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Sem Madonna: o que fazer com os R$ 720 reservados para o ingresso?

Desde que os rumores sobre as apresentações da rainha pop no Brasil começaram, já se passaram, no mínimo três meses. Quantos shows, valor do ingresso, data… tudo era motivo de especulação, mas, desde então – ou até antes disso – fãs da Madonna começaram a guardar dinheiro com o objetivo de conseguir o melhor lugar para assistir à musa de perto.

No dia 18 de agosto, a confirmação. Dois shows (que depois viraram três), no Rio de Janeiro e em São Paulo, com ingressos que iriam de R$ 160 a R$ 600, mais taxas de conveniência (20% do valor) para compras on-line, telefone ou pontos-de-venda. Fãs que não tiveram a oportunidade de ver o ídolo de perto em 1993 – quando ela esteve no País – seja por não terem idade ou por falta de oportunidade e dinheiro, se mobilizaram com um objetivo: poupar para comprar o ingresso, e no lugar mais privilegiado, e claro, mais caro!

No entanto, diante das dificuldades enfrentadas pelos fãs em todo o País, por conta de congestionamento no site e linhas telefônicas, além de filas quilométricas e desorganizadas nas bilheterias oficiais, ainda na quarta-feira (3), dia de início das vendas para as apresentações de São Paulo, sem conseguir o tão sonhado ingresso para a pista VIP – setor que já está com entradas esgotadas, depois de passar a noite em claro diante do computador, o que você ganhou, além de olheiras e cansaço? Educação financeira!!!

Advisor popstar
Em primeiro lugar, agradeça à musa do pop por esse feito. Você conseguiria poupar R$ 720* em três meses, se não tivesse um objetivo concreto para fazê-lo? Pois bem, você pode até estar sem o ingresso – e até com raiva por causa disso – mas, pensando de forma racional, foi necessário um bom planejamento financeiro para que você conseguisse dispor desta quantia na data desejada.

Corte de gastos, controle de despesas, conhecimento das receitas…tudo isso foi necessário para que, ao final do período, atingisse seu objetivo financeiro.

E agora, o que fazer com o dinheiro?
Tem coisas que só a Madonna faz para você
A educação financeira e o bom planejamento indicam que, com sobras de caixa, o consumidor deve, em primeiro lugar, saldar as dívidas, depois pensar em poupança e, em seguida, começar a investir.
Se você conseguiu, de junho para cá, poupar R$ 240 por mês, pode continuar seu esforço de poupança para, em dezembro, fazer uma boa viagem. Seriam mais de R$ 1.600 economizados.
Você pode, ainda, aplicar esse dinheiro, com o objetivo de garantir uma quantia ainda maior. Numa aplicação conservadora, com rendimentos em torno de 0,6% ao mês, seus R$ 720 poderiam virar, em um ano, cerca de R$ 773, que tal?

Para ilustrar, listamos abaixo o que poderia ser comprado, hoje, com os R$ 720 que agora “sobram” no seu bolso:
19 kits com CD e DVD da The Confessions Tour, que traz na íntegra o show de Madonna realizado na Wembley Arena, em Londres
Duas passagens de ida e volta para o trecho Rio-SP
Viagem de 8 dias e 7 noites para o Arraial d´Ajuda, na Bahia
Diária no Apartamento Deluxe do Copacana Palace, com vista para a cidade maravilhosa
Duas garrafas de Champagne Don Perignon


Brincadeiras à parte, são nas atitudes corriqueiras que paramos para pensar que é possível planejar e poupar de olho em um objetivo. Além disso, com comparações desse tipo também podemos avaliar o real valor de nossas aquisições e, se for o caso, repensar nossos hábitos de consumo!
*soma dos R$ 600 do ingresso para entrada inteira no setor VIP mais R$ 120 de taxa de conveniência

Madonna no Brasil – histeria, medo, revolta, comoção, emoção

13Desde que começou a especulação de que a nova tourné mundial de Madonna passaria pelo Brasil, eu diria que poderia escrever um livro em capítulos. Nos jornais do dia, todos os dias, sempre uma reportagem ou pelo menos uma nota. Essa mulher comanda um império, coloca o mundo inteiro debaixo das unhas de seus pés. Tudo bem que muitas coisas, ás vezes, acontecem por si só, como é o caso das vendas dos ingressos de seus shows no país.

Aquele “vem ou não vem” foi confirmado no site oficial da cantora, o Madonna.com, exatamente 10 dias antes das vendas começarem, o que ocorreu no dia 01 deste mês, para um show no estádio do Maracanã. Foi uma comoção nacional. Primeiro apenas clientes que possuem cartões Bradesco e Amex poderiam efetuar a compra de seus ingressos pela internet. Ou seja, se eu morasse em Conceição do Mato Dentro, naquele lugar em que banda larga é história de filme de ficção, bem, eu ficaria sem meu ingresso, uma vez que a probabilidade de eu possuir um cartão Bradesco talvez fosse remota, e comprar o ingresso apenas em dois pontos de vendas, como Rio de Janeiro e São Paulo, é totalmente non-sense.

Continuando a novela, milhares de reclamações de fãs por causa das restrições de cartões, PROCON, Ministério Público na jogada ameaçando processar a Time 4 Fun, responsável por trazer a tour de Madonna ao país, fizeram com que liberassem todos os cartões para as compras online. Opinião pessoal, ótimo para os fãs, claroooooooooo, mas tipo, eu perdi o sono, embranqueci os cabelos, enlouqueci todos os meus próximos, por causa deste bendito cartão. No final, tudo em vão. Tá dona Ana, ok, fãs unidos dá isso aí.

Chegou o dia 1 de setembro, e eu, assim como todo mundo, me prendi ao site da empresa organizadora para tentar comprar um ingresso. Pelejei por quatro horas durante a madrugada. O site caiu, não carregava, não avançava, caos, caos, caos. Área vip, como eu queria, não consegui comprar. Me contentei com a cadeira lateral mesmo. Em comunidades dedicadas à cantora no Orkut, muitos internautas relataram que passaram a madrugada tentando comprar os ingressos e, quando finalmente concluíram o processo, não receberam o e-mail da organização com a confirmação da compra. Graças a Deus eu recebi o meu.

