Arquivo da categoria: Madonna MDNA Tour 2012

Download: Entrevista de Madonna no Caldeirão do Huck

madonna entrevista caldeiraodohuck brasil2012 “Estou emocionado”. Foi assim que Luciano Huck anunciou sua entrevista (que foi ao ar no Caldeirão neste sábado (24)), com Madonna, que aconteceu em Nova York após um show da cantora, nesta semana. À vontade, a estrela pop, que raramente dá entrevistas, recebeu o apresentador no banheiro do hotel e ao agradecer a oportunidade de recebê-lo, Madonna disse: “você é meu amigo, Luciano e eu amo o Brasil”, deixando-o envaidecido. A cantora também contou que adorou conhecer as favelas do Rio de Janeiro e São Paulo. “Diferente de tudo que já vi”, ressaltou.

A última vez que os dois se encontraram foi há quatro anos, quando a cantora se apresentou no País com sua turnê Sticky & Sweet. Simpática, Madonna falou sobre a expectativa de seus shows no Brasil. Disse que espera que não chova e, questionada se os fãs brasileiros poderão ter alguma surpresa em sua apresentação, – em Nova York ela dançou Gangnam Style com o cantor coreano Psy – a cantora respondeu: “eu sou a surpresa”.

Luciano Huck perguntou à estrela do que ela mais gosta no Brasil e ela respondeu que admira as favelas: “adorei conhecer as favelas do Rio de Janeiro e São Paulo, diferente de tudo que já vi. Nas favelas geralmente acontecem muitas loucuras, mas ao mesmo tempo existe beleza, um calor que não se encontra em lugar nenhum”, ressaltou a cantora, que espera futuramente fazer um documentário sobre as comunidades brasileiras.

A entrevista foi interrompida por Rocco, de 11 anos, filho mais novo da cantora, que foi avisar a mãe que iria dormir. Madonna disse que o menino a acompanha em todos os shows e que sente-se muito feliz em trabalhar com ele. “Meus filhos estão comigo em todos os lugares (ela também é mãe de Lourdes Maria, de 16). Uma das exigências que imponho a eles é que estejam sempre limpinhos”, afirmou Madonna, sendo interrompida novamente por seu chefe de cozinha pessoal, que lhe trouxe uma sopa. “Espero que você não se importe, mas estou morrendo de fome”, disse para Luciano Huck.

Apesar das tecnologias, Madonna prefere aquecer a voz ouvindo as orientações de sua preparadora em um toca fita cassete. O apresentador achou bacana a ideia e contou que um de seus filhos lhe pediu um toca discos de vinil. Ainda sobre o Brasil, ela contou que adora o Rio de Janeiro, caipirinha e samba. Questionada pelo apresentador o porquê não passaria férias no País, a estrela reclamou dos paparazzi: “mas acredito que se morasse lá, eles enjoariam de mim facilmente”.

No final da entrevista, Luciano agradeceu a oportunidade e aproveitou para elogiar Madonna como mulher forte, que luta por ideais, a comparando com Dilma Rousself. A cantora aproveitou e convidou a presidente do Brasil para assistir seu show. “Vai Dilma, seria inspirador para as mulheres que você fosse”. Madonna desembarca no Brasil semana que vem para três shows: Rio de Janeiro (01 de dezembro), São Paulo (04) e Porto Alegre (09).

DOWNLOAD ENTREVISTA COMPLETA (NÃO É A EDITADA DO CALDEIRÃO DO HUCK (90MB – MP4)

Crítica IstoÉ: A igreja digital de Madonna

Munida de sensualidade e provocação e apoiada na melhor tecnologia, a popstar traz ao Brasil a turnê “MNDA”, seu mais ambicioso espetáculo em 30 anos que alimenta o culto à sua própria personalidade

Ao som de sinos, uma imponente catedral é vista nos telões de altíssima definição. Na porta da igreja, uma cruz exibe a sigla MNDA onde comumente se leria INRI, a inscrição em latim que marcou a crucificação de Jesus Cristo. Dessa forma, ao mesmo tempo solene, blasfema e impactante, inicia-se o novo show de Madonna, que chega ao Brasil para quatro apresentações a partir do domingo 2. Sempre fascinada pela iconografia religiosa, a popstar de 54 anos faz do espetáculo o templo de seu próprio culto, marcando três décadas de uma carreira que sempre aponta para o alto – como as formas góticas reveladas pelas imagens. Sua maior turnê em extensão – até se encerrar, no dia 22 de dezembro, terá percorrido 28 países –, MDNA Tour é também a mais ambiciosa em recursos técnicos e visuais. No auge da cultura digital, os shows de rock se transformaram em verdadeiros circos tecnológicos. No caso de Madonna, a performance vai mais longe, já que transporta para o palco todas as possibilidades de um grande musical da Broadway. Ou seja: Madonna está mais uma vez mudando a paisagem do show biz.

