fazendo música trouxe você de volta a zona de conforto onde uma pessoa, como você, que gosta de ter todo controle de seu destino, te faz sentir bem?
Madonna: Você sabe, eu odeio usar a palavra “controle” demais pois as pessoas associam muito esta palavra comigo e com minha criatividade. Todos dizem, “você é controladora e gosta de controlar.”
Tudo que eu faço – até mesmo minhas composições – eu estou colaborando em todos os momentos. Eu valorizo a entrada de pessoas, e quero. Eu não posso trabalhar por conta própria. Eu não sou como o Prince ou outros artistas que chegam, tocam todos os instrumentos, gravam e não ouvem a opiniãos dos outros. Eu preciso ouvir o que as pessoas pensam o tempo todo. Eu gosto de ter alguém ao meu lado. Eu gosto da simplicidade da composição, porque, no final, é simples. Você tem uma melodia. Você tem algumas palavras. E você canta. Felizmente, você sente um monte de emoções diferentes, é tudo muito mais direto.
LF: Como você decide na escolha dos pessoas que trabalharam com você no álbum? Eles são tão diferentes. Você trabalhou com Benny (Benassi), que um italiano louco….
Madonna: fala pessimamente o inglês.
LF: Eu adoraria saber como você se comunicava com eles. Sei que foi através do primo dele! Isso é um pouco louco e um pouco frustrante, não é?
Madonna: Sim, foi no início. O primeiro dia, eu quase arranquei meus cabelos. Mas quando você está trabalhando com novas pessoas, você sempre tem que encontrar um terreno comum com eles e depois descobrir como fazer isso. Eu já trabalhei com William Orbit antes e algo muito mágico acontece quando eu trabalho com William. Eu vou a lugares profundos. Ele é uma alma torturada, e ele traz a alma torturada em mim. Ele também é extremamente desorganizado em seu pensamento. Ele vai me odiar por dizer isso, mas ele é como um cientista louco. A gente começava a trabalhar na canção, e ele vem e diz “Oh meu deus! Oh meu deus!
Eu tinha umas estratégias. “Você está pensando que é a mesma música que você está trabalhando, e então eu dizia: “OK, eu só vou ao banheiro e ja volto.” Você volta, e ele está trabalhando em uma música completamente nova, que também é surpreendente. Mas eu sou do tipo: “William, vamos voltar para a outra música.”
É muito fácil se deixar levar com ele porque ele é apaixonado pelo que faz. Ele é muito articulado, mas ele é um cientista louco. Ele vem com seus desafios, mas você tem trabalhar com ele de uma forma muito específica. O que sai de nossos colaboradores é muito original.
Então, com Martin Solveig, ele é muito parecido comigo em termos de organização e é extremamente metódico. Nós compartilhamos o mesmo amor por filmes estrangeiros – principalmente o cinema francês e o italiano, e principalmente os dos anos 50 e 60. Todas as músicas que fizemos utilizávamos os filmes como metáforas, como uma espécie de trampolim. Estávamos ambos mutuamente obcecados com Alain Delon, e foi daí que surgiu “Beautiful Killer”. Um monte de gente pensa em Martin Solveig apenas como um DJ, mas, na verdade, ele é um músico muito talentoso. Foi muito fácil trabalhar com ele. Ele acessou o meu lado irônico: o amor na linguagem, o oposto do William, a alma torturada. O que saiu de ambas as colaborações é bastante diferente, mas eu acho que foi igualmente interessante e como eu queria.
LF: Eu quero falar sobre as minhas canções favoritas do MDNA. “Gang Bang”…Eu não sei em quem você pensou ao escrever esta música, mas para mim, é como o final …
Madonna: É a música da vingança final.
LF: Realmente é. Há tantas camadas. Ouvindo, “eu pensei”, essa pessoa é um passo para longe da tristeza, final inacreditável. Eu amo este lance de morrer por alguém. Eu namorei alguém uma vez que acreditava que a profissão máxima do amor ……
Madonna: …Morreria por amor?
LF: Morrer por amor!
Madonna: É muito niilista e romântica. É uma música muito complexa, pois por um lado parece que eu estou dizendo para alguém ir se foder. Por outro lado, é como se eu assumisse um personagem e toda a idéia de dizer a alguém para dirigir, apenas para manter a condução, metaforicamente. E como assumir o comando e pisar neste homem o tempo todo, xingando-o. Para uma mulher chamar um homem “bitch” é, para mim, como um ato de desprezo. Mas depois vem a tristeza, a mágoa, e humor.