Às 9h começaram as vendas por telefone (11-4005-1525) e os problemas não foram menores. O atendimento eletrônico apresentava dificuldades logo nos primeiros passos e a ligação chegava a ficar muda por vários minutos. Restaram as filas para a compra de ingressos diretamente nas bilheterias do Maracanã e na rampa externa do Via Parque, onde muitos fãs já se aglomeravam desde a manhã de domingo. Antes mesmo da abertura dos guichês, centenas de pessoas já ocupavam seus lugares nas filas. No final do mesmo dia todos os ingressos para o Rio de Janeiro esgotados. As 75 mil entradas acabaram por volta das 17h desta terça-feira.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ezqL4CMKr2I&feature=related[/youtube]

Confusão até entre os próprios funcionários da estrela. A equipe que acompanha Madonna em sua atual turnê está ameaçando ir embora em função das más acomodações. Dizem que estão sendo instalados em hotéis baratos de aeroportos enquanto a cantora se hospeda em hotéis-castelos luxuosos que cobram diária de USD 20 mil. Segundo o inglês Mirror, muitos dos 250 integrantes do staff da turnê viajaram para Nice, no sul da França, em vôo da econômica easyJet e ficaram em um hotel de USD 90 a diária. No castelo onde Madonna se hospedou estavam, alem do marido e dos filhos, 12 pessoas que são seus assessores mais próximos, incluindo massagista e um chef.

São Paulo

11Assim como no Rio de Janeiro, as vendas online dos ingressos para os shows de Madonna, em São Paulo, apresentaram lentidão por toda a madrugada. Mesmo com 25 servidores disponíveis , o site saiu do ar diversas vezes, devido ao congestionamento de usuários, na manhã desta quarta-feira. As queixas partem principalmente dos fãs na Internet, em comunidades no Orkut e fóruns dos fãs-clubes oficiais. Outra facilidade disponibilizada pela Time 4 Fun, as vendas pelo Call Center também apresentam problemas. O número divulgado pela empresa registra linhas ocupadas. Mas quem acreditou que se tratava apenas de uma falha passageira, enganou-se. Às 11h56, ao tentar comprar ingresso pelo telefone –4005-1525 (São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba) e 0/xx/11/4005-1525 (outras cidades) –, a o cliente é surpreendido com um informe da Telefônica: “Esse telefone não existe. Favor consultar o catálogo telefônico ou chamar o serviço de informações. Pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi pi…”. Às 12h59 o problema ainda persistia ou o telefone só dava sinal de ocupado.

“É um absurdo a falta de respeito com os fãs. Estou há mais de oito horas tentando comprar ingressos pela Internet e agora ligando para o Call Center. A ligação cai quando finalmente conseguimos ouvir a gravação. O site só dá erro, sai do ar o tempo inteiro”, reclama a estudante de publicidade Bruna Mata, 22 anos. “Não aguento mais tentar a noite inteira. Estou entregando os pontos”, escreveu o internauta Junior Gurgel em uma das comunidades de fãs de Madonna na Internet por volta das 8h.

Se não bastasse tudo isso, reclamações e queda do servidor a todo instante, ingressos debitados, email de confirmação que não chega, ingressos cancelados, os compradores também alegam que o site não aceitou as senhas de cadastro dos usuários, muitas vezes retornando às páginas iniciais e acusando erro no ato da compra. Alguns fãs também disseram que o valor do ingresso foi debitado no cartão de crédito, mas a compra não foi realizada por completo.

Quando tudo estiver ruim, pode piorar ainda mais

10Eis o que mais aconteceu na compra virtual nesta madrugada. Alguns fãs, ao tentar comprar e escolher então a opção “Outros cartões”, acabaram sendo REDIRECIONADOS à página do show no Rio de Janeiro – os ingressos da apresentação carioca se esgotaram na tarde de ontem. GOMASSIM…Você tenta comprar um ingresso do show de São Paulo, clica na forma de pagamento e abre a página para o show do dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro, já esgotado?

Também pela opção cartões “Bradesco e American Express”, a tentativa também levou à página do show no Rio.

Ok, ok, agora às ruas de São Paulo. O Credicard Hall abriu sua bilheteria às 10h desta quarta-feira para a venda dos ingressos dos dois shows de Madonna em São Paulo, duas horas antes do previsto. Segundo a assessoria de imprensa do local, houve tumulto na entrada e alguns fãs foram pisoteados. Pessoas que dormiam na fila foram atropeladas por quem chegou na hora da abertura dos portões.

No meio do tumulto, barras de contenção do local foram retiradas e fãs se amontoaram próximos às cabines de venda. A organização do evento decidiu abrir a venda para apenas cinco pessoas por vez.

Ainda não há informações sobre a quantidade total de ingressos vendidos. De acordo com informações não-oficiais, bilhetes para a pista VIP já estão esgotados para os dois shows.

12

Deu dó

Fãs que chegaram há três dias na porta do Credicard Hall saíram de lá sem ingresso para a pista VIP no bolso. Foi o caso do produtor de eventos Márcio Ribeiro, 29 anos, que estava acampado nos arredores da Marginal Pinheiros desde a segunda-feira a tarde.”Houve uma confusão muito grande que a organização não conseguiu conter, embora tivesse tentado. Entraram cerca de 600 pessoas na minha frente. Fiquei três dias inteiros aqui para nada. Eu queria comprar a pista VIP e agora terei que me contentar com pista normal”, reclamou.

MADONNAMANIA….

Esperando por Madonna

293.madonna.05020822:58. Estou aqui vendo o clipe de “No Estamos Solos”, do Ricky Martin com Eros Ramazzotti, que faz parte de uma coletânea de vários videos promos que acabei de montar hoje, todos em alta resolução e promo-only. No track-listing do DVD (DVD DUAL LAYER) estão:

– Madonna – 4 Minutes
– Madonna – Give It 2 Me
– Sheryl Crow – Love Is Free
– Sheryl Crow – Out Of Our Heads
– Shania Twain – You´ve Got The Way
– Shania Twain – Ka-Ching
– Shania Twain – I´m Gonna Getcha Good
– Shania Twain – Up
– Shania Twain – Don´t
– Shania Twain – Forever And For Always
– Shania Twain – The Way You Kiss Me
– Backstreet Boys – Helpless When You Smile
– Rihanna – Disturbia
– Maroon 5 – Makes Me Wonder
– Maroon 5 ft Rihanna – If I Never See Your Face Again
– Jesse McCartney – Leavin’
– Cyndi Lauper – Into The Nightlife
– Mariah Carey – Touch Me Body
– Mariah Carey – Bye Bye
– Mariah Carey ft T.I. – I’ll Be Lovin’ U Long Time
– B´52 – Funplex
– Toni Braxton – Hit The Freeway
– Toni Braxton – Please
– Alanis Morissette – Crazy
– Alanis Morissette – Underneath
– Britney Spears – Peace Of Me
– Nelly Furtado – Do It
– Nelly Furtado – God´s Hands
– Kylie Minogue – In My Arms
– Kylie Minogue – Wow
– Geri Halliwell – It´s Raining Man
– Michael Bublé – Everything
– Darren Hayes – On The Verge Of Something Wonderful

e outros

Estou esperando meia-noite para comprar o ingresso para o show de Madonna no Rio de Janeiro, no dia 14 de dezembro. Tô tão desanimado, mas um amigo me ligou a pouco e resolvi comprar. Vamos ver o que Madonna me reserva e se tudo dará certo.