“O que conseguimos aqui é o começo de algo novo, grande, que ainda não sabemos aonde vai chegar”, diz o consagrado diretor de vídeos Stefaan “Smasher” Desmedt, conhecido pelos concertos do U2.

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Para alcançar esse trunfo, a popstar se cerca dos melhores profissionais do mercado. Ao surpreender os fãs mais uma vez com um visual de tirar o fôlego, a cantora contou com a criatividade de outros pesos-pesados. Seu palco mirabolante, cujos componentes se movem segundo um sofisticado sistema hidráulico e de automação, foi criado pelo maior set designer atual, o arquiteto inglês Mark Fisher. A “ilustração” das canções ficou a cargo da empresa canadense de arte digital Moment Factory, colaboradora habitual do Cirque du Soleil. Não bastasse essa parceria high tech, a direção geral do espetáculo está a cargo de Michel Laprise, do mesmo Cirque. Autor da parte gráfica, tendo participado da criação do vídeo para a música “Justify My Love” (momento em que Madonna dança com o seu atual namorado, o bailarino Brahim Zaibat, de 24 anos), o diretor de arte brasileiro Giovanni Bianco comenta o resultado: “‘MDNA’ é o show de Madonna que tem a melhor tecnologia de vídeo, com uma qualidade visual maravilhosa.”

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Trata-se de mais um feito da equipe que concebeu a espetacular apresentação da cantora no Super Bowl, em fevereiro, cuja transmissão ao vivo atingiu a marca de 114 milhões de espectadores. “Nossa equipe concebeu imagens para 12 músicas, incluindo o primeiro ato inteiro e as últimas canções do show”, disse à ISTOÉ Johanna Marsal, produtora da Moment Factory. “Não são projeções, são vídeos exibidos no próprio telão, sem a necessidade de projetores.” Outra novidade revolucionária é o palco móvel. Desenvolvido pela empresa belga Tait, o seu piso é composto por cubos que se elevam, servindo de elevadores ou escadas para a cantora e os 22 bailarinos nas elaboradas coreografias. “São 36 cubos móveis de LED, que estão sempre mudando de posição, possibilitando múltiplas configurações”, diz Johanna. Tudo isso funciona também como pequenos telões. Para a canção “I’m a Sinner”, um dos momentos mais empolgantes da apresentação, os artistas gráficos fizeram os três conjuntos de cubos ganhar a forma de trens que viajam pelo interior da Índia, mostrada ao fundo. Madonna canta sobre um dos vagões enquanto os bailarinos “surfam” no teto do comboio. O efeito é fabuloso.

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Além de se interessar pelo que existe de mais novo em termos de tecnologia, Madonna sabe que uma das formas de se manter atual é se alinhar às modas e tendências, sejam elas musicais, sejam comportamentais ou políticas. Se no lado musical ela deu uma guinada em direção à progressive house (créditos ao produtor italiano Benny Benassi, que deu o tom do CD “MNDA”, sigla que a artista criou para si), no plano das provocações (o seu verdadeiro elixir da juventude), a “Rainha do Pop” tem se voltado para o noticiário internacional. No decorrer da turnê, Madonna comprou briga na Rússia – ao apoiar o grupo Pussy Riot e defender o direito dos gays – e na França associou a deputada Marine Le Pen ao nazismo. No show de Nova York, fez um striptease durante a música “Like a Virgin” e pediu aos fãs que pagassem pela exibição – o dinheiro atirado ao palco foi direcionado às vítimas da tempestade Sandy. O gesto não amenizou as críticas por ela abrir o espetáculo como uma espécie de bond girl justiceira – os telões mostram jorros de sangue a cada tiro que dispara. Diante da violência atual no País, esse é o tipo de censura que não se poderá fazer à Madonna.