LF: Para mim, “Gang Bang” é o oposto de “Superstar”.
Madonna: São duas músicas totalmente opostas em termos de sentido.
LF: É justo pensar nessa canção como um nível superior de ”Little Star”, do álbum “Ray of Light”?
Madonna: Hmm … eu não acho, mas eu diria que é a antítese de “Gang Bang”. Trata-se de encontrar um homem positivo. Pensando em arqueótipos, comparando, é como você pensar em John Travolta em Embalos de Sábado à Noite, Bruce Lee, Abraham Lincoln. Eu adoro pensar nas pessoas que eu admiro, e eles são “superstars” na minha cabeça. E eu comparo minhas ações com as ações dessas pessoas.
LF: Acho que pensei em “Little Star” por causa da voz da sua filha na música.
Madonna: Ahh, eu entendo.
LF: Ela parece tão linda. É verdade que ela vai estar em turnê com você?
Madonna: Ela tem uma voz incrível, mas ela nunca vai admitir isso. Ela é como, “Mamãe, basta colocar o meu nome no disco.” Eu disse, “Tarde demais!” (risos)
Ela definitivamente vai estar na turnê comigo. Eu tenho que manter meu olho nela. Ela já tem 15 anos. Mas ela ainda não decidiu o que ela quer fazer. E ela é de libra. Eles nunca seguem com a mente. Ela toca piano muito bem. Ela é uma cantora incrível. Mas ela está passando por aquela fase da rebeldia, de modo que ela acha que pode fazer qualquer coisa com o cabelo, maquiagem ou dar conselhos sobre moda e roupa..
LF: Vamos falar de “I Don’t Give A…”
Madonna: (risos) Você está se concentrando nas minhas músicas raivosas…
LF: Elas me tocam de alguma forma.
Madonna: Tenho certeza que você pode se relacionar com elas. Espero que todos possam se imaginar com essas músicas. Esta é a música da superação do coração partido. “I tried to be a good girl, I tried to be a wife, diminished myself, and I swallowed my light.” (Eu tentei ser uma boa garota, eu tentei ser sua esposa, me diminuí e engoli minha luz) Eu vivi isso. Eu estava em um relacionamento com um homem que eu adorei e para que eu me via dizendo: “Eu não estou mais me reconhecendo. Tudo o que eu quero é estar com você”… ou … “tudo o que eu quero ser é o que você quer que eu seja”. Esta é uma letra interessante de escrever.
LF: Nós sempre queremos estar no controle, queremos controlar e muitas vezes não conseguimos. Como você se sente com esta responsabilidade?
Madonna: Acho que tenho grande habilidade de liderança, mas eu acho que eu nunca vou conseguir controlar a forma em como as pessoas acreditam como eu sou ou o quer que eu seja. Afinal, eu sou um ser humano. A natureza de se apaixonar é que você tem que fazer concessões. Falei muito sobre isso quando eu estava promovendo meu filme W.E.. Uma parte de você tem que estar disponível. Uma parte de você tem que morrer. Eu estava lendo um livro chamado “She” (Ela). Eles comparam a idéia de ser casado, e toda a mitologia de ser casado. A idéia de andar pelo corredor como uma noiva em alguns tempos antigos … consideraram como uma marcha fúnebre. De uma maneira primordial, você está se doando por completo.
E então você está levando a sua vida de uma forma mas sua vida conjugal te domina. É uma quantidade incrível de poder se doar a alguém. É um sacrifício que vale a pena. Você apenas tem que se certificar de que você está fazendo isso com a pessoa certa.
LF: Existe muito romantismo no seu espírito quando você faz uma música, não existe?
Madonna: Claro! Como não poderia existir? Como eu poderia ser uma compositora e não ser romântica?
LF: Como te falei, agora eu pensei em outra música que eu amo do novo álbum, “Falling Free”. É a música perfeita para tudo o que ouvimos neste álbum depois de você gritar ” Die, bitch! (Gang Bang)” …
Madonna: …e a culpa é toda sua….por todo este resgate. Você ainda acredita no amor?
LF: Absolutamente?
Madonna: Isso não é puro?
LF: É um sentimento puro … um sentimento onde a emoção é tão palpável. Quando você pensa na imagem de como as pessoas têm de você como uma artista em oposição ao que eles realmente vão saber e se eles realmente ouvir, às vezes é bem diferente, não é?
Madonna: Sim. Absolutamente!