Marketing: 50 marcas de Madonna no mundo

madonna covers capas

Madonna não inventou a pólvora, mas cria armas de destruição em massa como ninguém, digamos assim. Aos 50 anos, ela pode se gabar de ter passado mais da metade de sua vida exercendo influência no mundo todo, em diversas áreas do comportamento. E ainda não há sinais visíveis de que isso vá parar. Sua voz fraca ainda é ouvida em toda parte. Suas composições medianas são cantadas com empolgação mundo afora. Boa dançarina, mas longe de ser das melhores, ela inspira as mulheres a dançar igual. Seus cabelos maltratados são imitados a cada mudança de corte ou coloração. Madonna dita moda, embora às vezes demonstre ter um gosto duvidoso para roupas. É dona de um corpo que não é considerado perfeito pelos padrões estéticos contemporâneos, mas que é tomado como modelo sob muitos aspectos e inspira fantasias sexuais em homens e mulheres. Madonna é a referência máxima da reinvenção, da troca de persona, apesar de ser uma atriz ruim. Faz músicas rotuladas de descartáveis, mas que atravessam as décadas. Faz também músicas chamadas de alternativas, mas que vendem milhões. É ou não é um caso único?

Em lembrança ao seu aniversário de 50 anos, listo aqui 50 marcas que ela deixou nas pessoas, na indústria ou na cultura. Muitas dessas marcas já se apagaram. No entanto, o conjunto delas, por ser tão vasto – e olha que isto aqui é apenas uma amostra! –, faz de Madonna um ícone histórico da cultura popular.

0111. Esculhambação: Cabelos desgrenhados, com reflexos louros malfeitos e a raiz escura acintosamente à mostra, deixaram de ser coisa de vadia quando Madonna surgiu assim no mundo pop. O que era extremamente vulgar passou a ser moda adolescente.

2. Barriga: Entre 1982 e 1985, sua barriga esteve sempre de fora, era o ponto de fuga do seu visual, o que atraía o olhar. Mesmo no inverno, as meninas norte-americanas imitavam.

3. Crucifixo: No mesmo período, era ostensiva a forma como Madonna usava crucifixos como meros acessórios de moda, destituídos de qualquer significado religioso. O símbolo máximo do cristianismo foi esvaziado em brincos, colares, pulseiras e cintos. Mais do que isso: tornara-se arma de sedução. Madonna costumava dizer que usava crucifixos porque os achava sexy, por exibirem um homem pelado.

4. Videoclipe: Madonna aprimorou o formato, levando-o a diversas direções. Explorou-o de tantas maneiras e tão profundamente, que não se pode estudar o videoclipe sem estudar Madonna.

virgin5. Performance: Em 1984, quando Madonna ainda não era tão famosa, ela surpreendeu ao cantar Like a virgin no primeiro MTV Vídeo Music Awards, desgrenhada, vestida numa fantasia erótica de noiva, arrastando-se pelo chão e simulando masturbação e orgasmo na frente de milhões de telespectadores, ao vivo. O mundo aprendeu a não tirar o olho de cima dela e a parar para assistir a tudo que ela fizesse. E os outros artistas que quisessem destaque teriam que seguir a nova cartilha: não basta chegar lá e cantar; tem que surpreender.

6. Autopromoção: Esta palavra não significava tanto antes de Madonna. Ela se envolve em escândalos que domina totalmente, antes que a envolvam em algum que ela não possa controlar. Ela fez um livro de fotos eróticas, para que somente ela mesma pudesse faturar com sua nudez. Ela fez dois documentários faladíssimos sobre sua intimidade, para que fosse paparazzo de si mesma e lucrasse alto com isso. Temos a impressão de que sabemos tudo sobre Madonna, mas a verdade é que só sabemos aquilo que ela quis mostrar ou que inventou sobre si mesma.

7. Carreira: Na música pop, Madonna foi o primeiro exemplo verdadeiramente bem-sucedido de mulher com controle total sobre sua carreira. Ela é ainda o exemplo máximo disso.

8. Sensualidade: A influência de Madonna no mundo musical não é tanto na música em si, mas no 02comportamento das cantoras que vieram depois e na maneira como elas se vendem. De 1985 para cá, não faltam cantoras que tentam seduzir o público com o olhar, com o corpo, com apelo sexual, mas raramente dá certo por muito tempo, porque a fórmula de Madonna é mais complexa do que isso.

9. Materialismo: Nos anos 1960, Marilyn Monroe já cantava que os diamantes eram os melhores amigos das mulheres, mas isso foi antes da revolução sexual. Quando Madonna cantou Material girl, ela expressava a versão feminina da sede capitalista da Era Reagen. Aquela garota queria o dinheiro dos homens, sim, mas sem abrir mão de sua independência. Era a mulher no comando. O público entendeu; as feministas, não.

10. Reinvenção: Madonna levou muito mais longe a lição aprendida com o camaleão David Bowie. A cada lançamento, ela se transforma: loura, morena, ruiva, japonesa, vulgar, elegante, moderna, tradicional, glitter, dark, moleca, nobre, gay, heterossexual, escrava, dominatrix. É impossível não se identificar ou não se sentir atraído por pelo menos uma de suas versões. Não por acaso, fotos suas as mais diversas são freqüentemente levadas aos salões de cabeleireiro como referência para o corte desejado pelas clientes. Seus variados looks também são fonte de inspiração para shows de transformistas, fantasias eróticas, roupas para festa etc.

