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Madonna sofre duras críticas de sua ex-treinadora

95845 36A ex-personal trainer de Madonna, Tracy Anderson, criticou a decisão da pop star de abrir uma rede de academias de ginástica.

Anderson, 41, já treinou atrizes como Gwyneth Paltrow, Courteney Cox e Jennifer Aniston.

Tracy disse à revista britânica Star :

“Eu sabia que ela faria isso. Eu posso por meu nome em uma academia e espalhar (a marca) pelo mundo se eu quisesse, mas isso seria irresponsável com o que faço. Acho que todos sabemos que quando uma celebridade vai fazer algo em um ramo ao qual não pertencem, ela está apenas dando seu endosso e tudo bem, mas você não pediria a receita de um remédio para um ator que interpreta um médico na TV, não é?

Madonna e Tracy se desentenderam em 2009 depois que a treinadora trabalhou para esculpir o corpo da pop star por três anos.

Não se sabe o que provocou o estresse entre as duas, mas isso parece ter custado a Madge a amizade de Gwyneth Paltrow, que apresentou Tracy à cantora e que tomou as dores dela quando foi despedida.

Álbum “Erotica”, de Madonna, completa 18 anos

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Na mitologia é frequente a descrição de passagens em que deuses e deusas em um determinado momento de sua existência se deparam com a necessidade de confrontar o seu oposto. Tais episódios, geralmente ambientados nas profundezas do mundo inferior, narram a travessia pela qual a entidade em questão deve se despir de qualquer proteção ou ligação com o seu mundo para então confrontar seus medos e sentimentos mais íntimos e sombrios e renascer mais sábio e mais forte.

“Justify My Love”, lançada em 1990, seria o primeiro passo de Madonna para uma era em que a sexualidade seria seu tema de trabalho e quase obsessão refletida no álbum “Erotica”, no livro “SEX”, no filme “Corpo em Evidência” e finalmente em sua turnê mundial “The Girlie Show” que se estenderia pelo ano de 1993.

Utilizando estrategicamente todas as mídias e formas de marketing disponíveis na época, o álbum “Erotica” foi o primeiro disco da cantora a ser lançado pelo seu próprio selo: a Maverick Records. Dessa forma, Madonna conquistou e gozou seu período de maior exposição, causando controvérsia e levantando questionamentos sobre sua relevância no mundo da música.

Curiosamente foi a qualidade da música de Madonna que forneceu o suporte essencial para a continuidade e aceitação dos seus projetos paralelos. Na época, críticas positivas para o álbum “Erotica” foram publicadas por diversas revistas especializadas. Segundo a Billboard “Erotica” é um álbum ambicioso que contem algumas das melhores músicas de Madonna. Opinião compartilhada pela Rolling Stone pela qual o álbum foi considerado brilhante. Já para a Blender, o álbum conceitual recebeu quatro estrelas sendo classificado como chocante e inspirador.

Através de uma mistura inteligente do pop e house produzidos por Shep Pettibone com os elementos de jazz e hip-hop incorporados por André Betts, as letras das músicas falam sobre relacionamentos e perdas, e algumas transmitem um teor político muito expressivo. “Erotica” foi definido pela própria Madonna como um disco “áspero” e “cru” já que a idéia foi não produzir as músicas demais e deixá-las o mais próximo possível de suas “demos” originais gravadas nas primeiras sessões, sem os caprichos de muito polimento e pós-produção, o que mais tarde seria brilhantemente explorado nas performances ao vivo da turnê de divulgação do álbum.

Com seis singles lançados: “Erotica”, “Deeper and Deeper”, “Bad Girl”, “Fever”, “Rain” e “Bye Bye Baby”, seus vídeos promocionais tiveram que competir pela atenção do público com a polêmica criada em torno do livro “SEX” com fotografias de Steven Meisel que retratam todas as formas de relacionamentos e as fantasias sexuais que permeiam este universo.

Apesar de esclarecer em quase todas as entrevistas que o livro era apenas uma ilustração das fantasias que todo ser humano tem em relação ao sexo, foi complicado convencer o público mais conservador a recebê-lo como arte, o que gerou um verdadeiro movimento de repressão e boicote à cantora.

“ The most important thing is that I say the things I want to say. In my music or whatever expression that may be. Wether that’s writing a book or writing songs or acting or whatever… the important thing is that I feel fulfilled as an artist and ultimately what the world gets out of it and what they chose to see.” Madonna – MTV Europe, Nov. 1992.