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IstoÉ

Review: Madonna incendeia Miami na gravação de seu próximo DVD

Elvis, por quase toda sua vida, foi Elvis – até se tornar, no vocabulário cínico dos historiadores amadores, o “Fat” Elvis (Elvis O Gordo em tradução livre), quase uma entidade separada e um símbolo de um talento em triste e pesado declínio.

Com base no desempenho de segunda à noite, no show na American Airlines Arena, não devemos temer que sua estrela de 54 anos, possa em breve fazer essa transição para algo diferente de Madonna, apenas Madonna.

Chamando todos os bebedores de cerveja!

Madonna

Em uma exibição impressionante de força e provocação sexy, a rainha do pop apresentou por mais de duas horas várias canções em uma performance que incluiu diversas mudanças de figurino e números de dança ousados em que a estrela contorcia-se de uma forma que desafia o corpo de alguém da metade de sua idade. Desfilando nas passarelas próximas à plateia, ou saindo de um buraco no meio do palco em um novo figurino, Madonna novamente exibe sua sexy e energética musculatura, algo que sempre foi sua marca registrada durante quase três décadas.

Pode ter havido alguma pressão adicional sobre Madonna para fazer o seu melhor show, que será repetido no AAA na noite de terça-feira. O show estava sendo filmado em 3-D para um próximo DVD, e toda energia extra que as equipes de filmagem procuravam parecia estar em falta quando a cantora finalmente subiu ao palco logo após 23h20. Isso depois de quase duas horas após  Paul Oakenfold ter finalizado sua apresentação. Os espaços entre as músicas no sistema de som da arena eram preenchidos por vaias impacientes e muitos gritando “Bullshit! Bullshit! (Porcaria! Porcaria! Em tradução literal) “Você só consegue ver homens gays em jeans skinny dançando despreocupados o” Sexy Back” por pouco tempo.

Madonna chegou com o palco cheio de uma névoa mística, homens vestidos de monges e o estrondo profundo de cantos gregorianos. Mas a cantora rapidamente explodiu esta cena solene com os agitados passos de dança de “Girl Gone Wild”, do seu novo álbum MDNA. Vestida com altivos saltos, top de couro preto e calças justas no melhor estilo hard-rock , com seis dançarinos de peito nu arrastando-a através de uma série de poses sexys, uma Madonna  fashion, poderosa, mas vulnerável como um brinquedo sexual foi a atração principal da noite.

A cantora apoiou-se em MDNA em cerca de um terço do set list, com muitos de seus maiores sucessos recebendo tratamentos de medleys rápidos ou com novas e modernas roupagens. Ela teve a ajuda de Kalakan, um trio de músicos bascos do norte da Espanha, principalmente na nova versão  de “Open Your Heart”, que recebeu um tratamento cigano meio hoedown (um tipo de dança country). Foi uma das muitas canções em que seu extraordinário grupo de bailarinos apresentou excelentes coreografias.

Outro destaque incluiu uma versão pungente e refeita de “Like a Virgin”, com Madonna vestida de lingerie, espartilho e uma versão do famoso sutiã cônico de Gaultier. Em cima de um piano e de forma poética, triste e melancólica, Madonna pôs a nu toda a emoção de ser “tocada pela primeira vez.” Muitos gritos e assobios sexys se seguiram.

Uma versão elegante de “Vogue” teve uma resposta entusiástica, bem como a sofrida “Love Spent”, na qual o strip-tease de Madonna fez os fãs atirarem várias cédulas de dólar no palco. Houve também a animada “Express Yourself”, com suas sexys majoretes e bateristas pendurados acima do palco (e, sim, Madonna sabe manejar bem um bastão).

Por volta das 01h15, quando a resistência dos fãs parecia estar esgotada, Madonna seguiu com uma versão “Kalakanesca”de “I’m a Sinner” e com um coral gospel em “Like a Prayer”, formado por dezenas de cantores dançando atrás dela como ela houvesse ressurgido dos mortos. Foi o momento jogo de luzes, pessoas cantando, dançando e batendo palmas juntas. The power of “Prayer.” O poder da “Oração”.

Fonte: SouthFlorida

Crítica: Madonna exibe seus “bens” na Arena Philips, em Atlanta

Ouviu-se no banheiro feminino no final do show de Madonna: “Ela era boa. Agora, ela está tão…estranha”.