0311. Loura: Quantas pessoas você conhece que ficaram louras por influência de Madonna? Ou que não ficaram louras porque não queriam que a associassem a Madonna? Quantas vezes você ouviu falar em “louro Madonna”?

12. Fotografia: Revistas de moda e comportamento disputam a tapa qualquer ensaio fotográfico inédito de Madonna, porque eles ditam tendências, têm uma visibilidade incrível e são imitados por anos a fio. Quase todos os grandes fotógrafos pop das últimas três décadas têm em seu portfólio uma imagem icônica de Madonna: Jean-Baptiste Mondino, Steven Meisel, Patrick Demarchelier, David Lachapelle, Steven Klein, Mario Testino, Herb Ritts. Este último só se tornou diretor de videoclipes por insistência de Madonna, dobradinha que levou a uma nova estética televisiva, a dos “clipes de fotógrafo”.

13. Cadeira: É clássica a cena do filme Cabaré em que Liza Minelli dança com uma cadeira, número que movimenta inferninhos do Ocidente há pelo menos oito décadas. Mas, quando uma mulher de hoje cria uma coreografia sensual com uma cadeira, é Madonna sua referência, por conta do que ela fez com o objeto nos seus shows e no videoclipe de Open your heart.

open14. Coreografia: Desde o clipe de Lucky star (1984), paredes e espelhos do mundo inteiro têm testemunhado os shows que meninas e meninos fazem em seus quartos quando estão sozinhos, imitando os passos que Madonna faz em clipes e shows. Suas coreografias são reproduzidas também nas boates, nem que seja de brincadeira.

15. Aborto: Quando Madonna lançou Papa don’t preach (1986), a música causou uma discussão interminável, por conta dos versos que diziam algo como “Eu me decidi: vou ter meu bebê”. Entidades contra o aborto protestaram, porque tais versos dão a entender que “ter o bebê” é apenas uma de duas opções. Quem era a favor do aborto também reclamou, porque entendia que Madonna enfraquecia a causa. Os governos também se irritaram, porque se vivia um boom de gravidez na adolescência, inclusive nos EUA. A discussão ferveu e cada um usou a canção como quis.

girl16. Latinidade: Freqüentemente, Madonna escolhe homens latinos como pares românticos em seus clipes e na vida real, além de usar elementos de música hispânica em alguns de seus sucessos, como La isla bonita (1986) e Deeper and deeper (1992). Tais opções não apenas lhe renderam um público maior, como também proporcionaram uma exposição mais positiva dos latinos aos olhos preconceituosos dos anglo-saxãos.

17. Shows: Madonna tenta se superar a cada turnê, criando espetáculos que envolvem alta tecnologia, teatralidade, dança e recursos visuais. O público se habituou a isso e passou a esperar o mesmo dos outros astros pop. Quem tem dinheiro e disposição, como U2, Rolling Stones, Britney Spears e Kylie Minogue, segue a cartilha. A semente fora plantada por Bowie e Pink Floyd, e Madonna levou isso a um nível muito, muito alto. Os preços dos ingressos inflacionaram, claro.

03a18. Cristianismo: Embora seja católica por formação, Madonna passou a vida questionando os símbolos da religião. Ela freqüentemente endossa as atitudes cristãs, como o amor ao próximo, mas põe em dúvida as representações físicas do catolicismo. Por isso sexualizou os crucifixos, cantou crucificada em uma cruz de espelhos em estilo disco, gravou um clipe em que a imagem de um santo negro ganhava vida e a possuía dentro de uma igreja, rasgou hábitos e batinas no palco. O Vaticano protestou algumas vezes. A Pepsi chegou a cancelar uma campanha publicitária milionária estrelada por Madonna, porque entidades católicas ameaçaram liderar um boicote ao refrigerante. Enquanto o circo pega fogo, Madonna vê seu público se dar conta de que tanto barulho é por meros simbolismos e puritanismo, não pela mensagem nem pelas atitudes cristãs, muitas vezes deixadas de lado por seus defensores.

19. Lingerie: Madonna ajudou a popularizar a lingerie feita para ser mostrada, seja velada sob uma blusa transparente, seja como peça principal do vestuário, usada sem nada que a encubra. Fez diversos ensaios fotográficos e apresentações ao vivo vestida dessa forma, com lingerie aparente, até banalizar as peças que um dia foram íntimas.

05a20. Terninhos: Os terninhos femininos eram obscuros nos tempos de Marlene Dietrich, se tornaram alta costura nas mãos de Yves Saint-Laurent e se popularizaram com Madonna, adepta também de smokings e fraques em seus shows.

21. Mulher: O clipe de Express yourself (1989) suscita debates até hoje. Enquanto a música convoca as mulheres a assumir o comando de seus relacionamentos, as imagens mostram Madonna acorrentada a uma cama, aparentemente submissa a um homem. A mensagem é dura de compreender e aceitar para as feministas tradicionais: a submissão na cama é uma opção, quando a mulher decidir que esse é o tipo de prazer que ela quer. A mulher pode brincar de escrava e ser, na verdade, a dominadora. Não era uma idéia fácil de engolir em 1989, mas agora é.

22. Voguing: Essa dança obscura do submundo gay nova-iorquino, em que travestis simulavam poses para capas de revista, provavelmente jamais teria se tornado tão conhecida e popular se Madonna não tivesse se apoderado dela e feito uma música e um clipe que a difundiu mundo afora: Vogue (1990).

0523. House: A house music, vertente eletrônica surgida em Chicago, era o som de muitas boates alternativas em 1990. Madonna foi a primeira figura do mainstream a aderir à batida, com Vogue. Antes disso, artistas famosos ousavam, no máximo, ter um remix em estilo house no lado B de seus compactos. Depois do sucesso retumbante de Vogue, o house se diluiu na música pop.

24. DJs: Os singles de Madonna costumam trazer várias versões remix da música em questão. Ser o autor de um remix oficial de Madonna significa, desde 1988, a consagração no ofício de DJ, com seu trabalho sendo executado no mundo inteiro. O cachê e o status aumentam. Quantas vezes você já leu nos jornais que “o DJ da Madonna vem ao Brasil” ou que “o DJ preferido da Madonna toca hoje na cidade”? Com muita sorte e talento, esses DJs podem ser convidados a produzir todo um novo álbum da artista, ou parte dele. Foi o que aconteceu a Shep Pettibone, William Orbit, Mirwais Ahmadzäi e Stuart Price, que graças à aposta dela se tornaram grandes nomes da indústria fonográfica.

