O novo álbum de Madonna chega carregado de controvérsia, gingado, audácia e franqueza sexual. E, em algumas vezes, ele até exagera. “Beija mais, molha mais”, ela sugere em Holy Water, uma canção discreta que mistura o sagrado e o profano que remete ao álbum Erotica, de 1992.
É a típica metade do álbum, na qual produtores da moda trazem uma variedade de cores e tons contemporâneos enquanto Madonna declara que ela ainda está entre nós, talvez protestando um pouco demais. Algumas colaborações são melhores do que outras. A gélida Hold Tight, composta por Ryan Tedder, é melódica, mas insossa; as sirenes características do produtor Diplo em Unapologetic Bitch lembram muito a música de M.I.A.. Contrariamente, todas as contribuições de Kanye West – incluindo a já citada Holy Water, a igualmente sugestiva S.E.X. (“Sou uma porta aberta, venha e entre em mim”) e a ótima Illuminati, na qual Madonna imagina uma boate cheia de governantes mundiais não tão secretos, são extraordinariamente inteligentes.
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