Rainha da controvérsia, Madonna voltou às origens ao enfurecer alguns Católicos devotos com uma performance especialmente provocante no mais recente show. Conhecida por antagonizar a Igreja Católica ao longo dos 35 anos de carreira, Madonna agitou as coisas ao apresentar a canção Holy Water na Rebel Heart Tour rodeada de dançarinos vestidos de freiras.
Após anunciar que Madonna é a cantora que mais vendeu discos em todos os tempos (mais de 520 milhões (número atualizado pelas redes oficiais de Madonna, mas no Guiness continua o número antigo, mais de 300 milhões), a edição 2016 do Guinness, o Livro dos Recordes, confirma outro recorde da Rainha do Pop: a Sticky & Sweet Tour é o show feminino mais rentável, quebrando o recorde que antes dela também, com a Confessions Tour, de 2006.
Historicamente, Madonna é vista pelos críticos como uma incrível artista, cuja voz não faz jus às habilidades de dança. Ela já produziu inúmeros sucessos e clipes maravilhosos, mas na Rebel Heart Tour, Madonna mostra que também é capaz de emocionar o público com a voz.
Os críticos negaram o poder vocal dela por décadas, mesmo após ela ter ganhado um Globo de Ouro pela performance em Evita, de 1996. Naquela época, Madonna chocou a todos com o poder crescente da voz. Mesmo sem a voz potente que Patty Lupone levou à Broadway, ela se superou e muitos acharam a voz dela virtualmente irreconhecível (no bom sentido).
No primeiro de dois shows da Rebel Heart Tour na histórica arena, a Rainha traz Amy Schumer, Game Of Thrones, freiras travestis, um ukelele e os melhores sucessos
O álbum Rebel Heart foi atormentado por vazamentos, ela caiu de costas no Brit Awards e as gafes no Instagram lhe deram dor de cabeça. Ao chegar no Madison Square Garden para o quarto show da 10ª turnê (a última sob o contrato de 10 anos e US$120 milhões com a Live Nation), ela veio pra acabar com tudo! Mesmo assim, Madonna sempre dá o melhor de si quando é provocada, quando o instinto assassino que a sustentou ao longo de 30 anos na indústria vem à tona, em uma recusa visceral à derrota.
“Bitch, I’m Madonna”
Esta é uma frase bem conhecida no mais recente espetáculo produzido por ninguém mais do que a Rainha do Pop, Madonna. A veterana de 57 anos provou o status no topo do trono ao apresentar um segmento de clássicos no show da Rebel Heart Tour em Washington, no último dia 12.
Ontem (09), em um segmento diferente da Rebel Heart Tour, sem adornos, após mais da metade do início do show na arena Bell Centre, Madonna anunciou que “iria cantar ao violão, onde tudo começou”. Antes dela mandar uma versão flamenca de Who’s That Girl, a surpresa de um fã chamou a atenção dela: “Sim, eu sei que toquei bateria primeiro, mas dá pra ver alguém atrás das baquetas? Sou leonina, gostamos de ser o centro das atenções”.
Portanto, ela ainda sabe das coisas. E, em um show sem medir gastos nem esforços, ela fluiu sucesso após sucesso, e provou mais uma vez que não deseja o holofote – ela o possui.
Montreal viu o primeiro show da turnê depois de cinco shows serem adiados para mais ensaios, mas já estava tudo pronto na noite de terça (tá, 99% apenas: “Este figurino é traiçoeiro”, exclamou Madonna quando um item cheio de joias rasgou uma peça). Com quatro seções temáticas e trocas de figurino, quase todas as músicas possuem um item próprio, com um pequeno exército de dançarinos graciosamente executando coreografias intensas.
Alguns meses atrás, Madonna foi criticada por igualar os preconceitos contra idade ao racismo e à homofobia. Ela falou sobre isso com a revista Rolling Stone: “Ninguém se atreveria a dizer algo ofensivo a um negro ou postar algo agressivo no Instagram sobre os gays. Mas em relação à minha idade, todo mundo quer dizer algo contra mim. E sempre paro pra pensar: ‘Por que aceita-se isso? Qual a diferença entre isso e o racismo, ou qualquer outra discriminação?’”.
Um presentinho legendado do Madonna Madworld para nós fãs da rainha do pop. Madonna no começo de carreira num entrevista descontraída para o programa britânico “Ear Say”, em 1984. Assista!
30 anos depois, repaginamos primeiro álbum de Madonna, o The First Album, com versões exclusivas dentro do projeto #Anthology, pra você relembrar o início de toda a aventura como os sucesso “Holiday”, “Bordeline” e “Everybody”. O arquivo para download trás encarte para impressão.