0625. Homossexualidade: Madonna ajudou a banalizar a imagem do homossexual, de modo a aumentar a aceitação dos gays. Muitas letras de suas canções falam do assunto de forma velada. Mais do que isso: ela própria protagonizou beijos gays e outras situações de forte teor lésbico em shows, clipes e ensaios fotográficos. Madonna alimentou boatos de que vivia romances com outras mulheres, sem jamais se assumir bi, hetero ou homossexual. Em 1990, ao beijar uma modelo no clipe de Justify my love, inspirado na estética da nouvelle vague, Madonna deu força à onda lesbian chic que atravessou a década. E todo mundo conhece pelo menos um homem gay ou uma mulher heterossexual que afirme sentir tesão por Madonna, apesar de não ter atração pelo sexo feminino.

renda26. Diretores: Dirigir um clipe da rainha dos videoclipes é uma grande responsabilidade e uma grande vitrine. Herb Ritts fez vários clipes memoráveis, sendo que o primeiro foi para Madonna, Cherish (1989). David Fincher fez quatro clipes para ela antes de ter prestígio suficiente para dirigir filmes como Seven e Clube da luta. Jonas Akerlund, Mark Romanek, Luc Besson, Jean-Baptiste Mondino, Chris Cunningham, Alan Parker, Stéphane Sednaoui, Mary Lambert, James Foley e muitos outros têm clipes de Madonna no currículo. Seus vídeos movimentam o mercado.

27. Corpo: O corpo de Madonna é sempre tomado como modelo. Em 1990, quando ela apareceu musculosa, sem traços da silhueta roliça de seus primeiros tempos, todos ficaram chocados. Mas o público logo se acostumou à nova imagem da cantora e passou a associá-la à idéia de poder feminino, estimulando a imitação. Aos 40 anos, ela era apontada como exemplo de mulher enxuta nessa idade. O mesmo acontece agora aos 50.

28. Masturbação: A masturbação feminina, assunto tradicionalmente varrido para baixo do tapete, foi escancarado por Madonna já em 1984, quando ela cantou Like a virgin em público pela primeira vez, simulando um orgasmo solitário no palco do primeiro MTV Vídeo Music Awards. Em 1990, ao cantar a mesma música nos shows da Blond Ambition Tour, a performance se tornou ainda mais explícita, causando reações do Vaticano e de alguns governos. Se a maior estrela da música fazia aquilo em público, por que as garotas não poderiam fazer na privacidade de seus quartos?

0729. Microfone: Também na Blond Ambition Tour, Madonna apresentou ao mundo um modelo portátil e discreto de microfone, que se usa acoplado à cabeça, dando a ela mais liberdade de movimentos em suas coreografias. O nome daquilo é headset, mas é mais conhecido como “microfone Madonna”.

30. Poder: Outro legado daquela turnê foram os sutiãs cônicos, criados por Jean-Paul Gaultier anos antes, mas transformados por Madonna em ícones do poder feminino a partir daquele momento. Se nos anos 1960 o sutiã simbolizava a submissão da mulher, nos anos 1990 Madonna fez deles um símbolo feminino intimidador, ostentado como peça central do vestuário.

31: Moda: São incontáveis as peças de roupa, os acessórios e os estilos que viraram moda graças às ações de marketing planejadas por Madonna. Jean-Paul Gaultier e Dolce & Gabbana são estilistas que só despertaram a atenção da grande mídia depois de terem assinado os figurinos das turnês de Madonna. E só então eles entraram no mais seleto grupo de criadores da moda. A cantora também está por trás da mudança de rumo encampada pela marca Versace em meados dos anos 1990. Em 2007, as vendas da H&M cresceram mais de 30% por causa de uma linha de roupas desenhadas pela artista.

07a32. Sado-masoquismo: Pelas mãos de Madonna, máscaras de couro, roupas de vinil, chicotinhos e outros itens do universo sado-masoquista foram levados do submundo ao horário nobre, às grandes salas de cinema, às vitrines das livrarias e às capas das publicações mais respeitadas. Se o visual S&M e a idéia de pingar vela derretida no corpo de alguém parecem banais hoje, é porque Madonna massificou tudo isso com a turnê The Girlie Show, o filme Corpo em evidência, o livro Sex e alguns clipes.

33. Sexualidade: Ela fez o que pôde para não deixar que o fantasma da aids castrasse as pessoas. Quanto mais a doença avançava, mais Madonna incentivava o sexo. Em paralelo, ela associou seu nome a incontáveis campanhas pelo sexo seguro e pela conscientização das pessoas em relação à epidemia mundial. Sua mensagem foi assimilada por milhões.

0834. Piercing: Foi no clipe de Secret, em 1994, que Madonna começou a aparecer usando piercings no nariz e no umbigo. O que até então era associado a degradação ou a minorias obscuras ganhou uma aura chique. Depois, de tão difundido, virou lugar comum.

35. Negros: Eles sempre tiveram papel de destaque no palco e na cama de Madonna. No clipe de Like a prayer (1989), ela incita o público a questionar o preconceito racial. No de Secret (1994), ela é a única branca em cena e simula romance com um negão. O negro é sempre uma presença muito natural ao lado da cantora, comportamento que teve sua relevância na América racista.

bedtime36. Artes plásticas: Muita gente não sabe quem foi a artista plástica polonesa Tamara de Lempicka, mas tem familiaridade com suas pinturas art deco dos anos 1920, por estarem presentes nos clipes Open your heart (1986) e Vogue (1990). No clipe de Bedtime story (1995), Madonna recriou obras de pintoras surrealistas, como Leonora Carrington e Remedios Varo, ajudando a difundir sua arte. Resultado: o próprio clipe foi exposto pelo MoMA de Nova York como uma obra de arte surrealista. Colecionadora de arte, Madonna ajudou a valorizar a obra de Frida Kahlo, sua artista preferida, cujo trabalho divulga em entrevistas, música e clipe desde os anos 1980. Em sua coleção, a cantora ostenta uma preciosidade pouco divulgada: uma obra feita em parceria por Andy Warhol e Keith Harring em sua homenagem, dada a ela como presente de casamento em 1985.

evita37. Evita: Eva Perón, ex-primeira dama argentina, ganhou fama mundial nos anos 1940 e virou musical de sucesso nos anos 1970. Mas a referência que a maioria dos não-argentinos têm dela hoje é a imagem de Madonna no papel-título do filme Evita (1996), de Alan Parker. Não apenas por causa da repercussão do longa-metragem, que lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical, mas também porque, na época, Madonna adotou Eva Perón como uma de suas personas.