Porém, não são muitos os artistas que conseguem incluir em sua obra um retrato tão fiel do contexto histórico no qual se encontra e ao mesmo tempo gerar um impacto tão relevante na cultura e sociedade. No inicio da década de 90 o mundo se encontrava em um confronto ideológico com a sexualidade e a epidemia da AIDS e, como a personificação de um adolescente, presenciava uma época de transição na sociedade em que o diálogo sobre a sexualidade se movia da total repressão para a liberdade de expressão e novas formas de explorar esse universo.

Para entender o impacto de Madonna com “Erotica” basta recorrer a outras mídias da mesma época, uma recomendação seria a sequência inicial de “Cães de Aluguel”, primeiro filme de Quentin Tarantino, em que um grupo de ladrões discute o significado e as mensagens implícitas nos grandes hits de Madonna da década de 80. No ano seguinte ao lançamento de “Erotica”, foi lançado o filme “Corpo em Evidência” estrelado por Madonna e Willem Dafoe. O filme foi extremamente criticado e certamente não recuperou nas bilheterias o investimento para a sua realização.

Neste mesmo ano, inspirada por um quadro de Edward Hopper, Madonna levou para a América, Europa, Ásia, e Oceania a turnê mundial “The Girlie Show”. Com referências ao Catolicismo, Fellini, Bob Fosse, Gene Kelly, Marlene Dietrich e a Berlim de Weimar, Cabaret, Carmen Miranda, Metropolis, Cirque De Soleil, entre outros, o show foi concebido e vendido como um “Circo do Sexo” em que os gêneros se confundiam e performances jamais antes vistas eram realizadas ao vivo no palco. Funcionou.
Com uma produção elegante e muito bem elaborada a turnê se tornou o espetáculo mais bem sucedido daquele ano, recebendo críticas positivas por onde passava.

Ainda que não tenha se recuperado totalmente do período de repressão e censura, Madonna foi capaz de demonstrar que suas habilidades como artista extrapolam o mundo da música, através de uma bricolagem única de referências ao teatro, à dança, ao circo e ao cinema. Dessa forma, Madonna voltou ao centro das atenções com a sua capacidade intrigante de se reinventar, reafirmando a sua postura e relevância como uma das maiores artistas da história.

Assim como na mitologia, Madonna se despiu de qualquer preconceito e pré-julgamento e confrontou uma de suas (ou nossas) maiores obsessões: o sexo. E como deveria ser ela convidou o mundo para acompanhá-la nesse processo. Á frente de seu tempo foi difícil para o mundo seguir seus passos, já que nem todos estavam preparados. Porém, certamente todos estavam curiosos e como numa prática coletiva do voyeurismo o mundo se encontrou a espiar mesmo que à distância esse momento de descobertas e extravagância sexual proposto por Madonna.

“Ela está fazendo o que os homens fazem”, diz Liz Smith sobre Madonna

ENTREVISTA COM LIZ SMITH – JORNALISTA QUE ESCREVE SOBRE MADONNA DESDE 1984 E UMA DAS POUCAS QUE MADONNA DÁ ENTREVISTA DE BOA VONTADE

20110422 news madonna liz smith lady gaga new album judas ws01REPORTER: Madonna certa vez disse sobre vc: ‘- Eu amo Liz Smith, porque ela tem seios grandes como os meus.” O que vc achou disso e qual a importância da Madonna na cultura de celebridades?

LIZ SMITH – Eu quase nao acreditei quando ela disse isso! Eu nao chego nem perto da coragem dela. E ela disse isso durante um evento dela – a estréia de True Or Dare – Na Cama com Madonna.

Eu, e várias cameras da ABC, estavamos ali para entrevistá-la. Eu pensava comigo mesma : “Acho que ela não vai colaborar pra entrevista, mesmo eu tendo escrito sobre ela desde 1984!”. Foi quando ela olhou direto pra nossa câmera e disse: “- Sua influência cultural tem sido épica, em todos os sentidos – sobre sexo, moda, auto-promoção, auto-confiança e sobre (é claro, sua) musica!”

As pessoas querem esquecer que ela é a maior figura da música pop, e que ela tem escrito a maioria de seus hits. Ela só não dá a MÍNIMA pra o que as pessoas pensam. Ela não irá mendigar pelo amor delas. E é por isso que a amo e a odeio ao mesmo tempo.

Ela não se importa – ou pelo menos ela nunca admitiu isso publicamente – que estava magoada com as notícias de que sua caridade, trabalho e adoções são marketing – como se ela precisasse de mais publicidade!