Madonna

Uma das figuras mais extremistas da história da música popular sendo classificada como incomum não é novidade. Madonna se tornou Madonna não por causa de sua habilidade vocal limitada ou coreografias criativas – ela o fez baseada numa habilidade provocativa sem igual, uma mente sagaz para negócios e ótimas colaborações de composições que ajudaram-na a criar dezenas de músicas pop atemporais.

Agora, ela tem 54 anos, intensamente consciente de que não conseguirá apresentar um show de duas horas equivalente a um espetáculo da Broadway noite após noite por quase 6 meses, ou que ficar apenas de sutiã preto e calcinha, como fez no show na Arena Philips, não lhe dará assobios e gritos por seus firmes “bens” pra sempre.

Tais óbvias realizações explicam a grandiosidade explícita deste show, uma produção tremenda que, às vezes, apresentou bateristas suspensos sobre o palco, cubos iluminados e impressionantes, 15 dançarinos em vários figurinos chamativos, exibindo peitorais musculosos (os homens, claro) e um alegre show de moda durante Vogue. A líder Madonna quase não teve tempo de beber água e, enquanto não pode ser criticada por muitas coisas – como o Auto-Tune desenfreado e a cantoria questionável durante coreografias pesadas – ela vai à exaustão no palco, pelo benefício de um show de primeira.

A extravagância foi dividida em quatro seções/temas, que inicialmente continham um monte de violência besta. Revolver e Gang Bang apresentaram-na ostentando uma arma, ondas de sangue inundando a enorme tela, de quase 1km de altura, sempre que ela matava um bandido no estilo “vilão de James Bond”.

Na verdade, muito da primeira parte do show pareceu uma produção do Cirque du Soleil. Você está lá, confuso, mas não quer desviar o olhar com medo de perder aquele segundo precioso. Daí, novamente, a julgar pelo número de pessoas que passaram a maior parte do show mandando mensagens de texto e vendo fotos nos telefones, talvez Madonna tenha saído muito de seu curso, sem, ao menos, suavizar nossas tendências tecnológicas.

Mas se há uma queixa legítima sobre esta turnê, não é que ela tocou músicas do MDNA, seu último álbum. O que você esperava? O problema é que apenas algumas dessas canções são boas o bastante pra garantir o foco.

A acústica e linda Masterpiece, apresentada com o trio basco Kalakan, foi um ponto alto do show, que começou às 22h30, fato frequentemente mencionado desde que a turnê começou. Além dela, a irritável I Don’t Give A…, que apresentou Nicki Minaj no vídeo, deve ter sido um sucesso em outra era musical. Mas muitas outras – I’m Addicted, Girl Gone Wild – são esforços esquecíveis, enquanto Gang Bang é, meramente, um refrão chato sobre uma batida latejante e guitarras frenéticas.

Claro que haverá fãs do show, esgotado, que irão reclamar que Madonna não cantou sucessos suficientes, e eles teriam razão. Mas, na última década, nenhuma turnê de Madonna incluiu mais do que alguns dos hits dos anos 80, e a maioria destas canções foram tão recriadas, que ficaram irreconhecíveis.

Pelo menos no sábado, os fãs receberam uma Papa Don’t Preach mais fiel, uma Vogue excitante e uma versão tradicional de Open Your Heart, novamente com Kalakan. A única falha verdadeira foi transformar Like A Virgin numa supostamente ardente canção, que Madonna apresentou com o sutiã supracitado e calças, primeiramente elevadas na linha do estômago, no fim da passarela, e depois sobre um piano, no estilo do filme Os Fabulosos Irmãos Baker. Claro que seria ridículo se ela cantasse a versão original, mas transformá-la em lixo não foi a melhor escolha.

Àqueles ansiosos pela Madonna vintage, ela fez uma aparição mais cedo no show, quando, vestida com o figurino de baterista de banda e mostrando um pouco da coreografia com os pompons – algo que você não verá em qualquer jogo de futebol colegial – ela apresentou Express Yourself. No meio da canção, Madonna chegou ao refrão de Born This Way, de Lady Gaga, provando que ela rouba a mesma linha melódica, daí enfiou a faca no melhor estilo Madonna adicionando o refrão de sua própria She’s Not Me.

Entendido! A questão é a seguinte: mesmo quando Madonna está criando e apresentando um show que é mais pro seu próprio interesse do que para agradar fãs que ainda usam luvas de renda e rendem-se aos seus shows…é uma evolução necessária!