38 Tatuagens de henna: Elas se tornaram populares no mundo todo com o empurrão de Madonna, que as adotou em 1998, quando do lançamento do álbum Ray of light. No clipe de Frozen, em ensaios fotográficos e aparições públicas, Madonna exibia ostensivamente desenhos e símbolos cabalísticos nas mãos e no rosto, de forma nada convencional. Essa estética, inspirada em tradições orientais, causou estranhamento, mas a idéia logo foi adaptada pelas pessoas. Hoje é até diversão para as crianças.

0939. Pista de dança: Quando Madonna surgiu na indústria fonográfica, em 1982, a disco music estava praticamente acabada. Fazer música apostando nas pistas de dança parecia um tiro n’água. Mas ela foi por essa linha assim mesmo, sem jamais abandoná-la, compondo músicas que incitam as pessoas a adotar as pistas como a melhor forma de escapismo. Hoje Madonna é a rainha das pistas, de uma forma como Donna Summer não chegou a ser nem de longe. É difícil ir a uma festa ou boate onde não se toque Madonna. Seu nome é naturalmente associado a esse tipo de diversão. Prova disso é o fato de que ela é a única artista a ter emplacado 39 singles no primeiro lugar da parada Hot Dance Club Play da revista Billboard, que contabiliza as músicas mais tocadas nas boates dos EUA.

ray40. Trance: Este subgênero da música eletrônica, caracterizado pelo ritmo hipnótico e pela sonoridade viajante, tem raízes nas religiões orientais, se desenvolveu na Alemanha recém-libertada do Muro de Berlim e se massificou com a música Ray of light (1998) e outras canções do álbum homônimo. O grande público não sabe que o nome desse estilo é trance, mas conhece sua sonoridade, antes restrita à cultura clubber.

41. Cabala: Madonna é apontada como principal responsável pelo recente boom da vertente mística do judaísmo. Desde 1998, ela vem falando dessa filosofia e lançando diversas músicas influenciadas por ela, com letras que transmitem o pensamento cabalista sem que o público perceba.

1042. Gueixa: Em 1999, Madonna inspirou mulheres abastadas do mundo todo a adotarem o estilo gueixa chic. Fez isso ao apostar em quimonos ultra-modernos desenhados por estilistas renomados. Exibiu sua aposta na capa da Harper’s Bazaar, no clipe de Nothing really matters (1999), na Drowned World Tour (2001) e muitas ocasiões. O quimono ganha uma aura futurista que ofusca totalmente sua carga de tradição.

43. Neo-Electro: No fim dos anos 1990, novos talentos da música eletrônica começaram a revisitar o electro, som original da virada dos anos 1970 para os 1980, dando-lhe roupagem mais atual. A novidade agradou a um segmento muito específico e pequeno do mercado, mas ganhou visibilidade maciça quando Madonna seguiu essa tendência no single Music (2000). O som que causava estranhamento no grande público passou a ocupar o topo das paradas.

1144. Caubói: A moda country feminina voltou em escala mundial em 2000, quando Madonna apareceu com roupa de vaqueira na capa do álbum Music (e de seus singles), em revistas conceituadas como a RollingStone e nos novos clipes.

45. Malauí: Quantas pessoas sabiam da existência desse país antes de Madonna adotar o bebê David Banda, nascido lá? Das que sabiam, quantas tinham conhecimento de que se tratava do segundo país mais pobre do mundo? Além da adoção, Madonna criou a fundação Raising Malawi, abordou o assunto em um dos números da Confessions Tour (2006) e escreveu e produziu o documentário I am because we are (2008), sobre a situação desesperadora do país.

46. Krumping: Essa variação um tanto exótica da dança de rua, por mais de dez anos relegada a um gueto de Los Angeles, já não causa estranhamento. Em parte, porque Madonna divulgou seus movimentos não-convencionais no clipe de Hung up (2005) e em todas as apresentações que fez dessa música até hoje.

roses47. Livros: Quem diria que Madonna movimentaria até mesmo o mercado literário? Seu livro Sex (1992), de fotografias eróticas, é hoje um dos dez livros esgotados mais valorizados do mercado. Em 2003, quando ela se lançou como autora de livros infantis, seu As Rosas Inglesas se tornou recordista por ter sido publicado simultaneamente em cerca de 40 traduções e 100 países. Os seis livros para crianças que lançou desde então deram enorme visibilidade aos ilustradores das obras, escolhidos a dedo.

48. Parkour: Para o grande público, a maior referência visual dessa atividade física nascida na França são as imagens de homens fazendo manobras perigosas e dificílimas com o próprio corpo nos clipes de Hung up (2005) e de Jump (2006) e na Confessions Tour (2006).

49. Intelectualidade: Embora seja um expoente da cultura de massa, Madonna é também um fenômeno amplamente estudado por pensadores de várias áreas: comunicação, marketing, moda, sociologia, feminismo, sexologia, economia.

1250. Nome: Madonna, palavra de origem italiana, é há pelo menos 500 anos uma designação para Maria, mãe de Jesus. No entanto, em muitos países, isso foi quase que totalmente esquecido, devido à imensa notoriedade da cantora. Seu nome é tão difundido e tão associado a ela, e apenas ela, a ponto de ser raro alguém dar esse mesmo nome a uma filha. Por outro lado, tornou-se muito comum cadelas, gatas e outros animais de estimação receberem o nome de Madonna, especialmente quando têm pêlo amarelado como os cabelos da artista.

Sensacional, extraído do blog http://freakshowbusiness.com/

Let´s talk about Cyndi Lauper

Sabe que o novo álbum da Cyndi Lauper veio com o adesivo com o nome da cantora escrito errado né? Uma falta de cuidado e desrrespeito com uma cantora tão cool como Cyndi Lauper.

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A sensação da música pop de uma geração atrás, Cyndi Lauper, com cabelo de ovo de Páscoa e vestida de forma ultrajante em rede de pesca, adereços e padrão de bolinhas, conquistou um prêmio Grammy em 1985 como melhor novo artista. E quem podia argumentar? Seu álbum de estréia, “She’s So Unusual” (1984), se tornou o primeiro a lançar cinco singles top 10, incluindo “Girls Just Want to Have Fun”, “Time After Time” e “She Bop”, canções que se tornaram hinos virtuais da geração MTV original.