Ela não irá se aposentar, NUNCA! E ela com certeza nao se importa que tem 50 anos, e muito menos que seu ultimo amante tenha 22 anos. Ela está fazendo o que os homens fazem, e não se desculpam por isso nenhum um segundo. Eu gosto muito dela.

Madonna deixa mau humor no Rio e é só elogios a São Paulo

938980 1440 it2Madonna, 50 anos, escolheu São Paulo para encerrar sua última turnê, Sticky & Sweet, como presente aos fãs que esperaram 15 anos e 45 dias desde sua última apresentação na cidade. Diferentemente de sua performance no Rio, onde não foi nada mais que protocolar, em São Paulo Madonna se entregou, agitou e não poupou elogios à sua platéia. “Vocês, de São Paulo, são o melhor público que existe”, disse ela no segundo show.

Na cidade maravilhosa a chuva atrapalhou a estréia da turnê da diva, que visivelmente chegou a demonstrar um certo mau humor durante sua apresentação. Famosa por se jogar no palco e rolar com os dançarinos no chão, a popstar foi obrigada a fazer um show mais “correto” e ainda se constrangeu ao levar um tombo após um escorregão em uma poça na passarela.

Se por um lado São Paulo ouviu um discurso emocionado de Madonna, que chegou a chorar durante seu agradecimento, o público carioca viu a diva lamentar a chuva. “Me desculpem por vocês estarem molhados”, disse no primeiro show no Estádio do Maracanã.

É inegável que a forte chuva que atingiu o Rio no dia 14 influenciou de forma negativa a apresentação. Mesmo com o público mantendo sua energia no máximo, com a passarela encharcada, Madonna foi obrigada a andar com passos curtos e não pode exagerar em suas coreografias, um dos pontos altos da turnê Sticky and Sweet. Enquanto tocava guitarra, a cantora ainda precisou do auxílio de um funcionário de sua turnê para segurar um guarda-chuva.”F… a chuva”, disse tentando incendiar o público.

Já em São Paulo tudo aconteceu a seu favor. Na última quinta-feira, ela foi recebida com o Estádio do Morumbi lotado de fãs empolgados, que fizeram coro de todos os refrões dos grandes sucessos dos 25 anos de sua carreira.

Madonna não decepcionou os fãs que já estavam há 13 noites no relento à sua espera e que desembolsaram até US$ 600 num ingresso. Logo na primeira música do show, Candy Shop, era possível vê-la cheia de luz. “Era disso que eu estava falando Brasil”, gritou ao microfone.

Foram poucas as vezes em que cantora precisou pedir a interação do público. Durante duas horas o Morumbi estava totalmente conectado a ela. O chão tremeu, a poeira subiu e o público saiu sem voz.

Madonna se divertiu à vontade. Gargalhou quando seu dançarino tropeçou na coreografia e tirou sarro de si mesma quando errou a letra de seu maior sucesso, Like a Virgin. “Sempre esqueço as letras das minhas músicas velhas”, lamentou-se.

E a cantora não perdeu o ânimo nas outras apresentações. Pelo contrário, chorou na despedida. “Eu me sinto a garota mais sortuda do mundo e a mais cansada do mundo”, disse ela, com lágrimas nos olhos.

Logo no primeiro dia que subiu ao palco do Morumbi, Madonna prometeu voltar. “Estou muito feliz de estar aqui, espero não demorar tanto tempo para voltar. Vocês me querem aqui de novo?”, chegou a perguntar a diva. Madonna aproveitou sua passagem pelo Brasil para se divertir na noite, coisa que não fez nos outros países da América Latina que passou. No Rio, tanto ela quanto seus filhos se sentiram mais à vontade para fazer turismo. Madonna apareceu diversas vezes na janela para apreciar a vista de Copacabana, Lourdes Maria saiu para fazer compras e Rocco aproveitou o sol carioca na piscina.

Em São Paulo, Madonna, sem os filhos, ficou reclusa na cobertura do Grand Hyatt. Ela só deu as caras no domingo, após o show de encerramento da turnê, em um clube de Pinheiros. Segundo o colunista Bruno Astuto do jornal O Dia, a livre e desimpedida Madonna trocou beijos com o modelo Jesus Luz, que conheceu em um ensaio para a revista W. A noite de farra continuou no hotel da diva.

Pelo jeito o fim da turnê – que começou em meio a crise no casamento de Madonna e Guy Ritchie – foi marcada pelo grito de liberdade da cantora pop. Madonna provou mais uma vez que não deve nada a ninguém, nem mesmo a Alex Rodriguez, apontado como o pivô de sua separação e com quem ela estaria vivendo um romance às escondidas.