Podemos nem sempre concordar com as direções dela, mas, como Minaj lembra no fim de I Don’t Give A…: “Só há uma rainha, e é Madonna”. Access Atlanta

Review: ou você gosta de Madonna desse jeito ou você não gosta. Não há meio termo!

Madonna, Time Warner Cable Arena (11/15/2012)
CICIT

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Se você saiu do espetáculo da quinta-feira, na Time Warner Cable Arena apenas com a imagem da bunda desse ícone pop de 54 anos, então você não sabe nada sobre Madonna.

Claro, que ela mostrou seu traseiro. Mas nada na MDNA Tour é gratuito. Nada é de todo surpreendente principalmente se você manteve-se informado sobre a turnê, iniciada em Tel Aviv, maio passado.

Em uma das várias sequências perturbadoras, mas emocionante, uma Madonna de olhar duro sentou-se à beira de um palco enorme que se estendeu ao longo da arena – o mesmo lugar onde, há dois meses atrás, viu os Delegados Democratas aplaudirem o presidente Barack Obama. Vestida com uma roupa de stripper toda preta,de salto alto brilhantes e de calcinha fio dental, Madonna se arrastou e deslizou sobre o chão em uma performance sinistra de seu desempenho mais notório de “Like a Virgin” no MTV Video Music Awards de 1984. Insultando os membros da plateia que estavam no borda do palco, revelando-se desgrenhada, mas ainda firme e com braços e pernas musculosos, ela cantou – lentamente, de forma ameaçadora, e em um tom menor com uma orquestração mais sombria – uma versão radicalmente reformulada da canção.

Madonna estava implorando por dinheiro, ela queria dinheiro, ela disse – dólares, muitos dólares. E ela estava conseguindo. Enquanto centenas de cédulas eram jogadas no palco, ela deslizou sobre as notas, descontextualizando completamente a sua velha persona de “Material Girl”. “Se você vai olhar para minha bunda”, ela vociferou, “é melhor trazer algum dinheiro.”

O objetivo do número – ocorrido em mais da metade de um show de duas horas, que vai da violência escura de “Gang Bang” para a exuberância emocionante de “Like a Prayer” – foi a de arrecadar dinheiro para a vítimas do furacão Sandy em Nova York, a cidade que Madonna iniciou sua carreira a mais de 30 anos atrás. Mas ela não fez simplesmente colocar baldes para doações no saguão da arena. Não! Madonna o fez à sua maneira – teatralmente, provocativamente, desconfortável, e em um cenário projetado para polarizar a audiência.

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E polarizar é o ela fez. “Like a Virgin” foi uma sequencia de cerca de três onde vimos alguns poucos membros da plateia se levantar de seus assentos e sair da arena. O primeiro veio no início do show, durante a tão comentada sequencia sangrenta – “Girl Gone Wild”, “Revolver” e “Gang Bang” – que evoluiu de um tiroteio coreografado com os homens em um quarto de hotel falso, para soldados que pareciam estar na prisão de Abu Ghraib. Durante o show veio outro comentário da cantora em apoio ao presidente Obama. Houve muitos aplausos, mas também um coro significativo de vaias.

AUDIÊNCIA de Madonna em 2012 – seus fãs estão na sua maioria na casa dos 30s, 40s e 50s – pode ser um público “mais velho”, mas ela ainda não está preparada para ser uma artista “mais velha”. Apenas um punhado de músicas – incluindo “Like a Virgin”, um trecho de “Papa Dont Preach”, “Express Yourself”, “Vogue” e “Like a Prayer” – foram realmente os velhos hits. E ela os retrabalhou para que muitas vezes não fossem reconhecidos inicialmente. O agrado que ela fez aos seus velhos fãs vestidos de “Lucky Star” foi um clipe mostrando imagens de flashback com vários sucessos de seus vídeos ao longo dos anos.

Mas se você vem para um show esperando apenas sucessos de Madonna, você vai sair tão desapontado como um fã casual de Bob Dylan que espera ouvir suas versões fiéis de “Blowin ‘in the Wind” ou “Mr. Tambourine Man”. Madonna continua a crescer, não só como artista musical, mas como uma atriz de teatro musical, desconstrucionista e reconstrucionista. Sua turnê MDNA não é um concerto – é um evento teatral, com conceitos e coreografias que vão do pensamento positivo ao total obscuro. A cantora está mais empenhada do que nunca em fazer declarações e ser provocativa – coisa que ela consegue fazer muito bem, diga-se de passagem – e suas palavras e ações são tão desafiadoras quanto qualquer um de seus hits. Mais ainda, em muitos casos.