Isso foi há muito tempo. Agora com 54 anos, Lauper está casada com o ator David Thornton há 16 anos e é mãe de um menino de 10 anos, Declan. Apesar de ainda manter o jeito de menina e longe de estar subjugada, ela deixou de pintar o cabelo de rosa, azul ou amarelo gema de ovo. Agora, a cantora é, grande parte do tempo, simplesmente loira -o que ela considera “tedioso”- e abandonou as roupas extravagantes, que não combinavam, de seu auge.

“Eu me pareço normal para que meu filho não seja provocado na escola, sabe como é?” ela diz com sua voz aguda, de Betty Boop, e com forte sotaque nova-iorquino, durante uma entrevista por telefone de sua cozinha em Manhattan. “Se eu parecesse a mesma, apenas mais velha, eu seria um bocado assustadora, não seria? Mas minha aparência não é de alguém que vai ao escritório!”

Ela pode parecer mais “normal”, mas em meio a um jantar de peixe da dieta da zona, aquecido em seu forno-torradeira, Lauper -que já vendeu mais de 25 milhões de discos – é alternadamente engraçada e profunda, com linguagem afiada temperando a conversa. Ela está longe de ser tediosa. “Você precisa ser quem você é. Todos sempre quiseram me mudar, mas quem mais eu seria? Lana Turner em ‘Madame X’ (1966)? Joan Crawford em ‘Alma em Suplício’ (1945)? Oh, aquela cena com Veda na escadaria! Oh, meu Deus! Qualé!”

Em 31 de maio, Lauper deu início ao segundo ano de sua turnê “True Colors” por 25 cidades, um empreendimento conjunto com a Human Rights Campaign visando tanto entreter quanto aumentar a conscientização sobre os direitos dos gays.

O novo álbum de Lauper, “Bring Ya to the Brink”, é uma coleção dançante de novas canções que ela compôs e produziu em parceria com pesos pesados da cena club internacional. Ele soa bastante como ela: após atingir um obstáculo na sua carreira nos anos 80, Lauper já está há mais de uma década de volta à voga. “Eu me lembrei da minha voz. Eu percebi por que cheguei aqui em primeiro lugar. Se tratava de ter trabalho rico e de ser verdadeira. Porque quando você carrega seu traseiro até o topo da montanha, é melhor ter algo bom para dizer, não é?”

E ela não se limitou a dizer nos álbuns: em 2006, Lauper fez sua estréia na Broadway como Jenny, em uma remontagem do clássico de Weill/Brecht, “A Ópera dos Três Vinténs”. Uma ganhadora do Emmy em 1995 por um papel recorrente em “Mad About You” (1993-1999), a cantora também apareceu nos filmes “Os Oportunistas” (2000) e “Romance e Cigarros” (2005).

A turnê “True Colors”, que visa o empoderamento da comunidade gay, foi idéia de Lauper. Além dela, o lineup rotativo inclui Joan Armatrading, B-52s, Indigo Girls, Joan Jett e as humoristas Kate Clinton, Rosie O’Donnell e Wanda Sykes. “Eu sou amiga e família da comunidade”, diz Lauper, cuja irmã mais velha é lésbica. “É muito importante para mim. Eu sempre fui altamente ciente de que qualquer um que é diferente sofre discriminação. As leis são realmente uma confusão. Quem diabos morreu e deixou todos no controle de nossos quartos?”

Na sua juventude, Lauper suspeitou que ela mesma fosse lésbica, como era a maioria de suas amigas de infância. Ela tentou “dar as mãos e beijar” sua melhor amiga, mas ela não sentiu nada. “Eu agi tipo, ‘Não é para mim… mas eu te amo'”, ela recorda. “Eu percebi que não era gay… e realmente me senti mal, porque queria me enquadrar.”

Lauper nasceu cantando, como ela coloca, em Astoria, Queens, mas passou seus primeiros quatro anos no Brooklyn. Então a família -mais disfuncional do que a maioria, como ela descreve- se mudou para Ozone Park, de volta ao Queens.

Ela sempre quis se tornar cantora profissional, mas todos a desencorajavam de correr o risco. Em vez disso, após abandonar o colégio, Lauper, que posteriormente foi diagnosticada como disléxica, trabalhou em uma série de empregos, como cuidar dos cavalos no hipódromo em Belmont Park -“Eu cantava canções de George Harrison para acalmar os cavalos”- secretária e garçonete de restaurante.

“Eu fracassei em tudo. Eu fui uma garçonete terrível. No escritório eu era uma ‘garota Sexta-Feira 13’. Eu costumava sonhar acordada sobre os arquivos. Sempre tinha alguém gritando comigo no telefone e tendo um ataque cardíaco. E eu dizia: ‘Calma aí, amigo!'”

Era hora de tentar o show business. “Depois que você fracassa em tudo, você não tem nada a perder.” Lauper e aquela melhor amiga citada antes formaram uma dupla folk, e fizeram sua primeira apresentação em um festival folk no velho Gaslight Club, em Manhattan. Em seguida a dupla foi contratada por um café em Rego Park, Queens, que não tinha microfone.

“O sujeito me disse: ‘Escuta, menina, nós temos telhas acústicas. Basta você apontar sua voz lá para cima!'” Elas foram demitidas, ela acrescenta, quando seus amigos na platéia importunaram os humoristas do programa.

“Aquele sujeito nunca nos pagou. Aquele rato!” Curiosamente, em grande parte do tempo a voz de canto de Lauper pouco se assemelha ao seu sotaque nova-iorquino característico.

“Graças a Deus! Dá para imaginar? Eu não tenho idéia do motivo. Quando canto, eu simplesmente entro em transe.” Mas seu marido não é do bairro: ele não apenas nasceu no Colorado, mas também é filho de um professor de inglês de Harvard. Ele é conhecido por provocar Lauper por causa de seu sotaque e sua gramática fora do padrão. “Ás vezes eu falo errado. David ri, mas ele se preocupa que Declan faça o mesmo.”

Seus lapsos lingüísticos sem dúvida faziam estremecer seu falecido sogro, Robert Donald Thornton, uma autoridade internacional no poeta escocês Robert Burns. “Quando David e eu nos casamos”, ela lembra rindo, “eu disse: ‘Pai, não fique triste. Você não está perdendo um filho – você está ganhando alguém que não fala muito bem!”