LF: Você acha que você ainda está lutando para ser ouvida corretamente após todos esses anos?
Madonna: Eu acho que ainda tenho muito a dizer sim. Ainda fico puta sobre algumas coisas. E eu ainda acredito no amor.
MDNA já está nas lojas. Madonna estará com o seu MDNA WORLD TOUR NO Hyde Park em Londres no dia 17 de julho, terça-feira.
Madonna é capa da revista inglesa “Out in the City”, edição de maio
Madonna é capa da edição de maio da revista Out In The City. A “OUT” é a maior e melhor revista gay voltada ao público gay de Londres, e trás uma entrevista exclusiva com Madonna. Veja a revista online em PDF no endereço outmag.co.uk.
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Entrevista de Madonna para a Vanity Fair Itália traduzida
Madonna “Truth Or Dare”. Madonna é capa da edição de maio da revista Vogue, edição italiana. A revista trás um ensaio belíssimo de Madonna feito pelos fotógrafos Mert Alas e Marcus Piggott. Madonna fala sobre sua nova marca “Truth Or Dare”, seus filhos e sobre preconceito.
Aqui está a entrevista na íntegra:
Vanity Fair: Você disse que esta perfume foi inspirado em sua mãe, também chamada Madonna, que morreu quando você era uma criança. Como ela era?
Madonna: Una vera mãe (um mãe verdadeira, ela diz em italiano me olhando nos olhos à procura de cumplicidade). Ela era doce, feminina, musicalmente orientada e acolhedora. Ela sempre usava o perfume Fracas de Robert Piguet. É um cheiro que ficou em minha lembrança: me faz lembrar das minhas madrugadas com os meus pais quando eu era pequena.
Vanity Fair: Você parece ser absolutamente sem medo.
Madonna: Isso não é verdade: há coisas que eu tenho medo sim.
Vanity Fair: Por exemplo?
Madonna: Não conhecer as coisas, não ter controle sobre o que está acontecendo ao meu redor. Não ser capaz de prever o que está por vir. E também o fato de que o mundo está cheio de pessoas ignorantes cheias de preconceito. Isso é o que mais me assusta.
Vanity Fair: Como podemos mudar isso?
Madonna: Com as pessoas cheirando o meu perfume Truth or Dare, por exemplo. Ok, foi uma brincadeira. Falando sério, não haverá um mundo melhor enquanto todo o preconceito exisitir. Não posso prever o que vai acontecer na minha vida porque o mundo está cheio de pessoas idiotas. Devemos destruir os preconceitos se quisermos viver num mundo melhor.
Vanity Fair: Em relação a isso eu sei que você é a favor do casamento gay. A Vanity Fair está fazendo uma campanha em toda a Itália em apoio a causa. Porque você acha que esta é uma causa tão grande que requer tanto o envolvimento de pessoas heterossexuais e homossexuais em conjunto?
Madonna: Porque é uma forma de mostrar que temos compaixão e compreensão para com todos e que nós acreditamos em amor e liberdade.
Vanity Fair: Além de ter nos feito dançar e nos divertir com a sua música ao longo dos anos, você acha que sua carreira tem contribuído para difundir uma mensagem através das canções? E se fez, qual seria?
Madonna: Express Yourself, que é o título de uma das minhas músicas, mas também é música que melhor me representa.
Vanity Fair: De que forma você acha que os anos mudou você?
Madonna: Mais do que os anos, por si só, acho que meus filhos me fizeram uma pessoa muito mais paciente e tolerante. Graças a meus filhos é que estou me tornando uma mulher melhor. Agora eu sou menos séria, eu tenho uma visão elástica da vida. Eu sou mais tolerante.
Vanity Fair: E fisicamente?
Madonna: No ano passado eu aprendi a esquiar. Foi uma experiência maravilhosa. Eu nunca tinha feito isso antes. Meus filhos são muito bons em snowboards e eu estava com ciúmes. Então, o próximo passo será o snowboard. Espero que consiga evitar os paparazzis, pois eu vou cair muito!
Vanity Fair: Você criou uma coleção de roupas adolescentes, a “Material Girl”, com sua filha Lourdes. Como é trabalhar com ela?
Madonna: É bom. Lourdes tem idéias muito objetivas. Ela sabe exatamente como gosta. Ela tem um senso de estilo único. Às vezes estamos em desacordo sobre as coisas e começamos a discutir. Por exemplo, eu não gostei dela ter raspado a cabeça, muito menos dela fumar ou coisas assim. Mas eu gosto de seu olhar e é divertido discutirmos juntas. Mesmo quando eu tenho sair ou eu estou escolhendo roupas para mim, eu peço a opinião dela. Ela me critica muito, mas muitas vezes ela está certa.