Será que Madonna usa Auto-Tune? Sim. Ela o usa muito bem. Será que ela faz uso do playback? Sim, claro que ela faz. Não se poderia realizar as enormes e fisicamente desafiadoras coreografias que ela faz com seu desfile de belos dançarinos sem estar dublando algumas vezes. Será que ela segura uma guitarra, utilizando-a não tanto como um instrumento, mas como um suporte para completar o conceito de uma atuação específica? Sim. E se você é dogmaticamente contra o uso de Auto-Tune, dublagem e instrumentos musicais como adereços, você não deve estar em um show que se usa estes tipos de efeitos.

Não que Madonna tenha decepcionado seus fãs em Charlotte. Ela vestida de cheerleader como no SuperBowl em “Express Yourself”, com imagens da pop art dos anos 60, de mulheres em papéis tradicionais e não convencionais no telão gigante; ela atingiu a todos em seu memorável número de poses durante “Vogue”, e um sexy e libidinoso remix de “Justify My Love”, e juntou todos num só coro em “Like a Prayer”.

No meio de tudo isso ainda tivemos toneladas de materiais recentes que variaram desde baladas acústicas à percussão africana pesada, e o poder das guitarras sintetizadas de “Turn Up the Radio” de seu mais recente álbum MDNA, às cítaras indianas e percussão em “Im a Sinner”. A última canção foi um destaque especial, pois vimos Madge ainda mais provocante e misteriosa ao cantar, talvez mais do que nunca como em sua primeira apresentação e na fivela de seu cinto poderia estar escrito: “I’m a sinner and I like it that way.” “Eu sou uma pecadora e gosto disso”. Ou você gosta dela desse jeito ou você não gosta. Não há meio termo!

MADONNA: o martelo sobre a vinda de Psy será batido nos próximos dias

Essa intenção já chegou aos ouvidos da produção brasileira da turnê de Madonna, que viu a ideia com bons olhos. O martelo sobre a vinda de Psy será batido nos próximos dias.

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Que Madonna surpreendeu a todos ao fazer uma performance de Gangnam Style com o rapper coreano PSY no palco do Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos, na noite na última terça-feira, 13, no Madison Square Garden, não é surpresa.

A rainha do pop depois de reproduzir fielmente os passinhos de Gangnam Style, ainda fez um dueto pra lá se ousado com PSY na música “Music”, um de seus maiores hits. Muito empolgada, em uma das coreografias Madonna acabou deixando parte do bumbum à mostra, levando os fãs mais ainda ao delírio.

Ao final da apresentação de Madonna, em Nova York, o rapper multimídia Psy contou que foi convidado para vir ao Rio no Carnaval, desfilar para a escola de samba carioca Inocentes de Belford Roxo.

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Foi o suficiente para ela chamar o autor do hit ‘Gangnam Style’ para vir ao país participar dos shows que fará por aqui em dezembro. Ainda não está confirmado, e a produção de Madonna aqui no Brasil ainda estuda a possibilidade.

O hit, sucesso no mundo todo, também bomba por aqui e fecha o ano com quase 700 milhões de visualizações do Youtube, considerado o maior fenômeno musical de 2012.

Madonna tem agendadas quatro apresentações no país: dia 2 de dezembro no Rio; no dias 4 e 5 de dezembro em São Paulo; e dia 9 de dezembro em Porto Alegre.