Mas nem tudo foi motivo de risada para Lauper. Cinco anos após seu estouro, com as vendas de seu álbum despencando e os ingressos de shows não vendendo, ela parecia estar à beira de desaparecer, a novidade que esgotou seus 15 minutos de fama. Foi necessária uma década de trabalho árduo para reconstruir sua carreira.

“Foi uma época difícil para mim. Eu precisei dar um tempo. A Sony (sua gravadora naquela época e agora) não era a mesma que costumava ser. De repente, não eram mais os meus termos. Eu não queria a roda de hamster. Eu vi mudança no rádio. Eu estava tentando agradar a todos, e a única pessoa que devia estar agradando era a mim mesma.” “Eu devia ter dito, ‘Chega!’ Mas eu não sabia como.”

De lá para cá ela descobriu, e agora a maternidade a inspira a ampliar seu foco, para incluir os direitos dos gays e outras causas pelas quais se importa.

“Em que tipo de mundo meu filho vai crescer? O mesmo velho de sempre? As pessoas precisam descer de seus cavalos altos e começar a ajudar aqueles que estão por baixo.”

(Jane Wollman Rusoff é uma jornalista free-lance baseada em Los Angeles.)
Tradução: George El Khouri Andolfato

Meiga, Mariah vai ao Japão tentar vender seu disco

Adepta dos saltos altos, Mariah Carey não os dispensou nem para participar de um jogo de beisebol nesta quarta, 28. A cantora fez o lançamento oficial de uma partida entre o Yomiuri Giants e o Rakuten Golden Eagles em Tóquio. Mariah embarcou para o Japão com o marido, Nick Cannon, no último domingo, 25. Mariah Carey também foi destaque do MTV Video Music Awards Japan 2008, realizado neste sábado na Arena in Saitama, em Tóquio, Japão.

Ela subiu ao palco da premiação e interpretou uma canção de seu novo disco, intitulada I’ll Be Lovin’ U Long Time. Depois, Mariah retornou para receber o prêmio Video Vanguard.

Até o momento, o novo álbum de Mariah, depois de quase 3 meses de lançamento, vendeu 1.468.000 milhão de unidades. Madonna com “Hard Candy” vendeu 1.800,000 milhões em 6 semanas.

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Meiga !

A mais feia da música

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O site Gigwise, que ano passado elegeu os mais feios do rock, fez uma segunda edição de sua votação, incluindo nomes que não estavam na lista, entre eles o da cantora inglesa bagaceira Amy Winehouse.

Em 2007, Shane McGowan, da banda Pogues, foi eleito o mais feio do mundo da música. Este ano o site realiza uma votação com outros 22 concorrentes.

Entre os mais feitos da votação estão, além de Amy, o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards, o cantor Alice Cooper, o Bee Gee Robin Gibb e o cantor Boy George.

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Acho digno !

‘Foda-se o presente’, grita Madonna !

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Em tira-gosto de 32 minutos, a cantora Madonna fez anteontem uma prévia exclusiva de sua nova turnê, ancorada no disco “Hard Candy” (em português, doce duro, como pirulito) para 3 mil pessoas, no Roseland Ballroom, em Nova York.

Os “caramelos” oferecidos ao público restrito –jornalistas, membros de fãs-clubes, vencedores de promoção de rádio e fãs que acamparam na fila do ingresso grátis com dois dias de antecedência– são do mesmo cardápio dance music da fase iniciada com o disco “Ray of Light” (1998).

Há luzes de boate que navalham a fumaça sobre a platéia, telas de projeção que se partem, giram e deslizam no palco, e uma Madonna ainda mais atlética, que dança muito durante todo o show e ainda dá uma palhinha de “(I Can’t Get No) Satisfaction”, dos Rolling Stones, ao violão.

Das seis músicas apresentadas na prévia do show, duas eram de discos passados: “Music” (2000) e “Hung Up” (2005). Para anunciá-las, engrossando a voz, Madonna gritava: “Vamos voltar no tempo. Foda-se o presente. Entenderam?”. E repetia, gritando mais alto: “Foda-se o presente!”.

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Para bom entendedor, estava dado o recado: Madonna é doce. Mas não é mole, não.

Trono

Pelo aperitivo mostrado anteontem em Nova York, uma das diferenças em relação à turnê do disco “Confessions On A Dance Floor” é que, apesar de muito em forma, Madonna, que completa 50 anos em agosto, faz menos alongamentos exibicionistas para mostrar sua flexibilidade.

De resto, é tudo muito, muito Madonna. A começar por sua entrada no palco, acomodada em um trono com as pernas abertas, uma delas passada sobre o braço da poltrona, para cantar “Candy Shop”, em cuja coreografia um dançarino fica a seus pés para lustrar sua bota.

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Nas duas trocas de roupa, ela estava de preto. Em uma delas, vestia uma espécie de agasalho da Adidas com brilho prateado nas listras e botas até o joelho. Na outra, um salto vermelho.

Madonna ainda toma champanhe (champanhe?) na boca da garrafa, entregue por uma de suas dançarinas.

Os homens no palco têm perto de dois metros de altura e fazem acrobacias, como saltos mortais, mas não simulam sexo com Madonna, como em outros shows da cantora.

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Justin Timberlake

Quem tirou uma casquinha na apresentação especial foi Justin Timberlake, convidado surpresa da noite. Os dois cantaram juntos “4 Minutes”, música em que fazem parceria no disco, e dançaram em um bate-coxa à dance music. A platéia veio abaixo.

O show, que teve ainda as novas canções “Give It 2 Me” e “Miles Away”, foi transmitido pela internet e para celulares de uma operadora. As imagens já estão disponíveis na internet.

Quem conseguiu (por convite ou na raça) o bilhete para vê-la ao vivo fez a festa mais de uma hora antes de o show começar, com um DJ que tocava versões dance de músicas conhecidas, como “Sweet Child O” Mine”, do Guns N’Roses, e “Samba de Janeiro”, de Bellini.

A maratona dos que passaram duas noites na fila foi citada por Madonna no palco, ao anunciar “Hung Up”, em que a letra diz “o tempo passa tão devagar”.

“Todos vocês que vi dormindo na rua na noite passada: essa música é para vocês”, disse. “Todo mundo que me conhece sabe que odeio esperar”.

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Lindo casal, fala a verdade. Q inveja Justin !