Vanity Fair: Você é um modelo para muitas mulheres. Que era um modelo para você?
Madonna: Frida Kahlo. Ela tinha uma beleza convencional, mas ela tinha um rosto fantástico mesmo quando ela tirava uma foto que ela não tinha a intenção de se parecer bonita ou diferente da realidade. Ela não tirava o bigode ou as sobrancelhas grossas, ao contrário de todo mundo. Eu acho que o que torna uma mulher bonita é o orgulho de ser ela mesma e não tentar adaptar-se ao gosto dos outros. Nós nunca devemos pedir desculpas por ser o que somos, por ser como somos.
Vanity Fair: A que horas você acorda de manhã?
Madonna: Depende do que eu tenho que fazer no dia. Normalmente eu acordo na hora em que meus filhos vão à escola e então eu volto de novo para a cama, durmo mais um pouco, pois eu durmo muito tarde. Quando é eu não tenho tempo para mais um pouco de sono, fico de péssimo humor durante todo o dia. Eu lavo o rosto com água fria e uso um colírio japonês que me ajuda a acordar.
Vanity Fair: E antes de ir para a cama?
Madonna: Eu escovo os dentes e tiro toda minha maquiagem. Nunca fui dormir sem antes lavar o resto e remover a maquiagem
Vanity Fair: Já que oficialmente você também está no ramo dos cosmeméticos, que produto tem em mente e que não existe e que gostaria de lançar
Madonna: Eu acho que hoje em dia podemos encontrar praticamente tudo. Mas vou pensar sobre isso, vamos falar sobre isso na próxima vez.
Vanity Fair: Momentos atrás, você conheceu um dos seus fãs. O que te impressiona mais quando isso acontece?
Madonna: A sua lealdade! Mas nunca pego isso como garantia, confie em mim.
Vanity Fair: Estamos esperando por você na Italia, ok? Há rumores de que o prefeito de Florença está organizando uma festa privada noturna da Uffizi para você.
Madonna: Wow!
Entrevista de Madonna em promoção ao filme W.E. na Austrália
E a promoção do novo filme de Madonna, W.E., continua. Com o lançamento do filme na Austrália, o canal australiano Ten exibiu na manhã desta sexta-feira, 04, uma entrevista de Madonna com Andrew Günsberg. A entrevista foi exibida no programa matinal “The Project”.
Assista a entrevista
Madonna é capa da revista Billboard da Rússia
Madonna é capa da próxima edição da edição russa da revista Billboard. Além da nova edição da Vanity Fair da Itália, a revista trás uma reportagem e entrevista de Madonna sobre seu novo álbum MDNA, seu perfume “Truth Or Dare” e a MDNA World Tour 2012.
Shirley Manson, do Garbage, detona tabloides por falar da idade de Madonna
Shirley Manson dispara contra os jornais sobre comentários maldosos a respeito da idade de Madonna.
Quase duas décadas de carreira e mais de 12 milhões de álbuns vendidos, a vocalista do Garbage, Shirley Manson retorna aos holofotes armada com um novo conjunto de canções matadoras.
Algumas semanas atrás, ela deu uma entrevista ao Bullett Media e comentou sobre o que a imprensa fala sobre a idade de Madonna.
Os tablóides reclamam Madonna aparenta velha e isso vira motivo de piada. Então Madonna corrige alguma imperfeição e eles riem dela. Mesmo que eles relutantemente dizem que ela parece incrível, eles ainda riem dela por tentar aparentar mais jovem.
Então Madonna aparece, toda maravilhosa, e os tablóides não tem o que falar e então mostram suas mãos e suas veias devido a malhação. Ninguém está fazendo isso com George Clooney e explorando imagens de suas mãos!
Eu olho para essas revistas, e penso: Qual é o seu problema? Que Madonna está envelhecendo? Será deve surpreender como uma menina de 20 anos? As reportagens sobre sua idade é uma tentativa de minar sua carreira de glórias? Eu acho que é isso, mesmo que seja em um nível subconsciente.
E você provavelmente não iria abaixar as mãos se eles foram te pegar debaixo da mesa. Eles são completamente idiotas”
Assista ao novo clipe do Garbage, “Blood For Poppies”.