Para quem não viu como foi, vídeos:

O apresentador Anderson Coorper comenta do show no Today Show (EUA)

DVD Madonna MDNA 2012 Vol.2

dvd mdna VOL2 2012 peqMais um novo DVD aderido no Madonna Madworld. O DVD trás a entrevista de Madonna ao programa da Ellen DeGeneres, um especial sobre os 30 anos de Madonna da Globo News e mais bônus. Vídeos em qualidade HD. Confira o track-listing:

– Johnnie Walker – Projeto Keep Walking, Brazil 2012
– 30 anos de carreira – Globo News
– The Ellen DeGeneres Show 29.10.12
– Billy Eichner On The 2012 Presidential Election AND OMG MADONNA! – CONAN on TBS
– Live Facebook Chat Moderated by Jimmy Fallon 2012
– El Secreto Mejor Guardado – Madonna en La Viola 2012
– Interview Harry Smith for Rock Center with Brian Williams 18.04.12
– L’incontro Speciale Con Madonna (Interview)
– Anderson Cooper – Interview 02.02.12
– Like A Virgin/Love Spent MDNA Tour Chicago 20.09.12
– Passagem de som em Kiev – MDNA Tour 2012
– Madonna – I´m A Sinner (MDNA Tour St Louis) (Falha no microfone de Madonna no momento da performance)

 

CAPTURAS

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OFICIAL: DVD MDNA TOUR será gravado em Miami dia 19 e 20 de novembro

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Confirmado pelo site oficial de Madonna, o madonna.com. Nada de Colômbia. O DVD/Blu-ray oficial da tour MDNA será gravado em Miami, EUA, nos dias 19 e 20 de novembro, segunda e terça-feira.

Para os membros do fan clube oficial de Madonna, os que comparecem ao show bem caracterizados de Madonna concorrerão ao Golden Triangle. Estes dois shows serão os últimos da etapa americana.

A gravação acontecerá no American Airlines Center com capacidade para 20 mil pessoas.

Eis a diferença de palco para os shows do MDNA Tour em estádios e em arenas.

ESTÁDIOS

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ARENA

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RUMORES ANTERIORES DE QUE SERIA GRAVADO NA COLÔMBIA

Segundo o jornal ‘El Colombiano’ Madonna teria fechado contrato com a prefeitura de Medellín para a gravação do DVD da MDNA Tour na cidade. O show será realizado nos dias 28 e 29 de novembro no estádio ‘Atanasio Giradort’ para mais de 100 mil pessoas e segundo a fonte uma porcentagem dos lucros com as vendas será destinada ao local. A prefeitura da cidade ofereceu U$ 3 milhões a Madonna para que o show fosse gravado lá, mas…

Madonna no Madison Square arrecada U$ 60 mil para vítimas do Sandy

MadonnaMadonna continua ajudando como pode as vítimas do furacão Sandy. Durante seu show no Madison Square Garden, realizado na terça-feira (13), a cantora novamente pediu para que o público fizesse doações, que seriam revertidas para as famílias e pessoas necessitadas. Para arrecadar ainda mais dinheiro, a Rainha do Pop abaixou as calças e mostrou o bumbum, segundo pessoas que falaram ao jornal The New York Post.

“Estou mostrando minha bunda pelas vítimas do furacão Sandy”, teria dito Madonna. Um fã jogou uma nota de U$ 20 no palco, que foi devolvida pela artista, que comentou que queria muito mais do que isso.

“Ela gritou: ‘Isso é o que minha bunda vale?’”, completou a fonte.

Informações não-oficiais contam que, no fim da noite, Madonna arrecadou U$ 60 mil (mais de R$ 124 mil) entre o dinheiro arremessado no palco e aquele dado por sua equipe e outras pessoas no local.

Foi neste show no Madinson Square Garden que a Rainha do Pop recebeu o cantor sul-coreano PSY, dono do hit Gangnam Style.

VÍDEOS

Crítica: Madonna vaiada em Detroit por defender Obama

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Madonna foi vaiada na noite em Detroit. Por que ela foi vaiada? A razão pode te surpreender. O público estava chateado por ela exibir imagens de armas e violência? No fim das contas, era Detroit, e Detroit não é conhecida pela sua baixa taxa de criminalidade. Não.

O público estava chetado pelo simbolismo religioso e sexualidade? Não. O público estava ansioso pra ver o show dela, por ter começado muito tarde? Sim, mas não vaiaram.

Então por que a multidão em Detroit vaiou Madonna? Não tinha nada a ver com violência, armas, sexo, drogas…ela disse apenas uma coisa: ela estava feliz por Obama ter vencido as eleições. E o público a vaiou.

Madonna acabara de agradecer ao Michigan, seu estado natal, e de dizer a eles como se sentia feliz por estar em casa. Até o pai dela estava na plateia. Era o show de boas vindas ao lar de Madonna.

Daí, tudo mudou e ela contou a eles que estava feliz pela vitória de Obama. Eles vaiaram e continuaram vaiando. Ela quis dizer mais uma coisa a eles. Entretanto, ao invés de ouvirem-na e deixar que ela concluísse, o público continuou vaiando. Eles foram, na minha opinião, desrespeitosos.

Não me entenda mal, é muito bom ter liberdade de expressão e Madonna já aproveitou bastante deste direito. Mas também acredito em civilidade e respeito ao próximo. A plateia em Detroit não o fez. Sabe, durante um show, um artista tem alguns minutos pra conversar com a plateia. Durante este tempo, eles têm “o palco” e é muito pouco pro público ouvir o que o artista tem a dizer. Por censurar Madonna, o público, além de não praticar a liberdade de expressão, foram desrespeitosos.

Por isso, posso dizer que Madonna ficou chocada e não conseguiu terminar o que queria dizer. Realmente queria saber o que isso seria, mas Detroit vaiou e não deixaram-na falar. Ela eventualmente falou de como a América tem a liberdade de voto, mas até a plateia estava surpreendentemente morna, e muitos continuaram vaiando.

Madonna voltou pra casa e o público foi desrespeitoso. Pra mim, isso foi completamente inesperado. Obama ganhou o estado de Michigan. Obama ganhou os outros municípios ao redor de Detroit. Sem mencionar que o show de Madonna tem várias referências aos direitos dos gays e lésbicas, bebidas, violência e ícones religiosos – alguns dos quais presumo que não caberiam no estereótipo de voto Cristão e conservador. Logicamente, a plateia seria pró-Obama. Não foi. A plateia era claramente pró-Romney e os estereótipos associados àquele partido foram partidos, quase.

Os especialistas em Política estão se divertindo ao analizar a eleição e culpar todo tipo de pessoa, o que me faz pensar em quem estava na plateia. Meu primeiro estereótipo de Conservadores brigou com os estereótipos do Cristianismo, mas ninguém vaiou aquilo. E não me atrevo a assumir que a plateia foi hipócrita.

Daí, me ocorreu que os ingressos de Madonna não foram baratos. A multidão que estava vaiando não veio da parte barata. A multidão que estava vaiando veio primariamente da parte inferior e da pista, cujos ingressos foram caros. Assim como pela manhã, o show não estava esgotado. As pessoas pagaram US$ 150, 300 ou até mesmo alguns milhares de dólares por esses ingressos. Sim, talvez os conservadores, com os ingressos caros na pista, estivessem contra o Obama e chateados pela derrota de Romney. Talvez, o estereótipo de que um rico Romney estivesse atendendo ao povo rico fosse verdadeiro.

O que realmente me incomoda sobre isso tudo é que Madonna não conseguiu concluir suas ideias e expressar as emoções à plateia. Ela não conseguiu “se expressar”. Talvez até tenha, no último ato, em que vestiu várias camisas do Obama. Mas ainda quero saber o que ela teria dito naquele discurso, se tivesse a oportunidade.

Acho que me sinto como Madonna. Sendo assim, tento mostrar amor e, em troca, recebo outra coisa. Em minha cidade natal de Ann Arbor, o prefeito Hieftje ganhou as eleições. Não sei/me importo pra qual partido ele trabalha, e não concordo ou discordo com todas as políticas dele.

Na seção de comentários do nosso jornal local, eu escrevi: “Parabéns ao prefeito!”. Várias pessoas de Ann Arbor odiaram o comentário. É justo, talvez estivessem nervosos por ele ter ganhado. Mas o que me surpreendeu foi o ódio também por este comentário: “Se concordo ou discordo com o prefeito…respeito o voto…e acredito em desejar sinceros parabéns. Podem odiar meu comentário, mas é respeitoso desejar parabéns”.

O que aconteceu com Madonna não é exclusivo a ela. A plateia vaiou quando ela disse “Obama”, mas continuaram vaiando enquanto ela tentava falar. A Civilidade está meio perdida em partes da América. O que está acontecendo com você, América? Por que você não consegue parabenizar alguém? Por que não consegue mostrar respeito quando alguém expressa uma opinião?

Quanto a Madonna, será interessante ver se ela voltar a Detroit. Da próxima vez, Detroit, mostre um pouco de amor e respeito a ela. Madonna, por favor, conte-nos o que você teria dito. Obrigado por mostrar um pouco de amor. Desculpe por Detroit.

Forbes